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Trabalho Social com Famílias no Âmbito do PAIF - Módulo III

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FICHA TÉCNICA 
 
 
Subsecretária de Assistência Social 
Mariana de Resende Franco 
 
 
Supervisão técnica 
 
Ana Cláudia Botelho 
 
 
Elaboração 
 
Jucineia Soares Gonçalves 
 
 
Revisão final 
Janaína Lisiak de França 
Ana Cláudia Botelho 
 
Design Gráfico 
 
Pedro Henrique Ferreira da Rocha 
Thaís Arcanjo Amorim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Governo do Estado de Minas Gerais 
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social 
Subsecretaria de Assistência Social 
Superintendência de Proteção Social Básica 
Ao final deste texto você será capaz de compreender: 
▪ Expressões da vulnerabilidade relacional; 
▪ Sentidos da Convivência; 
▪ Convivência e TSF; 
▪ Relações de interdependência entre o PAIF e SCFV. 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 5 
2. DIMENSÕES DA VULNERABILIDADE: CENÁRIO DA CONCEPÇÃO DO PÚBLICO DA PSB............................. 6 
3. RISCOS SOCIAIS POR VIOLAÇÃO DE DIREITOS: CENÁRIO DA CONCEPÇÃO DO PÚBLICODA PROTEÇÃO 
SOCIAL ESPECIAL ................................................................................................................................................. 9 
4. SENTIDOS DA CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ........... 11 
5. CONVIVÊNCIA E TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS: RELAÇÕES DE INTERDEPENDÊNCIA ENTRE O PAIF 
E O SCFV ............................................................................................................................................................. 16 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................................... 22 
CONVIVÊNCIA E TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS: RELAÇÃO DE 
INTERDEPENDÊNCIA ENTRE PAIF E SCFV 
1. INTRODUÇÃO 
 
A Política Nacional de Assistência Social – PNAS (2004) afirma que constitui público 
usuário da Política de Assistência Social cidadãos e grupos que se encontram em situações de 
vulnerabilidade e riscos, tais como: 
 
famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, 
pertencimento e sociabilidade; ciclos de vida; identidades estigmatizadas 
em termos étnico, cultural e sexual; desvantagem pessoal resultante de 
deficiências; exclusão pela pobreza e, ou, no acesso às demais políticas 
públicas; uso de substâncias psicoativas; diferentes formas de violência 
advinda do núcleo familiar, grupos e indivíduos; inserção precária ou não 
inserção no mercado de trabalho formal e informal; estratégias e 
alternativas diferenciadas de sobrevivência que podem representar risco 
pessoal e social. (PNAS, 2004) 
 
Compreender nas ofertas do Sistema Único de Assistência Social – SUAS toda essa 
diversidade de situações que impactam seu público é um grande desafio diante do qual o 
Trabalho Social com Famílias – TSF se coloca como a principal estratégia de enfrentamento. 
 
Vimos no módulo 1 que a integralidade da atenção na Proteção Social Básica – PSB 
remete à compreensão da intersetorialidade como uma proposta de superação, a partir da 
construção de uma gestão estratégica e articulada com outros setores do campo social. 
 
No entanto, não basta apenas uma gestão intersetorial, é necessário também que 
haja uma forte articulação entre os serviços para a garantia da atenção integral, de forma que 
o foco de intervenção seja a família, compreendida como unidade. 
 
No âmbito da PSB, isso requer que o Serviço de Convivência e Fortalecimento de 
Vínculos – SCFV, caracterizado conforme a Tipificação de Serviços Socioassistenciais (2009) 
como serviço complementar ao trabalho social com famílias do PAIF, aproprie-se de sua 
função no TSF e que as equipes de referência permitam e se esforcem para que a aproximação 
entre estes serviços ocorra. 
 
Ultimamente, tem-se dado muita ênfase na diferenciação entre estes dois serviços, 
mas percebe-se que o verdadeiro impacto, na prática cotidiana, relatada pelos profissionais, 
inclui, ao contrário, o conhecimento dos pontos de conexão das ações do PAIF e do SCFV. 
Portanto, há um distanciamento entre o fazer das equipes, que precisa ser ultrapassado para 
garantia da efetiva complementariedade proposta pela Tipificação de serviços. 
SCFV 
PAIF 
A falta de integração entre estes dois serviços, essenciais ao TSF, fragmenta a família 
e dificulta o estabelecimento de vínculos. Ouve-se inúmeros relatos de profissionais que 
atuam no SCFV que não sabem como o usuário chegou ao serviço e muito menos que se trata 
de um membro de uma família atendida no PAIF que vivencia situações de vulnerabilidade. 
 
