Buscar

METODOLOGIA DA PESQUISA AULA 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

• APRESENTAÇÃO 
• MÓDULO 1 
• MÓDULO 2 
• MÓDULO 3 
• CONCLUSÃO 
DEFINIÇÃO 
Apresentação de conceito de pesquisa e definição de projeto de 
pesquisa, com os elementos necessários à sua elaboração. 
Estratégias para revisão bibliográfica e para a construção escrita 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/planejamento_de_pesquisa/index.html#module0-anchor
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
de um embasamento teórico na apresentação da pesquisa. 
Regras gerais para formatação de trabalhos e normas técnicas. 
PROPÓSITO 
Compreender como se inicia e se encaminha uma pesquisa 
científica, refletindo sobre os conceitos, elementos e as normas 
fundamentais para a realização e apresentação de projetos e 
demais trabalhos acadêmicos de pesquisa. 
OBJETIVOS 
Módulo 1 
Descrever projeto de pesquisa e seus elementos fundamentais 
Módulo 2 
Aplicar estratégias para a construção de um embasamento 
teórico coerente no trabalho de pesquisa 
Módulo 3 
Identificar as normas técnicas que devem ser consideradas ao 
elaborar um trabalho acadêmico 
INTRODUÇÃO 
Uma das etapas mais significativas do processo formativo é a 
pesquisa. Para muitos, a produção de TCC, artigos, monografias, 
entre outros, é um momento árduo e de instabilidade durante um 
curso de graduação. Muitas vezes, a dificuldade aparece porque 
não se tem familiaridade com a prática investigativa 
sistemática. É preciso conceber o ato de pesquisar como um 
processo presente em toda a sua trajetória pessoal, 
profissional e acadêmica. 
Desde criança, criamos ferramentas para pesquisar e testar 
hipóteses. Formulamos perguntas, investigamos a partir de 
dúvidas, lançamos mão de diferentes procedimentos com a 
finalidade de encontrar respostas, descobrir fenômenos e fatos. 
Porém, essas pesquisas do nosso cotidiano, muitas vezes, nem 
são planejadas ou contextualizadas, pelo menos, não de forma 
consciente. É uma prática mais genérica, um ato de pesquisar de 
maneira menos organizada. 
A formalização da pesquisa em um ambiente acadêmico também 
se alimenta de perguntas, dúvidas, hipóteses etc. Porém, precisa 
ter caráter científico, com sistematização das informações e 
aplicação de metodologias próprias. 
Imagine se você fosse escrever uma pesquisa somente partindo 
da sua vivência cotidiana, sem contextualização, normas ou 
embasamento teórico. Você acha que ela teria rigor acadêmico e 
poderia apresentar resultados mais sistematizados? É provável 
que sua resposta seja não. Por quê? O que falta e o que diferencia 
a pesquisa cotidiana da científica? Veremos alguns aspectos ao 
longo da exploração deste tema. 
Compreender-se como um sujeito capaz de produzir pesquisa é 
condição que o destaca e o aproxima da prática investigativa, 
rompendo com a ideia que se construiu culturalmente de que 
para fazer pesquisa é preciso estar em um laboratório, vestir 
jaleco branco e demais estilos clássicos. 
O que, então, o define como um pesquisador, como um 
produtor de conhecimento? Além dos aspectos já citados, é 
preciso evidenciar a intencionalidade, a busca de 
procedimentos, normas e fundamentações teóricas que possam 
organizar a sua pesquisa, atribuindo caráter acadêmico e 
científico, validando seus dados e, possivelmente, contribuindo 
para pesquisas futuras. 
Ao se matricular em um curso de nível superior, você inicia o 
contato mais direto com o ato de pesquisar de modo planejado. 
Desde os primeiros períodos, você se prepara para, ao final, 
lançar mão de normas, embasamentos teóricos e técnicas em 
favor de um objeto de pesquisa. 
MÓDULO 1 
 
