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Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 A utilização de modelos, analogias e metáforas na construção de conhecimentos significativos à luz da teoria de Vygotsky Eliane G. Silva Fonseca Ronaldo Luiz Nagem Resumo O presente artigo tem por objetivo apontar algumas das implicações da teoria histórico-cultural de Vygotsky ao processo de desenvolvimento intelectual do indivíduo em um ambiente de aprendizagem interativo, mediado pelo uso de modelos, analogias e metáforas na construção e ou ressignificação do conhecimento. Da mesma forma, procura abordar os fundamentos desta teoria com o intuito de situar os educadores e educandos em sua leitura, análise e reflexão crítica. Palavras-chave: Ambientes de aprendizagem, modelos, analogias e metáforas. Abstract This article aims to highlight some of the implications of historical-cultural theory of Vygotsky in the process of intellectual development of the individual in an interactive learning environment, mediated by the use of models, analogies and metaphors in the construction and / or ressignification knowledge. Likewise, the foundation seeks to address this theory in order to situate the teachers and students in reading, analysis and critical reflection. Keywords: Learning environments, models, analogies and metaphors. Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 Introdução Este trabalho tem o objetivo de apontar a possibilidade do uso sistemático de modelos, analogias e metáforas1 O presente artigo pretende desenvolver uma prática pedagógica em que a utilização de signos, enfatizando especialmente os Modelos, Analogias e metáforas sejam compatíveis com uma leitura histórico-cultural do processo de aprendizagem humana. Elaborar uma prática pedagógica a partir da teoria de Vygotsky, resulta num compromisso da educação como como forma de auxiliar professores e alunos no processo de construção e ressignificação do conhecimento, principalmente daqueles mais abstratos, a partir das mediações simbólicas à luz das teorias propostas por Vygotsky, geradas pelo processo relacional entre o estranho e o familiar, enfocando os processos interativos humanos e a construção de saberes significativos. Para Ausubel (1968) aprendizagem significativa é um processo por meio do qual uma nova informação relaciona-se com um aspecto especificamente relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo. Ou seja, esse processo envolve a interação da nova informação com uma estrutura de conhecimento específica, existente na estrutura cognitiva do indivíduo. A aprendizagem significativa ocorre quando a nova informação ancora-se em conceitos ou proposições relevantes, pré-existentes na estrutura cognitiva do aprendiz. A Teoria Histórico-Cultural de Vygotsky é, hoje, referência para muitos estudos em Educação. Sua contribuição para o entendimento da formação social do indivíduo e sua interpretação do papel ímpar que a educação possui neste processo, a credencia como concepção de homem e de mundo em condições para fundamentar a concretização de uma prática pedagógica que, filosoficamente, leve a compreensão de que educar é um ato político, ético e moral, contextualizado numa cultura e representante de uma história, realizado num processo de aprendizagem caracterizado por múltiplas mediações. 1 Epistemologicamente, o conceito de analogias e metáforas, segundo estudos realizados por Santos T. et al (1990, p.7), significam respectivamente:“Ana = de acordo com, segundo”.Logos= razão. Portanto, segundo uma razão. No sentido original (empregado pelos gregos): proporcional. Meta =mudar. Pherein= carregar, portar. A junção dos dois étimos era compreendida pelos gregos como significando transferir ou transportar” . Duit (1991, p.651) diferencia analogias de metáforas da seguinte forma: “(...) uma analogia compara explicitamente as estruturas de dois domínios: ela indica semelhança ou identidade de partes das estruturas. Uma metáfora, por sua vez,compara implicitamente, destacando características ou qualidades relacionais que não coincidem em dois domínios. Tomadas literalmente, as metáforas são simplesmente falsas”. Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 instrumento mediador do acesso democrático ao conhecimento e consequentemente, como processo capaz de contribuir para o desenvolvimento humano. Há inúmeros aspectos comuns entre o embasamento vygotskyano e a utilização de modelos, analogias e metáforas . Dentre os quais, destaca-se que segundo o autor, a relação homem/mundo é mediada por sistemas simbólicos. No sentido de buscar o entendimento sobre a causalidade dos fenômenos associados ao não-aprendizado de conteúdos em diferentes áreas do conhecimento , somam-se contribuições às quais têm imprescindível relevância nas pesquisas como referencial para o entendimento dos aspectos mentais associados a esses fenômenos. Dessa forma, far-se-á um recorte sobre a questão dos signos ( Modelos, Analogias e Metáforas ) e de seus significados na concepção de um novo conhecimento ou na ressignificação de um conhecimento anterior. A mediação simbólica Vygotsky dedicou-se principalmente ao estudo das funções psicológicas superiores, assim chamadas porque se referem a mecanismos intencionais, ações conscientemente controladas, processos voluntários que dão ao sujeito a possibilidade de independência em relação às características do momento e espaço presentes. Existem três pressupostos centrais que são os fundamentos do pensamento de Vygotsky: as funções psicológicas como produtos de atividade cerebral levando-se em conta todo um suporte biológico, a consciência proveniente das práticas sociais (a relação entre indivíduo e mundo exterior) como fruto de um processo histórico e a relação homem/mundo mediada por sistemas simbólicos. Este último terá relevância maior no desenvolvimento deste artigo. Para Oliveira, “um conceito central para compreendermos o fundamento sócio-histórico do funcionamento psicológico é o conceito de mediação, que nos remete ao terceiro pressuposto vygotskiano: a relação do homem com o mundo não é uma relação direta,mas uma relação mediada, sendo os sistemas simbólicos os elementos intermediários entre o sujeito e o mundo. Esses sistemas simbólicos são estruturas complexas e articuladas que se organizam por meios de signos e Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 instrumentos, estes últimos chamados elementos mediadores. (OLIVEIRA, 1997, p.24)”. Ainda para Oliveira (1997, p.24), “A presença de elementos mediadores introduz um elo a mais nas relações organismo/meio, tornando-as mais complexas. Ao longo do desenvolvimento do indivíduo as relações mediadas passam a predominar sobre as relações diretas.” Os instrumentos e os signos Com inspiração marxista, estabelecendo serem as relações dos homens entre si e com a natureza mediadas através do trabalho, Vygotsky buscou analisar a função mediadora presente nos instrumentos elaborados para a realização da atividade humana. O instrumento, neste sentido, é então provocador de mudanças externas, pois amplia as possibilidades de intervenções na natureza. É o elemento físico através do qual o sujeito regula suas ações sobre objetos também físicos. Por outro lado, diferenciando-se da natureza física dos instrumentos, para Vygotsky os signos seriam elementos mediadores com a função de regular as ações sobre o psiquismo das pessoas, ferramentas auxiliares no controle das atividades psicológicas. Para Oliveira, Os signos não se mantêm como marcas externas isoladas, referentes a objetos avulsos,nem como símbolos usados por indivíduos particulares. Passam a ser signos compartilhados pelo conjunto dos membros do grupo social, permitindo a comunicação entre os indivíduos e o aprimoramento da interação social. (OLIVEIRA,1997, p.36). A linguagem também tem nos seus signos, elementos que representam quantidades, situações, objetos ou conjuntos. A construção desta linguagem perpassa a própria história da humanidade; seus signos, provenientes de diversas culturas, foram agrupados no sentido de mensurar número e forma, ideias essenciais, cuja formalização linguística foi de fundamental importância para a viabilização da interação social nos seus aspectos comerciais, econômicos e tecnológicos, entre outros. O significado Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 Nas relações entre pensamento e linguagem, o significado ocupa lugar central: é componente essencial do signo e ao mesmo tempo é um ato de pensamento. Para Oliveira (1997, p.48), “São os significados que vão propiciar a mediação simbólica entre o indivíduo e o mundo real, constituindo-se no ‘filtro’ através do qual o indivíduo é capaz de compreender o mundo e agir sobre ele.” As transformações de significado ocorrem não apenas a partir de experiências vividas, mas, principalmente, a partir de definições, referências e ordenações de diferentes sistemas conceituais, mediadas pelo conhecimento já consolidado na cultura. Vygotsky (1998, p.73) afirma que “O