Neste texto, iremos abordar a convivência como um conceito que se destaca como 
ponto fundamental de ligação entre PAIF e SCFV. A convivência é o eixo articulador das 
relações de interdependência entre estes dois serviços e o que faz com que um não obtenha 
resultados efetivos sem o outro. 
 
TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS 
 
2. DIMENSÕES DA VULNERABILIDADE: CENÁRIO DA CONCEPÇÃO DO 
PÚBLICO DA PSB 
 
A vulnerabilidade pode ser compreendida como um fenômeno multifacetado que se 
relaciona às situações de desproteção social de indivíduos, famílias e territórios. As diferentes 
combinações entre as dimensões dão origem a tipos e graus diferenciados de vulnerabilidade. 
 
A forma mais conhecida de manifestação da vulnerabilidade se relaciona aos 
impactos provocados pela situação de pobreza. No entanto, estas situações podem ser 
agravadas pela qualidade dos vínculos que os indivíduos e grupos constituem durante a vida. 
Esta dimensão da vulnerabilidade é denominada relacional e resulta da limitação da 
capacidade de resposta e de posicionamento social de indivíduos e grupos diante de situações 
em que as diferenças são vividas como desigualdade. Manifesta-se para além da situação de 
pobreza e está relacionada principalmente às necessidades subjetivas que decorrem de 
experiências de violência, desvalorização, discriminação e exploração vivenciadas por 
indivíduos e grupos no âmbito familiar, comunitário e social. Tais experiências levam à 
fragilização dos vínculos afetivos e de pertencimento social, expondo os indivíduos a riscos 
sociais (BRASIL,2013). 
 
 
Fonte: Caderno Concepção de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, 2013. 
 
No módulo 2, vimos que o público a que se destina as ofertas da PSB é caracterizado 
por vivenciarem uma ou ambas dimensões de vulnerabilidades sociais: aqueles que estão em 
condições precárias ou privados de renda e sem acesso aos serviços públicos - 
vulnerabilidade material - e aqueles em que as suas características e diferenças são 
desvalorizadas ou discriminadas negativamente - vulnerabilidade relacional (BRASIL, 2013). 
A vulnerabilidade relacional pode não ser facilmente identificada por envolver 
sofrimento e restringir a capacidade de socialização do indivíduo, que muitas vezes opta pelo 
isolamento, ou por se negar a verbalizar aquilo que lhe causa dor e, às vezes, vergonha. Não é 
incomum que estes indivíduos vivenciem concomitantemente situações de fragilidade 
material, o que pode repercutir, por exemplo, na procura por um benefício socioassistencial 
(demanda espontânea) ou ser alcançado por uma ação socioassistencial (busca ativa) do PAIF 
e, ou, do SCFV no território. 
 
No entanto, grupos e indivíduos, em desproteção social provenientes, 
exclusivamente, de relações frágeis e, ou ausência de redes de apoio em seu território, podem 
não ser identificados. Em alguns casos, quando estes indivíduos chegam espontaneamente 
nos serviços públicos, são estigmatizados por não apresentarem vulnerabilidades decorrentes 
da pobreza, 
 
ou seja, há uma predominância do mercado como resposta para tudo. 
Sendo assim, espalha-se a compreensão de que tudo pode ser comprado, 
bens materiais e imateriais, inclusive os direitos. O cidadão reduzido a 
consumidor passa a ter equivalênciado seu poder de compra e a 
desproteção é então considerada tão só pelo aspecto que envolve a 
renda. (TORRES, 2013, p. 12, grifo meu) 
 
Conhecer os processos que afetam as relações entre os indivíduos e geram 
subordinações, humilhações, sofrimentos, isolamentos e limitam o seu desenvolvimento e a 
vida com autonomia é condição para definir o trabalho social que fará o enfrentamento destas 
situações, estabelecendo para os indivíduos outras formas de relações capazes de fortalecer e 
o estimular a sua autonomia (BRASIL, 2013). 
 
Portanto, além de superar o paradigma da pobreza como fator determinante para 
inclusão de famílias e indivíduos nas ofertas de proteção social, o profissional deve manter 
olhar atento às relações que ocorrem nos territórios que podem ser indícios para o que 
acontece no interior das famílias, além de revelar e, ou, chamar atenção para diversas 
vivências fragilizadas pela violência, conflitos, preconceitos e estigmatizações territoriais. 
 
Superar o paradigma da pobreza 
como fator determinante da 
vulnerabilidade. 
(Re)conhecer as vulnerabilidades 
relacionais e como impactam 
diferentemente indivíduos, grupos 
e territórios. 
Repensar a própria prática 
profissional e adotar uma postura 
ética e amoral diante das 
expressões de vulnerabilidade. 
 