Descrever projeto de pesquisa e seus elementos 
fundamentais 
PESQUISA E CIÊNCIA 
Ao iniciar a reflexão para a construção de um projeto de pesquisa, 
você pode se deparar com questionamentos do tipo: 
1 Como iniciar? 
2 O que é uma pesquisa? 
3 Quais são os passos para se desenvolver pesquisa? 
Comentário 
O ato de pesquisar não se limita aos cientistas. A pesquisa, a 
dúvida e a necessidade de se buscar respostas para questões 
realmente relevantes são incorporadas ao nosso dia a dia. 
Fonte: Andrey_Popov/Shutterstock 
 
A pesquisa científica é um processo racional e 
planejado, que se organiza por meio de 
metodologias próprias e se ancora na literatura 
disponível sobre o fenômeno que se quer 
pesquisar. 
 
A pesquisa é o centro da prática científica, visando responder a 
perguntas ou problemas propostos. Ela se torna uma indicação 
quando não se encontra informações suficientes ou conclusivas 
na literatura sobre o problema proposto e observado. 
Produzir pesquisa é um processo contínuo, que visa responder 
ao fato pesquisado e verificar uma hipótese, bem como sua 
articulação com outros fatos e hipóteses. Dessa maneira, o 
conhecimento é produzido e compartilhado nas escolas e 
universidades. 
Demo (1985) afirma que é preciso conceber o conhecimento 
produzido sempre buscando sair dos extremos: 
Dogmatismo indiscutível 
O conhecimento precisa ser dialogado sempre. 
Relativismo 
Torna tudo mais subjetivo e inconclusivo. 
É preciso destacar que toda pesquisa, para ter relevância, precisa 
se articular com problemas reais que nos afetam, lançando luz 
sobre sua utilidade e relação com a vida prática. A separação 
entre teoria e prática não é possível no contexto da pesquisa, pois 
uma se faz com a outra, em uma profunda relação de 
complementaridade. 
O profissional que não possui o hábito de pesquisar corre o risco 
de ir separando gradativamente a teoria da prática em sua vida, 
até um ponto em que ele não observa mais sua 
complementaridade. A pesquisa é um elemento-chave necessário 
ao profissional para sua constante formação e aperfeiçoamento. 
Dica 
Para começar uma pesquisa científica, deve-se iniciar a reflexão 
sobre o assunto e, de maneira organizada, elaborar um projeto de 
pesquisa. 
javascript:void(0)
javascript:void(0)
O PROJETO DE PESQUISA 
Para realizar uma investigação sistemática, são necessários 
elaboração, definição de objetivos, recorte e metodologias 
adotadas para responder às perguntas de pesquisa. Esses itens, 
entre outros, são organizados em um projeto, que é um 
importante processo de reflexão do autor sobre o que se 
pretende investigar. 
Um projeto de pesquisa bem escrito pode eliminar problemas 
futuros de insegurança e transtornos para finalizar o trabalho e 
dar ao pesquisador mais clareza e segurança sobre a realidade 
da qual quer buscar compreensão. 
Fazemos um projeto de pesquisa para mapear 
um caminho a ser seguido durante a 
investigação. Buscamos, assim, evitar muitos 
imprevistos no decorrer da pesquisa que 
poderiam até inviabilizar a sua realização. Outro 
papel importante é esclarecer para o próprio 
investigador os rumos do estudo (o que 
pesquisar, como, por quanto tempo etc.). 
(MINAYO, 2009, p. 35) 
A elaboração do projeto é, também, uma maneira de transmitir à 
comunidade científica os seus propósitos e fazer com que eles 
sejam aceitos e discutidos. Em outras palavras, a concretização 
do planejamento da pesquisa ocorre por meio da escrita do 
projeto. 
A escrita do projeto de pesquisa pode ser requerida nos cursos 
de graduação, como etapa necessária ao planejamento da 
pesquisa de conclusão de curso. Para fins de acesso a cursos de 
pós-graduação, o projeto de pesquisa pode ser, inclusive, uma 
etapa de seleção, de modo que o aluno ingresse no curso já com 
a pesquisa em fase de planejamento. Em outros momentos, o 
projeto pode ser apresentado para buscar financiamento que 
viabilize a investigação. 
Em todos os casos, ter um projeto bem estruturado é o caminho 
para se conseguir desenvolver bem seu trabalho. Um exemplo de 
roteiro seria: 
1 Você sabe o que seria necessário incluir no projeto? 
2 O que é preciso comunicar? 
3 Como comunicar suas intenções de pesquisa de maneira clara e coerente? 
4 Quais seriam os elementos necessários ao projeto? 
Embora não se tenha um consenso ou uma receita única para a 
elaboração do projeto, alguns elementossão definidos como 
primordiais. A seguir, refletiremos sobre cada item que precisa 
estar presente nesse roteiro da pesquisa. 
DEFINIÇÃO DO TEMA E 
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 
O tema é a área de interesse da pesquisa. É fundamental que o 
autor tenha um pouco de familiaridade com essa área para que 
isso lhe dê motivação. Para definir bem o tema, o pesquisador 
deve verificar quais são as considerações teóricas já feitas a 
respeito do assunto e identificar sua relevância. 
Após definir o tema, é preciso que o autor se pergunte o que deve 
pesquisar naquela área, pois o tema em si mesmo é um caminho 
em aberto, com uma perspectiva ampla da pesquisa, e precisa de 
um recorte para direcionamento. Por exemplo: se o tema da sua 
pesquisa for “Alfabetização e letramento”, você já definiu a área 
onde se pretende atuar, mas faltam algumas respostas. 
1 O que deseja saber? 
2 O que é alfabetização e o que é letramento? 
3 Alfabetização de adultos ou crianças? 
4 Sua investigação é sobre métodos aplicados nesse processo? 
5 Seria alfabetização e letramento apenas em língua portuguesa ou em outras áreas de conhecimento? 
A pesquisa pode seguir muitas direções de investigação, o que 
precisa ser pontuado no seu projeto. Minayo (2009) sinaliza que 
as indagações feitas acerca do que se quer saber sobre o tema é 
que acabam por definir o objeto ou problema de pesquisa, 
estabelecendo um recorte, em sentido mais restrito que o tema 
propriamente dito. Logo, a problematização é um 
aprofundamento do tema. 
Confira o esquema a seguir: 
 
