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SIMULADO NACIONAL ENEM ME SALVA!
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
1ª ÁREA
CADERNO
ÚNICO
Melhor parceiro de estudos. Me Salva!
ATENÇÃO: insira as suas respostas na plataforma do Me Salva!, na página da prova de
Linguagens do 2º simulado de 2021, selecionando a opção Enviar Respostas..
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
Este CADERNO DE QUESTÕES contém 45 questões dispostas da seguinte maneira:
 a) Questões de número 06 a 45, relativas à área de Linguagens. 
 b) Questões de número 01 a 05, relativas à Lingua Estrangeira.
1. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde 
corretamente à questão.
2. O tempo de realização de prova sugerido é de duas horas.
3. Lembre-se de enviar as suas respostas pela plataforma do Me Salva!, usando 
o QR code ao lado.
4. Se você não é um assinante do Me Salva!, você deve enviar as suas respostas 
até o dia 22 de agosto até às 24h, para ter seu boletim TRI.
2o SIMULADÃO 2021
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QUESTÃO 1
Position: Wildland Fire Fighter (seasonal)
Position Detail:
Brigham City Fire Department
Brigham City Corps
20 North Main
Brigham City, UT 84302
Starting Salary: $20.00 - $25.00 per hour
MINIMUM QUALIFICATIONS:
- High school diploma or equivalent
- Knowledge of standard wildland fire management 
program requirements, suppression tactics, methods 
and procedures; fire behavior hazards, and accepted 
fire safety practices and procedures to prevent injury 
and loss of life; agency and interagency qualifica-
tions, position task book requirements, and certifica-
tion standards and procedures adopted by the Natio-
nal Wildfire Coordinating Group (NWCG).
- Must be at least 18 years of age.
- Must have a valid state of Utah driver license.
- NWCG Incident Qualification Card (Red Card)
- Must pass a physical ability test and medical screening. 
- Must be available for deployment up to 21 days.
Disponível em: https://www.firejobs.com/pos_info.php?id=84517. 
Acesso em: 25 maio 2021.
Com base no anúncio de emprego no Corpo de Bombeiros 
acima, no estado de Utah, nos Estados Unidos, uma das exi-
gências para a ocupação da vaga é
A ter conhecimento dos protocolos e dos procedimentos 
para incêndios.
B efetuar o pagamento de uma taxa de 20 dólares com 
antecedência.
C morar no estado de Utah há pelo menos 21 dias.
D ter experiência como motorista de aplicativo.
E ter formação técnica fornecida pela National Wildfire 
Coordinating Group (NWCG).
QUESTÃO 2 
Happy
It might seem crazy what I’m about to say
Sunshine, she’s here, you can take a break
I’m a hot air balloon that could go to space
With the air, like I don’t care baby by the way
Because I’m happy
Clap along if you feel like a room without a roof
Because I’m happy
Clap along if you feel like happiness is the truth
Because I’m happy
Clap along if you know what happiness is to you
Because I’m happy
Clap along if you feel like that’s what you wanna do
Here come bad news talking this and that
Yeah, well, gimme all you got and don’t hold back
Yeah, well, I should probably warn you I’ll be just fine
Yeah, no offense to you, don’t waste your time
Here’s why
WILLIAMS, P. Despicable Me 2: Original Motion Picture Soundtrack. Studio 
Album: United States, Back Lot Music, 2013 (fragmento).
Na letra da canção acima, Happy, o eu lírico expressa
A crítica da felicidade como valor humano universal.
B dificuldade de adaptação a qualquer tipo de pessimismo.
C enaltecimento dos diferentes tipos de felicidades.
D disponibilidade para espalhar um sentimento de ceticismo 
a todos.
E tendência a uma conduta infeliz.
2o SIMULADÃO 2021
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QUESTÃO 3
This City Has the Worst Bed Bug Infestation in America
by Bridget McCusker
This is one superlative no one wants their city to win. Pest control company Orkin recently released its Top 50 Bed Bug Cities 
list, compiled with data of the places where Orkin performed the most treatments for bed bugs from December 2019 through 
November 2020. The reality is that bed bugs have shown up in cities and towns all across America, from mansions to cramped 
apartments. They’ve been increasing in number in the United States since the turn of the century due to increased travel and 
limitations on certain insecticides, but numbers have been especially high in these cities. There’s not too much you can do to 
stop them; early detection is critical because there is no foolproof way to keep them out of your home.
Taking first place on the list was Chicago. Clearly, bed bugs love the Windy City. Rounding out the top (bottom?) five, in order, 
were Baltimore; Washington, D.C.; Detroit; and Columbus, Ohio. Chicago moved up from being third on the list last year and swa-
pped with Washington, D.C., which took the top spot in 2020. Chicago also took the top spot for the most rat-infested city. Yuck!
Cities six through ten were Cleveland; Indianapolis; Cincinnati; Los Angeles; and Grand Rapids, Michigan.
Grand Rapids, at spot ten in 2021, jumped a whopping eight spots from last year. Los Angeles moved down five spots from last 
year and New York, a city you think would come in much higher on the list, moved down six spots from last year, coming in at 
number 12. No matter where you are, beds aren’t the only places you’ll find these pests.
According to the CDC, bed bugs often come into contact with people by way of luggage, bags, clothes, bedding, furniture, or 
anywhere they can easily hide and hitch a ride.
MCCUSKER, B. Disponível em: https://www.rd.com/article/city-worst-bed-bug-infestation-in-america/. Acesso em: 25 maio 2021 (adaptado).
Reconhece-se, no texto, que a cidade de Chicago se tornou uma nova “referência” universal na infestação de percevejos e ou-
tras pragas domésticas. A partir disso, a autora do artigo deseja
A relatar diferentes tipos de pragas e calamidades domésticas ocorridas em diferentes cidades.
B orientar o leitor a compreender e a prevenir melhor a relação entre sujeira e pragas domésticas.
C orientar turistas a deixarem suas bagagens sem limpeza.
D relatar aos viajantes locais a necessidade de pesquisar pelas condições de higiene da cidade para onde vai viajar para relatar às 
autoridades.
E incentivar a identificação prévia de problemas relacionados a pragas domésticas por parte das autoridades.
QUESTÃO 4
Disponível em: https://www.hbfuller.com/pt/latin-america/innovation-and-expertise/infographics. Acesso em: 25 maio 2021.
O infográfico ao lado visa informar o 
leitor sobre o compromisso da em-
presa H. B. Fuller com a natureza e 
com sua preservação. Nele, o uso das 
expressões em gerúndio (“-ing”), por 
parte da empresa, mostra
A um empecilho à ocorrência da 
poluição marinha a nível interna-
cional ocasionada pelo plástico.
B o interesse crescente do mundo 
em criar alternativas de susten-
tabilidade.
C uma comparação entre a eficácia 
de diferentes alternativas de sus-
tentabilidade no meio ambiente.
D a necessidade da adoção de hábitos sustentáveis dentro do mundo dos negócios, a nível global.
E a importância da contratação dos serviços dessa empresa, num contraste com o restante do mercado que não é sustentável.
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QUESTÃO 5
A Conceit
Give me your hand
Make room for me
to lead and follow
you
beyond this rage of poetry.
Let others have
the privacy of
touching words
and love of loss
of love.
For me
Give me your hand.
ANGELOU, M. Maya Angelou: Poems. United States: Poemhunter.com, 2012. 
Disponível em: https://www.poemhunter.com/i/ebooks/pdf/maya_ 
angelou_2012_6.pdf. Acesso em: 25 maio 2021.
O poema A Conceit, da escritora estadunidense Maya Ange-
lou, utiliza de poucas palavras com a intenção de
A chamar a atenção para a diversidade de significados de 
um poema.
B categorizar as pessoas em pessoas que amam e pessoas 
que odeiam.
C demonstrar a relação entre língua e realidade.
D enfatizar a grandeza e a simplicidade do amor, para além 
da poesia.
E anunciara intolerância do mundo contemporâneo.
