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Contabilidade Geral 12

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Aula 12
 Contabilidade Geral p/ Polícia Federal
(Agente) - 2020 - Pré-Edital (Preparação
de A a Z)
Autores:
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 12
6 de Outubro de 2020
 
 
 1 63 
Sumário 
1. Patrimônio Líquido ......................................................................................................................................................... 3 
1.1 - Conceito E Estrutura ................................................................................................................................................. 3 
2. Capital Social ................................................................................................................................................................. 5 
2.1 - Indo Além – Requisitos Para Constituição da Companhia ............................................................................... 7 
2.2 - Gastos Na Emissão De Ações ................................................................................................................................ 8 
3. Reservas De Capital................................................................................................................................................... 10 
3.1 - Utilização Das Reservas de Capital .................................................................................................................. 12 
3.2 - Reserva De Ágio Na Emissão De Ações ........................................................................................................... 15 
3.3 - Alienação De Partes Beneficiárias E Bônus De Subscrição ........................................................................... 16 
- Parte beneficiárias .................................................................................................................................................. 16 
- Bônus de subscrição ................................................................................................................................................. 18 
3.4 - Doações E Subvenções Para Investimentos Governamentais ........................................................................ 19 
3.5 - Prêmio Na Emissão De Debêntures .................................................................................................................... 20 
4. Ajuste De Avaliação Patrimonial ............................................................................................................................. 23 
5. Ações Em Tesouraria .................................................................................................................................................. 25 
5.1 - Ações em tesouraria! Previsão na Lei 6.404/76 ............................................................................................ 27 
6. Questões Comentadas ............................................................................................................................................... 31 
7. Lista de Questões........................................................................................................................................................ 52 
8. Gabarito ...................................................................................................................................................................... 60 
9. Resumo .......................................................................................................................................................................... 61 
 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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APRESENTAÇÃO 
Olá, pessoal! Tudo bem? 
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso de Contabilidade. 
É com uma grande alegria que estamos aqui para ministrar mais um pouquinho desta disciplina 
que, no começo pode parecer difícil, mas depois passa a ser muito boa de se estudar! 
Contabilidade é muito bom! 
Hoje, falaremos sobre um grupo do balanço patrimonial que é extremamente importante: o 
patrimônio líquido. 
Quaisquer dúvidas, estamos à disposição! 
Vamos à aula? 
Um abraço. 
Luciano Rosa/ Silvio Sande/ Julio Cardozo 
Dicas diárias de Contabilidade no Instagram: @contabilidadeconcurso @prof.silviosande e 
@profjuliocardozo 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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1. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
1.1 - Conceito E Estrutura 
Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os 
seus passivos. De acordo com a Lei 6.404/76: 
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do 
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a 
análise da situação financeira da companhia. 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos 
acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
Antes de prosseguirmos, façamos a comparação entre como era e como está agora o patrimônio 
líquido: 
 
Agora, uma questão: 
(Contador/Caruaru/2015) De acordo com a Lei nº 11.638/07, que alterou a Lei nº 6.404/76, 
assinale a opção que indica a correta composição do patrimônio líquido. 
a) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros e prejuízos acumulados. 
b) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e prejuízos 
acumulados. 
c) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos 
acumulados. 
d) Capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em 
tesouraria e prejuízos acumulados. 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ANTES LEI 11.638/07
Capital Social
(-) Capital a Realizar
Reserva de Lucro
Reserva de Capital
Reserva de Reavaliação
(+) Lucro ou (-) Prejuízo Acumulado
(-) Ações em Tesouraria
APÓS LEI 11.638/07 E LEI 11.941/09
Capital Social
(-) Capital a Realizar
Reserva de Lucro
Reserva de Capital
Ajuste de Avaliação Patrimonial
(-) Prejuízo Acumulado
(-) Ações em Tesouraria
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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e) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, ajustes de avaliação patrimonial, 
reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
Comentários: 
Tal assunto está previsto na Lei das SAs, da seguinte forma: 
Art. 178, Inciso III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído 
pela Lei nº 11.941, de 2009)) 
Agora, vamos comparar os incisos III do art. 178 da Lei das SAs com as alternativas: 
a) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros e prejuízos acumulados. 
Alternativa incompleta, faltou as seguintes contas: ajustes de avaliação patrimonial e ações em 
tesouraria. 
b) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e prejuízos 
acumulados. 
Alternativa errada, após lei 11.638/07 e lei 11.941/09 a reservas de reavaliação não faz parte do 
grupo PL. 
c) Capital social, reservas de capital, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos 
acumulados. 
Alternativa incompleta, faltou a seguinte conta: ajustes de avaliação patrimonial. 
d) Capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em 
tesouraria e prejuízos acumulados. 
Encontramos a alternativa correta. Vejam que todas estão no Art. 178, Inciso III. 
e) Capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, ajustes de avaliaçãopatrimonial, 
reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
Alternativa errada, após lei 11.638/07 e lei 11.941/09 a reservas de reavaliação não faz parte do 
grupo PL. 
O gabarito é letra d. 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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2. CAPITAL SOCIAL 
Quando os sócios resolvem iniciar uma atividade, um dos requisitos para o início é a existência do 
chamado capital social. Os sócios precisam aportar bens para que essa companhia possa aplicar e 
dar início às atividades. Esse aporte é chamado de subscrição. 
O capital social é a conta do PL composta pelas ações subscritas na constituição da sociedade ou 
com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital social a realizar. 
A lei das SA dispõe que: 
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por 
dedução, a parcela ainda não realizada. 
No balanço fica assim: 
 
Exemplo 1: constituição da sociedade X, com R$ 100.000,00 em dinheiro. 
Lançamento: 
D – Caixa 100.000,00 
C – Capital Social 100.000,00 
Razonetes: 
100.000,00 100.000,00 
Caixa (Ativo) Capital social (PL)
 
Exemplo 2: a sociedade X é constituída com ações no montante de R$ 100.000,00, sendo apenas 
R$ 50.000,00 depositados imediatamente para o início do negócio, lançaremos: 
D – Caixa 50.000,00 (Ativo) 
D – Capital Social a Realizar 50.000,00(- PL) 
C – Capital Social 100.000,00(PL) 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
(-) Capital Social a realizar
(=) Capital social realizado
10.000,00
- 4.000,00
6.000,00
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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Razonetes: 
50.000,00 100.000,00 50.000,00 
Caixa (Ativo) Capital social (PL) Cap. Soc. Integr. (Ret. PL)
 