Como observado no esquema, o tema apresenta muitos recortes 
possíveis. É a definição do problema que restringe o campo de 
pesquisa, indicando a direção e evitando desvios do seu foco. 
Muitas vezes, um pesquisador se atém ao tema, mas perde de 
vista o seu problema de pesquisa. Você precisa escrever e 
pesquisar aquilo que, dentro do seu tema, possui relação com o 
problema proposto. 
No exemplo, foram selecionados três recortes (objetos de 
pesquisa) possíveis dentro do tema “Alfabetização e letramento”. 
A partir desses três recortes, abrem-se duas possibilidades (ou 
mais) de investigação em cada. É preciso ter clareza desse 
percurso para fazer a problematização, direcionando o olhar para 
aquilo que, de fato, é pertinente para o desenvolvimento do seu 
trabalho. 
Em relação à escrita desse item, você pode construir o problema 
de pesquisa a partir de uma pergunta. Inclusive, a elaboração de 
perguntas é uma importante estratégia interna em todas as 
etapas da sua pesquisa. 
A indagação sobre aspectos do tema gera a problematização e 
deve, ainda, ser clara, com resposta viável e uma dimensão 
possível de pesquisa. Na perspectiva do exemplo, a formulação 
do problema poderia ocorrer a partir da pergunta: O currículo da 
Rede Municipal de Educação do Rio de Janeiro – anos iniciais do 
Ensino Fundamental – favorece a prática do letramento 
matemático? Observe que o direcionamento foi todo 
encaminhado na pergunta: a área de conhecimento, o tema, a 
etapa escolar que se quer pesquisar, a abrangência da pesquisa e 
a dúvida em si. 
Rudio (2000) afirma que a definição do problema deve ser fruto 
de algumas indagações do autor: 
 