QUESTÃO 6
Miss Dollar
Era conveniente ao romance que o leitor ficasse muito tempo 
sem saber quem era Miss Dollar. Mas por outro lado, sem a 
apresentação de Miss Dollar, seria o autor obrigado a longas 
digressões, que encheriam o papel sem adiantar a ação. Não 
há hesitação possível: vou apresentar-lhes Miss Dollar.
Se o leitor é rapaz e dado ao gênio melancólico, imagina que 
Miss Dollar é uma inglesa pálida e delgada, escassa de carnes 
e de sangue, abrindo à flor do rosto dous grandes olhos azuis 
e sacudindo ao vento umas longas tranças louras. A moça 
em questão deve ser vaporosa e ideal como uma criação de 
Shakespeare; deve ser o contraste do roastbeef britânico, 
com que se alimenta a liberdade do Reino Unido. Uma tal Miss 
Dollar deve ter o poeta Tennyson de cor e ler Lamartine no ori-
ginal; se souber o português deve deliciar-se com a leitura dos 
sonetos de Camões ou os Cantos de Gonçalves Dias.
A figura é poética, mas não é a da heroína do romance.
ASSIS, M. de. Miss Dollar. In: Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 
1994. v. II. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/
bv000171.pdf. Acesso em: 27 maio 2021 (adaptado).
Nesse texto, há a recorrente repetição da palavra “Miss Dollar” 
do início ao fim. Esse artifício literário possui uma intenção, e 
colabora para
A aumentar o interesse do leitor pela nomeação de uma 
personagem.
B mostrar a importância da personagem para a cultura oci-
dental.
C ordenar o curso cronológico dos fatos narrados.
D acrescentar uma apresentação física de uma persona-
gem icônica.
E manifestar o realismo dos temas de que trata o conto.
QUESTÃO 7
O melhor seria escrever os acontecimentos dia a dia. Fazer um 
diário para os considerar com clareza. Não deixar escapar as 
diferenças de pormenor, os factos miúdos, mesmo quando pa-
recem insignificantes, e sobretudo ordená-los. Tenho de dizer 
como é que vejo esta mesa, a rua, as pessoas, a minha bolsa 
de tabaco, visto que foi isso que mudou. Tenho de determinar 
exactamente a extensão e a natureza dessa mudança.
Por exemplo, tenho aqui uma caixa de cartolina que contém o 
meu frasco de tinta. Devia tentar dizer como é que a via antes 
e como é que agora a... Pois bem! É um paralelepípedo recto, 
sobressai dum fundo... Que tolice! Não há nada a dizer dela. É 
isto que é preciso evitar; é preciso não achar estranho o que 
não tem estranheza nenhuma. É este o perigo, creio eu, quan-
do se faz um diário: exagera-se tudo, espia-se de mais, exce-
de-se constantemente a verdade. Por outro lado, é certo que 
posso, dum momento para o outro - e justamente a propósito 
desta caixa ou doutro objecto qualquer - sentir de novo aquela 
impressão de anteontem. Tenho de estar sempre pronto, se-
não mais uma vez ela me escaparia.
SARTRE, J.-P. A Náusea. Sintra: Publicações Europa-América, 2003.
Durante o processo de escrita do texto para a persuasão do 
leitor, o autor do texto acima expressa a opinião de que
A o interesse pelos objetos deve se sobrepor ao interesse 
por si próprio.
B o exercício da escrita é incompatível com a clareza de 
sentido.
C a composição de obras literárias se pauta pelo princípio 
da objetividade.
D o estímulo à curiosidade é inerente a nós.
E a atividade de escrever um diário pressupõe dificuldades.
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QUESTÃO 8
As águas do rio exibem um insalubre matiz cor de açafrão; e 
não correm na direção do mar, mas pulsam por toda a eterni-
dade sob o olho vermelho do sol com um movimento tumul-
tuoso e convulso. Por milhas e milhas em ambos os lados do 
leito lodoso do rio estende-se um deserto pálido de nenúfa-
res gigantescos. Eles suspiram uns para os outros naquela 
solidão e esticam na direção do céu seus pescoços longos e 
espectrais e acenam aquiescentes suas cabeças perpétuas. 
E um indistinto murmúrio se eleva dentre eles como o rumor 
de água subterrânea. E eles suspiram uns para os outros.
E ergui o rosto, e lá havia um homem sobre o cume da ro-
cha; e ocultei-me entre os nenúfares de modo a espreitar as 
ações do homem. E o homem era alto e imponente em sua 
forma, e estava envolto dos ombros aos pés na toga da an-
tiga Roma. E sua fronte era elevada e pensativa, e seu olhar, 
perturbado de preocupação; e nos poucos vincos de suas 
faces li as fábulas de tristeza, fadiga, repúdio à humanidade 
e anseio pela solidão.
POE, E. A. Silêncio - Uma fábula. In: Contos de imaginação e mistério. São 
Paulo: Tordesilhas, 2013.
O narrador projeta uma perspectiva fantástica e, ao mesmo 
tempo, fortemente imagética. Essa projeção do narrador ali-
nha-se ao discurso poético porque
A explora a relação do homem com a natureza.
B atribui ao inanimado vivacidade e movimento.
C reforça a eternidade e prosperidade da natureza.
D destaca a proporção das formas da paisagem.
E apreende o sentido da ruína causada pela velhice.
QUESTÃO 9
Há uma frase antiga segundo a qual “motivação é uma porta 
que só abre pelo lado de dentro”. A motivação tem um nível de 
subjetividade, e isso significa que ela parte do sujeito. Nós, 
às vezes, dizemos: “Eu preciso motivar a minha equipe”, “devo 
motivar as pessoas”, “tenho que motivar meus filhos”… É ne-
cessário entender que, embora a palavra “motivação” signifi-
que mover, movimentar, fazer com que haja o ponto de partida 
para algo, ela é um estado interior.
CORTELLA, M. S. Por que fazemos o que fazemos? São Paulo: Planeta, 2016.
O trecho apresentado faz parte de um livro de reflexões sobre 
o significado do trabalho e das nossas preocupações do dia a 
dia. Como um dos recursos para convencer o leitor da impor-
tância de se ter uma vida com propósito, o autor
A recusa-se a acreditar na força da motivação como promo-
tora de estímulo.
B joga com a polissemia de algumas palavras.
C parte de uma reflexão sobre um substantivo.
D faz uso de um argumento metafísico.
E só se utiliza da função apelativa da linguagem.
QUESTÃO 10
TEXTO I
Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Bagpipes. 
Acesso em: 31 maio 2021.
TEXTO II
Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Bagpipes#History. 
Acesso em: 31 maio 2021.
O instrumento de sopro acima é uma das manifestações 
culturais musicais da Escócia. Nos textos, apesar de serem 
registradas em contextos cronológicos e históricos diferen-
tes e terem, portanto, séculos de distanciamento temporal, é 
possível perceber, a partir do Texto II, a
A desvinculação desse instrumento com a cultura medieval.
B ancestralidade do instrumento na construção da musica-
lidade escocesa de hoje.
C constituição idêntica dos materiais do instrumento, tanto 
da pintura quanto da foto.
D carência da variedade de instrumentos na cultura britânica.
E relevância de registros musicais e artísticos para a disse-
minação e manutenção de tradições musicais.
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QUESTÃO 11
Amaro era, como diziam os criados, um mosquinha-morta. 
Nunca brincava, nunca pulava ao sol. Se à tarde acompanha-
va a senhora marquesa às alamedas da quinta, quando ela 
descia pelo braço do padre Liset ou do respeitoso procurador 
Freitas, ia a seu lado, mono, muito encolhido, torcendo com 
as mãos úmidas o forro das algibeiras, — vagamente assus-
tado das espessuras de arvoredos e do vigor das relvas altas.
Tomou-se muito medroso. Dormia com lamparina, ao pé de 
uma ama velha. As criadas de resto feminizavam-no; acha-
vam-no bonito, aninhavam-no no meio delas, beijocavam-
-no, faziam-lhe cócegas, e ele rolava por entre as saias, em 
contato com os corpos, com gritinhos de contentamento. Às 
vezes, quando a senhora marquesa saía, vestiam-no de mu-
lher, entre grandes risadas; ele abandonava-se, meio nu, com 
os seus modos lânguidos, os olhos quebrados, uma roseta 
escarlate nas faces. As criadas, além disso, utilizavam-no 
nas suas intrigas umas com as outras: era Amaro o que fazia 
as queixas. Tomou-se enredador, muito mentiroso.
