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HIV/SIDA

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Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA)
· RNA VÍRUS com 2 fitas simples de RNA
· Família – Retroviridae
· Gênero – Lentivírus
· HIV – retrovírus citopático e não-oncogênico – vírus da imunodeficiência humana
· A pandemia da AIDS começou em 1981. Após uma identificação de grande número de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais e moradores de Nova York ou São Francisco.
· Em 1987 surgiu o primeiro medicamento que demonstrou eficácia AZT ou azidotimidina (zidovudina) inibidor da transcriptase reversa
· Depois foi descoberto que esse tratamento não ultrapassava 1 ano de terapia. 
· Depois, foi adicionada uma terapia combinada de dois inibidores da transcriptase reversa com um inibidor de protease.
· Essa terapia combinada foi chamada de ‘’coquetel’’ ou HAART (Highly Active AntiRetroviral Treatment)
· Só 3 anos depois do coquetel que diminuiu as infecções, hospitalizações e mortalidade
A infecção do HIV pode ser dividida nos seguintes estágios:
1. Transmissão viral
2. Infecção primária/AIDS aguda/Síndrome aguda da soroconversão
3. Soroconversão
4. Período de latência clínica
5. Infecção sintomática pelo HIV
6. AIDS propriamente dita, que inclui contagem de linfócitos abaixo de 200 células/mm3
*LINFÓCITOS T:
-Citotóxicos (CD8)
-Helper (CD4)
*CD4 é um RECEPTOR! 
Encontrado em: células T, macrófagos, monócitos, células dendríticas e neutrófilos (células T e fagócitos).
ETIOPATOGENIA (causas)
· Espécie HIV. Há dois tipos: HIV-1 e HIV-2. O quadro clínico do HIV-2 tem curso mais benigno, causando menos imunodeficiência. Ambos replicam nas células TCD4.
· Doença de curso crônico
· Longo período de latência clínica
· Replicação viral persistente
· Envolvimento do SNC
· O vírus contém 2 cópias de RNA
· O vírus possui envelope
· As partículas virais possuem: 
· transcriptase reversa
· integrase
· protease
 alvos para o desenvolvimento de terapia antirretroviral.
SOROCONVERSÃO 
É quando a pessoa se torna reagente para o HIV (sai do negativo e vai pro positivo).
Ciclo vital do HIV na célula humana 
· O HIV penetra no organismo do hospedeiro através da mucosa genital.
· As glicoproteínas virais (GP-120) liga-se, através dos receptores CD4, às células dendríticas presentes no epitélio cervicovaginal, mas também encontradas nas amigdalas e adenoide, que podem servir como células-alvo na transmissão via sexo oral. 
· Fusão do envelope do vírus com a membrana da célula hospedeira
· Liberação do ‘’core’’ do vírus para o citoplasma da célula hospedeira
· Transcrição no citoplasma do RNA viral em DNA viral complementar, mediada pela enzima transcriptase reversa (TR).
· Transporte do DNA complementar para o núcleo da célula hospedeira, onde pode haver: 
· integração no genoma celular (provírus) – dependente da enzima integrase. OU
· Permanência em forma circular, isoladamente
· Uma vez no genoma, pode ocorrer ativação da replicação viral e síntese de proteínas para geração de novas partículas virais.
· As proteínas virais produzidas regulam a síntese de novos genomas virais e formam a estrutura externa de outros vírus que serão liberados pela célula hospedeira. Quem organiza isso são as proteases virais.
· O vírion recém-formado é liberado para o meio circundante da célula hospedeira, podendo permanecer no LEC ou infectar novas células.
· Nessa fase, o organismo não desenvolveu qualquer resposta imune, e a medida quantitativa de carga viral é muito elevada.
· Aqui, podem ocorrer manifestações clínicas de uma infecção aguda viral (síndrome da infecção aguda pelo HIV).
· Em resposta a essa invasão, o organismo solicita imunidade específica contra o HIV, mediada pela atividade citotóxica de linfócitos CD8.
· Os níveis plasmáticos de RNA viral caem para níveis mais baixos. 