Segundo a Lei 6.404, o capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em 
qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro. 
A seguir, um quesito: 
(Analista Contábil/MPU/2015) O capital social integralizado pelos sócios deve ser 
discriminado, em uma única conta, pelo seu montante, sem qualquer dedução. 
Comentários: 
Mostramos que o capital social é uma conta do PL, sendo dividido em capital social e capital social 
a realizar. O item erra ao afirmar que o capital social integralizado pelos sócios deve ser 
discriminado, em uma única conta. 
 Vejamos como lei das SA dispõe: 
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela 
ainda não realizada. 
O gabarito é errado. 
Preste atenção! As questões, de modo geral, podem pedir o lançamento de subscrição e de 
realização do capital. 
A subscrição é quando o acionista/sócio assume o compromisso de ingressar na sociedade, 
formalizando através dos instrumentos jurídicos pertinentes. Ainda não houve entrega dos 
recursos. 
A realização ou integralização do capital social é a entrega efetiva dos recursos pelo sócio. 
Observem como foi cobrado: 
(Auditor Fiscal/ISS Goiânia/2016) A subscrição de capital é o compromisso que o sócio assume 
perante a nova sociedade que está surgindo. O registro correspondente à subscrição pelos 
sócios de 10.000 ações com valor nominal de R$ 5,00 é: 
a) D – Capital Social $ 50.000,00; C – Capital a integralizar $ 50.000,00. 
b) D – Caixa $ 50.000,00; C – Capital a integralizar $ 50.000,00. 
c) D – Caixa $ 50.000,00; C – Capital Social $ 50.000,00. 
d) D – Capital a integralizar $ 50.000,00; C – Capital social $ 50.000,00. 
Comentários: 
Como só houve um compromisso em entregar o recurso, e não o dispêndio efetivo por parte do 
sócio, não há por que movimentar a conta caixa. 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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Vamos lançar: 
D – Capital a integralizar (Retificadora do PL) 50.000,00 
C – Capital social (PL) 50.000,00 
O gabarito é, portanto, letra d. 
(Técnico/Nova Iguaçu/2016) A Companhia Três Irmãos fez o seguinte lançamento: 
Débito: Capital Social a Integralizar 
Crédito: Capital Social 
Esse lançamento representa 
a) redução do capital social. 
b) integralização do capital social. 
c) aumento do capital social. 
d) subscrição do capital social. 
Comentários: 
O lançamento corresponde à subscrição do capital social. O gabarito é, portanto, letra d. 
2.1 - Indo Além – Requisitos Para Constituição da Companhia 
Segundo a Lei 6.404/76, a constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes 
requisitos preliminares: 
I - Subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se 
divide o capital social fixado no estatuto; 
II - Realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de 
emissão das ações subscritas em dinheiro; 
III - Depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário 
autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em 
dinheiro. 
Portanto, o estatuto deve conter todas as ações em que o capital social será dividido. Esse valor 
pode ser alterado posteriormente, para aumentar ou reduzir o capital nas hipóteses previstas na 
Lei 6.404. 
Como o capital pode ser formado por dinheiro e bens suscetíveis de avaliação em dinheiro, 10% 
do total deve ser subscrito em dinheiro. 
Além disso, a parte realizada em dinheiro deve ser depositada no Banco do Brasil ou em banco 
autorizado pela CVM. 
Ah, professores, mas isso cai em prova? Sim! Vejam. 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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(Agente de Fiscalização/TCE SP/2017) De acordo com artigo 80 da Lei no 6.404/76, é 
necessário para constituir uma sociedade anônima: 
(A) no mínimo, ¼ (25%), como entrada em dinheiro, do preço das ações subscritas. 
(B) subscrição, pelo menos por 3 (três) pessoas jurídicas, de todas as ações em que se divide o 
capital social fixado no estatuto. 
(C) realização, como entrada, de 10%, no mínimo, do preço das ações à disposição do mercado. 
(D) depósito, no Banco do Brasil S.A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela CVM, 
da parte do capital realizado em dinheiro. 
(E) subscrição, pelo menos por 3 (três) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social 
fixado no estatuto. 
Comentários: 
Como acabamos de salientar, o nosso gabarito é a letra d! 
2.2 - Gastos Na Emissão De Ações 
Para emitir novas ações, a entidade pode incorrer em gastos, como por exemplo, honorários 
profissionais, relatórios, prospectos relacionados com a emissão das ações. 
Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não mais podem ser tratados como despesas 
do período. Passam a figurar como redução do valor obtido do capital social, ou, quando aplicável, 
na Reserva de Capital que registrar o prêmio recebido na emissão das novas ações. 
Esquematizemos: 
 
Para o Imposto de Renda, conforme Lei 12.973/14: 
Despesa com Emissão de Ações 
Art. 38-A. Os custos associados às transações destinadas à obtenção de recursos 
próprios, mediante a distribuição primária de ações ou bônus de subscrição 
contabilizados no patrimônio líquido, poderão ser excluídos, na determinação do 
lucro real, quando incorridos. 
Art. 38-B. A remuneração, os encargos, as despesas e demais custos, ainda que 
contabilizados no patrimônio líquido, referentes a instrumentos de capital ou de 
dívida subordinada, emitidos pela pessoa jurídica, exceto na formade ações, 
poderão ser excluídos na determinação do lucro real e da base de cálculo de 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido quando incorridos. 
Gastos com emissão de ações
Despesas do período
Redução do valor obtido do capital social ou Reserva de Capital 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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O que isso quer dizer, pessoal? 
Na hota de apuração do lucro para o Imposto de Renda, o Fisco dá uma colher de chá e faz assim: 
“ para a Contabilidade, esses gastos não são considerados com despesas, mas, a gente vai quebrar 
o seu galho. Vamos permitir que você diminua esse gasto da base de cálculo do Imposto de 
Renda”. 
 Esse Fisco é muito bonzinho, não é? 
 
(Técnico Tributário/SEFIN RO/2018) No ano de 2016, a Cia. ABC abriu seu capital por meio 
da emissão de títulos patrimoniais. Os custos de transação, diretamente atribuíveis à emissão, 
foram de R$ 10.000. 
Assinale a opção que indica onde foram reconhecidos os custos de transação nas Demonstrações 
Contábeis, de 31/12/2016, da Cia. ABC. 
(A) Na Demonstração do Resultado do Exercício como Outras Despesas Operacionais. 
(B) Na Demonstração do Resultado do Exercício como Despesa Financeira. 
(C) No Balanço Patrimonial como Despesa Antecipada. 
(D) No Balanço Patrimonial como Reserva de Capital. 
(E) no Balanço Patrimonial, como redutor do Patrimônio Líquido, na conta Custo com a emissão 
de Ações. 
Comentários: 
Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não mais podem ser tratados como despesas 
do período. Passam a figurar como redução do valor obtido do capital social. 
Então, vamos rever o nosso esquema: 
 
O gabarito é, portanto, letra e. 
 
Gastos com emissão de ações
Despesas do período
Redução do valor obtido do capital social ou Reserva de Capital 
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3. RESERVAS DE CAPITAL 
Reservas são valores que representam elementos patrimoniais sem qualquer característica de 
exigibilidade atual ou futura. Basicamente, temos duas espécies de reservas, ambas classificadas 
no patrimônio líquido: as de lucros e as de capital. 
Dica! Sempre que você vir uma conta iniciando com reserva, saiba que será uma conta integrante 
do Patrimônio Líquido. 
As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou de terceiros) que não se 
configuram como receita, isto é, não transitam pelo resultado do exercício, sendo contabilizadas 
diretamente à conta de Patrimônio Líquido. 
Com base no artigo 182 da Lei das SA: 
Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que 
registrarem: 
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte 
do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância 
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações 
de debêntures ou partes beneficiárias; 
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; 
Esquematizemos: 
 
O item a corresponde à chamada reserva para ágio na emissão de ações. 
Reserva de capital
Ágio na emissão de 
ações
Produto da alienação 
de partes beneficiárias
Produto da alienação 
de bônus de 
subscrição
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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Já no item b, partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao capital 
social, criados a qualquer tempo pela sociedade por ação. As partes beneficiárias conferirão aos 
seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia, consistente na participação nos 
lucros anuais – no máximo 10% (LSA, art. 46, caput, e §1º). 
Por sua vez, os bônus de subscrição são títulos de crédito emitidos no limite do capital social 
autorizado no estatuto e dão aos titulares o direito de subscrever ações da companhia. 
Explicaremos logo abaixo essas três reservas. 
Com as modificações recentes ocorridas na contabilidade (Leis 11.638 e 11.941) as doações e 
subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures não serão mais classificados 
como reservas de capital, devendo ser registrados como receitas do exercício, de acordo com o 
Princípio da Competência. 
Esquematizemos: 
 
A seguir, uma questão: 
(Agente de Polícia Federal/2014) Se uma companhia alienar partes beneficiárias ou bônus de 
subscrição, o produto da alienação deverá ser registrado como reserva de capital. 
Comentários: 
Questão de literalidade do artigo 182 da Lei das SA: 
Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: 
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; 
O item está, portanto, correto. 
 
Reserva de capital
Ágio na emissão de ações
Alienação de PBs
Alienação de BS
Não são mais reservas de capital
Doações e Sub. Para Invest.
Prêmio Emissão de Debêntures
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3.1 - Utilização Das Reservas de Capital 
Era muito comum que algumas empresas no passado distribuíam as reservas de capital aos sócios 
como forma de dissolução disfarçada da empresa. Por esse motivo, há restrições há utilização 
dessas reservas pela Lei 6404/76. 
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: 
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de 
lucros (artigo 189, parágrafo único); 
II - resgate, reembolso ou compra de ações; 
III - resgate de partes beneficiárias; 
IV - incorporação ao capital social; 
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for 
assegurada (artigo 17, § 5º). 
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes 
beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos. 
Esquematizemos: 
 
Utilização das 
reservas de capital
Absorção de 
prejuízos 
Não suportados por 
reservas de lucros e 
lucros acumulados
Resgate, reembolso, 
compra de ações
Resgate de partes 
beneficiárias
Incorporação ao 
capital social
Pagamento de 
dividendos a ações 
preferenciais, se for 
assegurado
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Vê-se, assim, que as reservas de capital somente podem ser utilizadas para pagamento de 
dividendos de ações preferenciais. Não podem ser utilizadas para pagamento de dividendos de 
ações ordinárias. 
 
