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LEI DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS E VEREADORES

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LEI DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS E VEREADORES
A lei trata dos crimes de responsabilidade dos prefeitos. Há a disposição de normas em relação aos vereadores, entretanto, quanto ao crime de responsabilidade, esse dispositivo trata apenas no caso dos prefeitos.
“Crime de responsabilidade próprio” é o nome utilizado pela Constituição Federal de 1988 para o crime de responsabilidade. Trata-se de uma infração político-administrativa (casos de impeachment), ou seja, não há crime. 
Já nos crimes de responsabilidade impróprios há o crime (infração penal). 
O crime de responsabilidade impróprio é julgado pelo Poder Judiciário, já o próprio é julgado pelo Poder Legislativo.
O Decreto-Lei n. 201/1967 trata das duas hipóteses: crime de responsabilidade
próprio no art. 1º e impróprio no art. 4º.
Art. 1º: São crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipal, sujeitos ao julgamento
do Poder Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara dos Vereadores. (Crime de responsabilidade impróprio)
Art. 4º: São infrações político-administrativas dos Prefeitos Municipais sujeitas
ao julgamento pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a cassação do
mandato. (Crime de responsabilidade próprio)
No caso do crime de responsabilidade próprio (art. 1º) a pena será de reclusão ou detenção (pena privativa de liberdade), já no crime de responsabilidade impróprio a pena será a cassação do mandato.
Competência para julgamento
Art. 2º O processo dos crimes definidos no artigo anterior é o comum do juízo
singular, estabelecido pelo Código de Processo Penal, com as seguintes modificações.
É preciso ter cuidado, pois em 1967 o legislador dispôs que os crimes de responsabilidade impróprios praticados pelo prefeito municipal poderiam ser julgados no âmbito do juízo singular, entretanto tal disposição não foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988, pois nela há a previsão de que o julgamento de prefeitos ocorrerá perante o Tribunal. Se o crime for de competência da Justiça Estadual, cabe ao Tribunal de Justiça do Estado, já se o crime for de competência da Justiça Federal, o crime será julgado pelo Tribunal Regional Federal da respectiva região. Sendo um crime de competência da Justiça Eleitoral, o responsável será o Tribunal Regional Eleitoral da respectiva região ou o TJ do respectivo estado (no caso de crime estadual). Esse é o entendimento geral da doutrina e da jurisprudência, portanto deve ser considerado para fins de prova.
Art. 29, inciso X da CRFB/1988 – Julgamento do prefeito perante o Tribunal de Justiça: o prefeito municipal possui foro por prerrogativa de função.
Súmula n. 702 do STF: A competência do Tribunal de Justiça para julgar Prefeitos restringe-se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.
Elemento subjetivo dos tipos penais
Só há que se falar em crime, no caso do art. 1º, se esse crime for doloso. Não há crime culposo no âmbito do art. 1º do Decreto-Lei n. 201/1967. É necessário que o agente aja com dolo de causar prejuízo à Administração Pública.
Art. 1º São crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara dos Vereadores:
 §1º Os crimes definidos neste artigo são de ação pública, punidos os dos itens I e II:
I - Apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio ou alheio;
Il - Utilizar-se, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, de bens, rendas ou serviços públicos;
com a pena de reclusão, de dois a doze anos.
E os demais:
Ill - Desviar, ou aplicar indevidamente, rendas ou verbas públicas;
IV - Empregar subvenções, auxílios, empréstimos ou recursos de qualquer natureza, em desacordo com os planos ou programas a que se destinam;
V - Ordenar ou efetuar despesas não autorizadas por lei, ou realizá-las em desacordo com as normas financeiras pertinentes;
VI - Deixar de prestar contas anuais da administração financeira do Município a Câmara de Vereadores, ou ao órgão que a Constituição do Estado indicar, nos prazos e condições estabelecidos;
VII - Deixar de prestar contas, no devido tempo, ao órgão competente, da aplicação de recursos, empréstimos subvenções ou auxílios internos ou externos, recebidos a qualquer título;
VIII - Contrair empréstimo, emitir apólices, ou obrigar o Município por títulos de crédito, sem autorização da Câmara, ou em desacordo com a lei;
IX - Conceder empréstimo, auxílios ou subvenções sem autorização da Câmara, ou em desacordo com a lei;
X - Alienar ou onerar bens imóveis, ou rendas municipais, sem autorização da Câmara, ou em desacordo com a lei;
XI - Adquirir bens, ou realizar serviços e obras, sem concorrência ou coleta de preços, nos casos exigidos em lei;
XII - Antecipar ou inverter a ordem de pagamento a credores do Município, sem vantagem para o erário;
XIII - Nomear, admitir ou designar servidor, contra expressa disposição de lei;
XIV - Negar execução a lei federal, estadual ou municipal, ou deixar de cumprir ordem judicial, sem dar o motivo da recusa ou da impossibilidade, por escrito, à autoridade competente;
XV - Deixar de fornecer certidões de atos ou contratos municipais, dentro do prazo estabelecido em lei.