· Os sintomas desaparecerão.
· Quanto menor for o nível estabilizado da carga viral, mais tempo o indivíduo permanecerá com contagem de CD4 avançadas e mais tempo levará para desenvolver aids.
· Os anticorpos desenvolvidos contra o HIV NÃO são neutralizantes, e por isso sua apresentação revela infecção viral presente.
· Após essa fase aguda, o indivíduo entra no estado de latência clínica e poderá permanecer assintomático por muitos anos.
*A velocidade de desenvolvimento depende do nível de carga viral e o estado imunitário pode ser mensurado pela contagem dos linfócitos CD4.
ANATOMIA DO HIV
GP41: glicoproteína transmembrana que se associa à GP120
GP120: se projeta na superfície viral
As respostas dos anticorpos são contra a GP41 e a GP120.
Essas glicoproteínas são procuradas para testes diagnóstico.
FORMAS DE TRANSMISSÃO
· Relação sexual
· Sanguínea (receptores de sangue, usuários de drogas injetáveis)
· Vertical (da mãe para o filho – durante a gestação, parto ou aleitamento). 
· Ocupacional (acidentes de trabalho)
*Quando a carga viral do paciente é muito baixa, é muito difícil transmitir o vírus.
SEXUAL: 
Em homens, a chance de contrair a doença é maior em uma relação anal receptiva do que insertiva, pois o ânus possui mais área de mucosa que o pênis.
*Violência sexual: o risco de transmissão é maior, pois é comum haver trauma genital
VERTICAL:
A transmissão intrauterina é possível em qualquer fase da gravidez.
As infecções nesse período NÃO SÃO teratogênicas.
O risco de transmissão pro filho pode ser reduzido com o uso de AZT durante a gravidez e no parto.
Leite materno: uso de leite artificial ou leite humano processado em bancos de leite.
FORMAS DE PREVENÇÃO
· Preservativos masculinos e femininos
· Acesso a equipamento estéril de injeção para UDI
· Uso de AZT durante a gestação
Quimioprofilaxia nos casos de exposição sexual: o mais breve possível ou dentro de 72h. Deve-se ter cautela para evitar indicação inadequada de profilaxia para uma pessoa que já pode ser portadora do vírus sem conhecimento.
EXAMES DIAGNÓSTICOS 
 Baseado na detecção de anticorpos contra o HIV ou na detecção de antígenos do HIV.
Sorologia (ELISA): Detecção de anticorpos específicos anti-HIV e antígeno P-24, em sangue, saliva, líquor.
Janela diagnóstica de 15 a 30 dias (tempo necessário para o teste conseguir detectar o anticorpo, após a exposição).
Testes rápidos: detecção de anticorpos em até 30 minutos, permitindo resultados no mesmo dia.
Fácil uso em regiões carentes e afastadas, facilitando acesso ao diagnóstico.
Uso de fluido oral.
Exames complementares: western blot, imunoblot, imunoblot rápido, imunofluorescência indireta
WB: tiras de membrana com proteínas nativas do HIV, separadas por eletroforese.
IB: tiras de membrana com proteínas nativas do HIV, separadas por proteínas recombinantes ou peptídeos sintéticos. 
As tiras são incubadas com amostras de soro ou plasma. Os anticorpos da amostra ligam-se às proteínas da membrana.
Detecção direta do HIV: Detecção direta de componentes do vírus.
Antígeno P-24, RNA ou DNA 
(PCR)
EXAMES PARA O ACOMPANHAMENTO
Contagem de linfócitos CD4+
· Os valores normais são de 800 a 1000 células/mm3.
· Contagem inferior a 200 células/mm3 é diagnóstico de AIDS, mesmo em pacientes assintomáticos.
Quantificação do RNA do HIV plasmático (carga viral).
Indicações::
· Avaliar o prognóstico da infecção
· Monitorar a resposta ao tratamento
· Avaliar o risco de transmissão vertical e definir o tipo de parto
· Cesárea eletiva (Antes da bolsa estourar): carga viral alta
· Diagnóstico de infecção aguda pelo HIV: esse tipo de exame pode ser utilizado no período que antecede a soroconversão.