QUEIRÓS, E. de. O crime do Padre Amaro. 
Rio de Janeiro: EditoraBest Seller, 2011.
O texto, publicado quase no final do século XIX, traz à tona 
representações e críticas sociais da sociedade portuguesa 
da época. Levando em consideração a estética realista, é 
possível perceber as feições críticas do narrador no(a)
A descrição precisa do comportamento das crianças por-
tuguesas.
B ponto de vista humorístico acerca dos valores inerentes à 
educação doméstica.
C contraste entre o idealismo infantil e a vida adulta.
D manifestação da imaturidade pelo viés dos relacionamen-
tos amorosos burgueses.
E sobreposição da imaturidade em relação ao desenvolvi-
mento do menino Amaro.
QUESTÃO 12
Foi assim e foi por isso que os homens, quando pela vez primeira 
viram a boiguaçu tão demudada, não a conheceram mais. Não 
conheceram e julgando que era outra, muito outra, chamam-na 
desde então, de boitatá, cobra de fogo, boitatá, a boitatá!
E muitas vezes a boitatá rondou as rancherias, faminta, 
sempre que nem chimarrão. Era então que o téu-téu cantava, 
como bombeiro.
E os homens, por curiosos, olhavam pasmados, para aquele 
grande corpo de serpente, transparente — tatá, de fogo — que 
media mais braças que três laços de conta e ia alumiando ba-
çamente as carquejas... E depois, choravam. Choravam, desa-
tinados do perigo, pois as suas lágrimas também guardavam 
tanta ou mais luz que só os olhos e a boitatá ainda cobiçava os 
olhos vivos dos homens, que já os das carniças a enfartavam...
LOPES NETO, J. S. A Mboitatá. In: Contos gauchescos e lendas do sul. 3 ed. 
Porto Alegre: Globo, 1965.
A análise da variação linguística é um componente que é 
bastante marcante em diversas obras na literatura brasilei-
ra. Nesse trecho, os regionalismos são uma característica 
A objetiva que comunica a escolha do gênero textual.
B de uma linguagem utilizada como forma de registro.
C do uso de ditos gaúchos antigos relacionados somente 
ao folclore.
D das exigências estruturais e formais do gênero conto.
E rigorosa do gênero conto, levando em conta somente os 
aspectos narrativos e a presença de uma figura folclórica.
QUESTÃO 13
Esta imagem “ideal” de corpo, desejada por algumas pesso-
as, está baseada exclusivamente na aparência e, para refor-
çar essa ideia, há várias personalidades famosas na mídia 
que têm a sua imagem intensa e constantemente veiculada 
como modelo de “corpo perfeito”.
Pois bem, é preciso muita “malhação” e sacrifícios, o que faz 
com que algumas pessoas travem “batalhas” incessantes 
e incansáveis com a balança, com o espelho, com dietas e 
com os exercícios físicos, sem contar as dolorosas incisões 
cirúrgicas, para aqueles com possibilidades financeiras que 
buscam resultados mais rápidos.
Os sacrifícios são considerados válidos para se obter um 
corpo “sarado” e estão associados a uma “malhação” bem 
sucedida. Tal malhação é, muitas vezes, confundida com a 
sensação de dor. Quantas vezes ouvimos as pessoas dizen-
do que fizeram ginástica e não sentiram “dor”, então a práti-
ca dessa atividade não deve ter tido efeito.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Educação Física: Ensino Médio. Curitiba: 
SEED, 2006, 2ª edição. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.
br/arquivos/File/livro_didatico/edfisica.pdf. 
Acesso em: 27 maio 2021 (adaptado).
Ao iniciar a discussão sobre a relação entre padrões de be-
leza e exercícios físicos, de acordo com o texto, é possível 
perceber que a busca por um corpo melhor
A advém da falta de estrutura moral para a elaboração de 
uma identidade própria.
B não está necessariamente relacionada à busca por saú-
de, visto que muitos praticam esportes somente para 
imitar alguém.
C perde cada vez mais “seguidores”, que não são capazes 
de sentir dores durante a prática de exercícios.
D sucede devido ao fracasso resultante de cirurgias plásti-
cas mal sucedidas por parte das celebridades, quem as 
pessoas querem imitar.
E é de inspiração baseada em personalidades da mídia com 
corpos considerados “padrão”, em prol da própria perso-
nalidade.
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QUESTÃO 14
Estudo mostra que a origem dos idiomas europeus 
está na Turquia
Usando metodologias usadas para montar árvores genea-
lógicas, biólogos disseram ter conseguido resolver um dos 
maiores enigmas da arqueologia: a origem da família indo-
europeia de idiomas.
Ela inclui o português, o inglês e muitas outras línguas euro-
peias, bem como o persa, o hindu e outras. Apesar da impor-
tância do grupo, os especialistas até hoje não conseguem 
concordar sobre sua origem.
Linguistas acreditam que os primeiros a falar a suposta “lín-
gua-mãe”, chamada de protoindoeuropeu, eram pastores 
nômades e guerreiros que saíram de sua terra natal, as es-
tepes ao norte do Mar Negro, há 4000 anos, e conquistaram 
a Europa e a Ásia. Uma teoria rival diz que, ao contrário, os 
primeiros a falar o indoeuropeu eram fazendeiros pacíficos 
na Anatólia, hoje na Turquia, há cerca de 9000 anos, que dis-
seminaram sua língua pela enxada, não pela espada.
O computador também recebeu dados geográficos sobre o 
alcance atual de cada idioma e foi instruído a calcular os ca-
minhos de distribuição mais prováveis de cada origem, dada 
a provável linha de descendentes. Os cálculos indicaram a 
Anatólia, particularmente uma região que fica atualmente no 
sul da Turquia, como a origem mais plausível do indoeuropeu.
Disponível em: http://www.ufrgs.br/nuparq/news/estudo-mostra-que-a-ori-
gem-dos-idiomas-europeus-esta-na-turquia. 
Acesso em: 28 maio 2021 (adaptado).
Aplicado aos dias de hoje, o texto discorre a respeito dos 
resultados de uma pesquisa envolvendo línguas indoeuro-
peias, as quais são parte importante
A do entendimento das origens da primeira língua moderna.
B das pesquisas envolvendo a origem da linguagem humana.
C da teoria da emigração humana para a Anatólia.
D da investigação sobre as origens do protoindoeuropeu.
E do estudo do antigo povo protoindoeuropeu.
QUESTÃO 15
Disponível em: https://www.telessaude.unifesp.br/index.php/dno/agenda-da-sau-
de/391-27-de-setembro-dia-nacional-da-doacao-de-orgaos-e-tecidos. 
Acesso em: 27 maio 2021.
As informações da campanha acima, de incentivo à doação de 
órgãos, evidenciam o propósito de
A reforçar os diferentes tipos de órgãos que podem ser doados.
B listar os malefícios causados pela falta de órgãos doados.
C instigar uma reflexão sobre a necessidade de positividade 
na vida.
D denunciar a falta de cuidado dado, por parte das autori-
dades, à questão.
E conscientizar sobre a relação intrínseca que existe entre 
a doação de órgãos e a solidariedade.
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QUESTÃO 16
 
Os rapazes, em grande parte dotados de tendências animadoras para a vida prática, forjicavam mil meios de combater o enfado da 
monotonia. A folgança fazia época como as modas, metamorfoseando-se depressa como uma série de ensaios.
A peteca não divertia mais, palmeada com estrépito, subindo como foguete, caindo a rodopiar sobre o cocar de penas? Inven-
tavam-se as bolas elásticas. Fartavam-se de borracha? Inventavam-se as pequenas esferas de vidro. Acabavam-se as esferas? 
