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simulado - linguagens

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SIMULADO NACIONAL ENEM ME SALVA!
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
1ª ÁREA
CADERNO
ÚNICO
Melhor parceiro de estudos. Me Salva!
ATENÇÃO: insira as suas respostas na plataforma do Me Salva!, na página da prova de
Linguagens do 2º simulado de 2020, selecionando a opção Enviar Respostas..
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
Este CADERNO DE QUESTÕES contém 45 questões dispostas da seguinte maneira:
 a) Questões de número 06 a 45, relativas à área de Linguagens. 
 b) Questões de número 01 a 05, relativas à Lingua Estrangeira.
1. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde 
corretamente à questão.
2. O tempo de realização de prova sugerido é de duas horas.
3. Lembre-se de enviar as suas respostas pela plataforma do Me Salva!, usando 
o QR code ao lado.
4. Para receber o seu boletim TRI, você deve enviar as respostas até o dia 
9 de setembro de 2020, às 24h.
2º SIMULADO ENEM 2020
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QUESTÃO 01
Fonte: www.elpartoesnuestro.es. Acesso em: 19/03/2020
Esse cartaz faz parte de uma campanha sobre parto e apre-
senta um texto cujo uso da primeira pessoal do plural tem 
como objetivo
A expressar formalidade, trazendo o enunciador para a
mensagem.
B acrescentar variadas vozes ao discurso das gestantes.
C inventar uma voz unificada e coletiva para chamar 
atenção para a campanha.
D criar uma identificação entre o enunciador e as mulheres
gestantes, para aproximá-los.
E se referir à voz da instituição que promove a campanha,
em nome da credibilidade.
QUESTÃO 02
Personas refugiadas, solicitantes de asilo y migrantes.
Son muchas las razones por las que la gente trata de recons-
truir su vida en otro país. Algunas personas dejan su hogar 
para encontrar trabajo o poder estudiar. Otras se ven obliga-
das a huir de la persecución o de violaciones de derechos hu-
manos como la tortura. Son millones las que huyen de con-
flictos armados o de otras crisis o de la violencia. Algunas ya 
no se sienten seguras y puede que se las persiga por el mero 
hecho de ser quienes son o por lo que hacen o por lo que cre-
en; por ejemplo, por su etnia, religión, sexualidad u opiniones 
políticas.
Estos viajes, todos los cuales empiezan con la esperanza de 
un futuro mejor, también pueden estar plagados de peligros y 
de temores. Algunas personas corren el riesgo de ser víctimas 
de trata y de otras formas de explotación. A algunas las detie-
nen las autoridades en cuanto llegan a otro país. Cuando están 
adaptándose y empiezan a construir una nueva vida, muchas 
sufren a diario el racismo, la xenofobia y la discriminación.
Fonte: https://www.amnesty.org/es/what-we-do/refugees-asylum-seekers-and-
-migrants/ Acesso em: 19/03/2020 (Fragmentado).
O texto acima fala das pessoas que migram de seus países e 
de suas razões para tal. Para o autor, há um aspecto em co-
mum entre essas pessoas, que é
A constatação de que há esperança em um futuro melhor
do que a realidade de seus países de origem.
B instabilidade da vida que levam em seus países de origem.
C ausência de motivações para ficarem em seus países de
origem.
D apropriação de uma nova cultura por não gostarem de
suas origens.
E ruptura com suas origens por obrigação das autoridades.
2º SIMULADO ENEM 2020
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QUESTÃO 03
A lo largo de su recorrido, los viajeros de los siglo XVI y XVII 
describen constantemente su asombro por las características 
de los espacios que van encontrando a su paso; los ríos de 
enormes dimensiones en ocasiones caudalosos y de muy di-
fícil navegación como el río Marañón, las enormes montañas, 
los volcanes, los desfiladeros y los pasos «difíciles de tomar», 
las variaciones en el clima, las tormentas amenazadoras y fe-
nómenos naturales como terremotos, inundaciones o avalan-
chas son algunos de los elementos de la naturaleza del Nuevo 
Mundo que maravillan a los narradores y sobre los que nos 
dan una riquísima información.
Fonte: MARISCAL, B. L. Terremotos, tormentas y catástrofes en las crónicas y los 
relatos de viaje al Nuevo Mundo. Disponível em: http://www.cervantesvirtual.com/
obra-visor/terremotos-tormentas-y-catstrofes-en-las-crnicas-y-los-relatos-de-
-viaje-al-nuevo-mundo-0/html/015b1712-82b2-11df-acc7-002185ce6064_5.html 
Acesso em: 19/03/2020
No fragmento do texto de Blanca López de Mariscal, é descrita 
uma sensação comum aos viajantes dos séculos XVI e XVII, 
em relação aos lugares pelos quais passam, que é
A a surpresa diante das adversidades naturais encontradas.
B amplo conhecimento da natureza local encontrada.
C impossibilidade de cultivo das terras encontradas.
D necessidades de reconstrução da natureza local.
E despreparo dos viajantes para lidar com a natureza local.
QUESTÃO 04
Es una más de las cosas que yo le debo a Flaubert, el haber de-
mostrado que si no tenías un talento natural, que si no nacías 
genio, podías llegar a ser un buen escritor a base de perseve-
rancia, de terquedad y de esfuerzo. Es la gran lección de Ma-
dame Bovary, una novela escrita por un hombre que al mismo 
tiempo que escribe va conquistando y construyendo milímetro 
a milímetro su genio, con un esfuerzo gigantesco a base de 
voluntad, de terquedad, de trabajo. Esa es la gran enseñanza. 
Era un gran pesimista, un escéptico terrible, pero nos demos-
tró que el genio se podía construir si no lo tenías. Una lección 
absolutamente fundamental para mí.
Fonte: Entrevista de Mario Vargas Llosa para El País. Disponível em: https://
elpais.com/cultura/2015/10/22/babelia/1445520280_937768.html Acesso em: 
19/03/2020 (framento).
O trecho acima é uma fala de Mario Vargas Llosa, em uma en-
trevista. Essa fala trata de uma lição que o autor aprendeu de 
Flaubert sobre o fazer literário, que para ambos
A desperta a genialidade do autor.
B baseia-se na inspiração natural do autor.
C fundamenta-se nas experiências de vida do autor.
D requer genialidade e talento.
E demanda bastante esforço e dedicação.
QUESTÃO 05
Rubaiyat
Torne en mi voz la métrica del persa
a recordar que el tiempo es la diversa
trama de sueños ávidos que somos
y que el secreto Soñador dispersa.
Torne a afirmar que el fuego es la ceniza,
la carne el polvo, el río la huidiza
imagen de tu vida y de mi vida
que lentamente se nos va de prisa.
Torne a afirmar que el arduo monumento
que erige la soberbia es como el viento
que pasa, y que a la luz inconcebible
de Quien perdura, un siglo es un momento.
Torne a advertir que el ruiseñor de oro
canta una sola vez en el sonoro
ápice de la noche y que los astros
avaros no prodigan su tesoro.
 Torne la luna al verso que tu mano
escribe como torna en el temprano
azul a tu jardín. La misma luna
de ese jardín te ha de buscar en vano.
Sean bajo la luna de las tiernas
tardes tu humilde ejemplo las cisternas,
en cuyo espejo de agua se repiten
unas pocas imágenes eternas.
Que la luna del persa y los inciertos
oros de los crepúsculos desiertos
vuelvan. Hoy es ayer. Eres los otros
cuyo rostro es el polvo. Eres los muertos.
Fonte: BORGES, J. L.l Elogio de las sombras. 
Buenos Aires: Emecé, 1969. (Fragmento)
O texto acima é um fragmento do poema Rubaiyat, de Borges. 
Os trechos “un siglo es un momento” e “hoy es ayer” mostra 
que o poema trata do(a) 
A problema de se lembrar dos acontecimentos ao longo do
tempo.
B excesso de acontecimentos ao longo dos tempos.
C angústia derivada da fugacidade do tempo.
D bruta passagem do tempo pelos séculos.