Testes de resistência
· Desenvolvimento de resistência aos antirretrovirais falha terapêutica
· Análise genotípica (PCR)
· Identifica as drogas que devem ser evitadas
Hemograma 
· Pode acontecer anemia, leucopenia e plaquetopenia progressão da infecção
Exame ginecológico (Papanicolau)
· Busca de câncer cervical
ANTICORPOS
· Os anticorpos contra o HIV são sintetizados 1 ou 2 semanas após a infecção e podem ser identificados no sangue e nos fluidos corporais.
· Apesar de presentes, são insuficientes.
· As cepas que os induze podem se tornar resistentes por mutação.
· A desregulação das células T leva à proliferação de células B. Entre as imunoglobulinasliberadas por células B, estão os autoanticorpo alterações autoimunes
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
· Sem tratamento, a história natural do HIV dura de 8 a 10 anos, levando a morte do paciente.
· Novas tecnologias modificaram essa evolução.
	FORMAS CLÍNICAS
	Infecção aguda (síndrome retroviral aguda)
	Infecção crônica assintomática e linfadenopatia generalizada persistente
	Síndrome pré-AIDS
	AIDS
Infecção aguda (síndrome retroviral aguda)
· Primeira manifestação da doença
· Ocorre entre 16 a 60 dias após a infecção 
· Sinal comum: linfadenopatia generalizada
· Dependendo do volume da infecção, do subtipo do vírus e da competência imunológica do hospedeiro, O paciente poderá ou não apresentar manifestações clínicas.
· Em 40% dos pacientes, essa fase é assintomática.
· Em outros, pode surgir uma síndrome febril inespecífica: com febre elevada, cefaleia, dor retro-orbitária, sudorese noturna, mialgia, artralgia, odinofagia.
· Casos mais graves e mais raros: vômitos, diarreia, hepatite, gengivites, candidíase oral, ulcerações
Diagnóstico diferencial: mononucleose; citomegalovírus; sífilis secundária; dengue; tuberculose; leucemias; anamnese e história clínica FUNDAMENTAL!!!
Infecção crônica assintomática e linfadenopatia generalizada persistente
· Fase crônica assintomática
· Latência clínica, mas não virológica.
· O paciente transmite por sangue, esperma e secreções genitais.
· Replicação viral lenta e persistente, que vai eliminando as células TCD4.
· Perda de 80 a 100 células TCD4 /mL/ano
· Período de duração muito variável. Em média: 3 a 20 anos.
· Após o momento de latência, que dura de 5 a 10 anos, o paciente começa a apresentar sinais clínicos de imunodeficiência, em especial nos linfócitos CD4.
· Durante todo esse período de latência, o paciente consegue transmitir o vírus.
Síndrome Pré-AIDS
· Doenças menos graves (candidíase oral de repetição, herpes zoster, gengivite, etc)
· Alterações cutâneas (turgor e elasticidade diminuídos, exacerbação das lesões prévias)
AIDS
· TCD4 abaixo de 350 mm3
· Os hábitos de vida (Drogas), antecedentes genéticos, vacinas, supressão da imunidade, etc favorecem a ativação da fase latente.
· Tipos de progressão nos pacientes não tratados:
· Progressores rápidos (3 a 5 anos ou até meses)
· Progressores no tempo de 8 a 11 anos (80% dos casos)
· Não progressores lentos – permanecem na fase latente por mais de 10 anos
· Alterações dermatológicas
· Alterações do sistema nervoso
· Alterações do sistema digestório
· Alterações pulmonares
· Infecções oportunistas (tuberculose, candidíase, toxoplasmose..)
Infecções oportunistas
Alguns exemplos:
· Vírus: citomegalovirose, Herpes simples
· Bactérias: tuberculose, pneumonias
· Fungos: pneumocistose, candidíase, criptococose, Histoplasmose
· Protozoarios: toxoplasmose
· Neoplasias: linfomas não Hodgkin

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