signo, por outro lado, não modifica em nada o objeto da operação psicológica. Constitui um meio da atividade interna, dirigido para o controle do próprio indivíduo; o signo é orientado internamente.” De acordo com Oliveira, “[...] é a partir de sua experiência com o mundo objetivo e do contato com as formas culturalmente determinadas de organização do real (e com os signos fornecidos pela cultura) que os indivíduos vão construir seu sistema de signos, o qual consistirá numa espécie de “código” para decifração do mundo. (OLIVEIRA, 1997, p.37)”. A PERGUNTA DE PESQUISA A Teoria Histórico-Cultural de Vygotsky é compatível com uma prática pedagógica que se utiliza de Modelos, Analogias e Metáforas como instrumentos mediadores dos processos interativos humanos da construção do conhecimento significativo? Os processos de aprendizagem e desenvolvimento do indivíduo no contexto atual, no qual a difusão de informações e a apropriação do conhecimento ocorrem de forma acelerada e eficiente em conseqüência dos grandes avanços nos setores científico e tecnológico, têm revelado novas necessidades e desafios à prática pedagógica e também a participação do indivíduo na sociedade e na transformação da mesma. Considerando os aspectos colocados acima, é notável a influência do meio e de todos os seus aparatos ao comportamento e ação do indivíduo, bem como ao seu desenvolvimento, conforme sugere e teoria de Vygotsky. Assim, consideramos necessária uma reflexão sobre os Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 processos de ensino e aprendizagem que podem ser mediados pelo uso de modelos, analogias e metáforas, que se constitui o foco de análise deste texto. Portanto, o propósito deste texto é analisar a relevância da utilização de modelos, analogias e metáforas e suas aplicações e implicações nos processos de ensino e aprendizagem, tomando a teoria de Vygotsky como aporte teórico. Partindo deste propósito, consideramos necessária uma revisão de alguns dos conceitos da teoria histórico-cultural de Vygotsky para assim poder relacioná-los às ações pedagógicas no processo educativo e discutir as implicações da utilização de modelos, analogias e metáforas aqui considerados no fazer pedagógico e na prática docente. No que concerne à ação do professor, é fundamental que ele tenha compreensão dos fundamentos da teoria de Vygotsky, à medida em que os toma como alicerces à sua prática pedagógica, evitando assim, discrepâncias no uso desses recursos didáticos ou antagonismos entre teoria e prática. Consideramos necessário, também, que esses professores tenham clareza dos objetivos daquilo que estão propondo, das necessidades específicas do contexto social que atuam, bem como do tipo de indivíduo que pretendem formar para interagir neste, pois só assim poderão escolher metodologias e recursos adequados a essas práticas, avaliando as necessidades, desafios, possibilidades e limitações que surgem com a utilização desses artefatos e ou modelos. É importante lembrar que o uso de Modelos, Analogias e Metáforas nos processos de ensino aprendizagem geram conflitos, dúvidas e insegurança por parte do professor, pois uma mudança metodológica desestrutura a sua prática docente e provoca um certo desequilíbrio na forma de conduzir o processo de ensino devido à instabilidade oferecida pela ferramenta utilizada e pelos imprevistos e desafios que isto pode gerar. Modelos, Analogias e Metáforas como recursos de aprendizagem A proposição de estratégias de ensino construtivista inauguraram na educação e ciência numa nova tentativa de solução para os antigos e graves problemas com o ensino- aprendizagem,principalmente aqueles relacionados à apropriação de conteúdos científicos veiculados na escola. Giordan & Vecchi (1988, p. 23), compilam alguns desses problemas: Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 "... as investigações desenvolvidas em diversos países... tem mostrado que a maior parte do saber científico que se ensina durante a escolaridade, é esquecido em poucos anos e inclusive em poucas semanas... quando é adquirido. Os conhecimentos são dificilmente transmissíveis, tanto no plano individual como no social. Sua transferência, de um nível a outro do ensino parece ser igualmente difícil... O saber é, por último, dificilmenteutilizável, na vida cotidiana ou na vida profissional, para explicar um fenômeno ou orientar uma decisão". Tais problemas e a compreensão construtivista da forma como a aprendizagem se processa tiveram importantes e significativas