Manter olhar vigilante às 
expressões de desproteções que 
ocorrem no território. 
Identificação das vulnerabilidades relacionais 
 
 
 
 
 
 
No tópico 4, veremos que as práticas de enfrentamento à vulnerabilidade relacional 
supõem que a gestão da política de Assistência Social realize ações que permitam aos 
usuários apropriarem, ou pôr em prática, uma capacidade de realização pessoal e social, além 
de tornarem mais fortes suas relações no âmbito da família, tornando estes usuários 
conhecidos e reconhecidos nos seus territórios de vivência (BRASIL, 2013). 
 
3. RISCOS SOCIAIS POR VIOLAÇÃO DE DIREITOS: CENÁRIO DA 
CONCEPÇÃO DO PÚBLICODA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL 
 
A Proteção Social Especial - PSE atua por meio de programas, projetos e serviços 
especializados de caráter continuado, visando a promoção e a potencialização de recursos 
para a superação e prevenção do agravamento de situações de risco pessoal e social, por 
violação de direitos. 
O conceito de risco social (...) relaciona-se com a probabilidade de um 
evento acontecer no percurso de vida de um indivíduo e/ou grupo, 
podendo, portanto atingir qualquer cidadão (ã). Contudo, as situações de 
vulnerabilidades sociais podem culminar em riscos pessoais e sociais, 
devido às dificuldades de reunir condições para preveni-los ou enfrentá- 
los, assim, “as sequelas podem ser mais ampliadas para uns do que para 
outros” (SPOSATI, 2001, apud BRASIL, 2011, p. 14). 
 
A operacionalização do conceito de risco exige a definição do conjunto de eventos 
em relação aos quais compete diretamente a Política de Assistência Social desenvolver 
esforços de prevenção ou de enfrentamento. (BRASIL, 2011) 
 
No âmbito da PSE destacam-se as seguintes situações de risco por violações de 
direitos: 
 
▪ Violência intrafamiliar; 
 
▪ Negligência; 
 
▪ Maus-tratos; 
 
▪ Violência; 
 
▪ Abuso ou exploração sexual; 
 
▪ Trabalho infantil; 
 
▪ Discriminação por gênero, etnia ou qualquer outra condição ou identidade; 
 
Situações que denotam a fragilização ou rompimento de vínculos familiares ou comunitários, 
tais como: 
 
▪ Vivência em situação de rua; 
 
▪ Afastamento de crianças e adolescentes do convívio familiar em decorrência de 
medidas protetivas; 
 
▪ Atos infracionais de adolescentes, com consequente aplicação de medidas 
socioeducativas, privação do convívio familiar ou comunitário de idosos, crianças ou 
pessoas com deficiência em instituições de acolhimento; 
 
▪ Qualquer outra privação do convívio comunitário vivenciada por pessoas dependentes 
(crianças, idosos, pessoas com deficiência), ainda que residindo com a própria família 
(BRASIL, 2011). 
 
 
 
A função de referência se materializa quando a equipe processa, no âmbito do SUAS, as 
demandas oriundas das situações de vulnerabilidade e risco social detectadas no território, de forma a 
garantir ao usuário o acesso à renda, serviços, programas e projetos, conforme a complexidade da 
demanda. O acesso pode se dar pela inserção do usuário em serviço ofertado no CRAS ou na rede 
socioassistencial a ele referenciada, ou por meio do encaminhamento do usuário ao CREAS ou para o 
responsável pela proteção social especial do município (onde não houver CREAS). 
A contrarreferência é exercida sempre que a equipe do CRAS recebe encaminhamento do 
nível de maior complexidade (proteção social especial) e garante a proteção básica, inserindo o 
usuário em serviço, benefício, programa e/ou projeto de proteção básica. (BRASIL, 2009) 
Além dos serviços especializados caracterizados por níveis de complexidade. O 
público da PSE também participa do SCFV, quando contrarreferenciados ao PAIF. O público da 
PSE constitui-se, em grande maioria, como público prioritário do SCFV. No módulo 4, 
veremos algumas estratégias que podem auxiliar na identificação deste público, 
principalmente em municípios que não possuem PSE. 
 
 
 
 
4. SENTIDOS DA CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA NA 
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
O direito à convivência familiar e comunitária surgiu do enfrentamento às práticas 
segregadoras, voltadas, principalmente, para alguns públicos específicos como crianças e 
adolescentes, idosos e pessoas com deficiências ou doenças mentais, o que faz com que essa 
garantia legal tenha grande relevância na construção da Política de Assistência Social. 
 
