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requerimento de liberdade provisória

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE ... 
 
 
 
Autos do processo... 
 
GILBERTO ..., nacionalidade..., casado, professor, 
residente e domiciliado no endereço ..., por seu advogado 
que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante 
Vossa Excelência, requerer a concessão de 
 
LIBERDADE PROVISÓRIA 
com fulcro no art. 5º, inciso LXVI, da CF, c.c. o art. 310, 
parágrafo único, do CPP, pelas razões de fato e direito a 
seguir expostas: 
 
DOS FATOS 
Gilberto, professor de educação física, com 42 anos de idade, 
trabalha há 15 anos no Colégio Sagrada Disciplina, localizado no Bairro 
Felicidade, no centro da cidade. É casado, pai de 2 filhas e avô de 4 netos. 
No dia 28 de junho de 2019, ao término das aulas, saiu com Maria 
e Juliana, também professoras do colégio para tomar um chopp e comemorar a 
chegada das férias de meio de ano. 
Após alguns copos de chopp e muitas risadas, o requerente que 
sempre achou Juliana muito bonita e atraente, achou que ela pudesse estar 
dando mole e passou a investir com algumas cantadas. A moça, achando 
graça, sorria, mas não mostrava nenhuma reciprocidade. 
Em dado momento, quando Maria foi ao banheiro, Gilberto decidiu 
agarrar e beijar Juliana. A moça passou a gritar e pedir que ele a largasse, mas 
Gilberto, fora de si, só queria beijá-la e satisfazer sua lascívia. Maria, ao 
retornar do banheiro e ver a amiga sendo agarrada a força, gritou por socorro e 
as pessoas que estavam no bar seguraram Gilberto até a chegada da polícia. 
O requerente foi preso em flagrante e conduzido ao 1º DP da 
Comarca. O Delegado procedeu com todas as formalidades da lavratura do 
APFD, autuou o preso como incurso no art. 215-A do CP (importunação sexual) 
e determinou o recolhimento de Gilberto ao cárcere. 
 
DO DIREITO 
 
A prisão cautelar reveste-se de caráter de excepcionalidade, pois 
somente deve ser decretada quando ficarem demonstrados o fumus commissi 
delicti e o periculum libertatis, o que não ocorreu no presente caso. 
O Requerente é primário e portador de bons antecedentes, 
conforme comprova o DVC, logo não há risco à ordem pública se posto em 
liberdade. 
Da mesma forma, não há indícios de que o Postulante em 
liberdade ponha em risco a instrução criminal, a ordem pública e, tampouco, 
traga risco à ordem econômica. 
Por fim, o Requerente tem residência fixa e trabalha na função de 
professor, segundo fazem prova as cópias reprográficas do comprovante de 
endereço e da CTPS, portanto, não há risco à aplicação da lei penal. 
Assim, verifica-se que estão ausentes os requisitos autorizadores 
da prisão preventiva previstos no art. 312 do CPP, motivo pelo qual a liberdade 
provisória é medida que se impõe, conforme determina o parágrafo único, do 
art. 321, do CPP. 
Nesse sentido, é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça: 
HABEAS CORPUS. FURTO SIMPLES TENTADO (BICICLETA 
NO VALOR DE R$ 150, 00). PROCESSO E PRESCRIÇÃO 
SUSPENSOS NOS TERMOS DO ART. 366 DO CPP. 
LIBERDADE PROVISÓRIA CONCEDIDA PELO JUÍZO DE 
ORIGEM. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO ART. 312 DO 
CPP. PRISÃO DECRETADA EM RECURSO EM SENTIDO 
ESTRITO. FLAGRANTE ILEGALIDADE. EXISTÊNCIA. 1. É 
certo que a prisão preventiva constitui medida excepcional ao 
princípio da não culpabilidade, cabível, mediante decisão 
devidamente fundamentada, quando evidenciada a existência 
de circunstâncias que demonstrem a necessidade da medida 
extrema, nos termos do art. 312 e seguintes do Código de 
Processo Penal. 2. In casu, existe manifesta ilegalidade, pois 
não parece ser razoável manter uma pessoa encarcerada 
cautelarmente se o próprio Juiz de piso reconheceu que estão 
ausentes os requisitos exigidos no art. 312 do Código de 
Processo Penal. 3. Ordem concedida para, confirmando-se a 
liminar, revogar a prisão do paciente, se por outra razão não 
estiver preso, ressalvada a possibilidade de aplicação de 
medidas cautelares diversas, caso se apresente motivo 
concreto para tanto. (HC 441.318/MG, Rel. Ministro 
SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 
11/12/2018, DJe 01/02/2019) 
 
DO PEDIDO 
Ante o exposto, requer seja deferida liberdade provisória sem 
fiança ao Requerente, após manifestação do ilustre representante do Ministério 
Público, com a expedição de alvará de soltura. 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
 
 
Local ..., data... 
Advogado. 
OAB...

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