Vinham os jogos de salto sobre um tecido de linhas a giz no soalho, ou riscadas a prego na areia, a amarela, e todas as suas 
variantes, primeira casa, segunda casa, terceira casa, descanso, inferno, céu, levando-se à ponta de pé o seixozinho chato em 
arriscada viagem de pulos. Era depois a vez dos jogos de corrida, entre os quais figurava notavelmente o saudoso e rijo chico-
te-queimado*. Variavam os aspectos da recreação, o pátio central animava-se com a revoada das penas, o estalar elástico das 
bolas, passando como obuses, ferindo o alvo em pontaria amestrada, o formigamento multicor das esferas de vidro pela terra, 
com a gritaria de todas as vozes do prazer e do alvoroço.
POMPEIA, R. O Ateneu. 16ª ed., São Paulo: Ática, 1996.
*Chicote-queimado é uma brincadeira em que uma criança tenta alcançar as outras batendo-lhes com um lenço enrolado em 
forma de chicote.
O texto de Raul Pompeia descrevediferentes brincadeiras de infância do colégio no século XIX, época em que a movimentação 
humana começava a ganhar corpo na disciplina da Educação Física, Desse modo, é possível perceber, a partir da leitura do 
texto, que
A o chicote queimado indica um jogo em que a rivalidade infantil prevalece, distanciando as pessoas afetivamente.
B a peteca é um jogo em que as crianças permanecem paradas, o que causa uma sensação de “mesmice”.
C o ambiente descrito indica que a movimentação corporal infantil é estimulada, o que representa uma “educação física” 
constante presente entre as crianças.
D as bolas elásticas eram um jogo que estimulava o conflito, o que potencializa a criação de relacionamentos narcisistas.
E os esportes em geral indicam situações de competição e de cooperação, o que evidencia a criatividade infantil em criar 
brincadeiras.
QUESTÃO 17
SUA EXCELÊNCIA o ministro saiu do baile da embaixada, embarcando logo no carro. Desde duas horas estivera a sonhar com 
aquele momento, ansiava estar só, só com o seu pensamento, pesando bem as palavras que proferira, relembrando as atitudes 
e os pasmos olhares dos circunstantes. Por isso entrara no coupé depressa, sôfrego, sem mesmo reparar se, de fato, era o seu. 
Vinha cegamente, tangido por sentimentos complexos: orgulho, força, valor, vaidade.
Todo ele era um poço de certeza. Estava certo do seu valor intrínseco; estava certo das suas qualidades extraordinárias e 
excepcionais.
A respeitosa atitude de todos e a deferência universal que o cercava eram nada mais, nada menos que o sinal da convicção 
geral de ser ele o resumo do país, a encarnação dos seus anseios. Nele viviam os doridos queixumes dos humildes e os espe-
taculosos desejos dos ricos. 
BARRETO, L. Os Bruzundangas. Sumaré: Martin Claret, 2013.
No texto, a circunstância do personagem e o desenrolar da história levam o leitor a assimilar o(a)
A percepção crítica do autor quanto à sociedade brasileira da época.
B privação da autoconsciência como elemento determinante para o exercício dos altos cargos.
C contraposição entre as expectativas que se tinha de uma autoridade na época e suas ações de fato.
D prevalência das desigualdades sociais sobre a sociedade brasileira como um todo.
E embate entre a inocência do povo e a revisão das tradições para o proveito próprio.
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QUESTÃO 18
 
SIDERAÇÕES
Para as Estrelas de cristais gelados
As ânsias e os desejos vão subindo,
Galgando azuis e siderais noivados
De nuvens brancas a amplidão vestindo...
Num cortejo de cânticos alados
Os arcanjos, as cítaras ferindo,
Passam, das vestes nos troféus prateados,
As asas de ouro finamente abrindo...
Dos etéreos turíbulos de neve
Claro incenso aromal, límpido e leve,
Ondas nevoentas de Visões levanta...
E as ânsias e os desejos infinitos
Vão com os arcanjos formulando ritos
Da Eternidade que nos Astros canta... 
SOUSA, C. e. Broquéis. Porto Alegre: L&PM, 2002.
Composição poética com tamanho fixo, o soneto se trans-
formou em uma forma de fazer poesia no século XIX, no 
Brasil, particularmente para o movimento simbolista. Nesse 
poema de Cruz e Sousa acima, reporta(m) a essa estética
A as descrições inspiradas na contemplação do céu e de 
fenômenos físicos.
B a falta de sensibilidade do eu lírico.
C a nomenclatura desvinculada do misticismo.
D o uso da musicalidade como meio de expressão.
E a relação com temas comuns à religião.
QUESTÃO 19
A Educação Física enquanto componente curricular da Edu-
cação básica deve assumir então uma outra tarefa: intro-
duzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, 
formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e trans-
formá-la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do es-
porte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e prá-
ticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida. A 
integração que possibilitará o usufruto da cultura corporal 
de movimento há de ser plena – é afetiva, social, cognitiva 
e motora. Vale dizer, é a integração de sua personalidade.
BETTI, M.; ZULIANI, L. R. Educação Física Escolar: uma proposta 
de diretrizes pedagógicas. In: Revista Mackenzie de 
Educação Física e Esporte, Bauru, Ano I, nº 1, 2002.
O texto apresenta uma reflexão a respeito do conceito de 
Educação Física no período escolar, devendo ser compreen-
dida e praticada no ambiente escolar através
A da procura por dados estatísticos que comprovem a efi-
cácia da Educação Física.
B de apenas pressupostos técnicos relativos à prática da 
Educação Física.
C da responsabilização dos alunos pela adoção de práticas 
saudáveis para uma saúde melhor.
D da mediação da escola na rotina de exercícios dos alunos.
E da compreensão dos resultados futuros que a prática de 
exercícios terá, para além da saúde.
QUESTÃO 20
Tenho um amigo curiosíssimo. Dá-se comigo há mais de trin-
ta anos. Mas não há, digamos assim, continuidade em nos-
sos encontros. De vez em quando, desaparece; e, de vez em 
quando, volta (é cíclico como a minha úlcera). Quando some, 
sua ausência tem a densidade da morte. E, quando reapare-
ce, está sempre comigo, grudado a mim como um gêmeo.
RODRIGUES, N. A Messalina Gaga. In: A Cabra Vadia: Novas Confissões. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1995. 
Nessa crônica, o uso de determinadas conjunções e recur-
sos coesivos, além de fazer o texto fluir, contribui também 
para a construção do seu sentido, o que acaba também
A delimitando o envolvimento do autor com o leitor, que se 
tornará seu amigo.
B contrapondo a intimidade com seu amigo à convivência 
com um estranho.
C indicando a incerteza do autor quanto à identidade de seu 
amigo.
D pondo como eixo a confiança que o autor tem no amigo, a 
ponto de comparar a ausência dele a uma doença.
E apontando o ressentimento do autor, sem perspectivas 
de manter essa amizade.
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QUESTÃO 21
Lira XIV
Minha bela Marília, tudo passa;
A sorte deste mundo é mal segura;
Se vem depois dos males a ventura,
Vem depois dos prazeres a desgraça.
Estão os mesmos Deuses
Sujeitos ao poder impio Fado:
Apolo já fugiu do Céu brilhante,
Já foi Pastor de gado.
A devorante mão da negra Morte
Acaba de roubar o bem, que temos;
Até na triste campa não podemos
Zombar do braço da inconstante sorte.
Qual fica no sepulcro,
Que seus avós ergueram, descansado;
Qual no campo, e lhe arranca os brancos ossos
Ferro do torto arado.
Ah! enquanto os Destinos impiedosos
Não voltam contra nós a face irada,
Façamos, sim façamos, doce amada,
Os nossos breves dias mais ditosos.
Um coração, que frouxo
A grata posse de seu bem difere,
A si, Marília, a si próprio rouba,
E a si próprio fere.
GONZAGA, T. A. Marília de Dirceu. 1. ed., São Paulo: Ediouro.
No poema acima, o tom campestre e idealista demonstra 
uma concepção de lirismo fundamentada na
A discordância entre a espera e a realização do amor.
B manifestação do enaltecimento da mulher amada.
C combinação de imagens clássicas indicadoras de um 
amor por vir.
D rejeição à intervenção divina ou à do destino na relação.
E conhecimento da necessidade de ida breve à cidade.
QUESTÃO 22
 
Tipos de caneta, veja as opções!
