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SIMULADO NACIONAL ENEM ME SALVA! PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 1ª ÁREA CADERNO ÚNICO Melhor parceiro de estudos. Me Salva! ATENÇÃO: insira as suas respostas na plataforma do Me Salva!, na página da prova de Linguagens do 2º simulado de 2021, selecionando a opção Enviar Respostas.. LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: Este CADERNO DE QUESTÕES contém 45 questões dispostas da seguinte maneira: a) Questões de número 06 a 45, relativas à área de Linguagens. b) Questões de número 01 a 05, relativas à Lingua Estrangeira. 1. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 2. O tempo de realização de prova sugerido é de duas horas. 3. Lembre-se de enviar as suas respostas pela plataforma do Me Salva!, usando o QR code ao lado. 4. Se você não é um assinante do Me Salva!, você deve enviar as suas respostas até o dia 22 de agosto até às 24h, para ter seu boletim TRI. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 1 Position: Wildland Fire Fighter (seasonal) Position Detail: Brigham City Fire Department Brigham City Corps 20 North Main Brigham City, UT 84302 Starting Salary: $20.00 - $25.00 per hour MINIMUM QUALIFICATIONS: - High school diploma or equivalent - Knowledge of standard wildland fire management program requirements, suppression tactics, methods and procedures; fire behavior hazards, and accepted fire safety practices and procedures to prevent injury and loss of life; agency and interagency qualifica- tions, position task book requirements, and certifica- tion standards and procedures adopted by the Natio- nal Wildfire Coordinating Group (NWCG). - Must be at least 18 years of age. - Must have a valid state of Utah driver license. - NWCG Incident Qualification Card (Red Card) - Must pass a physical ability test and medical screening. - Must be available for deployment up to 21 days. Disponível em: https://www.firejobs.com/pos_info.php?id=84517. Acesso em: 25 maio 2021. Com base no anúncio de emprego no Corpo de Bombeiros acima, no estado de Utah, nos Estados Unidos, uma das exi- gências para a ocupação da vaga é A ter conhecimento dos protocolos e dos procedimentos para incêndios. B efetuar o pagamento de uma taxa de 20 dólares com antecedência. C morar no estado de Utah há pelo menos 21 dias. D ter experiência como motorista de aplicativo. E ter formação técnica fornecida pela National Wildfire Coordinating Group (NWCG). QUESTÃO 2 Happy It might seem crazy what I’m about to say Sunshine, she’s here, you can take a break I’m a hot air balloon that could go to space With the air, like I don’t care baby by the way Because I’m happy Clap along if you feel like a room without a roof Because I’m happy Clap along if you feel like happiness is the truth Because I’m happy Clap along if you know what happiness is to you Because I’m happy Clap along if you feel like that’s what you wanna do Here come bad news talking this and that Yeah, well, gimme all you got and don’t hold back Yeah, well, I should probably warn you I’ll be just fine Yeah, no offense to you, don’t waste your time Here’s why WILLIAMS, P. Despicable Me 2: Original Motion Picture Soundtrack. Studio Album: United States, Back Lot Music, 2013 (fragmento). Na letra da canção acima, Happy, o eu lírico expressa A crítica da felicidade como valor humano universal. B dificuldade de adaptação a qualquer tipo de pessimismo. C enaltecimento dos diferentes tipos de felicidades. D disponibilidade para espalhar um sentimento de ceticismo a todos. E tendência a uma conduta infeliz. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 3 This City Has the Worst Bed Bug Infestation in America by Bridget McCusker This is one superlative no one wants their city to win. Pest control company Orkin recently released its Top 50 Bed Bug Cities list, compiled with data of the places where Orkin performed the most treatments for bed bugs from December 2019 through November 2020. The reality is that bed bugs have shown up in cities and towns all across America, from mansions to cramped apartments. They’ve been increasing in number in the United States since the turn of the century due to increased travel and limitations on certain insecticides, but numbers have been especially high in these cities. There’s not too much you can do to stop them; early detection is critical because there is no foolproof way to keep them out of your home. Taking first place on the list was Chicago. Clearly, bed bugs love the Windy City. Rounding out the top (bottom?) five, in order, were Baltimore; Washington, D.C.; Detroit; and Columbus, Ohio. Chicago moved up from being third on the list last year and swa- pped with Washington, D.C., which took the top spot in 2020. Chicago also took the top spot for the most rat-infested city. Yuck! Cities six through ten were Cleveland; Indianapolis; Cincinnati; Los Angeles; and Grand Rapids, Michigan. Grand Rapids, at spot ten in 2021, jumped a whopping eight spots from last year. Los Angeles moved down five spots from last year and New York, a city you think would come in much higher on the list, moved down six spots from last year, coming in at number 12. No matter where you are, beds aren’t the only places you’ll find these pests. According to the CDC, bed bugs often come into contact with people by way of luggage, bags, clothes, bedding, furniture, or anywhere they can easily hide and hitch a ride. MCCUSKER, B. Disponível em: https://www.rd.com/article/city-worst-bed-bug-infestation-in-america/. Acesso em: 25 maio 2021 (adaptado). Reconhece-se, no texto, que a cidade de Chicago se tornou uma nova “referência” universal na infestação de percevejos e ou- tras pragas domésticas. A partir disso, a autora do artigo deseja A relatar diferentes tipos de pragas e calamidades domésticas ocorridas em diferentes cidades. B orientar o leitor a compreender e a prevenir melhor a relação entre sujeira e pragas domésticas. C orientar turistas a deixarem suas bagagens sem limpeza. D relatar aos viajantes locais a necessidade de pesquisar pelas condições de higiene da cidade para onde vai viajar para relatar às autoridades. E incentivar a identificação prévia de problemas relacionados a pragas domésticas por parte das autoridades. QUESTÃO 4 Disponível em: https://www.hbfuller.com/pt/latin-america/innovation-and-expertise/infographics. Acesso em: 25 maio 2021. O infográfico ao lado visa informar o leitor sobre o compromisso da em- presa H. B. Fuller com a natureza e com sua preservação. Nele, o uso das expressões em gerúndio (“-ing”), por parte da empresa, mostra A um empecilho à ocorrência da poluição marinha a nível interna- cional ocasionada pelo plástico. B o interesse crescente do mundo em criar alternativas de susten- tabilidade. C uma comparação entre a eficácia de diferentes alternativas de sus- tentabilidade no meio ambiente. D a necessidade da adoção de hábitos sustentáveis dentro do mundo dos negócios, a nível global. E a importância da contratação dos serviços dessa empresa, num contraste com o restante do mercado que não é sustentável. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 5 A Conceit Give me your hand Make room for me to lead and follow you beyond this rage of poetry. Let others have the privacy of touching words and love of loss of love. For me Give me your hand. ANGELOU, M. Maya Angelou: Poems. United States: Poemhunter.com, 2012. Disponível em: https://www.poemhunter.com/i/ebooks/pdf/maya_ angelou_2012_6.pdf. Acesso em: 25 maio 2021. O poema A Conceit, da escritora estadunidense Maya Ange- lou, utiliza de poucas palavras com a intenção de A chamar a atenção para a diversidade de significados de um poema. B categorizar as pessoas em pessoas que amam e pessoas que odeiam. C demonstrar a relação entre língua e realidade. D enfatizar a grandeza e a simplicidade do amor, para além da poesia. E anunciara intolerância do mundo contemporâneo. QUESTÃO 6 Miss Dollar Era conveniente ao romance que o leitor ficasse muito tempo sem saber quem era Miss Dollar. Mas por outro lado, sem a apresentação de Miss Dollar, seria o autor obrigado a longas digressões, que encheriam o papel sem adiantar a ação. Não há hesitação possível: vou apresentar-lhes Miss Dollar. Se o leitor é rapaz e dado ao gênio melancólico, imagina que Miss Dollar é uma inglesa pálida e delgada, escassa de carnes e de sangue, abrindo à flor do rosto dous grandes olhos azuis e sacudindo ao vento umas longas tranças louras. A moça em questão deve ser vaporosa e ideal como uma criação de Shakespeare; deve ser o contraste do roastbeef britânico, com que se alimenta a liberdade do Reino Unido. Uma tal Miss Dollar deve ter o poeta Tennyson de cor e ler Lamartine no ori- ginal; se souber o português deve deliciar-se com a leitura dos sonetos de Camões ou os Cantos de Gonçalves Dias. A figura é poética, mas não é a da heroína do romance. ASSIS, M. de. Miss Dollar. In: Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. v. II. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ bv000171.pdf. Acesso em: 27 maio 2021 (adaptado). Nesse texto, há a recorrente repetição da palavra “Miss Dollar” do início ao fim. Esse artifício literário possui uma intenção, e colabora para A aumentar o interesse do leitor pela nomeação de uma personagem. B mostrar a importância da personagem para a cultura oci- dental. C ordenar o curso cronológico dos fatos narrados. D acrescentar uma apresentação física de uma persona- gem icônica. E manifestar o realismo dos temas de que trata o conto. QUESTÃO 7 O melhor seria escrever os acontecimentos dia a dia. Fazer um diário para os considerar com clareza. Não deixar escapar as diferenças de pormenor, os factos miúdos, mesmo quando pa- recem insignificantes, e sobretudo ordená-los. Tenho de dizer como é que vejo esta mesa, a rua, as pessoas, a minha bolsa de tabaco, visto que foi isso que mudou. Tenho de determinar exactamente a extensão e a natureza dessa mudança. Por exemplo, tenho aqui uma caixa de cartolina que contém o meu frasco de tinta. Devia tentar dizer como é que a via antes e como é que agora a... Pois bem! É um paralelepípedo recto, sobressai dum fundo... Que tolice! Não há nada a dizer dela. É isto que é preciso evitar; é preciso não achar estranho o que não tem estranheza nenhuma. É este o perigo, creio eu, quan- do se faz um diário: exagera-se tudo, espia-se de mais, exce- de-se constantemente a verdade. Por outro lado, é certo que posso, dum momento para o outro - e justamente a propósito desta caixa ou doutro objecto qualquer - sentir de novo aquela impressão de anteontem. Tenho de estar sempre pronto, se- não mais uma vez ela me escaparia. SARTRE, J.-P. A Náusea. Sintra: Publicações Europa-América, 2003. Durante o processo de escrita do texto para a persuasão do leitor, o autor do texto acima expressa a opinião de que A o interesse pelos objetos deve se sobrepor ao interesse por si próprio. B o exercício da escrita é incompatível com a clareza de sentido. C a composição de obras literárias se pauta pelo princípio da objetividade. D o estímulo à curiosidade é inerente a nós. E a atividade de escrever um diário pressupõe dificuldades. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 8 As águas do rio exibem um insalubre matiz cor de açafrão; e não correm na direção do mar, mas pulsam por toda a eterni- dade sob o olho vermelho do sol com um movimento tumul- tuoso e convulso. Por milhas e milhas em ambos os lados do leito lodoso do rio estende-se um deserto pálido de nenúfa- res gigantescos. Eles suspiram uns para os outros naquela solidão e esticam na direção do céu seus pescoços longos e espectrais e acenam aquiescentes suas cabeças perpétuas. E um indistinto murmúrio se eleva dentre eles como o rumor de água subterrânea. E eles suspiram uns para os outros. E ergui o rosto, e lá havia um homem sobre o cume da ro- cha; e ocultei-me entre os nenúfares de modo a espreitar as ações do homem. E o homem era alto e imponente em sua forma, e estava envolto dos ombros aos pés na toga da an- tiga Roma. E sua fronte era elevada e pensativa, e seu olhar, perturbado de preocupação; e nos poucos vincos de suas faces li as fábulas de tristeza, fadiga, repúdio à humanidade e anseio pela solidão. POE, E. A. Silêncio - Uma fábula. In: Contos de imaginação e mistério. São Paulo: Tordesilhas, 2013. O narrador projeta uma perspectiva fantástica e, ao mesmo tempo, fortemente imagética. Essa projeção do narrador ali- nha-se ao discurso poético porque A explora a relação do homem com a natureza. B atribui ao inanimado vivacidade e movimento. C reforça a eternidade e prosperidade da natureza. D destaca a proporção das formas da paisagem. E apreende o sentido da ruína causada pela velhice. QUESTÃO 9 Há uma frase antiga segundo a qual “motivação é uma porta que só abre pelo lado de dentro”. A motivação tem um nível de subjetividade, e isso significa que ela parte do sujeito. Nós, às vezes, dizemos: “Eu preciso motivar a minha equipe”, “devo motivar as pessoas”, “tenho que motivar meus filhos”… É ne- cessário entender que, embora a palavra “motivação” signifi- que mover, movimentar, fazer com que haja o ponto de partida para algo, ela é um estado interior. CORTELLA, M. S. Por que fazemos o que fazemos? São Paulo: Planeta, 2016. O trecho apresentado faz parte de um livro de reflexões sobre o significado do trabalho e das nossas preocupações do dia a dia. Como um dos recursos para convencer o leitor da impor- tância de se ter uma vida com propósito, o autor A recusa-se a acreditar na força da motivação como promo- tora de estímulo. B joga com a polissemia de algumas palavras. C parte de uma reflexão sobre um substantivo. D faz uso de um argumento metafísico. E só se utiliza da função apelativa da linguagem. QUESTÃO 10 TEXTO I Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Bagpipes. Acesso em: 31 maio 2021. TEXTO II Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Bagpipes#History. Acesso em: 31 maio 2021. O instrumento de sopro acima é uma das manifestações culturais musicais da Escócia. Nos textos, apesar de serem registradas em contextos cronológicos e históricos diferen- tes e terem, portanto, séculos de distanciamento temporal, é possível perceber, a partir do Texto II, a A desvinculação desse instrumento com a cultura medieval. B ancestralidade do instrumento na construção da musica- lidade escocesa de hoje. C constituição idêntica dos materiais do instrumento, tanto da pintura quanto da foto. D carência da variedade de instrumentos na cultura britânica. E relevância de registros musicais e artísticos para a disse- minação e manutenção de tradições musicais. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 11 Amaro era, como diziam os criados, um mosquinha-morta. Nunca brincava, nunca pulava ao sol. Se à tarde acompanha- va a senhora marquesa às alamedas da quinta, quando ela descia pelo braço do padre Liset ou do respeitoso procurador Freitas, ia a seu lado, mono, muito encolhido, torcendo com as mãos úmidas o forro das algibeiras, — vagamente assus- tado das espessuras de arvoredos e do vigor das relvas altas. Tomou-se muito medroso. Dormia com lamparina, ao pé de uma ama velha. As criadas de resto feminizavam-no; acha- vam-no bonito, aninhavam-no no meio delas, beijocavam- -no, faziam-lhe cócegas, e ele rolava por entre as saias, em contato com os corpos, com gritinhos de contentamento. Às vezes, quando a senhora marquesa saía, vestiam-no de mu- lher, entre grandes risadas; ele abandonava-se, meio nu, com os seus modos lânguidos, os olhos quebrados, uma roseta escarlate nas faces. As criadas, além disso, utilizavam-no nas suas intrigas umas com as outras: era Amaro o que fazia as queixas. Tomou-se enredador, muito mentiroso. QUEIRÓS, E. de. O crime do Padre Amaro. Rio de Janeiro: EditoraBest Seller, 2011. O texto, publicado quase no final do século XIX, traz à tona representações e críticas sociais da sociedade portuguesa da época. Levando em consideração a estética realista, é possível perceber as feições críticas do narrador no(a) A descrição precisa do comportamento das crianças por- tuguesas. B ponto de vista humorístico acerca dos valores inerentes à educação doméstica. C contraste entre o idealismo infantil e a vida adulta. D manifestação da imaturidade pelo viés dos relacionamen- tos amorosos burgueses. E sobreposição da imaturidade em relação ao desenvolvi- mento do menino Amaro. QUESTÃO 12 Foi assim e foi por isso que os homens, quando pela vez primeira viram a boiguaçu tão demudada, não a conheceram mais. Não conheceram e julgando que era outra, muito outra, chamam-na desde então, de boitatá, cobra de fogo, boitatá, a boitatá! E muitas vezes a boitatá rondou as rancherias, faminta, sempre que nem chimarrão. Era então que o téu-téu cantava, como bombeiro. E os homens, por curiosos, olhavam pasmados, para aquele grande corpo de serpente, transparente — tatá, de fogo — que media mais braças que três laços de conta e ia alumiando ba- çamente as carquejas... E depois, choravam. Choravam, desa- tinados do perigo, pois as suas lágrimas também guardavam tanta ou mais luz que só os olhos e a boitatá ainda cobiçava os olhos vivos dos homens, que já os das carniças a enfartavam... LOPES NETO, J. S. A Mboitatá. In: Contos gauchescos e lendas do sul. 3 ed. Porto Alegre: Globo, 1965. A análise da variação linguística é um componente que é bastante marcante em diversas obras na literatura brasilei- ra. Nesse trecho, os regionalismos são uma característica A objetiva que comunica a escolha do gênero textual. B de uma linguagem utilizada como forma de registro. C do uso de ditos gaúchos antigos relacionados somente ao folclore. D das exigências estruturais e formais do gênero conto. E rigorosa do gênero conto, levando em conta somente os aspectos narrativos e a presença de uma figura folclórica. QUESTÃO 13 Esta imagem “ideal” de corpo, desejada por algumas pesso- as, está baseada exclusivamente na aparência e, para refor- çar essa ideia, há várias personalidades famosas na mídia que têm a sua imagem intensa e constantemente veiculada como modelo de “corpo perfeito”. Pois bem, é preciso muita “malhação” e sacrifícios, o que faz com que algumas pessoas travem “batalhas” incessantes e incansáveis com a balança, com o espelho, com dietas e com os exercícios físicos, sem contar as dolorosas incisões cirúrgicas, para aqueles com possibilidades financeiras que buscam resultados mais rápidos. Os sacrifícios são considerados válidos para se obter um corpo “sarado” e estão associados a uma “malhação” bem sucedida. Tal malhação é, muitas vezes, confundida com a sensação de dor. Quantas vezes ouvimos as pessoas dizen- do que fizeram ginástica e não sentiram “dor”, então a práti- ca dessa atividade não deve ter tido efeito. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Educação Física: Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006, 2ª edição. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov. br/arquivos/File/livro_didatico/edfisica.pdf. Acesso em: 27 maio 2021 (adaptado). Ao iniciar a discussão sobre a relação entre padrões de be- leza e exercícios físicos, de acordo com o texto, é possível perceber que a busca por um corpo melhor A advém da falta de estrutura moral para a elaboração de uma identidade própria. B não está necessariamente relacionada à busca por saú- de, visto que muitos praticam esportes somente para imitar alguém. C perde cada vez mais “seguidores”, que não são capazes de sentir dores durante a prática de exercícios. D sucede devido ao fracasso resultante de cirurgias plásti- cas mal sucedidas por parte das celebridades, quem as pessoas querem imitar. E é de inspiração baseada em personalidades da mídia com corpos considerados “padrão”, em prol da própria perso- nalidade. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 14 Estudo mostra que a origem dos idiomas europeus está na Turquia Usando metodologias usadas para montar árvores genea- lógicas, biólogos disseram ter conseguido resolver um dos maiores enigmas da arqueologia: a origem da família indo- europeia de idiomas. Ela inclui o português, o inglês e muitas outras línguas euro- peias, bem como o persa, o hindu e outras. Apesar da impor- tância do grupo, os especialistas até hoje não conseguem concordar sobre sua origem. Linguistas acreditam que os primeiros a falar a suposta “lín- gua-mãe”, chamada de protoindoeuropeu, eram pastores nômades e guerreiros que saíram de sua terra natal, as es- tepes ao norte do Mar Negro, há 4000 anos, e conquistaram a Europa e a Ásia. Uma teoria rival diz que, ao contrário, os primeiros a falar o indoeuropeu eram fazendeiros pacíficos na Anatólia, hoje na Turquia, há cerca de 9000 anos, que dis- seminaram sua língua pela enxada, não pela espada. O computador também recebeu dados geográficos sobre o alcance atual de cada idioma e foi instruído a calcular os ca- minhos de distribuição mais prováveis de cada origem, dada a provável linha de descendentes. Os cálculos indicaram a Anatólia, particularmente uma região que fica atualmente no sul da Turquia, como a origem mais plausível do indoeuropeu. Disponível em: http://www.ufrgs.br/nuparq/news/estudo-mostra-que-a-ori- gem-dos-idiomas-europeus-esta-na-turquia. Acesso em: 28 maio 2021 (adaptado). Aplicado aos dias de hoje, o texto discorre a respeito dos resultados de uma pesquisa envolvendo línguas indoeuro- peias, as quais são parte importante A do entendimento das origens da primeira língua moderna. B das pesquisas envolvendo a origem da linguagem humana. C da teoria da emigração humana para a Anatólia. D da investigação sobre as origens do protoindoeuropeu. E do estudo do antigo povo protoindoeuropeu. QUESTÃO 15 Disponível em: https://www.telessaude.unifesp.br/index.php/dno/agenda-da-sau- de/391-27-de-setembro-dia-nacional-da-doacao-de-orgaos-e-tecidos. Acesso em: 27 maio 2021. As informações da campanha acima, de incentivo à doação de órgãos, evidenciam o propósito de A reforçar os diferentes tipos de órgãos que podem ser doados. B listar os malefícios causados pela falta de órgãos doados. C instigar uma reflexão sobre a necessidade de positividade na vida. D denunciar a falta de cuidado dado, por parte das autori- dades, à questão. E conscientizar sobre a relação intrínseca que existe entre a doação de órgãos e a solidariedade. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 16 Os rapazes, em grande parte dotados de tendências animadoras para a vida prática, forjicavam mil meios de combater o enfado da monotonia. A folgança fazia época como as modas, metamorfoseando-se depressa como uma série de ensaios. A peteca não divertia mais, palmeada com estrépito, subindo como foguete, caindo a rodopiar sobre o cocar de penas? Inven- tavam-se as bolas elásticas. Fartavam-se de borracha? Inventavam-se as pequenas esferas de vidro. Acabavam-se as esferas? Vinham os jogos de salto sobre um tecido de linhas a giz no soalho, ou riscadas a prego na areia, a amarela, e todas as suas variantes, primeira casa, segunda casa, terceira casa, descanso, inferno, céu, levando-se à ponta de pé o seixozinho chato em arriscada viagem de pulos. Era depois a vez dos jogos de corrida, entre os quais figurava notavelmente o saudoso e rijo chico- te-queimado*. Variavam os aspectos da recreação, o pátio central animava-se com a revoada das penas, o estalar elástico das bolas, passando como obuses, ferindo o alvo em pontaria amestrada, o formigamento multicor das esferas de vidro pela terra, com a gritaria de todas as vozes do prazer e do alvoroço. POMPEIA, R. O Ateneu. 