E de sentimentos reprimidos ao longo do tempo, que passa
rápido.
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QUESTÃO 06
TEXTO I
Fonte: https://www.marataizes.es.gov.br/noticia/ler/2561/a-prefeitura-municipal-de-marataizes-informa-sobre-o-dia-d-da-campanha-de-vacinacao-contra-a-gripe
TEXTO II
A vacina contra a gripe é a melhor proteção para quem não quer correr o risco de perder a vida. Atente-se Sábado dia 04 de maio é 
o Dia “D” de Mobilização Contra a Gripe. 
Se programe para este dia, você não pode ficar defora.
Fique atento para os locais de vacinação: Unidade Básica de saúde do Pontal, CAIC, Barra, Marataízes 1 (próximo aos correios), 
Marataízes 2 (próximo à garagem da Sudeste), Jacarandá, Canaã, Lagoa Dantas e Boa Vista do Sul. Das 8h às 16h.
Quem deverá vacinar? Crianças de 6 meses até 5 anos de idade, Gestantes, puérperas, pessoas com 60 anos e mais de idade, 
Trabalhadores da saúde ativos, Professores de escolas públicas e privadas que atuam em sala de aula na educação infantil, fun-
damental, médio e superior, pessoas portadoras de doenças crônicas, população privada de liberdade, funcionários do sistema 
prisional.
Lembrem-se que a saúde não é uma responsabilidade exclusiva do Ministério da Saúde, das secretarias, dos profissionais e dos 
médicos. É de todos nós. Mantenham o cartão de vacinas atualizado e não se esqueçam de levá-lo.
Não coloque a sua vida e a de quem você ama em risco.
Fonte: https://www.marataizes.es.gov.br/controladoria/noticia/ler/2561/a-prefeitura-municipal-de-marataizes-informa-sobre-o-dia-d-da-campanha-de-vacinacao-contra-a-gripe
Ambos os textos abordam a vacinação. Ao relacioná-los, observa-se que o primeiro deles se relaciona com o segundo de maneira 
A contraditória, pois nem todas as pessoas podem se vacinar.
B complementar, pois a imagem auxilia o leitor a entender a vacinação e a aderir à campanha de vacinação.
C redundante, pois ambos têm a intenção de convencer o leitor.
D indispensável, pois a imagem não tem sentido completo sem o texto que a segue.
E discordante, pois os dois textos têm opiniões opostas sobre a importância da vacinação.
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QUESTÃO 07
A tecnologia tem sido cada vez mais aliada para as práticas esportivas. Mais do que as tecnologias usadas nas roupas, calçados 
e aparelhos, as novas tecnologias proporcionam a obtenção de dados essenciais e seguros para a criação e cruzamento de in-
formações para a reprodução de estatísticas individuais ou coletivas da prática esportiva. Com isso, a tomada de decisão de um 
treinador para com o seu atleta foi aprimorada, tomando como base dados seguros em tempo real da performance.
Assim, são pontuados picos de desempenho, pontos fracos e fortes dos atletas, movimentos corretos e incorretos, entre outros 
detalhes que fazem toda a diferença na montagem dos treinos e na atuação do treinador para com seu atleta. Tudo isso irá re-
fletir em seu desempenho nas competições e nos resultados obtidos.
Fonte: https://atletasnow.com/tecnologia-no-esporte-a-evolucao-que-esta-mudando-a-rotina-dos-atletas/
As mudanças existentes no mundo esportivo são constantes. Qual o sentido atribuído pelo texto às mudanças apresentadas?
A A introdução das tecnologias busca aproximar a prática esportiva do cotidiano de diferentes populações. 
B As transformações no uso da tecnologia no esporte favorecem a competitividade e incentivam o melhor rendimento do atleta.
C As mudanças presentes no esporte afetam o rendimento dos atletas, de maneira a beneficiar seu desenvolvimento psíquico e
pessoal.
D As tecnologias vão de encontro à igualdade no esporte e acabam aumentando a diferença no rendimento dos competidores.
E O uso das tecnologias beneficia as práticas esportivas ao conseguir auxiliar na especificidade dos treinamentos de cada atleta.
QUESTÃO 08
Uma pesquisa realizada em Fortaleza com 85 frequentadores de academia de 18 a 58 anos mostrou que gente abaixo dos 30 é a 
que mais recorre a suplementos. Quanto mais jovem, maior o apelo da categoria. Mas o que deixa mesmo os especialistas de ca-
belo em pé é o uso dessas substâncias por conta própria – sendo que, em geral, elas são indicadas a atletas. Outro levantamento, 
este feito com 30 adolescentes de Campo Mourão, no Paraná, revelou que um terço deles ingeria suplementos sem orientação. Só 
10% ouviram um médico ou nutricionista. O fenômeno, claro, não se restringe ao Brasil. Na Eslovênia, cientistas da Universidade de 
Liubliana, a mais antiga do país, identificaram um cenário parecido ao avaliar 1 500 jovens de 14 a 19 anos. Dos adeptos da suple-
mentação, 40% não eram acompanhados por profissionais de saúde. Detalhe: 30% se aconselhavam com familiares.
Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/fortes-mas-em-risco-o-perigo-dos-suplementos-alimentares-para-os-jo
Em relação ao uso de suplementos alimentares por jovens, o texto se posiciona de maneira a
A criticar o uso de suplementação por pessoas com idade abaixo dos 30 anos.
B comentar o posicionamento assustado de especialistas sobre o uso de suplementos sem acompanhamento profissional 
C incentivar o aconselhamento com familiares para o consumo de suplementos por jovens
D defender o uso de suplementação com base em países desenvolvidos, como a Eslovênia
E sustentar que a opinião dos especialistas é frágil, pois se baseia em uma pesquisa com 30 pessoas
2º SIMULADO ENEM 2020
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QUESTÃO 09
TEXTO I
Comparando-se aos tipos da cidade, Fabiano reconhecia-se inferior. Por isso desconfiava que os outros mangavam dele. Fazia-se 
carrancudo e evitava conversas. Só lhe falavam com o fim de tirar-lhe qualquer coisa. Os negociantes furtavam na medida, no preço 
e na conta. O patrão realizava com pena e tinta cálculos incompreensíveis. Da última vez que se tinham encontrado houvera uma 
confusão de números, e Fabiano, com os miolos ardendo, deixara indignado o escritório do branco, certo de que fora enganado. 
Todos lhe davam prejuízo.
Fonte: RAMOS, G. Vidas Secas. Rio de Janeiro: Record, 2019 (fragmento).
TEXTO II
Os criados entravam com dinheiro e saíam com pão.
Cidade pequena, eu rodei por todas as ruas. Acostumara, por assim dizer, com a fome. Olhava para as raras pessoas que ainda 
perambulavam pela cidade, com um ar de espanto. Às vezes elas me olhavam também. Eu sorria confuso, quase com vergonha de 
ter fome.
Fonte: AMADO, J. Cacau. São Paulo: Companhia das Letras, 2010 (fragmento).
A oposição entre campo e cidade esteve sempre presente entre as temáticas tradicionais da literatura brasileira. Nos fragmentos 
dos dois autores acima, esse embate incorpora um elemento a mais: a questão da desigualdade social, representado pela fome e 
pela falta de escolaridade. As narrativas apresentam confluência, pois nelas o(a)
A criminalidade é algo inerente ao ser humano, decorrente da falta de instrução dos moradores da zona rural.
B o meio urbano, especialmente nas grandes cidades, estimula uma vida com maior escolaridade.
C falta de oportunidades no campo dialoga com a falta de estrutura nesse mesmo local.
D êxodo rural é estimulado pela falta de oportunidades, e ambos são a causa de violência.
E a complacência e inércia dos governantes da zona rural são estímulos à fome e à baixa escolaridade nessas regiões.
QUESTÃO 10
TEXTO I
Assim como os antigos moralistas escreviam máximas, deu-me vontade de escrever o que se poderia chamar de mínimas, ou 
seja, alguma coisa que, ajustada às limitações do meu engenho, traduzisse um tipo de experiência vivida, que não chega a 
alcançar a sabedoria mas que, de qualquer modo, é resultado de viver.