implicações no ensino e na própria aprendizagem,produzindo a elaboração de novas abordagens para a didática do ensino. Entretanto, a relação entre a visão de aprendizagem construtivista e consequentes implicações pedagógicas é uma perspectiva polêmica. Millar (1989, p. 589), questiona as contribuições que as propostas metodológicas possam trazer para a pesquisa em educação e para a apreciação do que está envolvido no ensino de ciências, discutindo que “um modelo construtivista de aprendizagem não acarreta logicamente um modelo de ensino construtivista” e que esta associação pode até ser “improdutiva”. Evidentemente, como demonstra o sucesso alcançado pelo campo de pesquisa em ensino- aprendizagem construtivista de ciências, refletido através do grande número de trabalhos implementados, essa análise não se mostrou tão improdutiva ao longo dos anos, no que se refere a sua aplicabilidade em sala de aula. Entretanto, alguns pesquisadores consideram que as abordagens de ensino realizadas até agora, não são melhores que as tradicionais e lhes parece óbvio que somente levar em consideração as concepções dos estudantes não resultou em progresso considerável na aprendizagem dos alunos (Duit, 1993). As novas estratégias propostas, apesar de oriundas de diferentes raízes teóricas e comprometidas por amplo espectro de visões podem ser agrupadas em duas categorias distintas (Scott, 1991): 1) aquelas que são baseadas no estabelecimento de conflitos cognitivos e 2) aquelas que utilizam analogias e modelos explanatórios no processo de mudança de concepções dos estudantes. Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 Estratégias de ensino baseadas no estabelecimento de conflitos cognitivos X estratégias baseadas no uso de modelos, analogias e metáforas As propostas educacionais que utilizam estratégias de conflito cognitivo parecem, segundo Mortimer (1994), desconhecer certos importantes aspectos da teoria piagetiana de equilibração. Mortimer (1994, p. 54), argumenta que a maioria da estratégias de ensino, apesar da raiz piagetiana, desconsideram que o papel das lacunas no processo de equilibração é tão importante quanto os conflitos, pois no processo de “construção de uma ideia nova, a falta de informações para interpretar os resultados é obstáculo maior que o conflito entre as idéias dos estudantes e os resultados”. O autor considera ainda, que as dificuldades relacionadas à construção de totalidades leva o aluno a não generalizar suas explicações, pois não as reconhece como gerais e aplicáveis a vários contextos, mas como esquemas localizados. O aluno tem, dessa forma, grande dificuldade em reconhecer, enfrentar e vivenciar conflitos e poderiam “não reconhecer a perturbação enquanto tal e suas ideias permaneceriam inalteradas. Quando se elabora uma análise mais criteriosa destas estratégias, “o conflito cognitivo parece ser eficiente apenas para os casos em que há uma ligação direta entre o conceito a ser ensinado e os fatos empíricos” (Mortimer, 1994, p. 6). De forma que quando se pretende trabalhar com uma teoria de explicação causal, os fatos empíricos se revelam insuficientes para provocar uma perturbação que gere um desequilíbrio, ou ainda, uma situação considerada como conflitiva pelo professor pode não sê-la para o aluno. Estas dificuldades teóricas e práticas envolvendo a utilização de conflito cognitivo nas estratégias de ensino, promoveram o desenvolvimento de outras estratégias que, além de evitar a discussão explícita das idéias dos alunos em sala de aula, tampouco procuram problematizá-las, antes da construção da teoria aceita cientificamente. Estas estratégias baseadas no desenvolvimento de ideias consistentes com o ponto de vista científico utilizam modelos, analogias e metáforas, pretendendo o aumento da aplicação (e uso) da intuição e a mudança conceitual daquelas concepções nas quais os estudantes podem dar sentido intuitivo a aspectos de uma teoria científica, anteriormente considerados contraintuitivos - processo de “ancoragem de intuições“ (Clement , 1989). Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 O uso de pontes construídas através de analogias, “bridging analogies” (Brown, 1994), pretende que os estudantes possam ser capazes de estender suas intuições inicialmente válidas para situações-alvo ainda mais difíceis. Essas estratégias, em geral, consistem de quatro etapas (Brown e Clement, 1989): · os estudantes relatam suas concepções sobre um tópico considerado, explicitando-as através do uso de uma questão-alvo (target question), · o professor sugere um caso (a âncora - anchoring example), o qual ela/ele vê como análogo à questão-alvo, e no qual aparecem as intuições dos alunos, · o professor pede aos estudantes para fazer uma comparação explícita entre a âncora e os casos-alvo, num esforço para estabelecer uma relação analógica, · se o estudante não aceita a analogia, o professor esforça-se para encontrar um “bridging analogy” (ou várias “ bridging analogies”) conceitualmente intermediárias entre a idéia-alvo e a âncora. O conflito cognitivo não é estabelecido explicitamente nestas estratégias, e a demanda cognitiva exercida sobre o aluno tem uma natureza construtiva, que procura exercitar o estabelecimento de novas relações e possibilidades, ao invés de desestruturar o conhecimento anterior dos alunos. Entretanto, da mesma forma que o monitoramento do processo do conflito cognitivo é difícil, a monitoria e controle doa modelos, analogias e metáforas também o são. Esses recursos não somente podem facilitar a compreensão e a aproximação intelectual a um objeto científico como podem também ser os causadores da elaboração de novas concepções, ainda mais diferentes das ideias científicas que se pretendia construir. Resumidamente, nas estratégias baseadas em modelos, analogias e metáforas o tratamento dado às concepções dos alunos pressupõe que as mesmas devem ser integradas ou subsumidas pelas ideias científicas de maior poder explicativo, enquanto as estratégias de conflito cognitivo preveem que as ideias dos estudantes deveriam ser abandonadas no processo de ensino. Esta abordagem da mudança de conceitos pode ser questionada sob vários aspectos e pesquisadores construtivistas imbuídos de uma visão ainda mais construtiva do pensamento humano apontam para uma análise onde há coexistência de concepções espontâneas e científicas ( Mortimer, 1994). Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 Segundo Scott (1991, p. 417), em lugar de mudança conceitual parece haver um “desenvolvimento paralelo de ideias”, que resulta em “explicações alternativas que podem ser empregadas em momento e situações apropriados”. A possibilidade de que as concepções prévias dos alunos sobrevivam ao processode ensino-aprendizagem é fundamentada pelas pesquisas que mostram o fracasso das tentativas de extinção de concepções em sala de aula (Kuiper, 1994). Os estudantes (de todos os níveis de escolaridade), os professores e inclusive os profissionais da ciência mantêm suas concepções para vários domínios do conhecimento, por serem estas muito valiosas em determinados contextos, especialmente aquelas que pertencem a áreas não muito familiares. Por outro lado, a utilização cotidiana de termos científicos com sentidos do “senso comum” consagrados culturalmente, torna pouco vantajoso, e até prejudicial à comunicação social, o abandono daquelas concepções. A extinção de concepções pode provocar estranhos resultados, alguns dos quais foram analisados por Duit (1993), no que se refere ao conceito de energia. Entretanto, esta análise é bastante tímida nas estratégias de ensino e a grande maioria das pesquisas analisa e propõe modelos-analógicos onde as concepções dos estudantes são trabalhadas com o objetivo de promover as substituições de conceitos. ALGUNS CONCEITOS: Metáfora: é uma relação verbal condensada em que a ideia, imagem ou símbolo pode através da presença de uma ou mais ideias, imagens ou símbolos, ser enriquecida em viveza, complexidade ou quantidade de implicações. (Princeton Encyclopedia of poetry and poetas). Substituição de uma palavra por outra em virtude de certa relação de semelhança. (Silveira Bueno). Metáfora: Comparação implícita e subjetiva entre dois conceitos, de livre interpretação e desvinculada da realidade. (FONSECA 2004) Analogia: Comparação explícita e objetiva de similaridades e diferenças; constitui uma identidade entre as partes estruturais, de interpretação semelhante e ancorada à realidade. (FONSECA 2004) Modelo: A noção de modelo, ora empregado como sinônimo de analogia, ora como sinônimo de metáfora passou a ser utilizada com frequência no decorrer do desenvolvimento da ciência moderna. Concordamos que exista estreita relação entre "analogia", "metáfora" e Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 "modelo" para a produção do conhecimento científico. A grande maioria dos autores que trata deste tema, por vezes, utiliza um conceito como apoio do outro. Um modelo pode ser definido como uma representação de um objeto ou uma