16ª ed., São Paulo: Ática, 1996. *Chicote-queimado é uma brincadeira em que uma criança tenta alcançar as outras batendo-lhes com um lenço enrolado em forma de chicote. O texto de Raul Pompeia descrevediferentes brincadeiras de infância do colégio no século XIX, época em que a movimentação humana começava a ganhar corpo na disciplina da Educação Física, Desse modo, é possível perceber, a partir da leitura do texto, que A o chicote queimado indica um jogo em que a rivalidade infantil prevalece, distanciando as pessoas afetivamente. B a peteca é um jogo em que as crianças permanecem paradas, o que causa uma sensação de “mesmice”. C o ambiente descrito indica que a movimentação corporal infantil é estimulada, o que representa uma “educação física” constante presente entre as crianças. D as bolas elásticas eram um jogo que estimulava o conflito, o que potencializa a criação de relacionamentos narcisistas. E os esportes em geral indicam situações de competição e de cooperação, o que evidencia a criatividade infantil em criar brincadeiras. QUESTÃO 17 SUA EXCELÊNCIA o ministro saiu do baile da embaixada, embarcando logo no carro. Desde duas horas estivera a sonhar com aquele momento, ansiava estar só, só com o seu pensamento, pesando bem as palavras que proferira, relembrando as atitudes e os pasmos olhares dos circunstantes. Por isso entrara no coupé depressa, sôfrego, sem mesmo reparar se, de fato, era o seu. Vinha cegamente, tangido por sentimentos complexos: orgulho, força, valor, vaidade. Todo ele era um poço de certeza. Estava certo do seu valor intrínseco; estava certo das suas qualidades extraordinárias e excepcionais. A respeitosa atitude de todos e a deferência universal que o cercava eram nada mais, nada menos que o sinal da convicção geral de ser ele o resumo do país, a encarnação dos seus anseios. Nele viviam os doridos queixumes dos humildes e os espe- taculosos desejos dos ricos. BARRETO, L. Os Bruzundangas. Sumaré: Martin Claret, 2013. No texto, a circunstância do personagem e o desenrolar da história levam o leitor a assimilar o(a) A percepção crítica do autor quanto à sociedade brasileira da época. B privação da autoconsciência como elemento determinante para o exercício dos altos cargos. C contraposição entre as expectativas que se tinha de uma autoridade na época e suas ações de fato. D prevalência das desigualdades sociais sobre a sociedade brasileira como um todo. E embate entre a inocência do povo e a revisão das tradições para o proveito próprio. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 18 SIDERAÇÕES Para as Estrelas de cristais gelados As ânsias e os desejos vão subindo, Galgando azuis e siderais noivados De nuvens brancas a amplidão vestindo... Num cortejo de cânticos alados Os arcanjos, as cítaras ferindo, Passam, das vestes nos troféus prateados, As asas de ouro finamente abrindo... Dos etéreos turíbulos de neve Claro incenso aromal, límpido e leve, Ondas nevoentas de Visões levanta... E as ânsias e os desejos infinitos Vão com os arcanjos formulando ritos Da Eternidade que nos Astros canta... SOUSA, C. e. Broquéis. Porto Alegre: L&PM, 2002. Composição poética com tamanho fixo, o soneto se trans- formou em uma forma de fazer poesia no século XIX, no Brasil, particularmente para o movimento simbolista. Nesse poema de Cruz e Sousa acima, reporta(m) a essa estética A as descrições inspiradas na contemplação do céu e de fenômenos físicos. B a falta de sensibilidade do eu lírico. C a nomenclatura desvinculada do misticismo. D o uso da musicalidade como meio de expressão. E a relação com temas comuns à religião. QUESTÃO 19 A Educação Física enquanto componente curricular da Edu- cação básica deve assumir então uma outra tarefa: intro- duzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e trans- formá-la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do es- porte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e prá- ticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida. A integração que possibilitará o usufruto da cultura corporal de movimento há de ser plena – é afetiva, social, cognitiva e motora. Vale dizer, é a integração de sua personalidade. BETTI, M.; ZULIANI, L. R. Educação Física Escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. In: Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, Bauru, Ano I, nº 1, 2002. O texto apresenta uma reflexão a respeito do conceito de Educação Física no período escolar, devendo ser compreen- dida e praticada no ambiente escolar através A da procura por dados estatísticos que comprovem a efi- cácia da Educação Física. B de apenas pressupostos técnicos relativos à prática da Educação Física. C da responsabilização dos alunos pela adoção de práticas saudáveis para uma saúde melhor. D da mediação da escola na rotina de exercícios dos alunos. E da compreensão dos resultados futuros que a prática de exercícios terá, para além da saúde. QUESTÃO 20 Tenho um amigo curiosíssimo. Dá-se comigo há mais de trin- ta anos. Mas não há, digamos assim, continuidade em nos- sos encontros. De vez em quando, desaparece; e, de vez em quando, volta (é cíclico como a minha úlcera). Quando some, sua ausência tem a densidade da morte. E, quando reapare- ce, está sempre comigo, grudado a mim como um gêmeo. RODRIGUES, N. A Messalina Gaga. In: A Cabra Vadia: Novas Confissões. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. Nessa crônica, o uso de determinadas conjunções e recur- sos coesivos, além de fazer o texto fluir, contribui também para a construção do seu sentido, o que acaba também A delimitando o envolvimento do autor com o leitor, que se tornará seu amigo. B contrapondo a intimidade com seu amigo à convivência com um estranho. C indicando a incerteza do autor quanto à identidade de seu amigo. D pondo como eixo a confiança que o autor tem no amigo, a ponto de comparar a ausência dele a uma doença. E apontando o ressentimento do autor, sem perspectivas de manter essa amizade. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 21 Lira XIV Minha bela Marília, tudo passa; A sorte deste mundo é mal segura; Se vem depois dos males a ventura, Vem depois dos prazeres a desgraça. Estão os mesmos Deuses Sujeitos ao poder impio Fado: Apolo já fugiu do Céu brilhante, Já foi Pastor de gado. A devorante mão da negra Morte Acaba de roubar o bem, que temos; Até na triste campa não podemos Zombar do braço da inconstante sorte. Qual fica no sepulcro, Que seus avós ergueram, descansado; Qual no campo, e lhe arranca os brancos ossos Ferro do torto arado. Ah! enquanto os Destinos impiedosos Não voltam contra nós a face irada, Façamos, sim façamos, doce amada, Os nossos breves dias mais ditosos. Um coração, que frouxo A grata posse de seu bem difere, A si, Marília, a si próprio rouba, E a si próprio fere. GONZAGA, T. A. Marília de Dirceu. 