Carlos Drummond de Andrade
TEXTO II
Entre as diversas formas de mendicância, a mais humilhante é a do amor implorado.
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade foi um grande poeta brasileiro que abordou os mais diferentes temas. No primeiro dos textos acima, 
ele apresenta o conceito de um gênero textual, e no segundo ele realiza este mesmo gênero. Podemos perceber que o gênero rea-
lizado pelo autor se aproxima de um(a)
A diário, pois envolve lembranças particulares.
B crônica, pois trata de situações cotidianas.
C notícia, pois informa sobre um acontecimento. 
D aforismo, pois apresenta uma máxima em poucas palavras. 
E carta, pois narra uma situação para um leitor.
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QUESTÃO 11
Se você não quiser ser compreendido, fale sempre através de parábolas. As pessoas, em geral, adoram não compreender. Isso 
não quer dizer que vãoler teu livro se ele for incompreensível. Mas há de comprá-lo. É bonito ter em casa alguma coisa que não 
se compreenda. Experimente. Dê uma de Deleuze, Guattari e Michaux. Mande fazer a tal mesa esquizofrênica. Uma mesa onde 
ninguém possa escrever nem colocar coisa alguma sobre ela, feita de tal jeito que tudo escorregue ou se quebre. Pode ter certe-
za que todos vão adorar! Você entendeu, por acaso, por que o Cristo secou aquela pobre figueira sem figos?
Fonte: HILST, Hilda. Por quê, hen?. In: HILST, Hilda. 132 crônicas: Cascos & carícias e outros escritos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2018.
Para ligar as partes de um texto, seja ele escrito ou falado, usa-se de recursos constantes de forma a construir a coesão. Tendo 
isso em mente, no fragmento, pode-se afirmar que
A “tal”, em “tal jeito”, introduz “jeito que tudo escorregue ou se quebre”.
B “nem” introduz uma paráfrase de “uma mesa onde ninguém possa escrever”.
C “isso” remete à “fale através de parábolas”.
D “alguma” antecipa “experimente”.
E “aquela” recupera “você entendeu”.
QUESTÃO 12 
Queixas como “Poema tem de ter rima.” e “Não sei rimar.” eram comuns entre os alunos do 6º ano da EM Professora Maria Clotilde 
Lopes Comitre Rigo, em Praia Grande, a 77 quilômetros de São Paulo, quando trabalhavam com esse gênero literário. Decidido a 
convencer os jovens a mudar de opinião, o professor Leonardo Batista dos Santos propôs uma sequência didática com base em 
referências muito distintas entre si. “Quis trazer novos textos e, assim, ampliar os conhecimentos da turma.” Ele analisou a interpre-
tação de poesias entre os jovens em seu mestrado, defendido na Universidade de São Paulo (USP), e concluiu que eles são capazes 
de lidar com textos de diferentes correntes literárias, mesmo sem ter conhecimentos específicos.
No repertório selecionado pelo professor, havia poemas longos e curtos, com versos simétricos e assimétricos, que seguiam um 
formato definido ou não, de escritores de diferentes épocas, como Manuel Bandeira (1886-1968), Carlos Drummond de Andrade 
(1902-1987), José Paulo Paes (1926-1998) e o contemporâneo Dirceu Villa. “Essa variedade permite estudar os recursos usados 
para criar efeitos de linguagem. 
Fonte: https://novaescola.org.br/
No texto, ao propor uma nova ideia de poesia, o professor almeja
A incentivar a criação da arte que rompa com os padrões tradicionais, por meio de obras com ênfase nas rimas.
B convencer os alunos de que existem formas poéticas mais densas do que as imaginadas inicialmente, por meio de textos 
que estão na sua pós-graduação.
C mostrar que, no passado, a poesia teve um caráter diferente do contemporâneo, ao apresentar textos modernistas
D ampliar o repertório poético dos estudantes, almejando aproximá-los mais desse gênero textual através de análises e inter-
pretações de poesias de diferentes tipos
E defender, por meio da limitação das aulas a análises de textos, que ter conhecimento específico não auxilia na leitura de
poesia.
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QUESTÃO 13
A literatura aparece claramente como manifestação univer-
sal de todos os homens em todos os tempos. Não há povo 
e não há homem que possam viver sem ela, isto é, sem a 
possibilidade de entrar em contato com alguma espécie 
de fabulação. Assim como todos sonham todas as noites, 
ninguém é capaz de passar as vinte e quatro horas do dia 
sem alguns momentos de entrega ao universo fabulado. O 
sonho assegura durante o sono a presença indispensável 
desse universo, independentemente da nossa vontade. E, 
durante a vigília, a criação ficcional ou poética, que é a mola 
da literatura em todos os seus níveis e modalidades, está 
presente em cada um de nós, analfabeto ou erudito - como 
anedota, causo, história em quadrinho, noticiário policial, 
canção popular, moda de viola, samba carnavalesco. Ela se 
manifesta desde o devaneio amoroso ou econômico no ôni-
bus até a atenção fixada na novela de televisão ou na leitura 
seguida de um romance.
Ora, se ninguém pode passar vinte e quatro horas sem mer-
gulhar no universo da ficção e da poesia, a literatura conce-
bida no sentido amplo a que me referi parece corresponder 
a uma necessidade universal que precisa ser satisfeita e 
cuja satisfação constitui um direito.
Fonte: CANDIDO, Antonio. Vários escritos. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2011.
Nos diferentes tipos textuais, tanto em sua forma escrita 
quanto falada, os autores se posicionam. Nesse texto, o autor
A ressalta que a literatura se coloca enquanto um sonho.
B critica o fato de textos marginais, como anedota, causo,
história em quadrinho, serem considerados literatura.
C satiriza a afirmação de que não há homem que possa viver
sem literatura.
D argumenta que, por ser uma manifestação universal do
homem, a literatura é um direito de todos.
E defende que a literatura não ser efetivamente um direito 
universal acontece pelo fato de ela normalmente não ser 
considerada no seu sentido amplo.
QUESTÃO 14
Cisões 
para um ensino de língua NÃO (ou menos) preconceituoso
1. Conscientizar-se de que todo falante nativo de uma língua
é um usuário competente dessa língua, por isso ele SABE 
essa língua. Entre os 3 e 4 anos de idade, uma criança já 
domina integralmente a gramática de sua língua.
2. Aceitar a idéia de que não existe erro de português. Exis-
tem diferenças de uso ou alternativas de uso em relação à 
regra única proposta pela gramática normativa.
3. Não confundir erro de português (que, afinal, não existe)
com simples erro de ortografia. A ortografia é uma decisão 
política, é imposta por decreto, por isso ela pode mudar, e 
muda, de uma época para outra.
4. Reconhecer que tudo o que a Gramática Tradicional chama 
de erro é na verdade um fenômeno que tem uma explica-
ção científica perfeitamente demonstrável. Se milhões de 
pessoas (cultas inclusive) estão optando por um uso que 
difere da regra prescrita nas gramáticas normativas é por-
que há alguma regra nova sobrepondo-se à antiga. 
5. Conscientizar-se de que toda língua muda e varia. 
6. Dar-se conta de que a língua portuguesa não vai nem bem, 
nem mal. Ela simplesmente VAI, isto é, segue seu rumo, 
prossegue em sua evolução, em sua transformação, que 
não pode ser detida (a não ser com a eliminação física de 
todos os seus falantes).
7. Respeitar a variedade lingüística de toda e qualquer pes-
soa, pois isso equivale a respeitar a integridade física e es-
piritual dessa pessoa como ser humano, porque
Fonte: BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é e como se faz. 
São Paulo: Loyola, 1999. (adaptado).
O linguista Marcos Bagno apresenta o ensino de língua sem 
preconceito. Ao fazer isso, ele apresenta a língua como algo
A social que precisa ser cuidado e mantido.