Caneta esferográfica
É ótima pra assinar documentos, escrever textos longos, res-
ponder questões numa prova ou fazer anotações no dia a dia.
E uma vantagem é que esse tipo de caneta costuma durar bas-
tante. E a tinta dela é a base de óleo e não fica ressecada. Adorei!
Além disso, a caneta esferográfica pode vir com ponta fina, 
média ou grossa nas cores azul, preta e vermelha, entre ou-
tras. É bastante variedade, né?
Caneta gel
Na caneta gel a tinta é mais aguada e também tem várias 
cores! O legal é que elas podem ter um cheirinho de frutas e 
também glitter, deixando as anotações mais divertidas!
Quer mais? Escrever com a caneta gel é diferente porque 
a mão desliza bem suave. Agora, a tinta costuma terminar 
mais rápido se você usa bastante, viu?
Uma dica: deixe essa caneta sempre tampada depois de es-
crever. Assim,ela vai durar mais tempo!
Caneta tinteiro
Uma opção mais sofisticada é a caneta tinteiro, que é muito 
usada por pessoas que querem caprichar na assinatura de 
documentos!
Quem trabalha com desenho técnico ou artístico, ou escre-
ve em convites de casamento, costuma adorar esse tipo de 
caneta. Legal, né?
Como ela é considerada chique, costuma ser feita em ma-
teriais bem diferentes, como ouro ou prata, mas também dá 
pra encontrar de acrílico!
Caneta com ponta de feltro
Já a caneta com ponta de feltro vem com várias cores e a 
tinta é à base de álcool, então melhor deixar tampada depois 
de usar pra não secar, combinado?
O legal é que você pode usar essa caneta pra fazer contor-
nos, títulos ou destacar qualquer parte das suas anotações. 
É possível achar caneta com ponta de feltro em kits com 4, 
8, 12, 24 e até 60 cores, sabia?
Disponível em: https://www.magazineluiza.com.br/portaldalu/tipos-de-cane-
ta-vejas-as-opcoes/68976/. Acesso em: 27 maio 2021.
O texto acima mostra tipos diferentes de caneta e contém 
algumas descrições sobre como utilizá-las bem e por quê. 
Para convencer o leitor disso, é utilizado o recurso de
A esclarecer em poucas linhas a composição da tinta e 
mostrar o alto desempenho dos produtos.
B difundir os diferentes modelos de caneta existentes no 
mercado, comparando-os a outros materiais de escrita, 
tais como lápis.
C propagandear cada tipo de caneta, criticando o modo 
como algumas delas possuem limitações.
D ressaltar o quanto se precisa de cada uma delas para 
utilizar no ambiente de trabalho.
E ressaltar as utilidades, os materiais de base e a forma 
como melhor podemos aproveitar cada tipo de caneta.
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QUESTÃO 23 
O governo britânico abriu na semana passada uma consulta pú-
blica para revisar a legislação atual de Segredos Oficiais do Es-
tado, um conjunto de quatro atos datados de 1911, 1920, 1939 e 
1989 que será substituído por uma lei única. Entre as propostas 
da comissão que elaborou o projeto está a criminalização de 
fake news espalhadas em favor de potências estrangeiras hos-
tis ou para minar as liberdades acadêmicas e um tratamento di-
ferente para o vazamento de informações confidenciais, inclusi-
ve no exterior e se feito por cidadãos de outras nacionalidades. 
O texto de 67 páginas elaborado pelo Home Office (Secretaria 
Nacional do Interior), que tem entre as suas funções o combate 
ao terrorismo, ressalta o respeito à liberdade de imprensa. Mas 
aponta a necessidade de “equilíbrio” para proteger informações 
confidenciais que possam prejudicar o país, ainda que o vaza-
mento tenha sido feito sob a justificativa de interesse público. 
As penas mais rigorosas podem desestimular denúncias que 
envolvam documentos oficiais à imprensa. 
LUCA, A. de. Disponível em: https://mediatalks.uol.com.br/2021/05/15/espa-
lhar-fake-news-pode-dar-prisao-no-reino-unido/. 
Acesso em: 27 maio 2021 (adaptado).
Com a evolução da tecnologia, a circulação e o uso das in-
formações na Internet se tornou cada vez mais constante e 
rápido em comparação com outras épocas. O texto discorre 
a respeito de uma nova proposta de legislação do Reino Uni-
do que regulamenta crimes de fake news (notícias falsas), 
que cria a seguinte expectativa no leitor:
A Proibição do ato de criar notícias falsas.
B Reforço na fiscalização da procedência das informações.
C Alteração no perfil do debate do tema.
D Lançamento e estímulo a mais legislações na mesma linha.
E Defesa da justiça a vítimas de terrorismo.
QUESTÃO 24
As Histórias em Quadrinhos (HQs) têm fascinado diferentes 
gerações, desde o seu surgimento até hoje. É importante 
lembrar que para a criação de uma História em Quadrinhos, 
muitas vezes, o desenhista pode assumir diferentes papéis 
no processo de criação ou, então trabalhar em equipe, como 
as modernas editoras. Cria os personagens, escreve a histó-
ria, desenha, cria os diálogos, os efeitos de som e sentimen-
to (com as onomatopéias) e dá colorido e acabamento para 
fascinar diferentes gerações que são adeptas dessa arte.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Arte: Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006, 
2ª edição. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/
File/livro_didatico/arte.pdf. Acesso em: 28 maio 2021 (adaptado).
No contexto das histórias em quadrinhos, o texto acima re-
verbera uma série de ações que explanam
A o método empregado para compor qualquer história em 
quadrinhos.
B os investimentos necessários para a criação de uma HQ.
C os interesses do consumidor de HQs.
D práticas cotidianas do público leitor.
E o fomento à procura de público.
QUESTÃO 25
 
A misteriosa ‘cidade’ submarina no Japão
Em 1987, um mergulhador que explorava a costa das Ilhas 
Ryukyu, no sul do Japão, fez uma descoberta surpreendente. 
A 25 metros abaixo da superfície, ele avistou uma série de de-
graus esculpidos quase à perfeição.
“Sabe aquela sensação de arrepio? Meu cabelo ficou em pé, 
foi avassalador”, relembra Kihachiro Aratake, que estava à pro-
cura de um ponto de mergulho, um bom lugar para ser explora-
do, quando se deparou por acaso com a estrutura em um local 
próximo à ilha Yonaguni, que faz parte do arquipélago.
Conhecida hoje como Monumento Yonaguni, esta estrutura 
gigantesca de 50 metros de comprimento por 20 metros de 
largura, que lembra uma pirâmide retangular, é uma das for-
mações subaquáticas mais intrigantes do mundo.
Depois que Aratake descobriu a estrutura, um grupo de cien-
tistas liderado pelo geólogo Masaaki Kimura, da Universidade 
de Ryukyu, no Japão, começou a pesquisar a misteriosa for-
mação rochosa submersa.
Acredita-se que tenha mais de 10 mil anos. Mas sua origem 
divide opiniões.
“Acho que é muito difícil explicar sua origem como sendo pu-
ramente natural, por causa da vasta evidência da influência 
do homem nas estruturas”, diz Kimura. Nessa linha, há quem 
acredite que a estrutura seja o resquício de uma civilização 
perdida há muito tempo no Pacífico, possivelmente construída 
pelo povo pré-histórico Jomon do Japão, que habitava essas 
ilhas por volta de 12.000 a.C.
Não é à toa que foi apelidada de “Atlântida do Japão”.
UMEWAKA, N.; EL-BEIH, Y. A misteriosa ‘cidade’ submarina do Japão. Disponível 
em: https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-56799667. 
Acesso em: 27 maio 2021 (adaptado).
Considerando a linearidade da narrativa da reportagem, é pos-
sível depreender que o objetivo dos autores, além de apresen-
tar uma curiosidade, é 
A reconhecer a conduta de Kimura ao contestar a teoria da 
origem natural da cidade.
B problematizar o entendimento acerca da história do 
desenvolvimento da humanidade.
C introduzir ao mundo uma nova civilização.
D reportar a experiência de Kimura na descoberta da 
estrutura.
E destacar a influência da historiografia sobre a interpretação 
da história humana.