(Técnico de Nível Superior/AL BA/2014) Assinale a opção que indica um fim para o qual as 
reservas de capital não podem ser utilizadas. 
a) Absorver prejuízos, quando estes ultrapassarem as reservas de lucros. 
b) Resgate, reembolso ou compra de ações. 
c) Resgate de partes beneficiárias. 
d) Incorporação ao capital. 
e) Pagamento de dividendos a ações ordinárias e preferenciais. 
Comentários: 
Questão de literalidade do artigo Art. 200 da Lei das SA: 
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: 
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo 
189, parágrafo único); 
II - resgate, reembolso ou compra de ações; 
III - resgate de partes beneficiárias; 
IV - incorporação ao capital social; 
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada 
(artigo 17, § 5º). 
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser 
destinada ao resgate desses títulos.Agora, vamos comparar os incisos do art. 200 da Lei das SAs com as alternativas: 
a) Absorver prejuízos, quando estes ultrapassarem as reservas de lucros. (Inciso I) 
b) Resgate, reembolso ou compra de ações. (Inciso II) 
c) Resgate de partes beneficiárias. (Inciso III) 
d) Incorporação ao capital. (Inciso IV) 
e) Pagamento de dividendos a ações ordinárias e preferenciais. 
Conforme o art. 200, Inciso V, as reversas de capital poderão ser utilizadas para o pagamento de 
dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada. 
O item indica uma possibilidade de pagamento de dividendo a ações ordinárias a qual não é 
prevista pela lei. O gabarito é, portanto, letra e. 
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(Contador/Eletrosul/2016) Entre as possibilidades conferidas pela legislação societária para a 
utilização das Reservas de Capital se insere: 
a) a absorção de prejuízos que não ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros. 
b) a redução do capital social, para absorção dos prejuízos acumulados. 
c) o pagamento de dividendos a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada. 
d) o aumento do capital autorizado, mediante alteração estatutária. 
e) a recomposição do caixa da companhia em face da materialização de provisões. 
Comentários: 
Questão de literalidade do artigo Art. 200 da Lei das SA: 
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: 
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo 
189, parágrafo único); 
II - resgate, reembolso ou compra de ações; 
III - resgate de partes beneficiárias; 
IV - incorporação ao capital social; 
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada 
(artigo 17, § 5º). 
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser 
destinada ao resgate desses títulos. 
Agora, vamos comparar os incisos do art. 200 da Lei das SAs com as alternativas: 
a) a absorção de prejuízos que não ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros. 
Errado, o correto seria: “... que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros” 
b) a redução do capital social, para absorção dos prejuízos acumulados. 
Errado, o Inciso IV do art 200 prevê, apenas, a incorporação ao capital social. 
c) o pagamento de dividendos a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada. 
Correta, encontramos tal possibilidade no inciso V do art 200. 
d) o aumento do capital autorizado, mediante alteração estatutária. 
e) a recomposição do caixa da companhia em face da materialização de provisões. 
Alternativas erradas, banca adicionou possibilidades não previstas no art. 200. 
Observação: as ações ordinárias são aquelas que dão direito a voto. As 
preferenciais são aquelas que não dão, em regra, direito a voto, mas possuem 
outras vantagens, geralmente relacionadas ao pagamento de maiores dividendos. 
Estudemos as reservas de capital com detalhes 
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3.2 - Reserva De Ágio Na Emissão De Ações 
Ágio, em linguajar comum, é o valor cobrado a maior por algo. Nas sociedades por ações o 
estatuto social deve definir o valor do capital social, o número de ações em que o capital se divide 
e se elas terão ou não valor nominal. 
A ação tem um valor pré-definido, o valor do capital social subscrito dividido pelo número de 
ações emitidas. Isso é o seu valor nominal! Temos que destacar que as ações serão sempre 
registradas pelo seu valor nominal. 
O ágio na emissão de ações é o valor da contribuição do subscritor (quem está comprando a ação) 
que ultrapassar o valor nominal das ações por ele adquiridas. 
No caso de emissão de ações sem valor nominal, o ágio na emissão de ações será o valor da 
contribuição do subscritor que ultrapassar a importância destinada ao capital social. 
Destacamos que uma ação pode não ter valor nominal, mas possuir um valor de referência para 
comparação. 
Explicamos. Quando formamos uma entidade, dizemos que cada ação terá o valor nominal de x 
(mas as ações podem não ter valor nominal, sem problemas). Se a pessoa entrar na sociedade e 
entregar x + 1, então esse 1 será o ágio na emissão da ação. O excesso é levado a uma conta de 
reserva de capital, que recebe essa denominação. 
Suponha-se que a empresa Estratégia Concursos possua um capital social de R$ 100.000,00, 
configurando 100.000,00 ações a R$ 1,00 cada. Mostrando-se uma empresa extremamente 
lucrativa, decide expandir o seu negócio oferecendo ao mercado mais 100.000,00 ações. Todavia, 
cobra dos novos sócios não mais o aporte de R$ 1,00, mas, sim, de R$ 1,50. Mesmo assim, as 
ações foram rapidamente vendidas e mais R$ 150.000,00 ingressaram aos cofres da empresa. 
O lançamento é o seguinte: 
D – Caixa 150.000,00 (Ativo) 
C – Capital Social 100.000,00 (PL) 
C – Reserva de capital – Ágio na emissão de ações 50.000,00 (PL) 
Razonetes: 
150.000,00 100.000,00 50.000,00 
Caixa (Ativo) Capital social (PL) Ágio Emissão Ações
 
 
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(Contador/FUB/2015) O ágio recebido em decorrência de emissão de ações aumenta as 
reservas de lucros e, consequentemente, o patrimônio líquido da companhia. 
Comentários: 
O item está incorreto. O ágio na emissão de ações é reserva de capital. 
3.3 - Alienação De Partes Beneficiárias E Bônus De Subscrição 
- Parte beneficiárias 
Segundo a Lei das SA: 
Art. 46. A companhia pode criar, a qualquer tempo, títulos negociáveis, sem valor 
nominal e estranhos ao capital social, denominados "partes beneficiárias". 
§ 1º As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual 
contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais (artigo 190). 
Vê-se que as partes beneficiárias são estranhas, isto é, não fazem parte do capital social. Diferem 
das ações, pois não dão direito a uma parte do patrimônio da companhia, nem o de participação 
da administração. Não se confundem também com as debêntures, uma vez que não dá direito 
creditório contra a companhia para os que as possuem. 
O direito a lucro é eventual. Esta é a palavra-chave. 
Por exemplo, temos uma companhia em que um senhor, fundador da companhia, já cansado da 
sua árdua rotina, decide se aposentar. Os novos administradores decidem então que, como forma 
de agradecimento, por todo o empenho, que ele terá direito a uma participação anual no lucro. 
Mas não é assim, “de boca”. Essa operação há que ser formalizada. O senhor receberá então o 
que chamamos de partes beneficiárias. 
A emissão das partes beneficiárias é exclusiva de cias fechadas (LSA, art. 47). Como já dito, a 
participação nos lucros deve ser menor do que 10%. 
As partes beneficiárias poderão ser alienadas pela companhia, nas condições determinadas pelo 
estatuto ou pela assembleia-geral, ou atribuídas a fundadores, acionistas ou terceiros, como 
remuneração de serviços prestados à companhia (LSA, art. 47). 
Somente a alienação onerosa das partes beneficiárias gera lançamento contábil. Isto é, no caso 
do administrador aposentado, se ele paga pelos títulos há contabilização. Se forem doadas, há 
apenas menção em notas explicativas. 
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Assim, se os administradores de uma companhia, que tanto contribuírampara o seu crescimento, 
resolvem aposentar, e os novos administradores, como forma de reconhecimento deste trabalho, 
alienam partes beneficiárias a esses antigos administradores, por R$ 100.000,00. Isto é, o 
administrador vai pagar por esses títulos e a empresa contabiliza a entrada no caixa. 
 O lançamento é o que se segue: 
D – Caixa 100.000,00 (Ativo) 
C – Reserva de Capital – Produto de alienação de partes beneficiárias 100.000,00 (PL) 
Razonetes: 
100.000,00 100.000,00 
Caixa (Ativo) Res. Cap - Prod. Alien. PB
 