ideia, de um evento ou de um processo. Por modelo aqui, estamos nos referindo à classe particular dos modelos analógicos.. Da mesma forma que uma analogia, um modelo analógico implica na existência de uma correspondência estrutural e funcional entre sistemas distintos. Modelos, Analogias, Metáforas e Conhecimento: é possível tal inter-relação? No intuito de que haja mais afinidade com o tema em questão, eis algumas considerações relevantes de acordo com alguns estudiosos e ou usuários de MODELOS, ANALOGIAS E METÁFORAS em suas obras de produção do conhecimento científico: Dreisdat (1968) considera que: ”...as analogias são realmente ferramentas indispensáveis para o progresso científico.” Darwin (1996) utilizou a “metáfora da árvore da vida”, sendo essa a principal metáfora de “A origem das espécies.” Arquimedes citado em Assis ( 1996) também se valeu de uma analogia para desvendar o mistério da coroa do rei; se era ou não de ouro. Ribeiro ( 2000 ) diz que símbolos e metáforas são textos e, como tais, demandam decodificações que são capazes de revelar facetas do fenômeno humano e que nesse processo, é possível , então, produzir conhecimento. Sternberg ( 1997) afirma que grande parte de sua pesquisa inicial foi focada em analogias e raciocínio silogístico. Descreve os resultados de vários experimentos de analogia, que sustentam a teoria triarca. Khun ( 2003) assegura que uma vez percebida a semelhança e aprendida a analogia entre dois ou mais problemas distintos, o estudante pode estabelecer relações entre os símbolos a aplicá-los à natureza segundo maneiras que já tenham demonstrado sua eficácia anteriormente. Muitos conceitos são construídos a partir das metáfora e as mesmas permitem a compreensão de conceitos abstratos e complexos. Dreisdat (1968) afirma que tem sido apontado, frequentemente, por psicólogos que estudam a criatividade, que as analogias e metáforas são constantemente utilizadas por cientistas Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 em suas descobertas e considera que “ as analogias são ferramentas indispensáveis e inevitáveis para o progresso científico “. Bauer & Riechter ( 1996) relatam que as analogias são de importância capital na aprendizagem com modificação conceitual, na qual podem ajudar a reestruturar a memória já existente e prepará-la para novas informações. E que o emprego de uma analogia não apenas ajuda ou facilita a aprendizagem de um novo domínio, mas também abre novas perspectivas de visão e, então, reestrutura o análogo. Vygotsky (1998) “Uma analogia interessante nos vem à mente quando pensamos em zona de desenvolvimento próximo. Em mecânica, quando regula-se o ponto de um motor a explosão, este deve ser ajustado ligeiramente à frente do momento de máxima compressão dentro do cilindro, para maximizar a potência e o desempenho”. Para Vygotsky “a linguagem é um sistema simbólico dos grupos humanos e representa um salto qualitativo na evolução da espécie”. É ela que fornece os conceitos, as formas de organização do real, a mediação entre o sujeito e o objeto Nagem (2001) confirma que elaborar novas e boas imagens, modelos, analogias ou metáforas é um ato de criação e, ao mesmo tempo, instiga e desafia o conhecimento. Segundo ele, imagens, modelos, analogias e metáforas são constituintes do pensamento humano e não podemos negar que estão fortemente presentes em quase todas as atividades humanas: na pesquisa científica, no relato de trabalhos científicos, nas atividades docentes, na expressão oral ou escrita, na divulgação e vulgarização de idéias e produtos da mídia, nos livros, entre outros. Isso nos leva a crer que o pensamento humano pode processar um conhecimento de forma criativa, compreensível e eficiente, através de um raciocínio lógico, se valendo das comparações metafóricas e modelos analógicos.( Fonseca, 2010) O papel dos modelos , analogias e Metáforas na Ciência da Educação O papel do uso de modelos, analogias e metáforas no ensino tem sido extensivamente pesquisado na Educação. O principal propósito desse recurso como uma estratégia estendida ao ensino é que o entendimento desenvolvido do fenômeno abstrato passa ater referência concreta Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 na transferência cognitiva da base para o domínio alvo, em direção à recognição no compromisso criador do processo de aprendizagem. Raciocínio Analógico e Abstração O acesso para ensinar através de modelos, analogias e metáforas é um tentativa de criar mais acessibilidade ao conhecimento, proporcionando