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Antigo Regime: Absolutismo e Mercantilismo

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O ANTIGO REGIME 
 
Podemos chamar de Antigo Regime o tipo de organização política, social e econômica surgida 
na Europa na Era Moderna (sé. XV – XVIII). Misturava elementos do feudalismo às 
transformações econômicas trazidas pelo capitalismo comercial. A nível político, o Antigo 
Regime caracterizou-se pelo Absolutismo. A nível econômico, pelo mercantilismo. Já a nível 
social, caracterizou-se pela manutenção dos privilégios de nascimento (nobreza) e do clero. A 
burguesia, classe de comerciantes, apesar de sua importância econômica, continuou excluída 
da vida política, controlada pelo rei junto à nobreza. 
 
ABSOLUTISMO: “um rei, uma fé, uma lei.” 
 
Forma de governo onde o rei concentra totalmente o 
poder em suas mãos, controlando a economia, as 
leis e até mesmo a religião. Apesar de ser auxiliado 
pela nobreza, na medida em que o rei controlava o 
exército e a cobrança de impostos, a nobreza 
transformou-se em uma classe parasitária, que vivia 
na Corte e cada vez mais dependente do rei. Os 
instrumentos utilizados pelo rei para exercer seu 
poder foram, basicamente, o exército, o monopólio 
sobre as leis, a recuperação do Direito Romano 
(escrito e universal), a burocracia estatal 
(funcionários pagos pelo rei) e o direito de cobrar 
impostos. Vale ressaltar que o rei contava com o 
apoio da nobreza – já que mantinha seus privilégios 
e continha as revoltas camponesas – e da burguesia, 
na medida em que incentivava a colonização e a 
expansão do comércio. 
No Corte, onde se reuniam os integrantes da alta 
nobreza, secretários do rei, ministros e outras 
autoridades, se desenvolveu o uso da “etiqueta 
social”, que estabeleceu regras de comportamento à 
mesa e costumes identificados com pessoas 
consideradas “civilizadas”. 
 
Durante os séculos XVI e XVII, surgiram algumas teorias que buscavam justificar o poder 
absoluto do rei. Os principais foram: 
 
▪ Nicolau Maquiavel (1469-1527): o uso da violência era legítimo para a manutenção da paz no 
reino ; “os fins justificam os meios”. Propôs a separação entre moralidade e política, afirmando 
que todos os meios são legítimos para a manutenção do poder. Escreveu O Príncipe. 
▪ Tomas Hobbes (1588-1679): escreveu O Leviatã, onde propõe a teoria do Pacto Social. Antes 
da existência do rei (estado de natureza), o mundo era um caos, marcado pela violência e 
guerra permanente. O rei, portanto, deveria ter o poder absoluto para manter a ordem, a 
segurança e a vida dos súditos. 
▪ Hugo Grotius (1583-1645): escreveu Do direito da paz e da guerra, onde afirmava que a 
ordem interna da sociedade só poderia ser preservada pelo Estado por meio da autoridade 
ilimitada do soberano. 
2 
 
▪ Jean Bodin (1530-1596): defendia que a autoridade do rei deveria ser ilimitada porque era 
concedida por Deus. Escreveu A república. 
▪ Jacques Bossuet (1627-1704): desenvolveu a teoria do direito divino do rei, em seu livro 
Política Extraída da Sagrada Escritura, onde defende que o rei era representante de Deus na 
terra e, como tal, responsável apenas perante Ele por seus atos. 
 
O rei Luís XIV, o “Rei Sol”, representa o símbolo do absolutismo. A pintura abaixo, produzida a 
pedido do rei, trazia os símbolos do poder: cetro, coroa e espada. Os retratos representavam a 
presença real do rei, quando ele não podia estar fisicamente. 
 
 
MERCANTILISMO 
 
Durante o Antigo Regime, o 
rei controlava toda a economia 
do país. A política econômica 
do Estado Absolutista é 
chamada de Mercantilismo. 
Dentre os princípios do 
mercantilismo podemos citar: 
 
 1) metalismo; 
2) balança comercial 
favorável; 
3) protecionismo alfandegário; 
4) intervencionismo estatal na 
economia; 
5) incentivo à colonização; 
6) criação de Companhias 
com monopólios comerciais. 
 
 
O mercantilismo serviu para consolidar o poder do rei, pois ao incentivar o desenvolvimento do 
comércio, o rei garantia o apoio da burguesia e cobrava impostos sobre os lucros desta. Com 
os impostos, o rei financiava a Corte, o exército nacional e a burocracia do Estado, garantido os 
privilégios da nobreza e recebendo seu apoio.

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