Mas, professores, como eles serão beneficiados? Galera, a companhia emitirá títulos (as chamadas 
partes beneficiárias), os quais darão direito à participação do lucro da companhia. Só isso! 
A LSA dispõe que: 
Art. 200. Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes 
beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos. 
A contabilização na alienação de partes beneficiárias é a seguinte: 
Digamos que a empresa resgate R$ 40.000. A contabilização fica assim: 
D – Reserva de Capital – Produto de alienação de partes beneficiárias 40.000,00 (PL) 
C - Caixa 40.000,00 (Ativo) 
Razonetes: 
100.000,00 40.000,00 40.000,00 100.000,00 
Caixa (Ativo) Res. Cap - Prod. Alien. PB
 
Então, vamos esquematizar? 
 
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- Bônus de subscrição 
Veremos agora os bônus de subscrição. Precisamos entender que participar da subscrição de 
ações de uma empresa, pode ser algo bem “disputado”. Por isso, existe a possibilidade de 
emissão desses títulos. 
Segundo a LSA, art. 75, a companhia poderá emitir, dentro do limite de aumento de capital 
autorizado no estatuto (artigo 168), títulos negociáveis denominados "bônus de subscrição”, que 
conferirão aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, direito de subscrever ações 
do capital social, que será exercido mediante apresentação do título à companhia e pagamento 
do preço de emissão das ações. 
Os antigos acionistas detêm a preferência para aquisição de novas ações emitidas por uma 
companhia. Porém, o bônus de subscrição retira este direito relativamente a algumas ações. 
Vejamos: 
Art. 172. O estatuto da companhia aberta que contiver autorização para o 
aumento do capital pode prever a emissão, sem direito de preferência para os 
antigos acionistas, ou com redução do prazo de que trata o § 4o do art. 171, de 
ações e debêntures conversíveis em ações, ou bônus de subscrição, cuja colocação 
seja feita mediante: 
I - venda em bolsa de valores ou subscrição pública; ou 
II - permuta por ações, em oferta pública de aquisição de controle, nos termos dos 
arts. 257 e 263. 
Reserva de capital - Partes beneficiárias
Exclusiva para 
companhias fechadas
Estranhas ao capital 
social
Lucro eventual contra 
a companhia (menor 
que 10%)
Gera lançamento 
somente a alienação 
onerosa
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Se a empresa X emite R$ 100.000,00 em bônus de subscrição, o lançamento é o que se segue: 
D – Caixa 100.000,00 
C – Reserva de Capital – Produto da alienação de bônus de subscrição 100.000,00 
Razonetes: 
100.000,00 100.000,00 
Caixa (Ativo) Res. Cap - Prod. Alien. BS
 
3.4 - Doações E Subvenções Para Investimentos Governamentais 
As doações e subvenções para investimentos governamentais (tão-somente, excluem-se as 
privadas) eram contabilizadas como reserva de capital. 
Contudo, com as alterações da Lei das S/A, são agora consideradas receitas, que transitam pelo 
resultado, podendo ser registradas (depois da apuração do resultado) em uma reserva de lucros 
(de incentivos fiscais). 
Esquematizemos: 
 
 
Doações e 
Subvenções
Pode virar
Reserva de Lucro
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3.5 - Prêmio Na Emissão De Debêntures 
Pessoal, quando a empresa quer captar empréstimos junto ao público, ela pode optar pela 
emissão de debêntures. Debênture é uma maneira de captar empréstimos sem recorrer às 
instituições financeiras. 
O Prêmio na emissão de debêntures era classificado como reserva de capital. Com o advento da 
Lei n° 11.638 e 11.941, ele passou a ser apropriado ao resultado como receita, conforme o regime 
de competência. 
Esquematizemos: 
 
As debêntures são títulos exclusivos das sociedades anônimas. É uma forma alternativa ao 
lançamento de ações no mercado e aos empréstimos bancários, para captação de recursos. 
Não podem ser confundidas com as ações, pois não são títulos de propriedade. Não se confundem 
também com os empréstimos, uma vez que oferecidas ao público, não sendo captados junto a 
instituições financeiras. 
Quando o preço da debênture supera o seu valor nominal, teríamos, à visão da legislação antiga, 
uma reserva de capital a ser registrada, chamada Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures. 
Isso ocorre quando as condições como juros, garantias e outras vantagens forem atraentes para 
os investidores. 
Se uma empresa lançasse debêntures a R$ 1,00, num vulto de 10.000 debêntures, com resgate 
em 10 anos encontrando investidores que pagassem R$ 1,50 pelo referido título, lançaríamos: 
D – Caixa 15.000,00 (Ativo) 
C – Debêntures a pagar 10.000,00 (PNC) 
C – Reserva de capital – prêmio na emissão de debêntures 5.000,00 (PL) 
Razonetes: 
15.000,00 10.000,00 5.000,00 
Caixa (Ativo) Debêntures a pagar (PNC) RC - Prêmio Emi. Debent. 
 
Contudo, essa reserva de capital deixou de existir e a mesma situação é agora registrada da 
seguinte forma: 
Prêmio na emissão de debêntures
Reservas de capital
Receita no resultado: regime de competência
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D – Caixa 15.000,00 (Ativo) 
C – Debêntures a resgatar 10.000,00 (PNC) 
C – Receitas recebidas antecipadamente 5.000,00 (PNC – Receitas diferidas) 
Razonetes: 
15.000,00 10.000,00 5.000,00
Caixa (Ativo) Debêntures a resgatar (PNC) Receitas diferidas
 
Assim, exemplificando, se o resgate dessas debêntures se dará em 10 anos, deveremos apropriar 
ao resultado (utilizando-se do método linear) R$ 500,00 por ano, através do seguinte lançamento: 
D - Receitas recebidas antecipadamente 500,00 (PNC – Receitas diferidas) 
C – Receitas financeiras 500,00 (Resultado) 
Razonetes: 
500,00 5.000,00 500,00
Receitas diferidas Receitas financeiras
 
O prêmio na emissão de debêntures é justamente esse valor pago a mais pelo investidor, tendo 
em vista uma expectativa maior de remuneração, juros etc. 
O valor apropriado ao resultado pode ser destinado à formação de reserva específica de prêmios 
de debêntures, para evitar a tributação pelo Imposto de Renda (Lei 12973/14). 
Ressaltamos que é uma faculdade da empresa. Ela pode ou não constituir tal reserva. Se não 
constituir, será tributada pelo IR. 
A reserva específica de prêmio de debêntures é reserva de lucro, eis que esse valor transitou pelo 
resultado do exercício. 
 