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QUESTÃO 26
A estátua do traficante de escravos Edward Colston, joga-
da rio abaixo em Bristol, na Inglaterra ano passado, será ex-
posta no M Shed, um museu local. Quase um ano depois do 
simbólico e polêmico gesto antirracista, ocorrido na esteira 
do assassinato de George Floyd e à luz do movimento Black 
Lives Matter, o monumento virá acompanhado de uma pes-
quisa de opinião, que deve indicar o que a população britâni-
ca quer que seja feito com ele ao final da mostra. 
O monumento de Edward Colston deve ser colocado ao lado de 
uma seleção de cartazes do Black Lives Matter, vindos de protes-
tos do ano passado em Bristol, e de uma linha do tempo com os 
principais acontecimentos. Depois de recuperada do rio, a está-
tua foi limpa por uma equipe de conservação e teve os grafites 
conservados. 
NASSIF, T. Derrubada em protesto, estátua de escravocrata será exposta em 
museu. Veja, 28 de mai. de 2021. Disponível em: https://veja.abril.com.br. 
Acesso em: 29 mai. 2021.
O objetivo da autora, ao apresentar as informações, é
A contar sobre os protestos realizados em Bristol.
B defender a atitude dos manifestantesem derrubarem a 
estátua.
C divulgar a pesquisa popular realizada sobre o destino da obra.
D informar sobre o desdobramento ocorrido com a estátua 
de Edward Colston.
E convencer o leitor sobre a importância de guardar monu-
mentos em museus.
QUESTÃO 27
Você nunca conhece realmente as pessoas. O ser humano 
é mesmo o mais imprevisível dos animais. Das criaturas. 
Vá lá. Gosto de voltar a este tema. Outro dia apareceu uma 
moça aqui. Esguia, graciosa, pedindo que eu autografasse 
meu livro de poesia, “tá quentinho, comprei agora”. Conver-
samos uns quinze minutos, era a hora do almoço, parecia 
tão meiga, convidei-a para almoçar, agradeceu muito, dis-
se-me que eu era sua “ídala”, mas ia almoçar com alguém e 
não podia perder esse almoço. Alguém especial?, perguntei. 
Respondeu nítida: “pé-de-porco”. Não entendi. Como? “Ado-
ro pé-de-porco, pé-de-boi também”. Ahn… interessante, res-
pondi. E ela se foi apressada no seu Fusquinha.
HILST, Hilda. Delicatessen - Crônica de para o Correio Popular de Campinas. 
1993. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/delicatessen-hilda-hilst/. 
Acesso em: 29 mai. 2021.
Para construir a crônica, Hilda Hilst escolhe de um procedi-
mento composicional com
A descrições detalhadas, dando concretude aos fatos.
B expressões irônicas, elevando a posição do narrador. 
C informações sem sentido, distanciando os personagens.
D linguagem simples, construindo descaso com o assunto.
E frases curtas e diretas, demonstrando um tom de diálogo.
QUESTÃO 28
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito
[...]
Porque o escrever — tanta perícia,
Tanta requer,
Que ofício tal... nem há notícia
De outro qualquer.
Assim procedo. Minha pena
Segue esta norma,
Por te servir, Deusa serena,
Serena Forma!
BILAC, Olavo. Poesias. Posfácio R. Magalhães Júnior. 
Rio de Janeiro: Ediouro, 1978 (Adaptado).
Ao apresentar reflexões sobre a escrita, Olavo Bilac explora 
majoritariamente a função de linguagem
A metalinguística, ao usar o poema para falar sobre a própria 
poesia.
B poética, pelo enfoque na mensagem a ser transmitida.
C fática, através da ênfase no canal comunicativo.
D emotiva, no uso da primeira pessoa do singular.
E apelativa, dando prioridade àquele que lê.
QUESTÃO 29
Gosta de assistir a filmes dublados, mas se incomoda com o 
movimento da boca dos atores? Uma startup norte-americana 
desenvolveu uma tecnologia que pretende acabar com esse 
empecilho para quem não curte ficar acompanhando as legen-
das no cinema. TrueSync é o nome do sistema criado pela em-
presa Flawless. O software utiliza deepfakes para sincronizar 
a boca dos atores com o som da dublagem.
Deepfakes são edições de vídeo que usam algoritmos de 
inteligência artificial para modificar de forma realista o ros-
to de uma pessoa. O TrueSync usa modelos de machine le-
arning (capacidade de aprendizado das máquinas) para criar 
movimentos labiais que correspondem às falas traduzidas de 
humanos. Na sequência, as imagens são coladas automati-
camente na região da boca de um ator no filme, por exemplo.
OLIVEIRA, Felipe. Odeia filme dublado? Deepfake promete sincronizar falas com 
“perfeição”. UOL, 29 de mai. de 2021. Dispinível em: https://www.uol.com.br/tilt/
noticias. Acesso em: 29 mai. 2021.
De acordo com o trecho da reportagem, a tecnologia tem 
como característica
A estar presente no mercado cinematográfico atual.
B simplificar o processo de dublagem para o cinema.
C melhorar a experiência do espectador de filmes dubla-
dos.
D beneficiar os americanos a consumirem cinema estrangeiro.
E editar as falas para se adequarem aos movimentos dos atores.
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QUESTÃO 30
Na língua falada, as diferenças entre o português de Portu-
gal e o português do Brasil são tão grandes que muitas vezes 
surgem dificuldades de compreensão: no vocabulário, nas 
construções sintáticas, no uso de certas expressões, sem 
mencionar, é claro, as tremendas diferenças de pronúncia. E 
muitos estudos têm mostrado que os sistemas pronominais 
do português europeu e do português brasileiro são total-
mente diferentes. 
Por exemplo, os pronomes o/a, de construções como “eu o 
vi” e “eu a conheço”, estão praticamente extintos no portu-
guês falado no Brasil, ao passo que, no de Portugal, continu-
am firmes e fortes. Esses pronomes nunca aparecem na fala 
das crianças brasileiras nem na dos brasileiros não-alfabeti-
zados e têm baixa ocorrência na fala dos indivíduos cultos, o 
que demonstra que são exclusivos da língua ensinada na es-
cola, sobretudo da língua escrita, não fazendo parte, então, 
do repertório da língua materna dos brasileiros. 
Nossas crianças usam sem problema me e te — “Ela me ba-
teu”, “Eu vou te pegar” —, mas o/a jamais, que são substitu-
ídos por ele/ ela: “Eu vou pegar ele”, “Eu vi ela”. Se as crian-
ças não usam é porque não ouvem os adultos usar, e se os 
adultos não usam é porque não precisam desses pronomes.
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é e como se faz. 
São Paulo: Loyola, 2007.
O texto anterior compara o português falado em Portugal e 
no Brasil. A partir dele, é possível compreender que
A o brasileiro não fala adequadamente português.
B a análise linguística se limita à fala escolarizada.
C a escola precisa ensinar melhor o uso de pronomes.
D a língua tem diferenças no uso de acordo com o país.
E o português culto do brasil é semelhante ao de portugal.
QUESTÃO 31
Quem é que nunca encontrou alguns pelinhos de cachorro 
em sua roupa ou mesmo espalhados em diferentes pontos da 
casa, não é mesmo? Após uma escovação, então, é comum 
retirar uma certa quantia de pelos do corpo do animal. 
Mas, isso é normal? Quando a queda de pelo em cachorros se 
torna um problema de saúde que requer atenção?
Essa é uma questão comum para cães de diferentes raças e 
há uma linha tênue entre a parte normal, esperada da fisiologia 
do cachorro, e questões mais problemáticas. 
MATOS, T. Como lidar com a queda de pelo de cachorro? Disponível em: https://
love.doghero.com.br/dicas/pelo-de-cachorro/. Acesso em: 29 mai. 2021.
Na língua, elementos textuais funcionam para dar ligação às 
ideias de diferentes maneiras. Nesse caso, o termo “mas” está 
presente para 
A situar o leitor no espaço de tempo.
B introduzir novo enfoque sobre o assunto.
C negar as ideias mencionadas anteriormente.
D comparar posicionamentos em relação ao tema.
E adicionar um argumento que justifique a tese inicial.