maior compreensão daquilo que é essencialmente abstrato e intangível. O professor, numa explicação com essa metodologia,tem produzido uma certa decisão enquanto para o caminho mais efetivo para proceder baseado na experiência pedagógica na qual o raciocínio analógico apoia os estudantes no compromisso crítico com o fenômeno abstrato. No entanto, na localização do significado do objeto fora da interpretação do conteúdo, o desenvolvimento de modelos, analogias e metáforas na pedagogia para fazer pontes progressivamente da base para o domínio alvo, assumem que existe acordo completo da natureza para o conceito-alvo. A interpretação não é somente parcial, mas também transitória e subjetiva. Neste sentido, modelos, analogias e metáforas são mecanismos através dos quais hipóteses são criadas e particularmente provadas (Wilbers and Duit 2001). Aprendizagem: implicações Práticas do uso de modelos, analogias e metáforas A importância da aprendizagem baseada no uso de modelo-analógico (Clement 2000) é prevista na noção de que existe uma necessidade para a ciência de fazer sentido e para uma explicação coerente e satisfatória para ser baseada pelos mecanismos causais. No entanto, existem limitações com respeito à importação da base para o domínio-alvo e existe uma necessidade de monitorar o processo de aprendizagem tal que aqueles mecanismos que são importados, tornem-se apropriados e úteis. O foco na criação de um modelo de mudança conceitual ( Vosniadou 2001) que pode ser usado para informar uma estratégia de ensino, tem derivado a partir do reconhecimento que o desenvolvimento da compreensão qualitativa é uma previsão central para a ciência , fazendo sentido para o aluno. Se o conhecimento que os alunos encontram na ciência da educação não estão para continuar inertes , a sensação de não dar a luz a nenhuma relação com a explicação Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 causal do fenômeno experimentado fora da instrução da ciência formal. Então, lá necessita estar endereçado aos mecanismos que facilitam tal mudança. Um aspecto preocupante , é que a metacognição requer do aluno o exame de suposições que suportam a moldura explicativa cognitiva que eles usam para explicar o mundo. Isto os apoiariam, considerando o raciocínio base de outros modelos explicativos e considerar a evidência empírica e a coerência intrínseca na qual estes modelos são baseados. O aluno, de acordo com os pressupostos da teoria de Vygotsky, é o sujeito ativo do seu processo de aprendizado e desenvolvimento, pois é ele quem age sobre o instrumento mediador de sua ação. Desta forma ele precisa estar apto a dominar suas funções, signos e sistemas de símbolos para que a sua conduta seja consciente e planejada. A função do professor na teoria vygotskyana aplicada em ambientes de aprendizagem é de vital importância. É ele quem vai fornecer ao aluno os novos signos e sistemas de símbolos , cabendo-lhe todas as responsabilidades que esta tarefa pressupõe. Também compete a ele a tarefa de organizar esse ambiente propiciando condições para que o aluno seja instigado a investigar, refletir e debater sobre determinados conceitos e a formular novas conjecturas sobre estes. Para Ponte (1986, p. 93), “Pais (2002), corroborando com esta concepção, afirma que o aluno necessita estar familiarizado com o ambiente de aprendizagem e com o instrumento mediador com o qual vai interagir, para que possa internalizar novos sistemas de, modificando sua ação sobre aquilo que está construindo, representando ou investigando, além de estar ampliando seu universo simbólico e a sua capacidade de abstração”. Num ambiente de aprendizagem , o aluno tem acesso a muitos outros sistemas de signos, os quais compõem a interface e o ambiente de interação que controlam e regulam o seu comportamento e também as suas funções psicológicas. Assim, quanto mais sistemas simbólicos ele tiver internalizado por meio da sua interação com os signos e mais relações estabelecer entre eles, mais aprendizado ele alcança e consequentemente, ele sofre uma reorganização nas suas funções psicológicas que possibilita um avanço em seu processo de desenvolvimento. No entanto, lembramos que os signos assimilados pelo indivíduo são intrínsecos a ele, ou seja, são resultantes da dialética internalização/externalização desses sistemas simbólicos. Logo, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 estão relacionados à capacidade da mente associar estes signos ( modelos, analogias e metáforas) à representação