(Analista/Contabilidade/TRE/SP/2017) Um dos mais importantes títulos do mercado financeiro 
são as debêntures. Com elas, as empresas podem se financiar de acordo com o fluxo de caixa 
que melhor se adeque à sua estratégia de financiamento.As empresas podem emitir 
debêntures com prêmio, ou seja, valores recebidos na emissão de debêntures acima do valor 
nominal determinado para a liquidação desses valores mobiliários. De acordo com a legislação 
vigente, esse prêmio é tratado como 
a) Reserva de capital, no patrimônio líquido. 
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b) Prêmio a amortizar, no passivo. 
c) Custos a amortizar, como redutora de passivo. 
d) Prêmio a amortizar, no patrimônio líquido. 
e) Receita financeira, no resultado do período. 
Comentários: 
O prêmio na emissão de debêntures, quando da emissão, é um prêmio a amortizar e fica 
registrado em conta de receita diferida, até que vá para o resultado, de acordo com o regime de 
competência. 
Atenção! Nós recorremos desta questão. Ela deveria informar o momento em que queria saber a 
contabilização, pois poderia ser no passivo (receita diferida) no momento inicial ou como receita, 
posteriormente, com o regime de competência, na DRE. Mas a banca não acatou. 
O gabarito é, portanto, letra b. 
(Analista/STJ/2015) A captação de recursos por meio de debêntures gera um passivo para a 
sociedade emissora do título. Em caso de debêntures emitidas com prêmio, o valor desse 
prêmio também será reconhecido em conta de passivo e deve ser apropriado ao resultado ao 
longo do prazo de vigência das debêntures. 
Comentários: 
Vamos dividir o item em duas partes: 
“A captação de recursos por meio de debêntures gera um passivo para a sociedade emissora do 
título.” 
Vimos que a Debênture é uma maneira de captar empréstimos sem recorrer às instituições 
financeiras. Assim, gerará um passivo para entidade emissora do título. 
Primeira parte está certa. 
“Em caso de debêntures emitidas com prêmio, o valor desse prêmio também será reconhecido 
em conta de passivo e deve ser apropriado ao resultado ao longo do prazo de vigência das 
debêntures.” 
Ainda, com o advento da Lei n° 11.638 e 11.941, o Prêmio na emissão de debêntures passou a 
ser apropriado ao resultado como receita, conforme o regime de competência. 
Vamos visualizar os fatos acima descritos por meio do seguinte exemplo: 
Se uma empresa lançasse debêntures a R$ 1,00, num vulto de 10.000 debêntures, com resgate 
em 10 anos encontrando investidores que pagassem R$ 1,50 pelo referido título, lançaríamos: 
D – Caixa 15.000,00 (Ativo) 
C – Debêntures a resgatar 10.000,00 (PNC) 
C – Receitas recebidas antecipadamente 5.000,00 (PNC – Receitas diferidas) 
Segunda parte está certa. 
O gabarito está , portanto, correto. 
 
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4. AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL 
Antes das alterações da Lei das S.A, havia no patrimônio líquido a conta reserva de reavaliação. 
Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de avaliação patrimonial. Contudo, não se trata 
de mera alteração de nome. 
A reavaliação que se aplicava aos bens tangíveis do ativo permanente e que poderia ser ou não 
realizada, a critério dos acionistas, deixou de existir. 
Ademais, o ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar como para reduzir valores 
de ativos e de passivos, enquanto a reavaliação servia apenas para o aumento de bens do 
permanente. 
A nova redação prescreve o seguinte: 
Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto 
não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de 
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a 
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, 
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores 
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177. 
Esquematizemos: 
 
Agora, duas questões: 
(Transpetro/Contador/2018) A Lei das sociedades por ações diz que o balanço patrimonial 
mostra a situação patrimonial e financeira de uma companhia em um determinado período de 
tempo, e que, no passivo, as contas serão classificadas nos grupos passivo circulante, passivo 
não circulante e patrimônio líquido. 
Ainda segundo ela, uma das divisões do patrimônio líquido representa as contrapartidas criadas 
pela Lei no 11.941/09, decorrentes das variações ocorridas nos elementos do ativo e do passivo, 
não imputadas no resultado nos termos do regime de competência. 
Nesse contexto, tais contrapartidas são evidenciadas no patrimônio líquido no grupo de 
(A) ações em tesouraria 
(B) ajustes de avaliação patrimonial 
(C) participação dos minoritários 
Ajuste de avaliação patrimonial
Enquanto não computado no resultado do exercício
Contrapartida de aumento ou redução do ativo ou passivo
Em decorrência da avaliação a valor justo
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(D) prejuízos acumulados 
(E) reservas de capital 
Comentários: 
A questão se refere ao ajuste de avaliação patrimonial! Há uma pequena impropriedade, pois o 
ajuste de AAP foi criado pela Lei 11.638/2007 e não pela Lei 11.941/2009 (nós recorremos desta 
assertiva). O gabarito é, portanto, letra b. 
(Analista/ANTAQ/2014) O ajuste a valor justo de itens do ativo e do passivo, enquanto não 
transitar pelo resultado do exercício, deve ser registrado, em respeito ao regime de 
competência, na conta ajustes de avaliação patrimonial. 
Comentários: 
Questão de literalidade do $ 3 do Art. 183 da Lei das SA: 
Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não 
computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as 
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, 
em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas 
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o 
do art. 177. 
Então, vamos rever o nosso esquema: 
 
O gabarito está, portanto, correto. 
 
Ajuste de avaliação patrimonial
Enquanto não computado no resultado do exercício
Contrapartida de aumento ou redução do ativo ou passivo
Em decorrência da avaliação a valor justo
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5. AÇÕES EM TESOURARIA 
As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas na 
tesouraria. A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também transações de 
capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da entidade. 
A conta “ações em tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido (PL). 
Esquematizemos: 
 
Este assunto aparece na Lei 6404/76: 
Negociação com as Próprias Ações 
Art. 30. A companhia não poderá negociar com as próprias ações. 
§ 1º Nessa proibição não se compreendem: 
a) as operações de resgate, reembolso ou amortização previstas em lei; 
Comentários: 
Sem entrar em tantos detalhes do Direito Empresarial, algumas definições são 
importantes: 
A operação em que a companhia paga aos acionistas o valor de suas ações por 
razões de dissidência nos casos previstos na legislação societária é denominada 
reembolso de ações. 
A compra das próprias ações pela companhia, para retirá-las definitivamente de 
circulação, é denominada resgate de ações. 
A amortização de ações é a operação pela qual a companhia distribui ao acionista, 
por suas ações, a quantia que lhe poderia caber em caso de liquidação da 
sociedade. 
b) a aquisição, parapermanência em tesouraria ou cancelamento, desde que até 
o valor do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e sem diminuição do capital 
social, ou por doação; 
c) a alienação das ações adquiridas nos termos da alínea b e mantidas em 
tesouraria; 
Ações em 
tesouraria
Redutora 
do PL
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d) a compra quando, resolvida a redução do capital mediante restituição, em 
dinheiro, de parte do valor das ações, o preço destas em bolsa for inferior ou igual 
à importância que deve ser restituída. 
§ 2º A aquisição das próprias ações pela companhia aberta obedecerá, sob pena 
de nulidade, às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, que 
poderá subordiná-la à prévia autorização em cada caso. 
§ 3º A companhia não poderá receber em garantia as próprias ações, salvo para 
assegurar a gestão dos seus administradores. 
§ 4º As ações adquiridas nos termos da alínea b do § 1º, enquanto mantidas em 
tesouraria, não terão direito a dividendo nem a voto. 
§ 5º No caso da alínea d do § 1º, as ações adquiridas serão retiradas 
definitivamente de circulação. 
A regra geral é que a empresa não pode negociar as próprias ações, para evitar negociação com 
informações privilegiada. Ou seja, a empresa não pode negociar suas próprias ações de forma 
habitual. Não pode ficar comprando e vendendo em bolsa. É permitida, entretanto, a aquisição, 
para permanência em tesouraria, sem a diminuição do Capital Social. Para isso, a compra é 
suportada pelo saldo das reservas, exceto a reserva legal. Como assim? 
Quando a empresa adquire suas próprias ações, ela está diminuindo o saldo do capital social. 
Quando a empresa lança no mercado as ações é para aumentar seu capital. Quando ela mesma 
resgata, esse aumento não ocorre na verdade. 
O que acontece é que a empresa pode usar suas Reservas de Lucros ou Capital para "suportar" 
essa compra. Isso na verdade é uma "ficção" jurídica, pois, o que efetivamente suporta a compra 
de ações é o caixa da empresa! As Reservas servem como lastro para a operação, ok? 
Vale ressaltar que é permitida a compra quando, resolvida a redução do capital mediante 
restituição, em dinheiro, de parte do valor das ações, o preço destas em bolsa for inferior ou igual 
à importância que deve ser restituída. Nesse caso, ocorre a diminuição do Capital Social. 
As ações em tesouraria não têm direito a dividendos e nem a voto. 
Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria entidade devem 
ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações. 
Os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem ser tratados como 
redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, resultados esses contabilizados 
diretamente no patrimônio líquido, na conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição 
de tais ações, não afetando o resultado da entidade. 
Então, vamos esquematizar? 
 