É um problema original? É relevante? É 
adequado para mim? Tenho reais possibilidades 
para realizar este estudo? Precisarei de recursos 
financeiros? O tempo que tenho disponível é 
suficiente para esta pesquisa? 
 
Assim, as perguntas anteriores levam o pesquisador a considerar 
uma série de fatores que se apresentam durante a execução da 
pesquisa, auxiliando no processo de delimitação do problema. 
Resumindo 
A definição do tema e a formulação do problema de pesquisa 
são profundamente articuladas e complementares. Elas 
comunicam diretamente o que se quer investigar. Quando se 
elabora uma pergunta de pesquisa, é comum já ter hipóteses 
sobre ela, o que nos leva à formulação da próxima etapa da 
pesquisa. 
FORMULAÇÃO DE HIPÓTESE 
Você já passou por alguma situação em que tinha uma dúvida 
sobre como proceder em algum aspecto, mas com possibilidades 
de resolução já encaminhadas? Como fez para escolher a 
solução? Possivelmente, você testou ou pesquisou qual seria a 
melhor alternativa. 
Na pesquisa científica, quando se elabora um problema de 
pesquisa, formula-se também uma ou mais hipóteses, que são 
soluções possíveis e testáveis para o seu problema. Quanto mais 
conhecemos o tema e o problema de pesquisa, mais 
possibilidades de hipóteses ele tem condições de apresentar. 
Atenção 
É preciso destacar que, na etapa anterior, foi mencionado que o 
problema de pesquisa precisa ser algo viável, solucionável. Nesse 
contexto, a hipótese seria uma possibilidade de solução, 
ancorada nas reflexões já encaminhadas sobre o tema e 
problema. 
Fonte: fran_kie/Shutterstock 
Segundo Gil (2002), as hipóteses podem surgir de diferentes 
fontes: 
Observação 
Resultados de outras pesquisas 
Teorias 
Intuição 
A hipótese deve ser organizada a partir de um enunciado claro, 
pautada em um referencial teórico, com linguagem explicativa. 
Ao final da pesquisa, sua hipótese poderá ser rejeitada ou 
comprovada, de maneira que o problema de pesquisa possa 
apresentar solução. Caso a hipótese não seja de possível 
verificação, consequentemente, o problema de pesquisa não terá 
solução conclusiva. Nesse caso, a hipótese poderá ser 
reformulada ou substituída por outra. 
A elaboração da hipótese é fruto de um processo reflexivo e 
criativo, pois visa responder algo que ainda ninguém respondeu, o 
que supõe o pensamento inovador. Todo o desenho do trabalho 
está ancorado na confirmação ou não da hipótese inicial. Nesse 
cenário, a hipótese se articula ao objetivo da pesquisa. 
DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS 
Para entender melhor de que modo os objetivos da pesquisa são 
desenhados, você deve ter em mente a pergunta: esta pesquisa 
se desenvolve para quê? 
Tomando como base o tema, problema e as hipóteses já 
definidos, o autor da pesquisa precisa se ocupar em definir 
objetivos claros, articulados ao todo e que representem a 
finalidade do trabalho. 
Em geral, os objetivos são iniciados com verbos no infinitivo que 
indiquem a ação, a meta da pesquisa. Por exemplo: analisar, 
produzir, realizar, comparar etc. É indispensável que os seus 
objetivos sejam possíveis de atingir. A organização dos objetivos 
no trabalho deve ser dividida em duas dimensões: 
Objetivo geral 