de objetos concretos, fenômenos, coisas, etc., assim como a linguagem o faz. Frawley (2000, p. 74) refletindo sobre a questão da representação simbólica e as possibilidades de ampliação da mesma oferecida pelo uso de modelos,analogias e metáforas afirma que, Para aprender, a mente deve ser capaz de representar as suas hipóteses a si mesma, permitindo que sejam verificadas. O sistema representacional mais robusto, sistemático e produtivo [...] é semelhante à linguagem, construído a partir de símbolos organizados em fórmulas sob limitações de regras. O código interno não só é, mas tem que ser, uma linguagem proposicional do pensamento. As colocações acima supõem que a construção do conhecimento (desenvolvimento) dos sujeitos implica numa relação entre sujeito e ideias (conceitos), como forma de criar um sistema simbólico robusto que expresse a ação mental do indivíduo sobre este instrumento e que possa, realmente ser internalizado por ele. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os modelos, analogias e metáforas neste trabalho estão inseridos em um contexto vasto de estudos que têm sido feitos no sentido de associá-los ao processo de construção e ressignificação do conhecimento por meio da valorização das concepções prévias trazidas pelos alunos à luz da teoria de Vygostky. Nesse sentido, os modelos, analogias e metáforas, manifestações criativas e sensíveis do saber humano – indistintamente se comum ou científico – vêm se tornando alvos imprescindíveis de análise para a compreensão e valorização da heterogeneidade dos conhecimentos característicos da cultura dos indivíduos. Dentro dessa perspectiva, percebe-se que a utilização das estratégias de ensino que levam em consideração a valorização dos diferentes tipos de conhecimento, incluindo, principalmente, o conhecimento prévio dos estudantes por meio da construção de um modelo que se vale da linguagem analógica e metafórica, vai muito além de mais uma forma de mediação didática. A utilização de modelos, analogias e metáforas como instrumentos auxiliares à prática pedagógica, além de favorecer o aprendizado e o desenvolvimento do indivíduo por meio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia - PPGECT II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178-6135 Artigo número: 137 internalização de novos sistemas simbólicos pode, também, contribuir para intensificar e fortalecer a interação professor ↔ aluno e a relação aluno ↔aluno. Estas considerações revelam, conforme concepções defendidas por Vygotsky, a forte influência que o meio (contexto social) exerce sobre o desenvolvimento do ser humano, o papel preponderante dos sistemas de símbolos nesteprocesso e a relevância da interação com o outro social à dinâmica da internalização e externalização destes novos sistemas simbólicos. Os signos e seus significados na linguagem revelam uma complexidade que se faz notória nos círculos escolares e o embasamento em Vygotsky esclarece e delimita essa questão. Neste sentido, conclui-se que há a necessidade de se procurar recursos metodológicos que permitam dedicar um tempo maior ao desenvolvimento conceitual com a utilização de modelos, analogias e metáforas nos processos operatórios de construção de um saber significativo. ‘’ Os seres humanos criaram instrumentos psicológicos e sistema de signos cujo uso lhes permitem transformar e conhecer o mundo, comunicar suas experiências e desenvolver novas funções psicológicas. A mediação de signos constitui a mediação semiótica’’ ( PINO, 1991) Referências bibliográficas ADROVER, J.F e Duarte, A.. El uso deanalogias en la enseñanza de lãs ciências. Programa de estudios cognitivos, Instituto de investigaciones psicologicas, Facultad de psicologia, Universidade de Buenos Aires, 1995. ASSIS, A. K.T. 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O papel dos modelos , analogias e Metáforas na Ciência da Educação Raciocínio Analógico e Abstração Aprendizagem: implicações Práticas do uso de modelos, analogias e metáforas CONSIDERAÇÕES FINAIS: Referências bibliográficas NAGEM, R.; CARVALHAES, D.; DIAS, J. Uma Proposta de Metodologia de Ensinocom Analogias. Revista Portuguesa de Educação, Braga - Portugal, v. 14, nº 1, 2001. PÁDUA, I. A utilização de Analogias e Metáforas no Discurso Docente: Um estudo exploratório sobre os recursos didático-mediadores utilizados em curso técnico do CEFET-MG. Originalmente apresentado como dissertação de mestrado. Centro Federal de Educaç...
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