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A seguir, um quesito: 
(STN/2013) Os gastos com corretagem decorrentes da compra de ações da própria empresa, 
para manutenção em tesouraria, devem ser registrados como: 
a) outras despesas operacionais, no resultado. 
b) acréscimo do custo de aquisição das ações no Patrimônio Líquido. 
c) despesa diferida no ativo, sendo apropriada no resultado quando da venda das ações. 
d) diminuição do valor do investimento no ativo não circulante. 
e) redução do lucro ou prejuízo diretamente no Patrimônio Líquido. 
Comentários: 
Como acabamos de salientar, o nosso gabarito é a letra B! 
5.1 - Ações em tesouraria! Previsão na Lei 6.404/76 
Lei 6404/76: 
Art. 182. § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como 
dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos 
aplicados na sua aquisição. 
O assunto foi explorado em provas da seguinte forma: 
A contabilização da aquisição de ações da própria empresa reduz o valor do disponível e 
também do patrimônio líquido. O oposto ocorre quando os sócios resolvem aumentar o 
capital da empresa em dinheiro. 
Comentários: 
O item está correto. Vejamos os lançamentos: 
- Pela aquisição, lançamos o seguinte: 
D – Ações em tesouraria (Redutora do PL) 
C – Caixa (- Ativo) 
- Pela alienação, lançamos o seguinte: 
Operações com 
ações em tesouraria
Custos de transação 
na aquisição
Acréscimo do custo 
de aquisição
Custos de transação 
na alienação
Redução do lucro ou 
acréscimo do 
prejuízo
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D – Caixa (Ativo) 
C – Ações em tesouraria (PL) 
Se a alienação se der com lucro, este lucro deve ser registrado à conta de reserva de capital, pelo 
seguinte lançamento: (supondo que a empresa vendeu ações em tesouraria que custaram $1000 
por $2500). 
D – Caixa (Ativo) 2.500,00 
C – Ações em tesouraria (PL) 1.000,00 
C – Reserva de capital-lucro na alienação de ações em tesouraria (PL) 1.500,00 
A previsão para constituir reservas de capital com estes valores encontra respaldo na seguinte 
legislação: 
Instrução CVM nº 10 de 14 de fevereiro de 1980. 
Dispõe sobre a aquisição por companhias abertas de ações de sua própria 
emissão, para cancelamento ou permanência em tesouraria, e respectiva 
alienação. 
Art. 18. O resultado líquido proveniente da alienação de ações em tesouraria será 
apurado com base no custo médio ponderado na data da operação e será 
contabilizado: 
a) se positivo, como reserva de capital, a crédito de conta específica; 
b) se negativo, a débito das contas de reservas ou lucros que registrarem a origem 
dos recursos aplicados em sua aquisição. 
A compra e a alienação de ações em tesouraria é transação com sócios. E o lucro ou prejuízo 
(melhor dizer "ganho ou perda") em transações com sócios fica no PL, não no Resultado. 
- Se tiver ganho na venda das ações em tesouraria: fica no PL, numa reserva de capital, semelhante 
à reserva de prêmio na emissão de ações. 
- Se tiver perda, também fica no PL, e vai diminuir a reserva que serviu de lastro para a aquisição 
das ações em tesouraria. 
Esquematizemos: 
 
Operações com 
ações em 
tesouraria
Ganho com ações 
em tesouraria
PL: Reserva de 
Capital
Perda com ações 
em tesouraria
PL: diminuindo a 
reserva
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Exemplo de contabilização: A empresa ABC comprou $10.000 de ações em tesouraria, suportadas 
por uma reserva estatutária no valor de $50.000: 
D – Ações em Tesouraria (Retificadora do PL) 10.000,00 
C – Caixa (Ativo) 10.000,00 
Razonetes: 
10.000,00 10.000,00
Ações em tesouraria Caixa
 
No balanço, fica assim: 
 
Digamos que a empresa venda tais ações por 7.000. 
A contabilização fica assim: 
D – Caixa (Ativo) 7.000,00 
D – Reserva Estatutária (PL) 3.000,00 
C – Ações em tesouraria (PL) 10.000,00 
No Balanço, após a alienação: 
 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Reserva Legal
Reserva Estatutária
Ações em Tesouraria 
Total
xxxxx,xx
xxx,xx
50.000
(10.000)
40.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Reserva Legal
Reserva Estatutária
Total
xxxxx,xx
xxx,xx
47.000
47.000
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Então, resumindo o tratamento Açõesem tesouraria: 
 
Observem um quesito: 
(Analista/DPE/MT/2015) Uma empresa possuía, em 31/12/2013, R$ 200.000,00 em ações em 
tesouraria. No ano de 2014, a empresa alienou metade dessas ações por R$ 130.000,00. 
Em suas demonstrações contábeis, a empresa deverá evidenciar o saldo positivo de R$ 30.000,00 
do seguinte modo: 
a) como Resultado Operacional, na Demonstração do Resultado do Exercício. 
b) como Outros Resultados Operacionais, na Demonstração do Resultado do Exercício. 
c) como Ajustes de Exercícios Anteriores, na Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido. 
d) como Reserva de Capital, no Balanço Patrimonial. 
e) como Reserva de Lucros, no Balanço Patrimonial. 
Comentários: 
A compra e a alienação de ações em tesouraria é transação com sócios. E o lucro ou prejuízo 
(melhor dizer "ganho ou perda") em transações com sócios fica no PL, não no Resultado. 
- Se tiver ganho na venda das ações em tesouraria: fica no PL, numa reserva de capital, semelhante 
à reserva de prêmio na emissão de ações. 
- Se tiver perda, também fica no PL, e vai diminuir a reserva que serviu de lastro para a aquisição 
das ações em tesouraria. 
O gabarito é, portanto, letra d. 
 
AÇÕES EM TESOURARIA
NÃO TEM DIREITO A 
VOTO E NEM 
DIVIDENDOS
CONTA REDUTORA DO 
PL
NÃO AFETA O 
RESULTADO
GANHO NA ALIENAÇÃO: 
RESERVA DE CAPITAL
PERDA NA ALIENAÇÃO:
DIMINUI A RESERVA QUE 
SERVIU DE LASTRO NA 
AQUISIÇÃO
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6. QUESTÕES COMENTADAS 
1. (CEBRASPE/TJ PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020) Assinale a opção que 
apresenta a conta do patrimônio líquido que, em decorrência da função que lhe foi 
atribuída pela legislação societária, pode apresentar tanto saldo credor quanto saldo 
devedor no balanço patrimonial. 
a) ações em tesouraria 
b) prejuízos acumulados 
c) capital a integralizar 
d) ajustes de avaliação patrimonial 
e) reservas de capital 
Comentários: 
Falamos que o ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar como para reduzir 
valores de ativos e de passivos, enquanto não computadas no resultado do exercício em 
obediência ao regime de competência, em decorrência da sua avaliação a valor justo. Lembramos 
que tal conta pertence ao grupo Patrimônio Líquido. O gabarito é letra d. 
 