QUESTÃO 32
Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não 
os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas 
[...]. Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescen-
te; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, 
após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio 
de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão 
inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias en-
tre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez 
dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o 
cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se 
preocupavam em não molhar o pêlo, ao contrário metiam a ca-
beça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas 
e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão. 
As portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fe-
char de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se 
demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou 
as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despa-
chavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás da 
estalagem ou no recanto das hortas.
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Porto Alegre: LP&M pocket, 1998.
Aluísio de Azevedo se destacou na literatura brasileira por 
descrever o Brasil e suas transformações sociais e urbanas 
no final do século XIX pelas lentes de seu tempo. Destaca-se 
no trecho essa questão, tendo em vista a 
A indiferença frente às condições insalubres narradas.
B animalização dos cidadãos dos novos espaços urbanos.C regionalização do atraso descrito para o interior do Brasil.
D desvalorização social fundamentada em questões raciais.
E equiparação equânime de gênero com base em lutas 
feministas.
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QUESTÃO 33
BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br. Acesso em: 29 mai. 2021.
A união de imagem e texto presente no anúncio indica que
A os pais não estão vacinando seus filhos.
B as crianças têm mais chance de ter sarampo.
C o personagem em branco representa o sarampo.
D as cadernetas de vacinas podem estar no celular.
E a vacinação é algo importante para evitar doenças.
QUESTÃO 34
“quando chovia noite inteira era pior. o aldegundes, fraco, um repolho de gente quase a querer ser homem, era 
descarnado e enfezado de altura larga. que haveria de poder ele quando a sarga estava mais assustada e escutava 
menos as suas palavras. imaginava eu que ela assustada quisesse fugir para onde conhecesse mais seguro, sou-
béramos nós o que ela soubesse e talvez se acalmasse em algum lugar.”
MÃE, Valter Hugo. O remorso de Baltazar Serapião. São Paulo: 34, 2014.
Em relação à sua estrutura formal, o trecho selecionado de Valter Hugo Mãe demonstra
A característica tradicional de textos veiculados na internet.
B sentido fragmentado como forma de chocar o interlocutor.
C estilo inovador com reflexos na percepção do texto poético.
D sintaxe reorganizada para auxiliar na clareza das informações.
E gramática inadequada, causando incompreensão da mensagem.
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QUESTÃO 35
Alguns meses após o início da pandemia e das medidas de 
isolamento social, a defensora pública Odyle Serejo, de Natal 
(RN), percebeu algo de diferente no jeito de falar da sua filha 
mais velha. Anita, de 6 anos, passou a usar expressões que 
destoavam do vocabulário usado pela família e pela popula-
ção do Rio Grande do Norte em geral.
Odyle credita parte dessa mudança ao YouTube, cada vez mais 
presente no dia a dia de Anita no período de distanciamento 
ocasionado pela covid-19.
Essa percepção não é restrita à família potiguar. Uma busca 
nas redes sociais leva a posts de pais relatando um suposto 
“sotaque do YouTube” em seus filhos.
“Meu filho de 5 anos passou a falar como alguém do interior 
de São Paulo. Só pode ter aprendido no YouTube. Foi muito 
engraçado quando percebi”, relata a arquiteta Elisa*, do Rio de 
Janeiro, sobre o comportamento do filho Bruno*.
Para Abdelhak Razky, com doutorado em linguística, os pais mui-
tas vezes esquecem que a língua não é algo fixo, estático — nem 
a nossa forma de falar: “Há uma mudança em curso no Brasil e 
no mundo sobre a fala que circula entre adultos e crianças, então 
podemos imaginar que o vocabulário muda e pode perder alguns 
traços dialetais nas crianças por vários motivos. As redes sociais 
podem ser um dos fatores que aceleram essa mudança”, diz. 
TAVARES, V. O YouTube influencia o jeito de falar da minha filha. BBC, 13 de abr. 
de 2021. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-56697071. 
Acesso em: 29 mai. 2021.
A matéria descreve as alterações linguísticas existentes. A 
partir dessas ideias, é evidenciado que
A as características regionais foram apagadas da língua.
B o contato com outros dialetos auxilia nas mudanças 
linguísticas.
C os conteúdos online foram necessários para alterar a 
comunicação.
D o YouTube é nocivo para o desenvolvimento linguístico 
das crianças.
E o distanciamento prejudicou o diálogo entre crianças do 
mesmo estado.
QUESTÃO 36
TEXTO I
A nova Cruella ainda é magnética, mas o longa se propõe a 
humanizá-la a qualquer custo, enfraquecendo um pouco seu 
rastro de maldades. A duração do filme também o torna uma 
experiência enfadonha. São 2 horas e 14 minutos de tela e 
não seria difícil conseguir um corte mais ágil, se livrando de 
algumas cenas longas demais e certas explicações desne-
cessárias. As qualidades, felizmente, sobrepõem os defeitos 
e “Cruella” merece sim ser visto.
PALOMARES, D. Splash. https://www.uol.com.br/splash/filmes/critica/. 
Acesso em: 30 de mai. 2021.
TEXTO II
Cruella acaba sendo uma lição para a Disney e sua produção 
em massa de remakes. Faz muito mais sentido contar uma 
história sob uma nova ótica que tentar recriar esses clássi-
cos, já que eles são clássicos por um motivo. E, além disso, é 
um filme que também dá um banho em produções como Es-
quadrão Suicida e Venom, que tentam a todo custo mostrar 
vilões como figuras positivas e incompreendidas. 
FIAUX, G. Legião dos Heróis. 2021. 
Disponível em: https://www.legiaodosherois.com.br/. 
Acesso em: 30 mai. 2021.
Os dois textos abordam uma crítica em relação ao mesmo 
filme. Em relação aos seus posicionamentos, é possível afir-
mar que eles
A censuram a qualidade da releitura.
B abordam problemas presentes na obra.
C discordam da abordagem dada ao filme.
D defendem que o filme humaniza a figura de violões.
E preferem o filme original à versão lançada recentemente.
QUESTÃO 37
Vladimir Maiakóviski, grande poeta do século XX, dizia que 
“sem forma revolucionária, não há arte revolucionária”, o que 
se enquadra perfeitamente ao período histórico em que vi-
veu, durante a Revolução de 1917, na Rússia, onde o clima 
era de transformação e renovação. Nesse período, alguns 
artistas acreditavam que a arte deveria acompanhar as mu-
danças revolucionárias que se davam no país. 
Embora o regime absolutista da época impedisse a retra-
tação da crise pela qual passava o país, houve inovações 
estéticas nas artes visuais, como o chamado stop motion 
– efeito de animação quadro a quadro – que surgiu com Wla-
dyslaw Starewicz, pioneiro nessa técnica. Com a derrubada 
do czar, Nicolau II, após a Revolução, o paradigma econômi-
co, social e artístico se altera completamente e essas ino-
vações ganham força. O cinema russo passa a se chamar 
soviético com a entrada de Lenin no poder e as vanguardas 
surgem com propostas ousadas de mudança.
O papel do cinema do construtivismo russo no processo revolucionário. 
Fala Universidades, 09 de mar. de 2021. 
Disponível em: https://falauniversidades.com.br/. 
Acesso em: 30 mai. 2021.
O debate sobre a arte desenvolvida na Rússia demonstra 
uma proposição
A inovadora do fazer criativo.
B mantenedora da ordem de Estado.
C tradicional da obrigação do artista.
D atemporal das criações do cinema.
E restritiva das ações cinematográficas.
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QUESTÃO 38
No final do século XIX, o jovem indiano Mahatma Gandhi foi até a África do Sul para trabalhar como advogado. Já na chegada, 
pegando um trem, sentiu a segregação escancarada que dominava o país.
Gandhi começou então uma campanha de desobediência civil entre a população hindu da África do Sul. A filosofia de resistência por 
meio da não-violência já era colocada em prática, e ele iniciava uma conscientização necessária que se transformou em mudança 
real na sociedade quase um século depois. Assim como Mandela enxergou a força transformadora dos esportes nos anos 90, Gandhi 
entendeu que o futebol tinha a atenção dos mais pobres na África do Sul. E isso seria um aliado na defesa da ideia do indiano.
