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AO JUÍZO DE DIREITO DA...ªVARA CRIMINAL DA COMARCA DE ... Gilberto, brasileiro, casado, professor de educação física, portador do RG nº...., CPF nº..., residente e domiciliado na rua..., nº..., Bairro … , Cidade..., vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado, conforme documento de procuração anexo, requerer a concessão de LIBERDADE PROVISÓRIA com base no artigo 5º, LXVI, da CRFB e no artigo 321 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir: Dos Fatos Em 28 de junho de 2019, Gilberto foi com as colegas de trabalho Maria e Juliana, professoras no mesmo colégio em que trabalha, tomar um chopp para comemorar a chegada das férias. Após algum tempo, já alcoolizados, Gilberto se sentiu atraído pela colega Juliana, e acreditou que a atração era recíproca. Quando Maria se afastou para ir ao banheiro, Gilberto, alcoolizado e acreditando tratar-se de uma atração mútua, segurou e beijou Juliana, que gritou para que ele a soltasse. Maria, retornando, também chamou por socorro, e a polícia foi acionada. Gilberto foi preso em flagrante, e todas as formalidades da lavratura do auto de prisão em flagrante delito foram feitas, autuando Gilberto pelo crime 215-A de Código Penal. Gilberto tem 42 anos, é casado, pai de duas filhas e avô de 4 netos. É pessoa de boa conduta social e profissional, trabalhando há 15 anos no Colégio Sagrada Disciplina como professor de Educação Física, sem apresentar nenhuma conduta desabonadora. Do Direito O art. 5.º, LXVI, da Constituição Federal, determina que “ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”. O artigo 282 do Código de Processo Penal prevê pressupostos de adequação e necessidade, para a aplicação de medidas cautelares, entre os quais a necessidade para a investigação ou a instrução criminal, para evitar a prática de infrações, e adequação da medida à gravidade, circunstâncias e condições do acusado. O artigo 312 do mesmo CPP reforça esses pressupostos, e o artigo 321 determina que “Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observando os critérios constantes do art. 282 deste Código.” Estes pressupostos claramente não estão presentes no caso em questão. O acusado tem bons antecedentes, é réu primário, apresenta boa conduta social, tem residência fixa, emprego formal, e não apresenta nenhum risco de interferência na instrução criminal, nem apresenta risco à ordem pública ou econômica. Por isso, não há fundamento para que seja mantida a sua prisão. Dos Pedidos Diante dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados, requer, diante da comprovação da ilegalidade, e após manifestação do Ministério Público, seja concedida ao acusado a LIBERDADE PROVISÓRIA, com a devida expedição do alvará de soltura. Alternativamente, caso o juízo entenda pelo não cabimento da concessão de liberdade provisória, requer a aplicação das medidas cautelares diferentes da prisão, previstas pelo artigo 319 do Código de Processo Penal. Nesses termos, pede deferimento. Local, Data Advogado OAB/UF
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