Com relação à composição das demonstrações contábeis exigidas pela legislação societária, 
julgue o item a seguir. 
2. (CEBRASPE/SEFAZ AL/Auditor Fiscal da Receita Estadual/2020) A conta ajustes de 
avaliação patrimonial pertence ao patrimônio líquido e destina-se a registrar, no balanço 
patrimonial, os aumentos ou as diminuições de valor de elementos do ativo e do passivo 
sujeitos à avaliação a valor justo por determinação legal ou regulamentação específica, 
enquanto tais variações não puderem ser reconhecidas no resultado do exercício em 
obediência ao regime de competência. 
Comentários: 
 Nessa questão o Cebraspe parafraseou o $ 3 do Art. 183 da Lei das SA: 
Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto 
não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de 
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a 
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, 
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores 
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177. 
O gabarito é certo. 
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3. (CEBRASPE/SEFAZ RS/Auditor-Fiscal da Receita Estadual/2019) Na fiscalização de uma 
sociedade anônima comercial, após o seu primeiro ano de funcionamento, verificou-se que 
a empresa possuía 
• capital subscrito no valor de R$ 2.000; 
• capital realizado no valor de R$ 1.700; 
• capital de terceiros no valor de R$ 600; 
• prejuízo acumulado no valor de R$ 300. 
Constatou-se, ainda, que não havia reservas, ações em tesouraria nem ajuste de avaliação 
patrimonial nas demonstrações contábeis da sociedade. 
Nessa situação hipotética, o valor do capital total à disposição da sociedade é igual a 
a) R$ 1.700. 
b) R$ 2.000. 
c) R$ 2.300. 
d) R$ 3.400. 
e) R$ 4.000. 
Comentários: 
Vimos que capital total à disposição da sociedade = Ativo. 
O quesito nos forneceu o valor do capital de terceiros (Passivo) e outros valores que compõem o 
PL. 
Dado que a equação fundamental da contabilidade é a seguinte: 
Ativo = Passivo + PL 
Vamos encontrar o valor do ativo, somando o Passivo com o PL. 
Antes, vamos rever as contas do PL: 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
APÓS LEI 11.638/07 E LEI 11.941/09
Capital Social
(-) Capital a Realizar
Reserva de Lucro
Reserva de Capital
Ajuste de Avaliação Patrimonial
(-) Prejuízo Acumulado
(-) Ações em Tesouraria
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Agora, encontremos o PL: 
PL = Capital Subscrito – Capital a Integralizar – Prejuízo Acumulado 
Obs.: o quesito só trouxe essas contas do grupo. 
PL = 2.000 – 300 – 300 = 1400 
Por fim, utilizemos a equação fundamental da contabilidade: 
Ativo = Passivo + PL 
Ativo (Capital Total à disposição) = 1400 + 600 = 2.000 
O gabarito é letra b. 
 
Com relação ao reconhecimento, à avaliação, à mensuração e à escrituração de itens patrimoniais 
passivos e do patrimônio líquido, julgue o item seguinte. 
4. (CEBRASPE/SLU DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Ciências Contábeis/2019) 
Ágio na emissão de ações, alienação de partes beneficiárias e obtenção de incentivos 
fiscais são eventos que exigem a constituição das respectivas reservas de capital. 
Comentários: 
Após as modificações ocorridas na contabilidade as DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA 
INVESTIMENTO NÃO serão mais classificados como reservas de capital, devendo ser registrada 
como receitas do exercício, de acordo com o Princípio da Competência. 
A seguir, lembramos quais são as reservas de capital: 
 
O gabarito é errado. 
Reserva de capital
Ágio na emissão de 
ações
Produto da alienação 
de partes beneficiárias
Produto da alienação 
de bônus de 
subscrição
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Acerca das contas e dos grupos patrimoniais de empresas comerciais, julgue o seguinte item. 
5. (CEBRASPE/TJ AM/AJ - Contabilidade/2019) A conta de ajustes de avaliação patrimonial 
recebe lançamentos em contrapartida de variações nos ajustes a valor presente de itens 
do passivo não circulante. 
Comentários: 
Mais uma vez contamos que o ajuste de avaliação patrimonial serve como contrapartidas das 
variações das contas do ativo e do passivo, circulantes ou não, em decorrência da sua avaliação a 
VALOR JUSTO. As contabilizações da receita ou da despesa ocorrem posteriormente, respeitando 
o regime da competência. 
O quesito está errado, pois TROCOU o termo VALOR JUSTO por VALOR PRESENTE. 
 
Acerca das contas e dos grupos patrimoniais de empresas comerciais, julgue o seguinte item. 
6. (CEBRASPE/TJ AM/AJ - Contabilidade/2019) A conta de ações em tesouraria pertence ao 
grupo de investimentos, no ativo. 
Comentários: 
Errado, essa conta é redutora do Patrimônio Líquido (PL). 
 
Com relação aos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item 
a seguir. 
7. (CEBRASPE/EBSERH/Analista Administrativo - Contabilidade/2018) A utilização de ações 
disponíveis em tesouraria para a captação de caixa por meio do ingresso de novos 
acionistas nãocontroladores na entidade constitui um tipo de receita. 
Comentários: 
Errado, já que a captação de caixa por meio da alienação de ações de emissão própria é uma 
transação de capital da entidade com seus sócios e não deve afetar o resultado da entidade. 
Como a conta ações em tesouraria é redutora do PL, teremos que creditar seu valor no momento 
da venda. Assim, diminuiremos o saldo dessa conta. 
Vejamos a contabilização: 
D - Caixa (Ativo) 
C - Ações em tesouraria (Redutora PL) 
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Portanto, o quesito erra ao afirmar que constituiria um tipo de receita, pois transações de capital 
são registradas no PL da entidade. 
 
De acordo com as normas contidas nas legislações de contabilidade aplicáveis às demonstrações 
contábeis, julgue o item que se segue. 
8. (CEBRASPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área 1/2018) O resultado da venda de 
ações em tesouraria deverá ser registrado a crédito (ganho) de conta específica de reservas 
de lucro ou a débito (prejuízo) da conta que contabiliza a origem dos recursos aplicados 
em sua aquisição. 
Comentários: 
O erro da questão é afirmar que o resultado da venda de ações em tesouraria deverá ser registrado 
a crédito (ganho) de conta específica de reservas de lucro, quando o correto é que seja em Reserva 
de Capital. O gabarito é errado. 
9. (CEBRASPE/SEFAZ RS/Técnico Tributário da Receita Estadual/2018) A contrapartida da 
saída financeira de uma operação de aquisição de ações da própria empresa (ações em 
tesouraria) deve ser reconhecida em uma conta de natureza 
a) credora, no passivo circulante. 
b) credora, no ativo não circulante. 
c) devedora, no ativo não circulante. 
d) devedora, no patrimônio líquido. 
e) credora, no patrimônio líquido. 
Comentários: 
As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas na 
tesouraria. A AQUISIÇÃO de ações de emissão própria e sua alienação são também transações 
de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da entidade. 
A conta “ações em tesouraria” é REDUTORA do PL , NATUREZA DEVEDORA. 
O gabarito é letra d. 
 
Na elaboração do balanço patrimonial relativo ao exercício social encerrado em 31 de dezembro 
de 2017, determinada sociedade anônima adotou os procedimentos a seguir. 
10. (CESPE/CAGE-RS/Auditor de Estado/2018.adaptada) As ações em tesouraria foram 
apresentadas no balanço retificando a conta de patrimônio líquido que registrava a origem 
dos recursos utilizados na sua aquisição.. 
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Comentários: 
Correto, mais uma questão de ações em tesouraria, a o art. 182, § 5º da lei 6404/76 prevê que as 
ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio 
líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição. 
11. (CEBRASPE/TRT 7ª Região/Analista Judiciário - Contabilidade/2017) Uma companhia 
comprou suas próprias ações para manter em tesouraria e, em momento posterior, as 
vendeu por valor 50% superior ao valor da compra. 
Nessa situação hipotética, os custos de corretagem de compra das ações e a diferença positiva 
entre o custo de aquisição das ações e o valor de venda devem ser reconhecidos, respectivamente, 
como 
a) outras despesas do exercício e reserva de capital. 
b) outras despesas do exercício e outras receitas do exercício. 
c) acréscimo do custo das ações e reserva de capital. 
d) acréscimo do custo das ações e outras receitas do exercício. 
Comentários: 
A compra e a alienação de ações em tesouraria é transação com sócios. E o lucro ou prejuízo 
(melhor dizer "ganho ou perda") em transações com sócios fica no PL, não no Resultado. 
- Se tiver ganho na venda das ações em tesouraria: fica no PL, numa reserva de capital, semelhante 
à reserva de prêmio na emissão de ações. 
- Se tiver perda, também fica no PL, e vai diminuir a reserva que serviu de lastro para a aquisição 
das ações em tesouraria. 
E sobre os custos de emissão de ações? Qual o tratamento contábil previsto? O CPC 08 - Custos 
de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários nos apresenta: 
8. A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também transações 
de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado 
da entidade. 
9. Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria 
entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de tais ações. 
10. Os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem 
ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação, 
resultados esses contabilizados diretamente no patrimônio líquido, na conta que 
houver sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não afetando o 
resultado da entidade. 
O gabarito é letra c. 
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12. (CEBRASPE/TRE-BA/Técnico .Judiciário-Contabilidade/2017) As contrapartidas de 
aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo em 
decorrência da sua avaliação a valor justo são classificadas como 
a) depreciação, exaustão e amortização. 
b) valores em uso. 
c) provisões para créditos de liquidação duvidosa. 
d) reservas para contingências. 
e) ajustes de avaliação patrimonial. 
Comentários: 
A nova redação da lei 6404/76 prescreve o seguinte: 
Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto 
não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de 
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a 
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, 
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores 
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177. 
O gabarito é letra e. 
 