Em sentido amplo, você deverá definir um objetivo geral, que “diz 
respeito ao conhecimento que o estudo proporcionará em relação 
ao objeto” (MINAYO, 2009, p. 45), tornando-se um tipo de 
resultado intelectual articulado à hipótese inicial. O objetivo geral 
é de longo alcance, correspondendo a uma ação mais ampla. 
Exemplo 
Objetivo específico 
Em sentido mais restrito, esses objetivos consistem no 
desdobramento das ações necessárias para se atingir o objetivo 
geral. É como se fossem os degraus de uma escada. O 
pesquisador deve, considerando o objetivo geral, localizar e 
cumprir cada pequena ação que colabore para o atingimento do 
objetivo mais amplo. São ações de curto alcance e devem estar 
articuladas umas com as outras. 
Exemplo 
A partir dos objetivos, são definidos 
os métodos e instrumentos, de maneira que o 
javascript:void(0)
javascript:void(0)
caminho metodológico viabilize a execução de cada 
objetivo. 
JUSTIFICATIVA 
Você já leu um trabalho ou projeto e depois acabou 
comprando a ideia, reconhecendo a relevância da 
investigação lida? Por que será que isso aconteceu? Faça 
uma breve reflexão acerca dos itens que o autor descreveu, que o 
encantaram e despertaram seu interesse para a investigação do 
tema. Provavelmente, foram utilizados argumentos muito 
coerentes e que fizeram sentido na sua prática profissional, de 
modo que você, de fato, conseguiu articular e incorporar à sua 
vivência a necessidade daquela pesquisa. 
Considerando que um projeto de pesquisa apresente o 
planejamento e a sistematização inicial de uma investigação, éimportante ter um espaço destinado à justificativa, feita por meio 
de argumentos favoráveis que apontem a necessidade da sua 
pesquisa. É esperado que, ao final da leitura do seu projeto, o 
leitor esteja convencido sobre a necessidade de pesquisar o tema 
ou problema proposto por você. 
A relevância da sua pesquisa deve ser expressa pela justificativa. 
As seguintes perguntas norteadoras podem auxiliar na 
construção desse item: 
1 Por que pesquisar esse tema? 
2 O que justifica essa escolha? 
3 Quais são os benefícios que esse estudo irá apresentar futuramente? 
4 Quais são os motivos que me levam a pesquisar? 
A justificativa precisa estar articulada ao problema de pesquisa 
dos pontos de vista prático e conceitual. Os argumentos 
empregados devem se ancorar em relevância técnica, social e 
científica. Minayo (2009) esclarece que a justificativa deve 
possuir argumentos que: 
1 Evidenciem as lacunas no nível de conhecimento desenvolvido na temática proposta. 
2 Apresentem potencial para ampliar os conhecimentos na área. 
javascript:void(0)
3 Mostrem a relevância do problema, do ponto de vista social e de promessas de avanço metodológico. 
METODOLOGIA 
Imagine que você já definiu tema, problema, hipótese e objetivos, 
bem como organizou todos os argumentos que justificam a sua 
pesquisa. Agora você deve se perguntar: como vou encaminhar a 
pesquisa? Que caminhos vou seguir? 
Quais serão os procedimentos adotados? 
Essa deve ser uma interrogação permanente. 
Por: StepanPopov/Shutterstock 
Leia o conceito de metodologia, por Demo: 
Metodologia é uma preocupação instrumental. 
Trata das formas de se fazer ciência. Cuida dos 
procedimentos, das ferramentas, dos caminhos. 