XVI – Deixar de ordenar a redução do montante da dívida consolidada, nos prazos estabelecidos em lei, quando o montante ultrapassar o valor resultante da aplicação do limite máximo fixado pelo Senado Federal; 
XVII – Ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal, sem fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional ou com inobservância de prescrição legal;
XVIII – Deixar de promover ou de ordenar, na forma da lei, o cancelamento, a amortização ou a constituição de reserva para anular os efeitos de operação de crédito realizada com inobservância de limite, condição ou montante estabelecido em lei;
XIX – Deixar de promover ou de ordenar a liquidação integral de operação de crédito por antecipação de receita orçamentária, inclusive os respectivos juros e demais encargos, até o encerramento do exercício financeiro;
XX – Ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a realização de operação de crédito com qualquer um dos demais entes da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que na forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente; 
XXI – Captar recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido;
XXII – Ordenar ou autorizar a destinação de recursos provenientes da emissão de títulos para finalidade diversa da prevista na lei que a autorizou; 
XXIII – Realizar ou receber transferência voluntária em desacordo com limite ou condição estabelecida em lei. 
Com a pena de detenção, de três meses a três anos.
OBS: É importante perceber que no crime do art. 1º não há infração de menor potencial ofensivo.
Efeitos da condenação
Art. 1º, § 2º A condenação definitiva em qualquer dos crimes definidos neste artigo, acarreta a perda de cargo e a inabilitação, pelo prazo de cinco anos, para o exercício de cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação, sem prejuízo da reparação civil do dano causado ao patrimônio público ou particular.
Entende-se que a perda do cargo é não automática, ou seja, depende de manifestação do juiz sentenciante com a inabilitação pelo prazo de cinco anos
Sujeito ativo
De acordo com a ementa do Decreto-Lei n. 201/1967: “Dispõe sobre a responsabilidade dos Prefeitos e Vereadores, e dá outras providências”. Contudo, pode-se dizer que há um “erro” nessa ementa, pois o art. 1º não inclui o Vereador como sujeito ativo do crime:
Art. 1º São crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara dos Vereadores.
Além disso, no art. 4º também há apenas a disposição dos prefeitos municipais como sujeitos ativos:
Art. 4º São infrações político-administrativasdos Prefeitos Municipais sujeitas ao julgamento pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato.
Aquele que substitui o prefeito, mesmo que não tenha sido eleito,
também pode ser o sujeito ativo se vier a cometer um crime de responsabilidade
Art. 3º O Vice-Prefeito, ou quem vier a substituir o Prefeito, fica sujeito ao mesmo processo do substituído, ainda que tenha cessado a substituição.
Súmula n. 164 do STJ: O Prefeito Municipal, após a extinção do mandato, continua sujeito a processo por crime previsto no art. 1º do Decreto-Lei n. 201, de 27/02/1967.
Súmula n. 703 do STF: A extinção do mandato do Prefeito não impede a instauração de processo pela prática dos crimes previstos no art. 1º do DL 201/1967.
No caso dos crimes do art. 1º a ação penal pública é incondicionada, pois não depende de representação ou requisição de um ofendido em específico. Nesse sentido, vale lembrar que a Lei de Abuso de Autoridade dispõe acerca do direito de representação nos casos que envolvam crime de
abuso de autoridade, porém, apesar disso, tais crimes também são de ação penal pública incondicionada.
Art. 2º, § 2º Se as previdências (providências) para a abertura do inquérito policial ou instauração da ação penal não forem atendidas pela autoridade policial ou pelo Ministério Público estadual, poderão ser requeridas ao Procurador-Geral da República.
Também se pode falar em “ação penal pública subsidiária da pública”. Trata-se dos casos em que o Poder Público não se manifesta e, portanto, outro órgão do Poder Público acaba realizando essa manifestação.