B estático que sofre constantemente com as transgressões
 dos falantes.
C composto por uma gramática e por convenções 
ortográficas. 
D comum aos seus falantes e que sofre transformações
constantes.
E dissociado do caráter identitário do indivíduo.
2º SIMULADO ENEM 2020
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QUESTÃO 15 
A grande mídia pode contribuir para a resolução de problemas sociais, como, por exemplo, a violência doméstica. Nesse caso, a 
propaganda usa da representação do casamento para
A informar as mulheres sobre a violência doméstica, contribuindo para erradicá-la.
B denunciar a violência dentro do casamento, para melhorar a relação entre casais.
C evidenciar que os laços matrimoniais não precisam sustentar a violência contra as mulheres.
D reforçar que a violência contra a mulher acontece majoritariamente dentro do casamento.
E chamar a atenção para o fato de que mulheres casadas são mais suscetíveis à violência e que, por isso, precisam do apoio
 dos maridos.
2º SIMULADO ENEM 2020
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QUESTÃO 16
DOC. - você sente muita diferença nas atividades de lá e daqui? (?)
LOC. - é... o ideal é que houvesse um pouquinho dos dois né... por que por... lá por exemplo eu me sentia... aqui é bom... eu gosto 
muito porqueaqui tem cinema... tem teatro né... eu adoro teatro... e lá não tinha... lá tinha ... teatro era pracinha de colégio uma 
vez por ano... final do ano... alguma coisa assim desse tipo né...normalmente não tinha nada... mas... por outro lado... aqui a gente 
não tem aquele convívio que a gente tinha com as pessoas lá né? era uma coisa mais... mais aberta... aqui as pessoas são muito 
fechadas... é... assim depois que você entra no grupo... é tudo mais fácil né... e aqui não... aqui a gente fica nessa de shopping, 
cinema, teatro... às vezes barzinho... aí é chato... porque só duas pessoas né... é bem chato...
DOC. - e vocês lá em Cambuquira... não tinha cinema... não tinha teatro?
LOC. - não... lá não tem cinema... não tem teatro... a cidade mais próxima que é Três Corações...o cinema virou Igreja Universal... 
aí pra ir ao cinema a gente tinha que ir à Varginha mas são quarenta quilômetros de Cambuquira da Varginha... então não é... não 
era sempre que dava pra ir né... porque é longe... depois você voltar de lá à noite dirigindo... a estrada não é muito boa... não é bem 
sinalizada... né...aí não... era difícil a gente ir... pra falar a verdade... eu acho que eu nunca fui ao cinema em Varginha... morei lá 
cinco anos e acho que nunca fui ao cinema lá...
DOC. - (?)
LOC. - os shows eram em Varginha ou em Três Corações... de qualquer maneira... a gente tinha que sair de Cambuquira... no Cam-
buquira não acontecia nada... Três Corações tinha shows no ginásio... quadra esportiva de lá... aí os cantores vinham daqui do Rio... 
de São Paulo fazer os shows lá... mas como eu estudava lá né... ficava fácil... em Varginha também... em Varginha também tinha... 
shows assim uma ou duas vezes ( três vezes ) por ano... shows bons né..
Fonte: http://www.nurcrj.letras.ufrj.br/corpora/amostracomplementar/INQ15.htm
Na transcrição de fala de uma entrevista, há uma comparação breve entre espaços, no qual se observa a frequente repetição de 
“né”. Essa repetição é um(a)
A demonstração do baixo nível de escolaridade do falante.
B característica do discurso oral.
C traço da união das ideias propostas pelo enunciador.
D recurso característico da fala do interior do Brasil.
E marca que enfatiza uma informação importante no texto.
QUESTÃO 17
No âmbito artístico, especificamente o da literatura, as conexões entre virtual e físico se repetem. Autores e obras já consagrados 
pela crítica tradicional migram para o ciberespaço, instalando-se em sites e redes sociais digitais, como Blog, YouTube, Facebook, 
Twitter, Instagram, entre outras. Também nesses espaços, usuários comuns são consagrados escritores e publicam suas pri-
meiras obras — virtuais e físicas —, passando pelo crivo da crítica contemporânea — o público — e estabelecendo contratos com 
editoras. É assim que o Instagram se tornou para muitos uma plataforma de publicação, compartilhamento e leitura de conteúdos 
poéticos, formando um público de leitores e chancelando a figura de autores. Ainda que sua proposta inicial se fundamentasse no 
compartilhamento de fotografias, o constante uso do Instagram assegurou à palavra o seu espaço.
Fonte: RAMOS, P. E. G. T; MARTINS, A. O. M. Reflexões sobre a rede social Instagram: do aplicativo à textualidade. Texto Digital, Florianópolis, v. 14, n. 2, p. 117-133, jul./dez. 2018
De acordo com o texto, o Instagram se consolidou, atualmente, como 
A ferramenta de crítica social.
B veículo para a publicação de conteúdos poéticos.
C instrumento para a criação de novos amigos.
D espaço de compartilhamento de imagens.
E núcleo restrito para veiculação de textos consagrados.
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QUESTÃO 18
CIDADE
Foguetes pipocam o céu quando em quando
Há uma moça magra que entrou no cinema
Vestida pela última fita
Conversas no jardim onde crescem bancos
Sapos
Olha
A iluminação é de hulha branca
Mamães estão chamando
A orquestra rabecoa na mata
Oswald de Andrade
O movimento modernista brasileiro envolveu, em suas obras, a percepção do cotidiano. Em seu poema, Oswald de Andrade conse-
gue colocar em prática tal diretriz porque
A realiza um inventário dos elementos lúdicos presentes em obras cinematográficas.
B apresenta uma reflexão sobre a burguesia nos centros urbanos.
C traduz em linguagem lírica o mosaico de elementos corriqueiros para a construção da cidade.
D introduz seu texto com recursos que se beneficiam da construção de uma poética nova.
E constata a estaticidade da vida urbana no século XX.
QUESTÃO 19
Era a hora em que o cacto, a flor da noite, fechava o seu cálice cheio das gotas de orvalho com que destila o seu perfume, temendo 
que o sol crestasse a alvura diáfana de suas pétalas. Cecília com a sua graça de menina travessa corria sobre a relva ainda úmida 
colhendo uma gracíola azul que se embalançava sobre a haste, ou um malvaísco que abria os lindos botões escarlates. Tudo para 
ela tinha um encanto inexprimível; as lágrimas da noite que tremiam como brilhantes das folhas das palmeiras; a borboleta que 
ainda com as asas entorpecidas esperava o calor do sol para reanimar-se; a viuvinha que escondida na ramagem avisava o com-
panheiro que o dia vinha raiando: tudo lhe fazia soltar um grito de surpresa e de prazer. Enquanto a menina brincava assim pela 
várzea, Peri, que a seguia de longe, parou de repente tomado por uma idéia que lhe fez correr pelo corpo um calafrio; lembrara-se 
do tigre.
Fonte: ALENCAR, J. de. O Guarani. São Paulo: Martin Claret, 2014 (fragmento).
Obra que auxilia a inaugurar o Romantismo na literatura brasileira, O Guarani se utiliza do emprego de um vocabulário que carac-
terizaria a literatura indianista: o uso de nomes de plantas e animais. Descrevendo o local em que se passa a história, o narrador 
refina a percepção do leitor ao
A acusar a corrupção do estado de “bom selvagem” do homem que vive em meio à natureza, mais especificamente de Peri, ao 
entrar em contato com o homem branco.
B atribuir à natureza, nas figuras do “cacto, flor da noite” e do “malvaísco que abria os lindos botões escarlates”, aspectos
 bucólicos e de certa forma divinos.
C considerar “graça de menina travessa” os aspectos demonstrados pela personagem Ceci.
D menosprezar os perigos pelos quais Cecília passa na obra, independentemente de sua origem.
E insinuar que o tigre era um animal perigoso que poderia atacar a “deusa” Cecília, contemplada na obra.