A histórica e gradativa retomada de indivíduos estigmatizados ao convívio, a partir 
do combate às práticas de institucionalização, fez com que a positivação do direito à 
convivência familiar e comunitária ocorresse em diversas normativas, principalmente 
naquelas que definem regras de atenção aos públicos que historicamente mais sofreram com 
as práticas de recolhimento do convívio social, como destacamos abaixo: 
 
 
 
 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente 
e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à (...) convivência familiar e comunitária, 
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, 
violência, crueldade e opressão. (Constituição Federal, 1988) 
 
Art. 4º A assistência social rege-se pelos seguintes princípios: 
(...) III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e 
serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se 
qualquer comprovação vexatória de necessidade. (Lei Orgânica de Assistência Social, 
2011) 
 
Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar 
ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, (...) à liberdade, à 
dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. (Estatuto do Idoso, 2003) 
 
Art. 19º Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua 
família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e 
comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias 
entorpecentes. (Estatuto da Criança e Adolescente, Lei 8.69/1190) 
 
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público 
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à (...) convivência 
familiar e comunitária. (Estatuto da Criança e Adolescente, Lei 8.69/1190) Art. 8º É dever 
do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, 
a efetivação dos direitos referentes (...) à convivência familiar e comunitária... (Estatuto 
da Pessoa com Deficiência, Lei 13.146/2015) 
É importante ressaltar que mesmo com todo um arsenal normativo, a declaração de 
um direito social não é suficiente para suaefetividade. Portanto, a luta pelo direito ao convívio 
está longe de se esgotar, já que ao lado da sua formalização, continuam a se multiplicar as 
situações de desrespeito, preconceito, exclusão e indiferença, assim como continuam a se 
prolongar as situações de marginalidade, desproteção e arbítrio (NOGUEIRA,2002). 
 
A garantia da convivência no contexto do SUAS, também reforça a perspectiva de 
não institucionalização e indica a superação, mesmo que normativa, da concepção de 
confinamento e isolamento como resposta às situações de “anormalidade” referidas à 
pobreza de famílias e indivíduos (BRASIL, 2013). 
 
O comportamento grupal é próprio da natureza humana e é a partir das relações que 
o indivíduo cria sua identidade e reconhece a sua subjetividade. Além disso, é na dimensão 
societária da vida que se desenvolvem as potencialidades, a cultura e a política. No entanto, é 
também onde ocorrem os conflitos e as contradições, pois as barreiras relacionais são criadas 
por questões de discriminações e intolerâncias que estão no campo do convívio humano 
(PNAS, 2004). 
 
Tais fatos evidenciam que para assegurar a convivência é necessário a não aceitação 
de situações de reclusão e perda das relações sociais de famílias e indivíduos. Vimos, no 
módulo 2, que a PSB opera as garantias socioassistenciais por meio do TSF. No entanto, o 
desenvolvimento destas seguranças não ocorreu na mesma proporção, sendo que a discussão 
sobre as provisões de renda e acolhida foram mais facilmente compreendidas pelos 
profissionais, gestores, usuários e especialistas. Por outro lado, a segurança de convivência 
tem tido maior dificuldade de entendimento e apropriação (BRASIL, 2013). 
 
O entendimento de que lidar com vulnerabilidades do campo relacional é uma 
responsabilidade pública enfrenta tensões, pois ainda lidamos com práticas de favor e 
benemerência voltadas para o superdimensionamento da ausência de renda como fator 
determinante da vulnerabilidade. Neste contexto, é imprescindível a sedimentação da 
convivência como uma responsabilidade estatal, pois, as ordens de convivência são 
construídas, ou seja, não são naturais. O que é natural é a nossa tendência a viver em 
sociedade. Portanto, a convivência tem que ser ensinada, aprendida e desenvolvida todos os 
dias, sendo tarefa de toda a vida de uma pessoa ou de uma sociedade (TORO & WERNICK, 
1993). 
 
Vulnerabilidade 
relacional 
Convivência: 
Processo e 
metodologia 
Fortalecimento 
de vínculos: 
Resultado 
Toda ordem social é criada por nós. O agir ou não agir de cada um 
contribui para a formação e consolidação da ordem em que vivemos. Em 
outras palavras, o caos que estamos atravessando na atualidade 
não surgiu espontaneamente. Esta desordem que tanto criticamos 
também foi criada por nós. Portanto e antes de converter a discussão em 
um juízo de culpabilidades - se fomos capazes de criar o caos, também 
podemos sair dele. (TORO & WERNICK, 1993, p. 7) 
 
A partir desta ótica, a convivência pode ser entendida como um fator de 
transformação de indivíduos e da sociedade. No âmbito da Política de Assistência Social, os 
trabalhadores do SUAS são os agentes que atuam na transformação de indivíduos, grupos e 
territórios, pois concretizam a resposta estatal à responsabilidade de intervenção no campo 
relacional. 
 