De acordo com a legislação societária, os princípios de contabilidade e os pronunciamentos do 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item seguinte, relativo a demonstrações 
contábeis. 
Situação hipotética: Determinada empresa apresentou as seguintes contas ao fim de determinado 
exercício. 
contas saldo em reais 
ações em tesouraria 273.600 
capital social 6.241.700 
reservas de capital 203.700 
reservas de lucro 1.657.100 
13. (CESPE/TCE-PE/ACE/2017) Assertiva: Nessa situação, o valor do patrimônio líquido a ser 
apresentado no balanço patrimonial será superior a R$ 8 milhões. 
Comentários: 
Integram o Patrimônio Líquido, de acordo com a Lei 6404/76 e alterações, as seguintes contas: 
O saldo do PL apresentado será: 
 
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(+) Capital Social 6.241.700 
(+) Reservas de capital 203.700 
(+) Reservas de lucros 1.657.100 
(-) Ações em tesouraria 273.600 
Total 7.828.900 
Um candidato mais desavisado somaria o saldo da conta de ações em tesouraria e encontraria um 
valor maior do que R$ 8 milhões e consideraria o item errado. Muito cuidado. O gabarito é errado. 
 
O patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os 
seus passivos. A respeito do patrimônio líquido e das contas que o integram, julgue os itens a 
seguir. 
14. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017.Adaptada) Ações em tesouraria são contas 
redutorasde patrimônio líquido, por representarem o prejuízo assumido pela entidade ao 
recomprar suas próprias ações. 
Comentários: 
Errado, as ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas 
na tesouraria. A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também transações de 
capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da entidade. A 
conta “ações em tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido (PL). 
As ações ficam registradas em tesouraria pelo seu valor nominal e eventuais perdas na operação 
serão lastreadas pelas reservas que deu origem à operação. 
15. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017.Adaptada) A conta denominada ajuste de 
avaliação patrimonial tem como função apresentar as diferenças (positivas ou negativas) 
decorrentes da reavaliação de ativos imobilizados, fixos ou instrumentos financeiros. 
Comentários: 
Errado, antes das alterações da Lei das S.A, havia no patrimônio líquido a conta reserva de 
reavaliação. Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de avaliação patrimonial. Contudo, 
não se trata de mera alteração de nome. 
A reavaliação que se aplicava aos bens tangíveis do ativo permanente e que poderia ser ou não 
realizada, a bel-prazer dos acionistas, deixou de existir. 
Ademais, o ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar como para reduzir valores 
de ativos e de passivos, enquanto a reavaliação servia apenas para o aumento de bens do 
permanente. 
A nova redação prescreve o seguinte: 
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Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto 
não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de 
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a 
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, 
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores 
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177. 
A questão erra ao restringir a contabilização do Ajuste de Avaliação Patrimonial somente para os 
ativos. 
16. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017.Adaptada) A diferença positiva entre o valor 
nominal de uma ação negociada em bolsa e o valor pago pelo comprador configura a 
contabilização de uma reserva de capital. 
Comentários: 
Correto, com espeque no artigo 182 da Lei das S.A´s: 
Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que 
registrarem: 
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte 
do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância 
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações 
de debêntures ou partes beneficiárias; 
17. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017.Adaptada) No patrimônio líquido, capital a 
subscrever e capital a integralizar são contas sinônimas: ambas representam parcela do 
capital já subscrito e ainda não transferido à entidade. 
Comentários: 
Errado, a conta capital a subscrever é representa a parcela de capital que ainda não foi subscrita, 
mas o estatuto da empresa prevê autorização prévia para aumento de capital sem reforma 
estatutária. 
 
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e suas atualizações e com os pronunciamentos do 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item que se segue. 
18. (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional/2017) Ajustes de avaliação patrimonial é 
conta do patrimônio líquido e constitui um tipo de reserva de capital. 
 
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Comentários: 
Para facilitar, vamos dividir o item em duas partes: 
“Ajustes de avaliação patrimonial é conta do patrimônio líquido” [...] 
Após as alterações da Lei das S.A, surgiu a conta o ajuste de avaliação patrimonial no grupo 
patrimônio líquido. 
Logo, essa parte está certa. 
“Ajustes de avaliação patrimonial é conta [...] tipo de reserva de capital.” 
Aqui é importante lembrar que serão classificadas como reservas de capital as contas que 
registrarem: Ágio na emissão de ações, Produto da alienação de partes beneficiárias e Produto da 
alienação de bônus de subscrição. 
Portanto, o item erra ao incluir o ajuste de avaliação patrimonial como um tipo de reserva de 
capital. Consequentemente, o gabarito é errado. 
19. (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional/2017) A conta de ajuste de avaliação 
patrimonial, integrante do patrimônio líquido, representa a contrapartida de aumentos ou 
diminuições do valor de elementos patrimoniais avaliados a valor justo, podendo ter partes 
de seu valor transferidas diretamente para lucros ou prejuízos do exercício, quando da 
baixa dos itens patrimoniais que lhe deram causa. 
Comentários: 
Vejamos o que diz o art.183 da LSA: 
Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto 
não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de 
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a 
elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, 
nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores 
Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177 
Como regra, os valores registrados nessa conta deverão ser transferidos para o resultado do 
exercício à medida que os ativos e passivos forem sendo realizados, porém, alguns registros não 
irão transitar pelo resultado, podendo ser transferidos diretamente para Lucros ou Prejuízos 
Acumulados. O gabarito é certo. 
20. (CESPE/TCE-PA/ACE/Ciências Atuariais/2016) As reservas de capital representam uma 
aplicação de recursos de caráter permanente. 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 12
 Contabilidade Geral p/ Polícia Federal (Agente) - 2020 - Pré-Edital (Preparação de A a Z)
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Comentários: 
Item errado, Reservas são valores que representam elementos patrimoniais sem qualquer 
característica de exigibilidade atual ou futura. As reservas de capital são valores recebidos pela 
empresa (dos sócios ou de terceiros) que não se configuram como receita, isto é, não transitam 
pelo resultado do exercício, sendo contabilizadas diretamente à conta de Patrimônio Líquido. 
Por serem contas de Patrimônio Líquido, as reservas representam ORIGENS e não APLICAÇÕES 
de recursos 
 
Com base nas normas de contabilidade aplicáveis às demonstrações financeiras, julgue o item 
subsecutivo. 
21. (CESPE/DPU/Contabilidade/2016) As ações em tesouraria representam as ações da 
companhia que são adquiridas pela própria sociedade e devem ser registradas no 
patrimônio líquido, em conta credora, de modo a aumentar, assim, o valor do capital social. 
Comentários: 
Item errado! As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria empresa e 
mantidas na tesouraria. A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também 
transações de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem afetar o resultado da 
entidade. 
A conta “ações em tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido (PL), portanto, possui natureza 
devedora. 
 
Composição do patrimônio líquido Em R$ 
Capital social 1.600.000 
Reserva legal 250.000 
Reserva de contingência 50.000 
Ajuste de avaliação patrimonial 350.000 
A tabela apresenta a composição do patrimônio líquido relativo ao ano de 2014 no balanço 
patrimonial da empresa Alfa. Ao final do ano de 2015, a empresa apurou um lucro líquido de R$ 
1.500.000. O saldo da reserva de contingência não foi utilizado, tampouco foi constituída

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