A finalidade da ciência é tratar a realidade teórica 
e praticamente. Para atingirmos tal finalidade, 
colocam-se vários caminhos. Disto trata a 
metodologia. 
(DEMO, 1985, p. 19) 
Metodologia é o caminho que se quer ou se necessita percorrer 
até que sua pesquisa atinja os objetivos propostos. Para tal, o 
pesquisador deve fazer uso de métodos e técnicas, bem como 
articular seus procedimentos com concepções teóricas, 
aproximando-as da prática. Não se pretende propor uma série de 
técnicas desprovidas de sustentação teórica, da mesma forma 
que não deve ser puramente teoria, sem desenhá-la de maneira 
clara e coerente a serviço dos desafios encontrados na prática. 
Para definir seus caminhos metodológicos, você deve considerar 
que o pensamento criativo é um pilar. Flexibilizar, observar 
caminhos alternativos e reconstruir são tarefas que enriquecem a 
pesquisa, desde que caminhem ao encontro dos objetivos 
traçados. 
É importante você ter em mente que o método é o conjunto de 
atividades racionais e sistemáticas que visam ao alcance do 
objetivo da pesquisa. As técnicas são procedimentos que 
operacionalizam os métodos a partir de instrumentos adequados. 
Nesse contexto, é preciso definir métodos e técnicas adequados 
para cada objetivo de pesquisa: o tipo de pesquisa que irá 
desenvolver, o campo de observação, os procedimentos de coleta 
de dados. 
Atenção 
É importante você conceber a pesquisa como um todo: 
existem procedimentos mais recorrentes e pertinentes em 
determinado tipo de pesquisa, outros que não se enquadrariam 
tão bem. 
Exemplo 
No vídeo a seguir, a professora Monise aborda os principais 
aspectos da metodologia de pesquisa: 
CRONOGRAMA E EXECUÇÃO 
Tendo como base os objetivos e procedimentos que você vai 
adotar para fazer a sua pesquisa, é preciso pensar em um 
importante recurso: o tempo. É a perspectiva do “quando”. 
javascript:void(0)
O pesquisador deve indicar o tempo para a execução de cada 
etapa da pesquisa, inclusive, considerando que algumas ações 
podem ser realizadas simultaneamente. Geralmente, a escrita 
desse item aparece em forma de quadro ou tabela, indicando 
cada tarefa a ser realizada nas linhas e o tempo para a sua 
execução ao lado, na coluna correspondente. 
Fonte: Lallanan/Shutterstock. 
Dica 
É importante que o pesquisador: 
• Faça o planejamento das ações ao longo dos meses: isso 
ajuda a antecipar dificuldades e facilidades, trabalhar com 
prazos e ter compreensão de todas as tarefas articuladas, em 
uma perspectiva geral de dependência entre elas. 
• Pense em questões como o orçamento da pesquisa (caso o 
projeto seja apresentado para pleitear um financiamento). 
• Inclua no projeto as referências, contendo as fontes relativas 
às obras citadas, e tenha uma parte do planejamento 
dedicada ao seu embasamento teórico, contextualizando o 
tema e realizando uma revisão bibliográfica – assunto que 
será detalhado no próximo módulo. 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. Já sabemos da importância de um projeto de 
pesquisa bem elaborado, a fim de que o processo e o 
resultado da pesquisa sejam efetivados. Por isso, é 
fundamental compreender bem seu conceito. Assinale a 
opção que apresenta a definição de um projeto de 
pesquisa: 
 