1. ed., São Paulo: Ediouro. No poema acima, o tom campestre e idealista demonstra uma concepção de lirismo fundamentada na A discordância entre a espera e a realização do amor. B manifestação do enaltecimento da mulher amada. C combinação de imagens clássicas indicadoras de um amor por vir. D rejeição à intervenção divina ou à do destino na relação. E conhecimento da necessidade de ida breve à cidade. QUESTÃO 22 Tipos de caneta, veja as opções! Caneta esferográfica É ótima pra assinar documentos, escrever textos longos, res- ponder questões numa prova ou fazer anotações no dia a dia. E uma vantagem é que esse tipo de caneta costuma durar bas- tante. E a tinta dela é a base de óleo e não fica ressecada. Adorei! Além disso, a caneta esferográfica pode vir com ponta fina, média ou grossa nas cores azul, preta e vermelha, entre ou- tras. É bastante variedade, né? Caneta gel Na caneta gel a tinta é mais aguada e também tem várias cores! O legal é que elas podem ter um cheirinho de frutas e também glitter, deixando as anotações mais divertidas! Quer mais? Escrever com a caneta gel é diferente porque a mão desliza bem suave. Agora, a tinta costuma terminar mais rápido se você usa bastante, viu? Uma dica: deixe essa caneta sempre tampada depois de es- crever. Assim,ela vai durar mais tempo! Caneta tinteiro Uma opção mais sofisticada é a caneta tinteiro, que é muito usada por pessoas que querem caprichar na assinatura de documentos! Quem trabalha com desenho técnico ou artístico, ou escre- ve em convites de casamento, costuma adorar esse tipo de caneta. Legal, né? Como ela é considerada chique, costuma ser feita em ma- teriais bem diferentes, como ouro ou prata, mas também dá pra encontrar de acrílico! Caneta com ponta de feltro Já a caneta com ponta de feltro vem com várias cores e a tinta é à base de álcool, então melhor deixar tampada depois de usar pra não secar, combinado? O legal é que você pode usar essa caneta pra fazer contor- nos, títulos ou destacar qualquer parte das suas anotações. É possível achar caneta com ponta de feltro em kits com 4, 8, 12, 24 e até 60 cores, sabia? Disponível em: https://www.magazineluiza.com.br/portaldalu/tipos-de-cane- ta-vejas-as-opcoes/68976/. Acesso em: 27 maio 2021. O texto acima mostra tipos diferentes de caneta e contém algumas descrições sobre como utilizá-las bem e por quê. Para convencer o leitor disso, é utilizado o recurso de A esclarecer em poucas linhas a composição da tinta e mostrar o alto desempenho dos produtos. B difundir os diferentes modelos de caneta existentes no mercado, comparando-os a outros materiais de escrita, tais como lápis. C propagandear cada tipo de caneta, criticando o modo como algumas delas possuem limitações. D ressaltar o quanto se precisa de cada uma delas para utilizar no ambiente de trabalho. E ressaltar as utilidades, os materiais de base e a forma como melhor podemos aproveitar cada tipo de caneta. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 23 O governo britânico abriu na semana passada uma consulta pú- blica para revisar a legislação atual de Segredos Oficiais do Es- tado, um conjunto de quatro atos datados de 1911, 1920, 1939 e 1989 que será substituído por uma lei única. Entre as propostas da comissão que elaborou o projeto está a criminalização de fake news espalhadas em favor de potências estrangeiras hos- tis ou para minar as liberdades acadêmicas e um tratamento di- ferente para o vazamento de informações confidenciais, inclusi- ve no exterior e se feito por cidadãos de outras nacionalidades. O texto de 67 páginas elaborado pelo Home Office (Secretaria Nacional do Interior), que tem entre as suas funções o combate ao terrorismo, ressalta o respeito à liberdade de imprensa. Mas aponta a necessidade de “equilíbrio” para proteger informações confidenciais que possam prejudicar o país, ainda que o vaza- mento tenha sido feito sob a justificativa de interesse público. As penas mais rigorosas podem desestimular denúncias que envolvam documentos oficiais à imprensa. LUCA, A. de. Disponível em: https://mediatalks.uol.com.br/2021/05/15/espa- lhar-fake-news-pode-dar-prisao-no-reino-unido/. Acesso em: 27 maio 2021 (adaptado). Com a evolução da tecnologia, a circulação e o uso das in- formações na Internet se tornou cada vez mais constante e rápido em comparação com outras épocas. O texto discorre a respeito de uma nova proposta de legislação do Reino Uni- do que regulamenta crimes de fake news (notícias falsas), que cria a seguinte expectativa no leitor: A Proibição do ato de criar notícias falsas. B Reforço na fiscalização da procedência das informações. C Alteração no perfil do debate do tema. D Lançamento e estímulo a mais legislações na mesma linha. E Defesa da justiça a vítimas de terrorismo. QUESTÃO 24 As Histórias em Quadrinhos (HQs) têm fascinado diferentes gerações, desde o seu surgimento até hoje. É importante lembrar que para a criação de uma História em Quadrinhos, muitas vezes, o desenhista pode assumir diferentes papéis no processo de criação ou, então trabalhar em equipe, como as modernas editoras. Cria os personagens, escreve a histó- ria, desenha, cria os diálogos, os efeitos de som e sentimen- to (com as onomatopéias) e dá colorido e acabamento para fascinar diferentes gerações que são adeptas dessa arte. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Arte: Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006, 2ª edição. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/ File/livro_didatico/arte.pdf. Acesso em: 28 maio 2021 (adaptado). No contexto das histórias em quadrinhos, o texto acima re- verbera uma série de ações que explanam A o método empregado para compor qualquer história em quadrinhos. B os investimentos necessários para a criação de uma HQ. C os interesses do consumidor de HQs. D práticas cotidianas do público leitor. E o fomento à procura de público. QUESTÃO 25 A misteriosa ‘cidade’ submarina no Japão Em 1987, um mergulhador que explorava a costa das Ilhas Ryukyu, no sul do Japão, fez uma descoberta surpreendente. A 25 metros abaixo da superfície, ele avistou uma série de de- graus esculpidos quase à perfeição. “Sabe aquela sensação de arrepio? Meu cabelo ficou em pé, foi avassalador”, relembra Kihachiro Aratake, que estava à pro- cura de um ponto de mergulho, um bom lugar para ser explora- do, quando se deparou por acaso com a estrutura em um local próximo à ilha Yonaguni, que faz parte do arquipélago. Conhecida hoje como Monumento Yonaguni, esta estrutura gigantesca de 50 metros de comprimento por 20 metros de largura, que lembra uma pirâmide retangular, é uma das for- mações subaquáticas mais intrigantes do mundo. Depois que Aratake descobriu a estrutura, um grupo de cien- tistas liderado pelo geólogo Masaaki Kimura, da Universidade de Ryukyu, no Japão, começou a pesquisar a misteriosa for- mação rochosa submersa. Acredita-se que tenha mais de 10 mil anos. Mas sua origem divide opiniões. “Acho que é muito difícil explicar sua origem como sendo pu- ramente natural, por causa da vasta evidência da influência do homem nas estruturas”, diz Kimura. Nessa linha, há quem acredite que a estrutura seja o resquício de uma civilização perdida há muito tempo no Pacífico, possivelmente construída pelo povo pré-histórico Jomon do Japão, que habitava essas ilhas por volta de 12.000 a.C. Não é à toa que foi apelidada de “Atlântida do Japão”. UMEWAKA, N.; EL-BEIH, Y. A misteriosa ‘cidade’ submarina do Japão. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-56799667. Acesso em: 27 maio 2021 (adaptado). Considerando a linearidade da narrativa da reportagem, é pos- sível depreender que o objetivo dos autores, além de apresen- tar uma curiosidade, é A reconhecer a conduta de Kimura ao contestar a teoria da origem natural da cidade. B problematizar o entendimento acerca da história do desenvolvimento da humanidade. C introduzir ao mundo uma nova civilização. D reportar a experiência de Kimura na descoberta da estrutura. E destacar a influência da historiografia sobre a interpretação da história humana. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 26 A estátua do traficante de escravos Edward Colston, joga- da rio abaixo em Bristol, na Inglaterra ano passado, será ex- posta no M Shed, um museu local. Quase um ano depois do simbólico e polêmico gesto antirracista, ocorrido na esteira do assassinato de George Floyd e à luz do movimento Black Lives Matter, o monumento virá acompanhado de uma pes- quisa de opinião, que deve indicar o que a população britâni- ca quer que seja feito com ele ao final da mostra. O monumento de Edward Colston deve ser colocado ao lado de uma seleção de cartazes do Black Lives Matter, vindos de protes- tos do ano passado em Bristol, e de uma linha do tempo com os principais acontecimentos. Depois de recuperada do rio, a está- tua foi limpa por uma equipe de conservação e teve os grafites conservados. NASSIF, T. Derrubada em protesto, estátua de escravocrata será exposta em museu. Veja, 28 de mai. de 2021. Disponível em: https://veja.abril.com.br. Acesso em: 29 mai. 2021. O objetivo da autora, ao apresentar as informações, é A contar sobre os protestos realizados em Bristol. B defender a atitude dos manifestantesem derrubarem a estátua. C divulgar a pesquisa popular realizada sobre o destino da obra. D informar sobre o desdobramento ocorrido com a estátua de Edward Colston. E convencer o leitor sobre a importância de guardar monu- mentos em museus. QUESTÃO 27 Você nunca conhece realmente as pessoas. O ser humano é mesmo o mais imprevisível dos animais. Das criaturas. Vá lá. Gosto de voltar a este tema. Outro dia apareceu uma moça aqui. Esguia, graciosa, pedindo que eu autografasse meu livro de poesia, “tá quentinho, comprei agora”. Conver- samos uns quinze minutos, era a hora do almoço, parecia tão meiga, convidei-a para almoçar, agradeceu muito, dis- se-me que eu era sua “ídala”, mas ia almoçar com alguém e não podia perder esse almoço. Alguém especial?, perguntei. Respondeu nítida: “pé-de-porco”. Não entendi. Como? “Ado- ro pé-de-porco, pé-de-boi também”. Ahn… interessante, res- pondi. E ela se foi apressada no seu Fusquinha. HILST, Hilda. Delicatessen - Crônica de para o Correio Popular de Campinas. 1993. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/delicatessen-hilda-hilst/. Acesso em: 29 mai. 2021. Para construir a crônica, Hilda Hilst escolhe de um procedi- mento composicional com A descrições detalhadas, dando concretude aos fatos. B expressões irônicas, elevando a posição do narrador. C informações sem sentido, distanciando os personagens. D linguagem simples, construindo descaso com o assunto. E frases curtas e diretas, demonstrando um tom de diálogo. QUESTÃO 28 Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito Do ourives, saia da oficina Sem um defeito [...] Porque o escrever — tanta perícia, Tanta requer, Que ofício tal... nem há notícia De outro qualquer. Assim procedo. Minha pena Segue esta norma, Por te servir, Deusa serena, Serena Forma! BILAC, Olavo. Poesias. Posfácio R. Magalhães Júnior. Rio de Janeiro: Ediouro, 1978 (Adaptado). Ao apresentar reflexões sobre a escrita, Olavo Bilac explora majoritariamente a função de linguagem A metalinguística, ao usar o poema para falar sobre a própria poesia. B poética, pelo enfoque na mensagem a ser transmitida. C fática, através da ênfase no canal comunicativo. D emotiva, no uso da primeira pessoa do singular. E apelativa, dando prioridade àquele que lê. QUESTÃO 29 Gosta de assistir a filmes dublados, mas se incomoda com o movimento da boca dos atores? Uma startup norte-americana desenvolveu uma tecnologia que pretende acabar com esse empecilho para quem não curte ficar acompanhando as legen- das no cinema. TrueSync é o nome do sistema criado pela em- presa Flawless. O software utiliza deepfakes para sincronizar a boca dos atores com o som da dublagem. Deepfakes são edições de vídeo que usam algoritmos de inteligência artificial para modificar de forma realista o ros- to de uma pessoa. O TrueSync usa modelos de machine le- arning (capacidade de aprendizado das máquinas) para criar movimentos labiais que correspondem às falas traduzidas de humanos. Na sequência, as imagens são coladas automati- camente na região da boca de um ator no filme, por exemplo. OLIVEIRA, Felipe. Odeia filme dublado? Deepfake promete sincronizar falas com “perfeição”. UOL, 29 de mai. de 2021. Dispinível em: https://www.uol.com.br/tilt/ noticias. Acesso em: 29 mai. 2021. De acordo com o trecho da reportagem, a tecnologia tem como característica A estar presente no mercado cinematográfico atual. B simplificar o processo de dublagem para o cinema. C melhorar a experiência do espectador de filmes dubla- dos. D beneficiar os americanos a consumirem cinema estrangeiro. E editar as falas para se adequarem aos movimentos dos atores. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 30 Na língua falada, as diferenças entre o português de Portu- gal e o português do Brasil são tão grandes que muitas vezes surgem dificuldades de compreensão: no vocabulário, nas construções sintáticas, no uso de certas expressões, sem mencionar, é claro, as tremendas diferenças de pronúncia. E muitos estudos têm mostrado que os sistemas pronominais do português europeu e do português brasileiro são total- mente diferentes. Por exemplo, os pronomes o/a, de construções como “eu o vi” e “eu a conheço”, estão praticamente extintos no portu- guês falado no Brasil, ao passo que, no de Portugal, continu- am firmes e fortes. Esses pronomes nunca aparecem na fala das crianças brasileiras nem na dos brasileiros não-alfabeti- zados e têm baixa ocorrência na fala dos indivíduos cultos, o que demonstra que são exclusivos da língua ensinada na es- cola, sobretudo da língua escrita, não fazendo parte, então, do repertório da língua materna dos brasileiros. Nossas crianças usam sem problema me e te — “Ela me ba- teu”, “Eu vou te pegar” —, mas o/a jamais, que são substitu- ídos por ele/ ela: “Eu vou pegar ele”, “Eu vi ela”. Se as crian- ças não usam é porque não ouvem os adultos usar, e se os adultos não usam é porque não precisam desses pronomes. BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é e como se faz. São Paulo: Loyola, 2007. O texto anterior compara o português falado em Portugal e no Brasil. A partir dele, é possível compreender que A o brasileiro não fala adequadamente português. B a análise linguística se limita à fala escolarizada. C a escola precisa ensinar melhor o uso de pronomes. D a língua tem diferenças no uso de acordo com o país. E o português culto do brasil é semelhante ao de portugal. QUESTÃO 31 Quem é que nunca encontrou alguns pelinhos de cachorro em sua roupa ou mesmo espalhados em diferentes pontos da casa, não é mesmo? Após uma escovação, então, é comum retirar uma certa quantia de pelos do corpo do animal. Mas, isso é normal? Quando a queda de pelo em cachorros se torna um problema de saúde que requer atenção? Essa é uma questão comum para cães de diferentes raças e há uma linha tênue entre a parte normal, esperada da fisiologia do cachorro, e questões mais problemáticas. MATOS, T. Como lidar com a queda de pelo de cachorro? Disponível em: https:// love.doghero.com.br/dicas/pelo-de-cachorro/. Acesso em: 29 mai. 2021. Na língua, elementos textuais funcionam para dar ligação às ideias de diferentes maneiras. Nesse caso, o termo “mas” está presente para A situar o leitor no espaço de tempo. B introduzir novo enfoque sobre o assunto. C negar as ideias mencionadas anteriormente. D comparar posicionamentos em relação ao tema. E adicionar um argumento que justifique a tese inicial. QUESTÃO 32 Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas [...]. Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescen- te; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias en- tre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pêlo, ao contrário metiam a ca- beça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão. As portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fe- char de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despa- chavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás da estalagem ou no recanto das hortas. AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Porto Alegre: LP&M pocket, 1998. Aluísio de Azevedo se destacou na literatura brasileira por descrever o Brasil e suas transformações sociais e urbanas no final do século XIX pelas lentes de seu tempo. Destaca-se no trecho essa questão, tendo em vista a A indiferença frente às condições insalubres narradas. B animalização dos cidadãos dos novos espaços urbanos.C regionalização do atraso descrito para o interior do Brasil. D desvalorização social fundamentada em questões raciais. E equiparação equânime de gênero com base em lutas feministas. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 33 BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br. Acesso em: 29 mai. 2021. A união de imagem e texto presente no anúncio indica que A os pais não estão vacinando seus filhos. B as crianças têm mais chance de ter sarampo. C o personagem em branco representa o sarampo. D as cadernetas de vacinas podem estar no celular. E a vacinação é algo importante para evitar doenças. QUESTÃO 34 “quando chovia noite inteira era pior. o aldegundes, fraco, um repolho de gente quase a querer ser homem, era descarnado e enfezado de altura larga. que haveria de poder ele quando a sarga estava mais assustada e escutava menos as suas palavras. imaginava eu que ela assustada quisesse fugir para onde conhecesse mais seguro, sou- béramos nós o que ela soubesse e talvez se acalmasse em algum lugar.” MÃE, Valter Hugo. O remorso de Baltazar Serapião. São Paulo: 34, 2014. Em relação à sua estrutura formal, o trecho selecionado de Valter Hugo Mãe demonstra A característica tradicional de textos veiculados na internet. B sentido fragmentado como forma de chocar o interlocutor. C estilo inovador com reflexos na percepção do texto poético. D sintaxe reorganizada para auxiliar na clareza das informações. E gramática inadequada, causando incompreensão da mensagem. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 35 Alguns meses após o início da pandemia e das medidas de isolamento social, a defensora pública Odyle Serejo, de Natal (RN), percebeu algo de diferente no jeito de falar da sua filha mais velha. Anita, de 6 anos, passou a usar expressões que destoavam do vocabulário usado pela família e pela popula- ção do Rio Grande do Norte em geral. Odyle credita parte dessa mudança ao YouTube, cada vez mais presente no dia a dia de Anita no período de distanciamento ocasionado pela covid-19. Essa percepção não é restrita à família potiguar. Uma busca nas redes sociais leva a posts de pais relatando um suposto “sotaque do YouTube” em seus filhos. “Meu filho de 5 anos passou a falar como alguém do interior de São Paulo. Só pode ter aprendido no YouTube. Foi muito engraçado quando percebi”, relata a arquiteta Elisa*, do Rio de Janeiro, sobre o comportamento do filho Bruno*. Para Abdelhak Razky, com doutorado em linguística, os pais mui- tas vezes esquecem que a língua não é algo fixo, estático — nem a nossa forma de falar: “Há uma mudança em curso no Brasil e no mundo sobre a fala que circula entre adultos e crianças, então podemos imaginar que o vocabulário muda e pode perder alguns traços dialetais nas crianças por vários motivos. As redes sociais podem ser um dos fatores que aceleram essa mudança”, diz. TAVARES, V. O YouTube influencia o jeito de falar da minha filha. BBC, 13 de abr. de 2021. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-56697071. Acesso em: 29 mai. 2021. A matéria descreve as alterações linguísticas existentes. A partir dessas ideias, é evidenciado que A as características regionais foram apagadas da língua. B o contato com outros dialetos auxilia nas mudanças linguísticas. C os conteúdos online foram necessários para alterar a comunicação. D o YouTube é nocivo para o desenvolvimento linguístico das crianças. E o distanciamento prejudicou o diálogo entre crianças do mesmo estado. QUESTÃO 36 TEXTO I A nova Cruella ainda é magnética, mas o longa se propõe a humanizá-la a qualquer custo, enfraquecendo um pouco seu rastro de maldades. A duração do filme também o torna uma experiência enfadonha. São 2 horas e 14 minutos de tela e não seria difícil conseguir um corte mais ágil, se livrando de algumas cenas longas demais e certas explicações desne- cessárias. As qualidades, felizmente, sobrepõem os defeitos e “Cruella” merece sim ser visto. PALOMARES, D. Splash. https://www.uol.com.br/splash/filmes/critica/. Acesso em: 30 de mai. 2021. TEXTO II Cruella acaba sendo uma lição para a Disney e sua produção em massa de remakes. Faz muito mais sentido contar uma história sob uma nova ótica que tentar recriar esses clássi- cos, já que eles são clássicos por um motivo. E, além disso, é um filme que também dá um banho em produções como Es- quadrão Suicida e Venom, que tentam a todo custo mostrar vilões como figuras positivas e incompreendidas. FIAUX, G. Legião dos Heróis. 2021. Disponível em: https://www.legiaodosherois.com.br/. Acesso em: 30 mai. 2021. Os dois textos abordam uma crítica em relação ao mesmo filme. Em relação aos seus posicionamentos, é possível afir- mar que eles A censuram a qualidade da releitura. B abordam problemas presentes na obra. C discordam da abordagem dada ao filme. D defendem que o filme humaniza a figura de violões. E preferem o filme original à versão lançada recentemente. QUESTÃO 37 Vladimir Maiakóviski, grande poeta do século XX, dizia que “sem forma revolucionária, não há arte revolucionária”, o que se enquadra perfeitamente ao período histórico em que vi- veu, durante a Revolução de 1917, na Rússia, onde o clima era de transformação e renovação. Nesse período, alguns artistas acreditavam que a arte deveria acompanhar as mu- danças revolucionárias que se davam no país. Embora o regime absolutista da época impedisse a retra- tação da crise pela qual passava o país, houve inovações estéticas nas artes visuais, como o chamado stop motion – efeito de animação quadro a quadro – que surgiu com Wla- dyslaw Starewicz, pioneiro nessa técnica. Com a derrubada do czar, Nicolau II, após a Revolução, o paradigma econômi- co, social e artístico se altera completamente e essas ino- vações ganham força. O cinema russo passa a se chamar soviético com a entrada de Lenin no poder e as vanguardas surgem com propostas ousadas de mudança. O papel do cinema do construtivismo russo no processo revolucionário. Fala Universidades, 09 de mar. de 2021. Disponível em: https://falauniversidades.com.br/. Acesso em: 30 mai. 2021. O debate sobre a arte desenvolvida na Rússia demonstra uma proposição A inovadora do fazer criativo. B mantenedora da ordem de Estado. C tradicional da obrigação do artista. D atemporal das criações do cinema. E restritiva das ações cinematográficas. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 38 No final do século XIX, o jovem indiano Mahatma Gandhi foi até a África do Sul para trabalhar como advogado. Já na chegada, pegando um trem, sentiu a segregação escancarada que dominava o país. Gandhi começou então uma campanha de desobediência civil entre a população hindu da África do Sul. A filosofia de resistência por meio da não-violência já era colocada em prática, e ele iniciava uma conscientização necessária que se transformou em mudança real na sociedade quase um século depois. Assim como Mandela enxergou a força transformadora dos esportes nos anos 90, Gandhi entendeu que o futebol tinha a atenção dos mais pobres na África do Sul. E isso seria um aliado na defesa da ideia do indiano. Ele criou três times e deu a todos o mesmo nome: “Resistência Passiva Futebol Clube”. KAMPFF, A. Lei do campo. Disponível em: https://www.uol.com.br. Acesso em: 30 mai. 2021. Em relação ao papel do esporte na sociedade, o texto mostra que ele A aliou interesse populacional a demandas pacifistas. B esteve restrito à população carente da África do Sul. C mostrou-se relevante apenas no mundo contemporâneo. D foi displicente no processo de resistência contra o preconceito. E teve base na hostilidade criada pela competitividade do futebol. QUESTÃO 39 O outono se foi, começaram as chuvas e os frios de inverno, e Rodrigo não chegava. Juvenal inquietava-se porque já era tempo de o cunhado estar de volta. Fazia-se perguntas a si mesmo, imaginava coisas, mas não dizia nada à irmã para não inquietá-la. E, em certos dias em queo minuano soprava, enrolada num xale e pedalando na roca (pois agora que estava cada vez mais pesada não podia ir ajudar o irmão na venda), Bibiana pensa na avó, que costumava dizer-lhe que o destino das mulheres da família era fiar, chorar e esperar. VERÍSSIMO, E. O continente: volume I. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2004. Na obra “O Tempo e o Vento”, Erico Verissimo romanceia a realidade do Rio Grande do Sul a partir do olhar do início do século XX. Nesse trecho, o lugar da mulher é destacado a partir da relação A sensível, vista nas alterações físicas. B platônica, baseada na espera pelo marido. C inerte, trazida pela passagem das estações. D equânime, presente no trabalho com o irmão. E submissa, exemplificada pela afirmação da avó. QUESTÃO 40 Para conhecermos uma história não precisamos da letra (escrita), mas sim da palavra (falada). Maria Joaquina da Silva, ou Dona Fiota, disse isso durante um seminário sobre línguas faladas no Brasil, realizado em Brasília em 2006. Dona Fiota, como é conhecida, vive em Tabatinga, uma área quilombola em Minas Gerais e, o discurso em questão foi feito em Gira de Tabatinga, uma língua afro-brasileira que costumava ser falada nas senzalas de fazendas do interior de Minas Gerais. Essa era uma das maneiras que os escravos da região tinham de se comunicar sem que os senhores de engenho pudessem entender. PINTO, F. Tradição oral e a preservação da cultura.Capitolina, 2021. Disponível em: http://www.revistacapitolina.com.br. Acesso em: 30 mai. 2021. Existem, na tradição mundial, línguas que ainda mantêm apenas um registro oral. A partir do texto, percebe-se que preservá-las contribui para o patrimônio brasilieiro, pois elas A perpetuam histórias e culturas não escritas. B mantêm a forma de comunicação de determinados grupos. C possibilitam encontros acadêmicos para discutir o assunto. D reforçam a necessidade de investimento em registros escritos. E demonstram o atraso social existente em determinadas regiões. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 41 Pequeno glossário freudiano Um glossário propriamente freudiano não pode ser apresentado em ordem alfabética, mas se faz construir associativamente: a partir de termos mais fundamentais são convocados outros termos e aos poucos se tece uma rede conceitual. Inconsciente Conceito diferencial da psicanálise em relação a outras teoria do psiquismo humano, o inconsciente – das Unbewusste – é apresentado, na primeira tópica freudiana, como um sistema psíquico com leis próprias. É definido por Freud como “uma hipó- tese útil” para pensar a produção de sintomas. O inconsciente articula-se à memória e é constituído por conteúdos recalcados, os quais têm seu acesso recusado à consciência. Formações do inconsciente Cada uma das formações do inconsciente – atos falhos, lapsos, chistes, sonhos, sintomas – traz as marcas de sua origem e revela o funcionamento inconsciente. Estruturam-se por meio de processos de deslocamento e condensação, os quais se dão a ver em sua dimensão de linguagem. Adaptado de AIRES,S. Pequeno glossário freudiano. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/pequeno-glossario-freudiano/. Acesso em: 30 de mai. 2021. No glossário, é usada a norma culta padrão com o objetivo de A ampliar o acesso à informação. B restringir a difusão do conteúdo. C adequar-se ao seu público leitor. D criar proximidade com aquele que lê. E direcionar-se para leitores acadêmicos. QUESTÃO 42 QUINO. Toda a Mafalda: da primeira à última tira. São Paulo: Martins Fontes, 1993. Ao questionar a mãe sobre a vida, Mafalda tenta criticar A a organização da casa. B o fato da mãe não trabalhar. C o descuido pessoal da matriarca. D a ausência da mãe na sua criação. E a falta de tempo da mulher doméstica. 2o SIMULADÃO 2021 L IN G U A G E N S QUESTÃO 43 O norte-americano Jon Bergmann era professor em uma escola rural, no Colorado, quando se deparou com um pro- blema com seus alunos: alguns faltavam às aulas porque participavam de torneios de basquete. Para apoiar estes es- tudantes, Bergmann teve a ideia de gravar as aulas para os alunos verem depois. A iniciativa deu certo. A diretora da escola comentou que a filha também via aulas gravadas na universidade e adorava. A conversa rendeu um insight: “E se gravássemos previamente nossas aulas?”; e nos fez pensar: “o que é mais valioso no tempo de classe, se você não precisa mais ir à escola?”. A indagação deu início a uma metodologia chamada de “Sala de aula invertida”. Neste conceito, os alunos recebem material prévio, se preparam em casa e depois trabalham o desenvolvimento do conteúdo na escola, com o professor. Perguntado sobre como adaptar a metodologia nas escolas públicas brasileiras, Bergmann foi categórico: a tecnologia não é a chave. A chave está no que você faz em sala de aula. O segredo está na conexão com os alunos. OLIVEIRA, E. Tecnologia não é a chave e sim a relação com alunos, afirma educador norte americano Jon Bergmann. Disponível em: g1.globo.com. Acesso em: 30 mai. 2021. A matéria mostra novas possibilidades para o ensino através do uso de tecnologias. Com elas, haverá A incentivo às atividades esportivas. B diminuição da presença na sala de aula. C exclusão dos alunos sem acesso à internet. D melhorias no processo de ensino e aprendizagem. E aproximação do ensino básico à forma das universidades. QUESTÃO 44 Era preciso construir com materiais mais duradouros. Uns concordavam, outros não. Diziam que a terra era do dono, ele é que poderia dizer o que poderia ter feito. Sempre ha- via sido assim. Não havia motivos para mudar agora. Outros estavam cientes de seus direitos. Há bastante tempo, mui- to antes da morte de Zeca Chapéu Grande, Severo e outros trabalhadores traziam informações sobre as permissões ne- gadas aos moradores da fazenda. Muitos nunca estiveram conformados com os interditos, mas durante muito tempo foi necessário permanecer quieto e submisso para garan- tir a sobrevivência. Agora falam em direito dos pretos, dos descendentes de escravos que viveram errantes de um lugar para outro. Falam muito sobre isso. Que agora tem lei. Tem forma de garantir a terra. De não viverem à mercê de dono, correndo daqui para acolá, como no passado. JÚNIOR, Itamar Vieira. Torto Arado. Alfragide, Portugal: Leya, 2018. O texto do autor contemporâneo Itamar Junior traz um relato expressivo da realidade através de uma percepção de A atenuação do sofrimento. B emancipação pelos direitos. C preservação das estruturas. D subversão dos trabalhadores. E ascensão social pela legislação. QUESTÃO 45 BECK, A. Dispinível em: https://tirasarmandinho.tumblr.com/ post/127002192334/tirinha-original O humor da tirinha é construído a partir do(a) A polissemia da palavra arrumar. B eufemismo sobre a ação praticada. C utilização de diferentes pontuações. D supressão do rosto da figura feminina. E oposição entre as visões dos personagens.
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