Este é o um grande desafio das equipes de referência que operam o TSF: enfrentar 
as vulnerabilidades relacionais por meio da garantia da convivência visando o fortalecimento 
de vínculos. 
 
 
 
Para Torres (2013), as situações de convivência devem ser tomadas como 
oportunidades e precisam ser criadas e preparadas de forma que a experiência seja o foco de 
análise e entendimento. “A abordagem é de horizontalidade, que implica na alternância e 
variação de lugares, de saber e poder, com o objetivo de ampliar, fortalecer e diversificar 
modos de relacionamento e os laços produzidos” (BRASIL, 2013). 
 
Esse modo de fazer compreende a “convivência como processo e metodologia” e se 
concretiza por meio de encontros de conversações e fazeres caracterizados por: 
 
▪ Processos de valorização/reconhecimento: trata-se de considerar as questões eos 
problemas do outro como procedentes e legítimos; 
▪ Escuta: Direcionada pelo interesse e apreço pelo trajeto vivido pelo indivíduo que 
narra a sua história. A busca dos motivos e não das justificativas, do entendimento e 
não do julgamento são componentes estruturantes desta técnica, na qual as 
perguntas estão ligadas a elementos da própria fala e não de um roteiro prévio a ser 
seguido. Saber que há interesse pela sua narrativa oferece segurança para poder 
partilhar questões aflitivas ou importantes e isso fortalece vínculos. (BRASIL, 2013) 
 
▪ Produção coletiva: Consiste em estimular a construção de relações horizontais (de 
igualdade), a realização compartilhada e a colaboração; 
 
▪ Exercício de escolhas: Estratégia que fomenta a responsabilidade e a reflexão sobre as 
motivações e interesses envolvidos no ato de escolher; 
 
▪ Tomada de decisão sobre a própria vida e de seu grupo: Estímulo à capacidade de 
responsabilizar-se, de negociar, de compor, de rever e de assumir uma escolha; 
 
▪ Diálogo para a resolução de conflitos e divergências: trata-se de favorecer o 
aprendizado e o exercício de um conjunto de habilidades e capacidades de 
compartilhamento e engajamento nos processos resolutivos ou restaurativos; 
 
▪ Reconhecimento de limites e possibilidades das situações vividas: trata-se de 
analisar as situações vividas e explorar variações de escolha, de interesse, de conduta, 
de atitude, de entendimento do outro; 
 
▪ Experiências de escolha e decisão coletivas: trata-se de criar e induzir atitudes mais 
cooperativas a partir da análise de situações, da explicitação de desejos, medos e 
interesses; negociação, composição, revisão de posicionamentos e capacidade de 
adiar realizações individuais em prol do coletivo; 
 
▪ Aprendizado e ensino de forma igualitária: trata-se de construir, nas relações, 
lugares de autoridade para determinadas questões, desconstruindo a perspectiva de 
autoridade por hierarquias previamente definidas; 
 
▪ Reconhecimento e nomeação das emoções nas situações vividas: trata-se de 
aprender e ter domínio sobre os sentimentos e afetações, de modo a enfrentar 
situações que disparam sentimentos intensos e negativos; 
 
▪ Reconhecimento e admiração da diferença: trata-se de exercitar situações 
 
 
 
Esses dois serviços denotam duas vertentes do TSF na PSB - que não se dissociam – 
mas, ao contrário, se complementam na perspectiva da garantia da integralidade da 
atenção às famílias e seus membros. A primeira vertente atua a partir de provisões 
materiais e imateriais, para o fortalecimento da família, como uma das fontes 
provedoras de proteção e socialização, assegurando o papel do Estado de proteção 
primária às famílias para que possam proteger seus membros. A segunda vertente 
considera que as vulnerabilidades relacionais atingem também determinados ciclos de 
vida em virtude de fragilidades específicas de seu estágio de desenvolvimento físico, 
psíquico e social. Independentemente da ocorrência de ruptura dos vínculos familiares 
e comunitários, o SCFV busca construir redes de apoio esolidariedade. 
protegidas, em que as desigualdades e diversidades podem ser analisadas e 
problematizadas, permitindo que características, condições e escolhas sejam 
tomados em sua raiz de diferença e não a partir de um juízo de valor hegemônico 
(BRASIL, 2017, p. 18). 
 