Crimes em espécie
I – Apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio ou alheio;
Obs.: A conduta descrita no inciso I é a mesma que configura o crime de peculato, entretanto, quando for praticada por um prefeito municipal, por conta do princípio da especialidade, este não responderá pelo crime de peculato, mas sim pelo crime de responsabilidade previsto no art. 1º do Decreto-Lei n. 201/1967.
II – Utilizar-se, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, de bens, rendas ou serviços públicos;
Obs.: No crime de peculato, não há a previsão expressa do uso do serviço público, portanto, nesse crime, trata-se de uma conduta que é atípica. Vale ressaltar que as condutas de peculato e as previstas no Decreto-Lei n. 201/1967 também são condutas de improbidade administrativa (Lei n. 8.429/1992). Ambas são apenadas com reclusão de dois a 12 anos.
III – Desviar, ou aplicar indevidamente, rendas ou verbas públicas; (Conduta prevista no art. 315 do Código Penal)
IV – Empregar subvenções, auxílios, empréstimos ou recursos de qualquer natureza, em desacordo com os planos ou programas a que se destinam;
V – Ordenar ou efetuar despesas não autorizadas por lei, ou realiza-las em desacordo com as normas financeiras pertinentes;
VI – Deixar de prestar contas anuais da administração financeira do Município a Câmara de Vereadores, ou ao órgão que a Constituição do Estado indicar, nos prazos e condições estabelecidos;
OBS: Quem julga as contas é a Câmara dos Vereadores, já o Tribunal de Contas emite um parecer prévio que pode ser modificado pela Câmara mediante deliberação de um quórum de 2/3 dos membros. Entende o Supremo que não existe o julgamento ficto das contas do prefeito, ou seja, é necessário que haja o pronunciamento da Câmara no sentido de manter ou alterar o parecer.
VIII – Contrair empréstimo, emitir apólices, ou obrigar o Município por títulos de crédito, sem autorização da Câmara, ou em desacordo com a lei;
IX – Conceder empréstimo, auxílios ou subvenções sem autorização da Câmara, ou em desacordo com a lei;
X – Alienar ou onerar bens imóveis, ou rendas municipais, sem autorização da
Câmara, ou em desacordo com a lei;
XI – Adquirir bens, ou realizar serviços e obras, sem concorrência ou coleta de preços, nos casos exigidos em lei; (Lei n. 8.666/1993)
OBS: De acordo com o princípio da especialidade, mesmo um crime previsto na Lei n. 8.666/1993, quando for praticado pelo prefeito municipal, prevalece o Decreto-Lei n. 201/1967.
XII – Antecipar ou inverter a ordem de pagamento a credores do Município, sem vantagem para o erário;
XIII – Nomear, admitir ou designar servidor, contra expressa disposição de lei;
XIV – Negar execução a lei federal, estadual ou municipal, ou deixar de cumprir
ordem judicial, sem dar o motivo da recusa ou da impossibilidade, por escrito, à
autoridade competente;
OBS: O disposto no inciso XIV é hipótese de intervenção federal, ou seja, o Estado, por meio de ordem do Tribunal de Justiça, pode intervir no Município, afastando o prefeito e fazendo cumprir a ordem.
XV – Deixar de fornecer certidões de atos ou contratos municipais, dentro do prazo estabelecido em lei;
OBS: A certidão é um direito líquido e certo e se não fornecido, desafia mandado de segurança. É preciso ter cuidado, pois muitas bancas tentam confundir o candidato dispondo que se deve impetrar habeas data.
XVI – deixar de ordenar a redução do montante da dívida consolidada, nos prazos estabelecidos em lei, quando o montante ultrapassar o valor resultante da aplicação do limite máximo fixado pelo Senado Federal;
XVII – ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites
estabelecidos pelo Senado Federal, sem fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional ou com inobservância de prescrição legal;
XVIII – deixar de promover ou de ordenar, na forma da lei, o cancelamento, a amortização ou a constituição de reserva para anular os efeitos de operação de crédito realizada com inobservância de limite, condição ou montante estabelecido em lei;
XIX – deixar de promover ou de ordenar a liquidação integral de operação de crédito por antecipação de receita orçamentária, inclusive os respectivos juros e demais encargos, até o encerramento do exercício financeiro;
XX – Ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a realização de operação de crédito com qualquer um dos demais entes da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que na forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente;
XXI – captar recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido;
XXII – ordenar ou autorizar a destinação de recursos provenientes da emissão de títulos para finalidade diversa da prevista na lei que a autorizou;
XXIII – realizar ou receber transferência voluntária em desacordo com limite ou
condição estabelecida em lei.