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QUESTÃO 20
A literatura, que é a arte casada com o pensamento, e a realização sem a mácula da realidade, parece-me ser o fim para que deveria 
tender todo o esforço humano, se fosse verdadeiramente humano, e não uma superfluidade do animal. Creio que dizer uma coisa 
é conservar-lhe a virtude e tirar-lhe o terror. Os campos são mais verdes no dizer-se do que no seu verdor. As flores, se forem des-
critas com frases que as definam no ar da imaginação, terão cores de uma permanência que a vida celular não permite. Mover-se 
é viver, dizer-se é sobreviver. Não há nada de real na vida que o não seja porque se descreveu bem.
Fonte: PESSOA, Fernando. Livro do desassossego. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
Nesse texto, a função metalinguística se constitui
A nos elementos que são usados para inspirar a escrita.
B na comparação entre vida e sobrevivência.
C na fugacidade e animalização da vida humana
D na necessidade de escrever para sobreviver.
E na exaltação do autor sobre o dizer.
QUESTÃO 21
Como ver Mercúrio
Os especialistas dizem que, nas próximas duas semanas, Mercúrio ficará visível à noite por até 40 minutos após o pôr do sol. A 
boa notícia é que não será necessário um telescópio. Deverá ser possível vê-lo a olho nu, ainda que, no hemisfério sul, talvez seja 
necessário usar binóculos. Para encontrá-lo, a dica é olhar perto do horizonte na direção oeste. Uma recomendação é primeiro 
localizar o planeta Vênus, o corpo celeste mais brilhante no céu depois do Sol e da Lua. Mercúrio estará um pouco abaixo e à direita 
de Vênus. É possívelreconhecê-lo por sua cor laranja-amarelada.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51375052
Usamos da língua das mais diversas maneiras e manejamos as suas estruturas para atingir nossos objetivos de comunicação. Tendo 
isso em mente, no texto, o verbo “deverá” indica uma
A constatação sobre a movimentação de mercúrio nos próximos dias.
B habilidade da visão humana em enxergar longas distância.
C recomendação para que as pessoas fora do hemisfério sul observem o planeta a olho nu. 
D previsão a respeito da visualização do astro.
E necessidade de observação de mercúrio pela população sem o uso de telescópio.
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QUESTÃO 22
Fonte: https://br.pinterest.com/. Acesso em: 26 mar. 2020 (adaptado).
O texto se trata de um anúncio de viagem a Cancún, destacando que as várias opções associadas à viagem serão capazes de
A estimular a substituição do voo com escalas pelo voo sem escalas para Cancún.
B contemplar os desejos individuais do maior número de clientes possível.
C transformar Cancún no principal destino turístico das próximas férias.
D renovar as técnicas publicitárias de venda de viagens para Cancún.
E minimizar possíveis imprevistos durante o voo.
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QUESTÃO 23
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um bem freqüente olheiro,
Que a vida do vizinho e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para o levar à praça e ao terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos sob os pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia,
Estupendas usuras nos mercados,
Todos os que não furtam muito pobres:
E eis aqui a cidade da Bahia.
Fonte: GONZAGA, Sergius. Curso de Literatura Brasileira. 
Porto Alegre: Literatura XXI, 2012.
Gregório de Matos, grande poeta nacional, marcou a literatura 
barroca no Brasil. Nesse soneto, o eu lírico expressa
A preocupação sobre a sociedade em que viveu.
B ludicidade presente nos contornos da cidade da Bahia.
C ceticismo sobre o desenvolvimento da cidade em um 
futuro próximo.
D denúncia satírica sobre o governo e a desonestidade da
Bahia.
E crítica sobre as relações de trabalho escravo existentes.
QUESTÃO 24
Enquanto parte dos brasileiros incorporou mais frutas e horta-
liças à dieta e tem se exercitado mais, outra parcela da popu-
lação está ficando mais obesa.
De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e 
Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vi-
gitel), divulgada hoje (24) pelo Ministério da Saúde, a taxa de 
obesidade no país passou de 11,8% para 19,8%, entre 2006 e 
2018. 
Para o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, 
apesar de ter havido melhora no cardápio, o brasileiro ainda 
compra muitos itens calóricos e sem tanto valor nutricional. 
“Temos ainda um aumento maior de obesidade porque ainda 
há consumo muito elevado de alimentos ultraprocessados, 
com alto teor de gordura e açúcar.”
Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/indice-de-obesidade-no-brasil-cres-
ceu-678-entre-2006-e-2018/
O texto pode ter diferentes funções. Nesse caso, o objeti-
vo é convencer o leitor sobre o aumento da obesidade no 
país. Para isso, é utilizado como estratégia de argumenta-
ção o(a)
A apresentação de dados de pesquisas que respaldam o 
crescimento no percentual de pessoas obesas.
B informação sobre o aumento no consumo de frutas e hor-
taliças.
C ironia em relação à crença de que incorporar frutas e hor-
taliças à dieta e exercícios à rotina é o suficiente para 
diminuir a obesidade.
D contraposição entre o número de obesos e a alta quanti-
dade de consumo de alimentos ultraprocessados.
E comparação entre a quantidade de pessoas saudáveis e 
de pessoas obesas.
QUESTÃO 25
Fonte: soundcloud.com/fredalecrim/
Essa imagem anuncia um podcast disponível em uma rede so-
cial. Para chamar a atenção do leitor, ela 
A mostra uma participação especial
B apresenta em destaque uma pergunta que engaja 
C destaca a data de lançamento do podcast
D investe em estrangeirismo
E explica o assunto do podcast
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QUESTÃO 26
A impressão por tipos móveis, ou imprensa, é um método industrial de reprodução de textos e imagens sobre papel ou materiais 
similares que consiste em aplicar uma tinta, geralmente oleosa, sobre peças metálicas chamadas de tipos, que a transferem para 
o papel por pressão. Ainda que fosse um método artesanal, pois era preciso compor com os tipos móveis palavra a palavra, página 
a página, mostrou-se muito veloz e prático para seu tempo, permitindo a produção de diversos exemplares com o mesmo molde.
Em geral, se atribui à invenção da imprensa o marco de mais importante revolução nos suportes para a leitura, sendo que alguns 
chamam de livro apenas os códices impressos a partir dessa tecnologia. 
Entretanto, mais do que uma revolução na forma de ler, a imprensa representou uma popularização jamais vista do livro. Foi apenas 
com a imprensa, por exemplo, que A Divina Comédia, de Dante Alighieri, escrita entre 1307 e 1321, tornou-se conhecida e forjou o 
idioma italiano.
Fonte: : http://www.artistasgauchos.com.br
O texto aborda o surgimento do método de impressão moderno. Em termos sociais, a imprensa teve impacto direto no(a)
A produção mais lenta de materiais escritos.
B consumo elevado de tinta.
C montagem rápida de textos para impressão.
D popularização do livro.
E produção financeiramente acessível da Divina Comédia
QUESTÃO 27
O que é sororidade?
A essência da sororidade é a união entre as mulheres. Então, praticar a sororidade também é parar de sustentar ideias que incitam 
a rivalidade do gênero feminino. Reflita: quantas vezes você já se pegou julgando uma mulher pelo que ela estava vestindo ou pelo 
que ela fala? Quantas vezes você já ouviu que as mulheres não se gostam de verdade e só querem competir? Essa rivalidade está 
tão enraizada que na maioria das vezes passa despercebida e é considerada até natural.
Sororidade é sobre empatia, solidariedade, companheirismo e respeito entre as mulheres. Defende a ideia de que juntas somos 
mais fortes e que precisamos umas das outras para buscarmos a liberdade e os direitos que reivindicamos. As alianças são impor-
tantes para que esses estigmas e preconceitos enraizados sejam enfraquecidos.
A sororidade é essencial porque, na sociedade em que vivemos, temos pouca voz sozinhas. Infelizmente, as mulheres ainda são 
muito duvidadas. É difícil conseguir qualquer mudança ou reivindicação sendo só uma.