Este processo pressupõe a valorização da experiência de convivência como parte do 
trabalho de fortalecimento de vínculos relacionais. Dessa forma, é possível compreender o 
vínculo como resultado do trabalho social que intervém nas situações de vulnerabilidades por 
meio da convivência produzindo proteção social (BRASIL, 2013). 
 
Neste tópico, vimos como a convivênciaé importante para a Política de Assistência 
Social como um todo. No próximo, iremos abordar como a convivência pode auxiliar as 
equipes de referência a integrarem as SCFV e o PAIF a partir do reconhecimento da relação de 
interdependência entre estes dois serviços. 
 
5. CONVIVÊNCIA E TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS: RELAÇÕES DE 
INTERDEPENDÊNCIA ENTRE O PAIF E O SCFV 
 
No módulo 2, nos referimos didaticamente ao PAIF e SCFV como duas vertentes que 
caracterizam as ofertas de PSB: 
 
 
Alcançar integração entre os serviços provavelmente é um dos maiores obstáculos 
enfrentados pelas equipes de referência e, ao mesmo tempo, demonstra uma intensa 
fragilidade no TSF, uma vez que não é possível que uma oferta ocorra dissociada da outra, 
pois PAIF e SCFV constituem juntos a engrenagem que movimenta o TSF. Afinal, o SCFV é 
ofertado de forma complementar ao trabalho social com famílias, que é realizado por meio do 
PAIF e do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI). 
 
Percebe-se que há um entendimento bastante comum entre gestores, 
coordenadores e profissionais de nível superior dos CRAS, de que não faz parte da formação de 
orientadores/educadores sociais o conhecimento sobre o TSF realizado no PAIF. No entanto, 
é exatamente o fato de não conhecerem a origem do seu trabalho, ou seja, o TSF, que faz com 
que estes profissionais não consigam compreender a oferta do SCFV, pois não é possível 
executar um serviço em complementariedade a outro que se desconhece. 
 
Outro fator muito frequentemente observado é que, muitas vezes, os profissionais 
do SCFV não possuem nenhum conhecimento da Política de Assistência Social e realizam os 
trabalhos com grupos com base em conhecimentos intuitivos, na criatividade e na capacidade 
em lidar com determinados ciclos de vida. 
 
Estes são fatores muito preocupantes, pois descaracterizam o trabalho social e o seu 
escopo de atuação, fragmentando as intervenções junto às famílias. O SCFV, por atuar com 
grupos de membros das famílias que estão referenciadas ao PAIF, deve garantir que o foco de 
atuação continue sendo a unidade familiar. 
 
Vimos que a convivência é um processo que pressupõe a expansão do campo 
relacional, ou seja, é capaz de afetar toda a rede relacional de um indivíduo. Portanto, a 
transformação operada, a partir de um dos membros, projeta na sua família e no seu 
território, percorrendo toda sua rede de apoio. Daí a necessidade de que os dois serviços 
“conversem” entre si e que a família seja vista como unidade, pois fica mais clara a percepção 
dos avanços e retrocessos da família, qual membro participa mais, qual contribui mais para 
resolução dos conflitos, com quem podem contar, em quem confiam para partilhar 
experiências, etc. 
 
a política pública para ampliar e fortalecer vínculos deve ofertar a 
experiência de viver relações mais protetivas. (...) a aposta é que vivendo 
essas experiências estabelece-se oportunidades de expansão das relações 
para além das vividas nos próprios serviços, de sorte que esses modos de 
relacionar permeiem outras relações e multipliquem outros vínculos de 
proteção e reconhecimento (TORRES, 2013, p. 201). 
 
Para efetivar esta articulação, as equipes do SCFV devem se apropriar de todas as 
ações que compõem o TSF no PAIF, pois atuar de forma destoante, sem considerar a 
centralidade na família, favorece o surgimento conflitos e intervenções desastrosas. 
 
É preciso que as equipes criem um planejamento unificado para que um serviço 
reforce a intervenção do outro com vistas a atingir uma única finalidade. Dessa forma, é muito 
importante que todos os profissionais estejam alinhados aos objetivos que desejam alcançar 
com o TSF, de modo a fortalecer a participação dos usuários. 
 
Dito de outra forma, o potencial para a efetividade do TSF está no reconhecimento 
de que o SCFV atua de forma complementar ao PAIF, sendo imprescindível que os 
profissionais o compreendam como um todo. O conhecimento e a apropriação das ações 
realizadas nos dois serviços podem auxiliar as equipes a refletirem e desenvolverem um senso 
crítico do trabalho e do momento em que os usuários se encontram no processo protetivo que 
iniciou no PAIF e precisa manter continuidade no SCFV. 
 