É a etapa de planejamento não sistemática, que compreende uma 
reflexão particular do pesquisador para, somente depois, iniciar a 
escrita de sua investigação. 
 
É a materialização do planejamento da sua pesquisa, que possui 
a indicação de dois elementos: o tema e os autores que irão 
compor o embasamento teórico. 
 
É a concretização do planejamento da pesquisa, feito para 
mapear o caminho a ser percorrido durante a investigação. 
 
É um documento apresentado apenas quando se busca 
financiamento para uma pesquisa. 
Comentário 
Parabéns! A alternativa "C" está correta. 
 
 
De acordo com Demo (1985), o projeto de pesquisa é feito para 
mapear o caminho a ser seguido. É o instrumento de 
planejamento da pesquisa. As demais opções de resposta 
apresentam outras fases ou características da pesquisa. 
2. Considere a seguinte situação: um pesquisador, ao 
estabelecer seu tema para investigação, começou a se 
fazer indagações para definir um recorte dentro do 
tema, pois ainda seria muito abrangente. Nessa 
perspectiva, o autor começou a fazer um 
aprofundamento do assunto até chegar a uma questão 
a ser investigada, o que restringiu e direcionou melhor o 
campo de pesquisa. A situação vivenciada pelo 
pesquisador corresponde a que elemento do projeto de 
pesquisa? 
 
Definição de objetivos 
 
Delimitação do problema 
 
Escolha da metodologia 
 
Definição da justificativa 
Comentário 
Parabéns! A alternativa "B" está correta. 
 
 
O processo que delimita o campo de investigação e estabelece 
um recorte do tema é o exposto na letra B: delimitação do 
problema. É nessa etapa que se aprofunda o tema e se elabora a 
questão da pesquisa. 
Avalie este módulo: 
 
 
MÓDULO 2 
 
Aplicar estratégias para a construção de um embasamento 
teórico coerente no trabalho de pesquisa 
PREMISSA 
No módulo anterior, descrevemos alguns elementos básicos que 
você precisa definir ao fazer uma pesquisa. É importante que 
esses elementos estejam articulados de maneira coerente com a 
perspectiva teórica que você vai adotar para encaminhar seu 
trabalho. É necessário buscar o conhecimento já produzido sobre 
o seu tema e lançar luz sobre as questões que colaboram para a 
compreensão do seu problema. 
A apresentação de cada item do projeto foi feita separadamente, 
mas é preciso evidenciar a relação profunda de 
complementaridade entre eles. A perspectiva teórica pode ser 
entendida como o fio condutor, a linha que costura todos os 
elementos do projeto de modo coerente. Assim, você lança mão 
de justificativas teóricas sempre que pertinentes, valoriza e 
demonstra conhecimento sobre o seu tema e revela quais são as 
lacunas na teoria que sugere e justifica sua pesquisa. 
Ou seja, mesmo que você escreva um capítulo separado para 
expor seu referencial teórico, as citações e ideias dos autores de 
referência na área podem estar presentes em todo o seu projeto, 
desde a introdução até as suas considerações finais. 
Fonte: jakkaje879/Shutterstock 
Comentário 
Neste módulo, você irá refletir sobre comoorganizar o 
levantamento bibliográfico e o embasamento teórico no projeto 
de pesquisa, o que possibilitará um diálogo lógico e bem 
fundamentado entre a teoria e a realidade que se busca entender. 
TEORIA 
Diversos termos buscam definir o que aqui estamos chamando 
de levantamento bibliográfico e embasamento teórico. É 
possível encontrar termos como “revisão bibliográfica” (MINAYO, 
2009), “revisão de literatura” (LAVILLE; DIONNE, 1999), “estado da 
arte” (GERHARDT; SILVEIRA, 2009), entre outros. 
Mas, em todas essas formas de nomear, há uma característica 
comum: buscar as bases teóricas e conceituais que sejam 
compatíveis com o problema de pesquisa e com a linha de 
raciocínio desenvolvida ao longo do trabalho. 
 
O levantamento bibliográfico é o caminho para 
se ter um bom embasamento teórico. 
 