Em casos de assédio, por exemplo, quando uma mulher faz uma denúncia sozinha, é comum que haja inúmeros questionamentos 
sobre a legitimidade de sua fala. Quando várias mulheres se unem em uma situação como essa, é muito mais provável que alguma 
providência seja tomada.
Fonte: https://claudia.abril.com.br/sua-vida/o-que-e-sororidade/ (adaptado)
Ao longo do texto, nos aproximamos do conceito de sororidade. Esse conceito, que envolve uma relação entre mulheres, de acordo 
com o excerto, 
A realça o machismo presente na sociedade contemporânea
B respalda questionamentos intensos sobre as demais pessoas do mesmo gênero
C demonstra a frequência de casos de assédio feminino
D revela a naturalização da busca por direitos das mulheres
E auxilia na legitimidade de defesas femininas
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QUESTÃO 28
A palavra em inglês “funny” pode significar engraçado e tam-
bém estranho, e o humor é frequentemente encontrado em 
coisas estranhas. Em russo, a palavra “ruka” é usada tanto 
para a mão quanto para o braço; em japonês, “ki” pode sig-
nificar tanto árvore quanto madeira e, em francês, “femme” 
significa mulher e esposa.
Pesquisadores construíram redes de conceitos emocionais 
colexificados e os compararam entre idiomas e famílias de 
idiomas, descobrindo que as palavras variavam bastante em 
suas nuances, mesmoque seu significado fosse igualado nos 
dicionários de tradução.
Nas línguas austronésias, por exemplo, “surpresa” estava es-
treitamente associada ao “medo”, enquanto nas línguas Tai-
-Kadai do sudeste da Ásia e sul da China, “surpresa” estava 
ligada aos conceitos de “esperança” e “desejo”.
“Ansiedade” estava intimamente relacionada à “raiva” entre 
as línguas indo-europeias, mas estava mais ligada ao “luto” e 
“arrependimento” entre as línguas austroasiáticas, enquanto 
o conceito de “orgulho” também se correlacionava com emo-
ções positivas ou negativas, dependendo da cultura.
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/mundo/noticia/2019/12/o-que-e-o-amor-
-depende-do-idioma-que-voce-fala-ck4lehzrz029601nn4jdny50v.html (adaptado)
A língua, enquanto forma de comunicação, sofre modificação 
das mais diversas maneiras. O texto aborda essa questão dan-
do ênfase na
A uniformização das formas linguísticas.
B alteração cultural presente no significado das palavras.
C modificação estrutural de acordo com a localização geo-
espacial.
D comparação de sentido nas línguas conforme mudanças 
etárias.
E equiparação fonética e semântica dos diferentes países.
QUESTÃO 29
A Ideia
De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites duma gruta?!
Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!
Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas da laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica...
Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No molambo da língua paralítica!
Fonte: ANJOS, A. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
A poesia de Augusto dos Anjos é conhecida como uma obra 
literária de destaque não só em seu tempo, mas até os dias 
de hoje, uma preciosidade e um dos destaques da literatura 
brasileira durante o período denominado “Pré-modernismo”. 
Com relação à obra do autor, pode-se identificar nela o(s) se-
guinte(s) aspecto(s):
A a forma inovadora do soneto, os versos metrificados, a 
presença de rimas e o vocabulário requintado, além do 
pessimismo, que antecipam conceitos estéticos vigen-
tes na Semana de Arte Moderna de 1922.
B o empenho do eu lírico pelo resgate da poesia simbolista, 
manifesta em metáforas como “essa luz que [...] cai [...] 
como as estalactites duma gruta”.
C a seleção lexical emprestada ao cientificismo, como se lê 
em “estalactites”, “psicogenética”, “encéfalo” e “laringe”.
D a manutenção de elementos formais vinculados tanto à 
estética do Parnasianismo quanto à temática do Sim-
bolismo, dimensionada pela inovação na expressividade 
poética vocabular, e pelo desconforto existencial.
E a ênfase no processo de construção de uma poesia com 
características originais e ao mesmo tempo filosóficas, 
que incorporam conceitos científicos mais tarde reto-
mados pelos modernistas.
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QUESTÃO 30
APRENDA A CHAMAR A POLÍCIA
Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que 
havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Le-
vantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que 
vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela 
do banheiro. Como minha casa era muito segura, com grades 
nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito 
preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, 
espiando tranqüilamente.
Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu en-
dereço. Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já 
estava no interior da casa.
Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma 
viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém 
assim que fosse possível. Um minuto depois, liguei de novo e 
disse com a voz calma:
— Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. 
Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro 
da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para es-
tas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco 
carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate , 
uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não 
perderiam isso por nada neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo 
com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que 
aquela era a casa do Comandante da Polícia. No meio do tu-
multo, um tenente se aproximou de mim e disse:
— Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
— Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.
Luis Fernando Veríssimo 
Após a leitura da crônica, é possível afirmar que ela assume 
um tom
A filosófico, para analisar a violência no país
B lírico, para romantizar o papel dos direitos humanos
C irônico, para criticar a ação da polícia
D crítico, para anunciar sua insatisfação em relação à 
ladroagem do país 
E didático, para ensinar sobre a maneira correta de contatar
 a polícia
QUESTÃO 31
Pesquisa recente mostrou que o prejuízo com despesas mé-
dicas no Brasil, provocado pelo consumo de cigarros e outros 
derivados, é de R$ 56,9 bilhões por ano. Além disso, 156 mil 
pessoas morrem anualmente no País, em razão do tabagis-
mo. Efeitos negativos de uma indústria que lucra muito às 
custas da saúde alheia. Ou seja, sobram razões para elogiar 
a ação civil pública movida pela Advocacia Geral da União 
(AGU) para que fabricantes de cigarros ressarçam o SUS 
pelos gastos com doenças recorrentes do fumo. A batalha 
ganhou mais um episódio na última quarta-feira, 5, após a 
Justiça estabelecer prazo de 30 dias úteis para que as em-
presas apresentem defesa preliminar.
Os argumentos apresentados pela AGU são bastante plau-
síveis. Primeiro ao citar as fortes limitações orçamentárias 
da União. Temos uma rede ampla e complexa de atenção in-
tegral, em que cada centavo economizado faz a diferença. 
Imaginem quantos hospitais não poderiam ser construídos 
com esses bilhões de reais destinados para o tratamento de 
problemas evitáveis? Quantos novos médicos não poderiam 
ser contratados? É mais do que óbvio que todo esse ônus 
não pode ficar apenas nas costas do Governo. Precisa ser 
compartilhado com quem tem grande responsabilidade em 
relação ao quadro assustador resultante do uso de tabaco.
Fonte: https://www.opovo.com.br/blogsecolunas/editorial/2020/02/09/edito-
rial- -a-responsabilidade-da-industria-tabagista.html
O texto anterior é um editorial. Esse gênero textual tem ca-
racterísticas próprias e se difere dos textos do gênero notí-
cia. É possível identificar nesse trecho a seguinte diferença 
na função social do editorial
A discutir notícias que não foram discutidas pelo jornal.
B colocar em ênfase assuntos marginalizados pelos 
veículos tradicionais.
C argumentar a partir do ponto de vista do autor do texto.
D interpretar de maneira crítica determinada informação de
 caráter relevante socialmente.
E refutar ideias defendidas por órgãos governamentais.
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QUESTÃO 32
Fonte: aniname.wordpress.com/2010/09/19/inhotim-cosmococas
Cosmococa, a instalação artística criada por Hélio Oiticica, apresenta, em sua maneira de representação, uma estética contempo-
rânea com cores, sons, imagens em movimento e outros elementos dinâmicos. 