Os usuários, também, precisam “sentir” a continuidade dos serviços, de forma que 
não sejam encaminhados para um grupo do SCFV como um estranho, após terem sido 
acolhidos, ou até mesmo participado de diversas intervenções no PAIF, por exemplo. Não se 
pode correr o risco de que o usuário retorne ao ponto inicial. É necessário valorizar a sua 
história de vida e, principalmente, a sua trajetória nos serviços. 
 
Neste ponto, vale destacar que os profissionais do SCFV são responsáveis pelo 
sucesso ou insucesso do TSF, tanto quanto as equipes do PAIF, pois a continuidade do 
trabalho que é desenvolvido no SCFV depende da busca de informações, tanto quanto é 
responsabilidade dos profissionais do PAIF de provê-las, ou seja, é preciso que ambas equipes 
compreendam a responsabilidade pública da oferta do TSF e se esforcem pela integração dos 
serviços. 
 
Outro ponto importante que se destaca na perspectiva do caráter complementar do 
SCFV ao TSF é o fato de apresentar objetivos específicos para cada ciclo de vida, tendo em 
vista as especificidades de cada etapa do desenvolvimento dos indivíduos. Segundo Oliveira 
(1997), a imensa multiplicidade de conquistas que ocorrem ao longo da vida de cada indivíduo 
gera uma complexa configuração de processos de desenvolvimento que será absolutamente 
singular para cada um, pois em cada situação de interação com o mundo externo, o indivíduo 
encontra-se em um determinado momento de sua trajetória particular, trazendo consigo 
certas possibilidades de interpretação e ressignificação das relações provenientes do seu 
mundo externo. 
 
Este olhar para o indivíduo em suas especificidades e, ao mesmo tempo, para forma 
como se expressam nos grupos, em atividades coletivas, trazem elementos importantes sobre 
como experienciam vivências negativas e protetivas e podem fornecer um material valioso 
para o entendimento das relações que ocorrem no interior das famílias e territórios, ou seja, 
denotam as relações de interdependência entre PAIF e SCFV e reforçam a necessidade da 
integração das intervenções nestes dois serviços. 
 
Isso não quer dizer que os profissionais das duas equipes realizam um mesmo tipo de 
intervenção, mas que o olhar para o foco da ação interventiva deve ser o mesmo, ou seja, 
como os indivíduos, nos contextos variados reproduzidos nas ofertas de PSB, convivem, 
formam laços e fortalecem vínculos. 
 
A partir dos registros e reuniões conjuntas é possível que as equipes possam 
disseminar os conhecimentos sobre as famílias, seus membros e territórios. Outras 
estratégias que podem auxiliar na integração entre os serviços são: 
 
▪ Realizar ações de capacitação de orientadores/educadores sociais sobre a Política de 
Assistência Social, principalmente sobre o TSF no âmbito do PAIF; 
 
▪ Seguir o fluxo determinado pelas orientações do SCFV; 
 
▪ Realizar estudos conjuntos quando membros de uma mesma família participarem de 
ambos serviços; 
 
▪ Realizar estudos para escolha de metodologias; 
 
▪ Encontrar, juntamente com o coordenador do CRAS e, se for o caso, junto à gestão 
municipal, uma solução para que o técnico de referência não fique sobrecarregado a 
ponto de não conseguir executar suas atribuições no SCFV. Exemplos de algumas 
formas adotadas por alguns municípios: Contratação de profissional exclusivo; 
revezamento dos técnicos a cada percurso de 6 meses; ambos técnicos de nível 
superior realizam as atividades de planejamento e orientação no SCFV em 
determinados dias da semana; 
 
▪ Adotar sistema de registro e monitoramento que contribua com a visualização da 
evolução da família e seus membros em ambos serviços; 
 
▪ Realizarestudos de caso, entre os profissionais do PAIF e SCFV, buscando visualizar as 
realizações dos membros da família e como estas refletem na sua dinâmica como um 
todo, tendo em vista que o processo de transformação pode se iniciar por um dos 
membros que pode não estar sendo atendido no mesmo serviço. Sugere-se ainda a 
criação de Grupo de Trabalho para esta finalidade, com encontros sistemáticos e com 
periodicidade conjuntamente predefinida, com espaço para participação de 
profissionais de outros serviços socioassistenciais ou de outras políticas setoriais ou 
ainda órgão do Sistema de Garantia de Direitos, sempre que o caso indicado para 
estudo demandar tais presenças; 
 
▪ Valorizar o trabalho da equipe como um todo, de forma a criar um ambiente de 
cooperação e engajamento no TSF; 
 
