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CONCEITO E A DICOTOMIA CONTRATO ADMINISTRATIVO X CONTRATO PRIVADO

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CONCEITO E A DICOTOMIA CONTRATO 
ADMINISTRATIVO X CONTRATO PRIVADO 
 
A Administração Pública, por meio de 
seus agentes, deve exteriorizar a sua 
vontade para desempenhar as atividades 
administrativas e atender o interesse 
público. A manifestação de vontade 
administrativa pode ser unilateral , 
bilateral ou plurilateral . 
A expressão «contratos da 
Administração» é o gênero que comporta 
todo e qualquer ajuste bilateral celebrado 
pela Administração Pública. contratos 
administrativos: são os ajustes celebrados 
entre a Administração Pública e o 
particular, regidos predominantemente 
pelo direito público, para execução de 
atividades de interesse público. 
É natural, aqui, a presença das 
cláusulas exorbitantes que conferem 
superioridade à Administração em 
detrimento do particular. 
Independentemente de previsão 
contratual, as cláusulas exorbitantes 
serão observadas nos contratos 
administrativos, pois a sua aplicação 
decorre diretamente da Lei. 
A Administração Pública e o 
particular estão em situação de relativa 
igualdade, regidos predominantemente 
pelo direito privado. Frise-se que o art. 62, 
§ 3., I, da Lei 8.666/1993 admite a 
aplicação das cláusulas exorbitantes, 
«no que couber», aos contratos privados 
da Administração. 
É evidente, todavia, que as cláusulas 
exorbitantes desnaturariam esses 
contratos, aproximando-os dos contratos 
administrativos típicos. Por essa razão, a 
doutrina sustenta que a presença dessas 
cláusulas nos contratos privados depende 
da vontade das partes e a sua aplicação 
está condicionada à expressa previsão 
contratual. 
As características básicas dos 
contratos privados da Administração são: 
equilíbrio contratual relativo, em razão 
da ausência, em regra, das cláusulas 
exorbitantes; e regime 
predominantemente de direito privado, 
devendo ser observadas, no entanto, 
algumas normas de direito público Ex.: 
contratos de compra e venda, de seguro, 
de locação etc. 
Não obstante isso, a doutrina e a 
jurisprudência pátrias sustentam, ainda, 
a dicotomia mencionada acima, razão 
pela qual a abordagem, utilizada na 
presente obra, observará, em princípio, a 
distinção entre contratos administrativos 
e contratos privados da Administração. 
 
SUJEITOS DO CONTRATO 
 
De acordo com o art. 2., parágrafo 
único, da Lei 8.666/1993, considera-se 
contrato «todo e qualquer ajuste entre 
órgãos ou entidades da Administração 
Pública e particulares, em que haja um 
acordo de vontades para a formação de 
vínculo e a estipulação de obrigações 
recíprocas, seja qual for a denominação 
utilizada». 
Verifica-se, portanto, que as partes no 
contrato administrativo são a 
Administração Pública e o particular , 
conclusão corroborada pelas definições 
contidas no art. 6., incisos XIV e XV, da Lei 
8.666/1993. 
Uma questão que pode gerar dúvidas 
relaciona-se com a possibilidade ou não 
de contratos administrativos entre 
entidades da Administração .A partir da 
visão tradicional, que diferencia os 
contratos dos atos administrativos 
complexos, é possível concluir pela 
inviabilidade da celebração de contrato 
administrativo entre entidades estatais, 
pois, nesse caso, em razão da comunhão 
de interesses, teríamos verdadeiros 
convênios ou consórcios. Por outro lado, é 
ilógico admitir que uma entidade estatal 
tenha superioridade em relação à outra 
entidade constante do ajuste. Ressalte-se 
que a Lei 8.666/1993, ao definir o 
contrato administrativo, foi categórica 
ao dispor que se trata de ajuste entre a 
Administração e o particular , bem como 
estabeleceu diferenças entre os contratos 
e os convênios . 
Excepcionalmente, a figura 
contratual seria admitida nas relações 
firmadas por pessoas administrativas com 
empresas estatais que prestam atividades 
econômicas em regime de concorrência 
com as empresas privadas. Administração 
Direta e por entidades de direito público 
da Administração Indireta . As entidades 
administrativas com personalidade de 
direito privado não celebram contratos 
administrativos, mas, sim, contratos 
privados da Administração. Nesse 
sentido: Jessé Torres Pereira Junior. 
Segunda posição: as entidades de direito 
privado da Administração Pública 
podem celebrar contratos 
administrativos quando prestarem 
serviços públicos. 
Administração, tendo em vista a 
submissão, em regra, ao mesmo regime 
jurídico das empresas privadas , as 
estatais que prestam serviços públicos 
podem celebrar contratos 
administrativos vinculados à prestação 
do serviço público. 
 
 
 
 
Referência Bibliográfica: 
 
Oliveira, Rafael Carvalho Rezende, Licitações e 
contratos administrativos: teoria e prática / 
Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 9. ed. Rio 
de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2020.

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