Pode-se identificar isso através do(a)
A inserção do espectador no centro da obra através de experiências multissensoriais
B valorização de técnicas artesanais para o desenvolvimento artístico
C desdobramento visual inerte na paralisação do corpo em camas suspensas 
D centralização de elementos tribais de maneira a valorizar sociedades marginalizadas
E distanciamento entre o público e a arte por meio da inserção de obstáculos para a visualização das imagens
QUESTÃO 33
São claras as influências da África sobre a cultura brasileira, a maior parte da população brasileira é negra,e até mesmo as pesso-
as que não são negras, têm origens africanas, isso por que o povo brasileiro é um dos mais miscigenados do mundo, muitas vezes 
ocorre de pessoas brancas, terem grande parte de seus antepassados negros, a miscigenação é um efeito muito interessante. Os 
homens e mulheres que vieram da África trouxeram consigo sua cultura, costumes, culinária e obviamente sua música, há claras 
semelhanças entre os ritmos brasileiros e africanos.
Alguns exemplos de instrumentos:
Afoxé – instrumento percussivo composto de uma cabaça coberta com uma rede de contas ao redor de seu corpo. O som é produ-
zido quando se giram as contas em um sentido, e a extremidade do instrumento (o cabo) no sentido oposto.
Agogô – instrumento percussivo composto de duas a quatro campânulas de tamanhos diferentes, ligadas entre si pelos vértices. 
Para se tirar som desse instrumento usa-se uma baqueta de madeira.
Xequerê – instrumento de percussão que consiste de uma cabaça cortada em uma das extremidades e envolta por uma rede de 
contas. O som é produzido pelo instrumentista puxando e soltando essa rede.
Fonte: https://www.geledes.org.br/instrumentos-africanos-na-cultura-brasileira/
Segundo o texto, a cultura brasileira tem grandes relações com a cultura africana. Na música nacional, são exemplos de ritmos que 
usam tradicionalmente de algum dos instrumentos mencionados:
A vaneira e pagode.
B siriri e xote.
C samba e ijexá.
D catira e baião.
E xaxado e choro.
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QUESTÃO 34
Acrobata da dor
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta …
Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d’aço. . .
E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.
Cruz e Sousa
Cruz e Sousa, com sua poesia simbolista, vai além da es-
trutura formal da poesia para atingir uma densidade lírica e 
dramática. Nesse poema, tais elementos são desenrolados 
no(a)
A sofrimento e dor impregnados por trás de uma fachada
aparentemente feliz
B empolgação do palhaço com sua constante gargalhada
C entretenimento necessário para a amenização da agonia 
latente do público
D atenuação dos sentimentos negativos do eu-lírico através 
da arte
E espetacularização da morte de um personagem circense 
QUESTÃO 35
Aula de inglês 
– Is this an elephant?
Minha tendência imediata foi responder que não; mas a gen-
te não deve se deixar levar pelo primeiro impulso. Um rápido 
olhar que lancei à professora bastou para ver que ela falava 
com seriedade, e tinha o ar de quem propõe um grave proble-
ma. Em vista disso, examinei com a maior atenção o objeto 
que ela me apresentava.
Não tinha nenhuma tromba visível, de onde uma pessoa le-
viana poderia concluir às pressas que não se tratava de um 
elefante. Mas se tirarmos a tromba a um elefante, nem por 
isso deixa ele de ser um elefante; e mesmo que morra em 
conseqüência da brutal operação, continua a ser um elefante; 
continua, pois um elefante morto é, em princípio, tão elefante 
como qualquer outro. Refletindo nisso, lembrei-me de averi-
guar se aquilo tinha quatro patas, quatro grossas patas, como 
costumam ter os elefantes. Não tinha. Tampouco consegui 
descobrir o pequeno rabo que caracteriza o grande animal e 
que, às vezes, como já notei em um circo, ele costuma abanar 
com uma graça infantil.
Terminadas as minhas observações, voltei-me para a profes-
sora e disse convictamente:
— No, it’s not!
Ela soltou um pequeno suspiro, satisfeita: a demora de minha 
resposta a havia deixado apreensiva. Imediatamente me per-
guntou:
— Is it a book?
Rubem Braga
Fonte: A crônica acima foi extraída do livro “Um pé de milho”, Editora do Autor - 
Rio de Janeiro, 1964.
No trecho retirado de uma crônica de Rubem Braga, é possível 
identificar o efeito humorístico decorrente do(a)
A introdução de perguntas propostas pela professora
B uso da linguagem culta usada para narrar os fatos
C apresentação de trechos em uma língua estrangeira
D emprego constante da primeira pessoa do singular
E apresentação dos pensamentos singulares do narrador 
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QUESTÃO 36
BOCA DE OURO - O caixão de ouro? Ainda não. Não há pressa. Pra que pressa? (ri, alvamente)
LELECO- Você pode levar um tiro! 
BOCA DE OURO - Tiro?
LELECO - Ou facada!
BOCA DE OURO (feliz da vida) - Batuta, eu tenho o corpo fechado!
LELECO (sério e ameaçador) - “Boca”, diz cá uma coisa: é verdade que as mulheres casadas, que você papa, você toma as alianças 
e manda derreter?
Fonte: Boca de Ouro, Nelson Rodrigues.
Os trechos em itálico nas peças de teatro, como aparecem no excerto de Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues, caracterizam-se como
A adereços, pois são desconsideradas na direção da peça
B sugestões, pois a peça pode sofrer alterações ao longo do processo de montagem
C imposições, pois apenas o autor pode decidir como construir a peça
D obrigações, pois os atores são obrigados a seguirem essas informações
E supérfluo, pois são comentários do autor que deveriam ter sido apagados
QUESTÃO 37
Fonte: https://diariodeuberlandia.com.br/noticia/17896/charge
Para construir humor através da charge, é comum que o artista use da intertextualidade. Nesse caso, tal movimentação constrói 
o sentido, ao envolver
A a relação entre os contextos das eleições presente tanto na escultura quanto na charge.
B a aproximação da escultura com o tempo presente, com o uso de “é” e “tem”, mostrando que ambos os assuntos são 
importantes na contemporaneidade.
C a permanência do pensamento até o ano de 2018, a partir da palavra “sempre”.
D a oposição de estaticidade e movimento, a partir da relação entre o homem estátua e o homem vivo, para comparar pensar 
e agir.
E o distanciamento entre o pensamento e o voto, pelo uso de “só”, na primeira fala, e dos pretéritos do indicativo e do 
subjuntivo na segunda.
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QUESTÃO 38
Poema de Sete Faces
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
[...]
Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução
mundo mundo vasto mundo
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
Fonte: ANDRADE, C. D. de. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1982 
(fragmento).
Na organização do poema, os empregos do substantivo “mun-
do” e da conjunção “mas” articulam, para além de sua função 
sintática, 
A a ligação entre elementos sintáticos semanticamente 
diferentes. 
B a oposição entre os estados mentais do anjo e do eu lírico.
C a introdução de um estado emocional de forte 
desesperança.
D o reforço do apelo do eu lírico, que pede pelo 
reconhecimento de ter sido alguém na vida.
E a intensidade dos problemas existenciais presentes 
no mundo.
QUESTÃO 39
Pra Bailar de Cola Atada
De vereda me acomodo
Se de um baile sinto o cheiro
Sacudo o pó da mangueira
Lá no açude do potreiro
Encharco de amor gaúcho
A estampa de um peão campeiro
Porque sei que na minha terra
Dá pra confiar nos gaiteiro
Pra bailar de cola atada
Campeio a volta no mouro
E um par de esporas prateadas
Saio beliscando o couro
Levo na alma a esperança
De hoje enfrena um namoro
E um trezoitão das confiança
Pra causa algum desaforo
Fonte: César Oliveira & Rogério Melo, “Pra Bailar de Cola Atada”.
A letra da música apresenta questões linguísticas e culturais 
do Brasil. O trecho que caracteriza essa ideia em relação à fala 
popular regional é:
A Levo na alma a esperança 
B E um par de esporas prateadas
C De hoje enfrena um namoro
D Se de um baile sinto o cheiro
E Pracausa algum desaforo
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QUESTÃO 40
Mapa astral, páginas do Instagram com mensagens motivacionais, coaching, mindfulness, terapia. Parece que por todos os lados 
tem gente procurando se conhecer melhor, ter melhores resultados na vida. Se você teve essa impressão nos últimos anos e fica 
com aquela pontinha de preocupação ao ver que todos os seus amigos estão fazendo terapia e tomando suco verde, saiba que ela 
se confirma em números. Uma pesquisa da Market Research divulgada em outubro de 2019 mostra que o mercado do melhora-
mento pessoal já movimenta quase US$ 10 bilhões anualmente nos Estados Unidos — e se estima que ultrapasse US$ 13 bilhões 
até 2022.