Ele criou três times e deu a todos o mesmo nome: “Resistência Passiva Futebol Clube”.
KAMPFF, A. Lei do campo. Disponível em: https://www.uol.com.br. Acesso em: 30 mai. 2021.
Em relação ao papel do esporte na sociedade, o texto mostra que ele
A aliou interesse populacional a demandas pacifistas.
B esteve restrito à população carente da África do Sul.
C mostrou-se relevante apenas no mundo contemporâneo.
D foi displicente no processo de resistência contra o preconceito.
E teve base na hostilidade criada pela competitividade do futebol.
QUESTÃO 39
O outono se foi, começaram as chuvas e os frios de inverno, e Rodrigo não chegava. Juvenal inquietava-se porque já era tempo de o 
cunhado estar de volta. Fazia-se perguntas a si mesmo, imaginava coisas, mas não dizia nada à irmã para não inquietá-la.
E, em certos dias em queo minuano soprava, enrolada num xale e pedalando na roca (pois agora que estava cada vez mais pesada 
não podia ir ajudar o irmão na venda), Bibiana pensa na avó, que costumava dizer-lhe que o destino das mulheres da família era fiar, 
chorar e esperar.
VERÍSSIMO, E. O continente: volume I. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2004.
Na obra “O Tempo e o Vento”, Erico Verissimo romanceia a realidade do Rio Grande do Sul a partir do olhar do início do século 
XX. Nesse trecho, o lugar da mulher é destacado a partir da relação
A sensível, vista nas alterações físicas.
B platônica, baseada na espera pelo marido. 
C inerte, trazida pela passagem das estações.
D equânime, presente no trabalho com o irmão.
E submissa, exemplificada pela afirmação da avó.
QUESTÃO 40
Para conhecermos uma história não precisamos da letra (escrita), mas sim da palavra (falada). Maria Joaquina da Silva, ou 
Dona Fiota, disse isso durante um seminário sobre línguas faladas no Brasil, realizado em Brasília em 2006. Dona Fiota, como 
é conhecida, vive em Tabatinga, uma área quilombola em Minas Gerais e, o discurso em questão foi feito em Gira de Tabatinga, 
uma língua afro-brasileira que costumava ser falada nas senzalas de fazendas do interior de Minas Gerais. Essa era uma das 
maneiras que os escravos da região tinham de se comunicar sem que os senhores de engenho pudessem entender.
PINTO, F. Tradição oral e a preservação da cultura.Capitolina, 2021. Disponível em: http://www.revistacapitolina.com.br. Acesso em: 30 mai. 2021.
Existem, na tradição mundial, línguas que ainda mantêm apenas um registro oral. A partir do texto, percebe-se que preservá-las 
contribui para o patrimônio brasilieiro, pois elas
A perpetuam histórias e culturas não escritas.
B mantêm a forma de comunicação de determinados grupos.
C possibilitam encontros acadêmicos para discutir o assunto.
D reforçam a necessidade de investimento em registros escritos.
E demonstram o atraso social existente em determinadas regiões.
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QUESTÃO 41
Pequeno glossário freudiano
Um glossário propriamente freudiano não pode ser apresentado em ordem alfabética, mas se faz construir associativamente: a 
partir de termos mais fundamentais são convocados outros termos e aos poucos se tece uma rede conceitual. 
Inconsciente
Conceito diferencial da psicanálise em relação a outras teoria do psiquismo humano, o inconsciente – das Unbewusste – é 
apresentado, na primeira tópica freudiana, como um sistema psíquico com leis próprias. É definido por Freud como “uma hipó-
tese útil” para pensar a produção de sintomas. O inconsciente articula-se à memória e é constituído por conteúdos recalcados, 
os quais têm seu acesso recusado à consciência. 
Formações do inconsciente
Cada uma das formações do inconsciente – atos falhos, lapsos, chistes, sonhos, sintomas – traz as marcas de sua origem e 
revela o funcionamento inconsciente. Estruturam-se por meio de processos de deslocamento e condensação, os quais se dão 
a ver em sua dimensão de linguagem. 
Adaptado de AIRES,S. Pequeno glossário freudiano. 
Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/pequeno-glossario-freudiano/. Acesso em: 30 de mai. 2021.
No glossário, é usada a norma culta padrão com o objetivo de 
A ampliar o acesso à informação.
B restringir a difusão do conteúdo.
C adequar-se ao seu público leitor.
D criar proximidade com aquele que lê.
E direcionar-se para leitores acadêmicos.
QUESTÃO 42
QUINO. Toda a Mafalda: da primeira à última tira. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
Ao questionar a mãe sobre a vida, Mafalda tenta criticar
A a organização da casa.
B o fato da mãe não trabalhar.
C o descuido pessoal da matriarca.
D a ausência da mãe na sua criação.
E a falta de tempo da mulher doméstica.
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QUESTÃO 43
O norte-americano Jon Bergmann era professor em uma 
escola rural, no Colorado, quando se deparou com um pro-
blema com seus alunos: alguns faltavam às aulas porque 
participavam de torneios de basquete. Para apoiar estes es-
tudantes, Bergmann teve a ideia de gravar as aulas para os 
alunos verem depois. A iniciativa deu certo.
A diretora da escola comentou que a filha também via aulas 
gravadas na universidade e adorava. A conversa rendeu um 
insight: “E se gravássemos previamente nossas aulas?”; e 
nos fez pensar: “o que é mais valioso no tempo de classe, se 
você não precisa mais ir à escola?”. A indagação deu início a 
uma metodologia chamada de “Sala de aula invertida”. Neste 
conceito, os alunos recebem material prévio, se preparam 
em casa e depois trabalham o desenvolvimento do conteúdo 
na escola, com o professor.
Perguntado sobre como adaptar a metodologia nas escolas 
públicas brasileiras, Bergmann foi categórico: a tecnologia 
não é a chave. A chave está no que você faz em sala de aula. 
O segredo está na conexão com os alunos.
OLIVEIRA, E. Tecnologia não é a chave e sim a relação com alunos, afirma 
educador norte americano Jon Bergmann. Disponível em: g1.globo.com. 
Acesso em: 30 mai. 2021.
A matéria mostra novas possibilidades para o ensino através 
do uso de tecnologias. Com elas, haverá
A incentivo às atividades esportivas.
B diminuição da presença na sala de aula.
C exclusão dos alunos sem acesso à internet.
D melhorias no processo de ensino e aprendizagem.
E aproximação do ensino básico à forma das universidades.
QUESTÃO 44
Era preciso construir com materiais mais duradouros. Uns 
concordavam, outros não. Diziam que a terra era do dono, 
ele é que poderia dizer o que poderia ter feito. Sempre ha-
via sido assim. Não havia motivos para mudar agora. Outros 
estavam cientes de seus direitos. Há bastante tempo, mui-
to antes da morte de Zeca Chapéu Grande, Severo e outros 
trabalhadores traziam informações sobre as permissões ne-
gadas aos moradores da fazenda. Muitos nunca estiveram 
conformados com os interditos, mas durante muito tempo 
foi necessário permanecer quieto e submisso para garan-
tir a sobrevivência. Agora falam em direito dos pretos, dos 
descendentes de escravos que viveram errantes de um lugar 
para outro. Falam muito sobre isso. Que agora tem lei. Tem 
forma de garantir a terra. De não viverem à mercê de dono, 
correndo daqui para acolá, como no passado.
JÚNIOR, Itamar Vieira. Torto Arado. Alfragide, Portugal: Leya, 2018.
O texto do autor contemporâneo Itamar Junior traz um relato 
expressivo da realidade através de uma percepção de
A atenuação do sofrimento.
B emancipação pelos direitos.
C preservação das estruturas.
D subversão dos trabalhadores.
E ascensão social pela legislação.
QUESTÃO 45
BECK, A. Dispinível em: https://tirasarmandinho.tumblr.com/
post/127002192334/tirinha-original
O humor da tirinha é construído a partir do(a)
A polissemia da palavra arrumar.
B eufemismo sobre a ação praticada.
C utilização de diferentes pontuações.
D supressão do rosto da figura feminina.
E oposição entre as visões dos personagens.

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