Procedimento
Art. 2º O processo dos crimes definidos no artigo anterior é o comum do juízo singular, estabelecido pelo Código de Processo Penal, com as seguintes modificações:
I – Antes de receber a denúncia, o Juiz ordenará a notificação do acusado para apresentar defesa prévia, no prazo de cinco dias. Se o acusado não for encontrado para a notificação, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a defesa, dentro no mesmo prazo.
OBS: Defesa prévia é algo que ocorre entre o oferecimento e o recebimento da denúncia.
II – Ao receber a denúncia, o Juiz manifestar-se-á, obrigatória e motivadamente, sobre a prisão preventiva do acusado, nos casos dos itens I e II do art. 1º, e sobre o seu afastamento do exercício do cargo durante a instrução criminal, em todos os casos.
III – Do despacho, concessivo ou denegatório, de prisão preventiva, ou de afastamento do cargo do acusado, caberá recurso, em sentido estrito, para o Tribunal competente, no prazo de cinco dias, em autos apartados. O recurso do despacho que decreta a prisão preventiva ou o afastamento do cargo terá efeito suspensivo.
Art. 4º São infrações político-administrativas dos Prefeitos Municipais sujeitas ao julgamento pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato:
I – Impedir o funcionamento regular da Câmara;
II – Impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam constar dos arquivos da Prefeitura, bem como a verificação de obras e serviços municipais, por comissãode investigação da Câmara ou auditoria, regularmente instituída;
III – Desatender, sem motivo justo, as convocações ou os pedidos de informações da Câmara, quando feitos a tempo e em forma regular;
IV – Retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essa formalidade;
V – Deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo, e em forma regular, a proposta orçamentária;
VI – Descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro,
VII – Praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na sua prática;
VIII – Omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município sujeito à administração da Prefeitura;
IX – Ausentar-se do Município, por tempo superior ao permitido em lei, ou afastar-se da Prefeitura, sem autorização da Câmara dos Vereadores;
X – Proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.
Extinção do Mandato de Prefeito
Art. 6º Extingue-se o mandato de Prefeito, e, assim, deve ser declarado pelo presidente da Câmara de Vereadores, quando:
I – Ocorrer falecimento, renúncia por escrito, cassação dos direitos políticos, ou condenação por crime funcional ou eleitoral.
II – Deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Câmara, dentro do prazo estabelecido em lei.
III – Incidir nos impedimentos para o exercício do cargo, estabelecidos em lei, e não se desincompatibilizar até a posse, e, nos casos supervenientes, no prazo que a lei ou a Câmara fixar.
Parágrafo único. A extinção do mandato independe de deliberação do plenário e se tornará efetiva desde a declaração do fato ou ato extintivo pelo Presidente e sua inserção em ata. 
Cassação do Mandato de Vereador
Art. 7º A Câmara poderá cassar o mandato de Vereador, quando:
I – Utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa;
II – Fixar residência fora do Município;
III – Proceder de modo incompatível com a dignidade, da Câmara ou faltar com o decoro na sua conduta pública.
Extinção do Mandato de Vereador
Art. 8º Extingue-se o mandato do Vereador e assim será declarado pelo Presidente da Câmara, quando:
I – Ocorrer falecimento, renúncia por escrito, cassação dos direitos políticos ou condenação por crime funcional ou eleitoral;
II – Deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Câmara, dentro do prazo estabelecido em lei;
III – Deixar de comparecer, sem que esteja licenciado, a cinco sessões ordinárias consecutivas, ou a três sessões extraordinárias convocadas pelo Prefeito para a apreciação de matéria urgente;
IV – Deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte das sessões ordinárias da Câmara Municipal, salvo por motivo de doença comprovada, licença ou missão autorizada pela edilidade; ou, ainda, deixar de comparecer a cinco sessões extraordinárias convocadas pelo prefeito, por escrito e
mediante recibo de recebimento, para apreciação de matéria urgente, assegurada ampla defesa, em ambos os casos.
V – Incidir nos impedimentos para o exercício do mandato, estabelecidos em lei e não se desincompatibilizar até a posse, e, nos casos supervenientes, no prazo fixado em lei.
Obs.: O vereador pode acumular funções com o seu cargo público desde que haja compatibilidade de horários.

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