Se na década passada a moda era pensar positivo à la “O Segredo”, livro de autoajuda lançado em 2006, na era atual de avanços 
tecnológicos rápidos e resultados facilmente metrificados, o crescimento pessoal também exige resultados comprováveis. “Já não 
é suficiente imaginar nosso caminho até um estado mental melhor. Agora, precisamos tabelar nosso progresso, contar nossos 
passos, anotar nosso ritmo de sono. É possível ainda medir o fracasso, perceberam os autores do livro Desesperadamente em 
busca do melhoramento: um ano dentro do movimento de otimização pessoal, na tradução livre, lançado por Carl Cederström e 
André Spicer no fim de 2017. Eles passaram — como você já deve imaginar — um ano testando as mais diversas técnicas: de dietas 
líquidas a mindfulness e workshops de masculinidade. Perceberam que não basta viver uma vida plena: é preciso mostrar (nas 
redes sociais, de preferência) que estamos sempre em busca de melhorar.
Fonte: TAB. Disponível em: https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/01/23/melhor-versao-custa-caro-mercado-do-autoconhecimento-gera-bilhoes.htm?cmpid=copiaecola. 
Acesso em 01 fev. 2020 (adaptado)
Considerando o debate apresentado, o texto se posiciona no sentido de 
A alertar a sociedade sobre os riscos da busca de melhoramento pessoal e da comparação entre pessoas.
B discutir a relação entre o crescimento pessoal e a sociedade contemporânea inserida em um cenário conectado.
C incentivar a divulgação nas redes sociais dos resultados do processo de melhoramento pessoal.
D prevenir o gasto excessivo com coaching, mindfulness e terapia.
E promover o engajamento com ações que promovam o crescimento pessoal.
QUESTÃO 41
Fonte: https://www.vvale.com.br/charges/charge-estatua-selfie/
A Estátua da Liberdade, assim como seu nome afirma, é um símbolo da libertação do povo americano. Com essa imagem, a charge 
apresenta uma crítica ao (à)
A gasto exagerado com viagens aos Estados Unidos.
B aproximação de pessoas de diferentes partes do globo.
C compartilhamento exacerbado de autorretratos.
D vulgarização de pontos turísticos mundiais.
E banalização da liberdade no mundo atual.
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QUESTÃO 42
TEXTO I
Os neologismos penetram na língua por diversos caminhos. 
O primeiro deles é mediante utilização da prata da casa, isto 
é, dos elementos (palavras, prefixos, sufixos) já existentes no 
idioma, quer no significado usual, quer por mudança do sig-
nificado, o que já é um modo de revitalizar o léxico da língua. 
Entre os procedimentos formais temos, assim, a composição 
e a derivação (prefixal e sufixal).
Fonte: BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: 
Editora Nova Fronteira, 2009 (fragmento).
TEXTO II
Era a verdade: minha sobra só lhe dava castigo, saudade dos 
demais filhos. Por bondade, eu dela sempre me afastava, lhe 
aliviando de mim, doença de sua memória. Ficava o dia vague-
andando, pés roçando as ondas que roçavam a praia. Antes 
ainda eu me acostumava em casa do pastor Afonso, lendo 
seus livros, escutando suas lições. Mas agora eu evitava o sá-
bio mestre. Minha alma era um rio parado, nenhum vento me 
enluava a vela dos meus sonhos. Desde a morte de meu pai 
me derivo sozinho, órfão como uma onda, irmão das coisas 
sem nome.
Enquanto me preguiçava sem destino, ia ouvindo os ditos da 
gente: esse Kindzu apanhou doença da baleia. Falavam da 
grande baleia cujo suspiro faz o oceano encher e minguar. 
Minhas parecenças com o bicho traziam lembranças do an-
tigamente: nós, meninitos, sentados nas dunas. Escutávamos 
o marmulhar das ondas, na quebra do horizonte, enquanto es-
perávamos ver a baleia. Era ali o lugar dela aparecer, quando 
o sol se ajoelhava na barriga do mundo. De repente, um ruído 
barulhoso nos arrepiava: era o bichorão começando a chupar 
a água!
Fonte: COUTO, Mia. Terra Sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2016 
(fragmento).
O uso que o autor moçambicano Mia Couto faz do vocabulá-
rio, no Texto II, constitui uma forma de utilizar o tipo de saber 
definido no Texto I, porque, ao fazê-lo, o escritor
A cita um recurso estilístico próprio de autores 
moçambicanos.
B aceita novas acepções de sentido a palavras já 
existentes.
C aciona a necessidade por novas palavras para designar
 novos significados.
D toma-o para solucionar um problema linguístico.
E considera-o como meio de orientação do leitor.
QUESTÃO 43
O slam foi criado nos anos 1980 em Chicago, nos Estados Uni-
dos, ao mesmo tempo em que a cultura hip hop tomava forma, 
mas só chegou ao Brasil mais tarde, nos anos 2000.
No Brasil, os slams são próximos de outro espaço da literatura 
das periferias: os saraus. O público das duas manifestações 
culturais muitas vezes coincidem, e há, em ambos, uma inte-
ração muito grande entre os participantes.
“Mas o slam dialoga mais com o público mais jovem, talvez 
pelo caráter competitivo, talvez pelo caráter performático, 
mas existe uma crescente no público, o que é muito bacana, 
porque justamente exercita o ouvir”, diz Jéssica Balbino.
Segundo a pesquisadora, o slam contribui na autorrepresen-
tação de minorias, como mulheres, negros, lésbicas e gays e 
moradores das periferias em geral.
Fonte: Adaptado de https://www.nexojornal.com.br.
O Slam, no Brasil, caracterizou-se como
A transformação satírica da cultura norte americana.
B entretenimento para o público jovem.
C subversão da estrutura tradicional de poesia.
D instrumento de afirmação de minorias periféricas.
E plágio de diferentes movimentos, como os saraus.
QUESTÃO 44
Compreende-se que os brasileirismos de vocabulário sejam 
mais numerosos à medida que se penetra nos registros mais 
familiares e mais vulgares. A gíria do Rio e de São Paulo, for-
temente influenciada pelo lunfardo de Buenos Aires, distan-
cia-se do calão de Lisboa. Mas é sobretudo quando se trata 
de identificar objetos e noções próprios à realidade brasileira, 
ao clima, à flora, à fauna, às tradições locais, aos costumes, 
à cultura popular, à vida social que o “brasileiro” manifesta a 
sua criatividade vocabular e fraseológica. E, para isso, tem re-
corrido freqüentemente às duas fontes postas à sua disposi-
ção pelas duas populações com as quais os portugueses se 
misturaram no solo brasileiro: as línguas dos indígenas (em 
primeiro lugar, o tupi) e as línguas dos escravos negros.
Fonte: TEYSSIER, Paul. História da Língua Portuguesa. 
A multiplicidade de influências na construção do português 
brasileiro, conforme o texto
A proporcionou uma língua que se adapta a questões 
culturais e geográficas do país.
B deturpou a pureza do idioma falado pelos europeus.
C juntou línguas que originalmente não conversavam.
D revela a relação entre a cultura brasileira e a cultura 
europeia.
E resultou em uma língua complexa e fragmentada em 
relação às suas origens.
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QUESTÃO 45
Fonte: https://www.salvadepalmas.com.br/
Essa propaganda fala sobre a necessidade de empatia com os moradores de rua. Essa relação é reforçada pelo(a)
A contraste de cores entre a imagem e as palavras
B duplo sentido envolvido na palavra “frio”
C intensidade da expressão facial do homem 
D escrita com letras maiúsculas 
E predominância de tons escuros
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