▪ Monitorar o processo de desenvolvimento das famílias e seus membros a partir da sua 
história de vida e valorizar os seus avanços, bem como o sucesso das intervenções de 
toda a equipe; 
 
▪ Realizar a construção de um planejamento coletivo e flexível, no qual cada 
profissional possa colaborar com seu entendimento do processo de mudanças na 
família. Desta forma, é possível também vislumbrar as necessidades dos membros, as 
intervenções que não deram certo e precisam ser modificadas, além de avaliar quais 
profissionais têm vínculos mais solidificados e poderão contribuir para auxiliar em 
questões que exigem abordagens mais complexas; 
 
▪ O desenvolvimento de estratégias, técnicas e métodos para o trabalho com cada um 
dos ciclos de vida considerando as especificidades de seu desenvolvimento e como o 
olhar para estas particularidades irão contribuir para convivência do grupo familiar 
com um todo; 
 
▪ Desenvolver em conjunto discussões sobre ética e sigilo profissional. 
 
Entendemos que o processo de articulação não é simples, pois depende da 
participação de todos os envolvidos, e esta é uma decisão de cada um, pois participar é um 
ato de liberdade, que depende essencialmente das pessoas se verem ou não como 
responsáveis e como capazes de provocar e construir mudanças. Nesse sentido, as práticas 
escolhidas precisam apresentar componentes que estimulem a participação das equipes, 
contribuam para a reflexão do seu trabalho, valorizem os saberes de cada um e propiciem 
uma visão crítica do TSF como um todo. (TORO & WERNICK, 1993). 
 
Por fim, é preciso que haja o reconhecimento de que as ofertas da Assistência Social 
cumprem o dever estatal em assegurar direitos e possibilitar aos usuários vivência de 
experiências protegidas e ações que estimulem o alcance da autonomia. Portanto, não é uma 
prerrogativa, mas uma responsabilidade pública, o estabelecimento e a promoção de ofertas 
 
 
 
Ficamos por aqui! 
No próximo módulo, abordaremos algumas ferramentas para obtenção de 
informações e dados quantitativos e qualitativos sobre os públicos do PAIF e 
do SCFV. Estes dados são valiosos para o diagnóstico e planejamento das 
ações. Te esperamos lá! 
Bons estudos! 
qualificadas e articuladas que tenham como diretrizes a matricialidade sociofamiliar e a 
integralidade do atendimento. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social. Secretaria Nacional de Assistência Social. 
 
Concepção de convivência e fortalecimento de vínculos – Brasília, 2013. 
 
 . Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Caderno de 
Orientações Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família e Serviço de 
Convivência e Fortalecimento de Vínculos Articulação necessária na Proteção Social 
Básica. Brasília, 2016 
 
 . Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Caderno de Perguntas 
e Respostas sobre o Serviço de Convivência e Fortalecimentos de Vínculos. Brasília, 2017. 
 
 . Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Fundamentos ético- 
políticos e rumos teórico-metodológicos para fortalecer o Trabalho social com famílias na 
Política Nacional de Assistência social. Brasília, 2016. 
 
 . Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei 8.069/90, de 13 de julho de 1990. 
Brasília: Senado Federal, 1990. 
 
 . Lei Orgânica de Assistência Social: Lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Brasília: 
Senado Federal, 1993. 
 
 . Estatuto do Idoso. Lei 10.741, de 1º de outubro de 2003. Brasília: Senado Federal, 
2003. 
 
 . Norma Operacional Básica do Suas (NOB/SUAS). Brasília, 2005. 
 
 . Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas: 
Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, Brasília, 2011. 
 
 . Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas 
sobre o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, Brasília, 2009. 
 
 . Política Nacional de Assistência Social. Brasília, 2004. 
 
 . Estatuto da Pessoa com Deficiência: Lei 13.146 de 6 de julho de 2015. Brasília: 
Senado Federal, 2004. 
 
 . Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. 
 
NOGUEIRA, Marco Aurélio. Os direitos sociais como causas cívicas. Saúde e Sociedade, v. 11, 
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OLIVEIRA, M.K., de. Sobre diferenças individuais e diferenças culturais: o lugar da abordagem 
histórico-cultural. In: AQUINO, J. G. (Org.) Erro e fracasso na escola: alternativas teóricas e 
práticas. São Paulo: Summus, 1997. 
 
TORRES, Abigail Silvestre. Segurança de Convívio e de Convivência direito de proteção na 
Assistência Social – Tese de Doutorado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São 
Paulo, 2013. 
TORO, Bernardo e WERNECK, Furquim. Mobilização social: um modo de construir a 
democracia e a participação. Autêntica, 2018

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