Fonte: alphaspirit/Shutterstock 
Você sabe o que é teoria? 
Clique no botão para ver as informações. 
Verificar 
A busca pela perspectiva teórica a ser considerada no trabalho 
surge antes mesmo da sua escrita e se estende até a leitura dos 
seus dados. Ela passa a ser o eixo em que todos os itens do 
projeto deverão estar organizados. 
Existem as grandes teorias, desenvolvidas por autores clássicos 
e que compreendem um conjunto de ideias articuladas que, 
muitas vezes, revolucionam o modo de pensar em 
determinado contexto histórico. Essas grandes teorias são 
chamadas de fontes primárias. 
Há, também, os autores que passaram a produzir conhecimento 
inspirado nas grandes teorias, problematizando-as e colaborando 
com novos olhares. Ao elaborar seu projeto de pesquisa, tenha 
em mente que o conhecimento científico não é dogmático. Ao 
contrário, ele passa por mudanças ao longo dos anos e, ao fazer 
uma pesquisa, é necessário que você esteja atento também ao 
que se produziu de novidade sobre o seu tema nos últimos anos. 
Dica 
Reflita sobre o seu problema de pesquisa considerando os 
autores clássicos e os mais contemporâneos. Esteja atento à 
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
mudança na perspectiva teórica que diz respeito ao seu tema ao 
longo dos anos. 
TEORIA X PRÁTICA 
Você já parou para pensar nas frases que ouvimos 
repetidamente: “teoria é diferente da prática”, “isso é só na 
teoria”, entre outras, que acabam por desvalorizar o ato de 
produzir conhecimento acadêmico cientificamente? 
Essas frases são repetidas, muitas vezes, por pessoas que não 
conseguiram ainda enxergar a complementaridade entre teoria e 
prática e como uma ocorre em função da outra. Se, por um lado, 
devemos assumir que o conhecimento prático, cotidiano, é 
resultado de interrogações teóricas anteriores; por outro, é 
preciso assumir, também, que não se produz pesquisa e “teoria” 
sem um olhar prático. 
A teoria é fruto da busca constante por explicar e melhorar a 
realidade. Vamos entender isso: 
Clique nas setas para ver o conteúdo. 
 
Veiga-Neto (2012) propõe uma reflexão significativa nesse 
contexto quando, a partir da metáfora da casa (BACHELARD, 
2003), destaca que é preciso ir aos porões das casas em que 
habitamos. 
javascript:void(0)
javascript:void(0)
 
Se partirmos dessa metáfora, a casa é o piso intermediário, onde 
acontecem as relações cotidianas (práticas). 
 
O sótão da casa é o local para aonde iremos, no futuro, em que 
estão nossos objetivos e sonhos. 
 
Já os porões consistem no lugar em que mora a memória, a 
história. Nessa perspectiva, aqui se entende o porão como o 
lugar onde se pode compreender quem somos, por meio das 
memórias. Podemos, inclusive, entender essas memórias como 
todas as contribuições dos autores que chegaram antes de nós e 
refletiram sobre o tema que estamos a buscar compreensão. 
Agora, podemos nos perguntar: 
1 De que maneira você poderia ir aos porões para construir e articular bem a sua pesquisa? 
2 No que consiste essa tarefa, se você considerar a elaboração do seu projeto? 
3 Como seriam os porões do seu problema de pesquisa? 
É possível conceber o piso intermediário como aquela realidade 
que você busca compreender e o sótão como a melhoria 
esperada por você, profissional que busca formação para 
viabilizá-la. 
 
Mas e os porões? 
Como você poderia buscar conhecer onde finca 
os pés? 
 
Se você não estabelecer uma relação entre essas “partes da 
casa”, corre um grande risco de viver sujeito aos limites impostos 
pelos outros e pelos seus próprios, o que, consequentemente, vai 
impossibilitar sua “ida ao sótão”, os seus voos mais altos. 
Em síntese, as três dimensões estão articuladas: o futuro que se 
deseja e trabalha para construir, as práticas cotidianas e os 
aspectos teóricos, as memórias. O profissional, para desenvolver 
uma postura efetivamente coerente e promissora, precisa saber 
habitar todos os níveis da “casa” em que está inserido. O 
contrário disso indica uma postura limitada e conformada. 
CONSTRUINDO UM BOM 
EMBASAMENTO TEÓRICO 
Agora que você refletiu sobre a relevância e relação de 
complementaridade entre aspectos teóricos, práticos e a 
realidade que se busca, exploraremos algumas maneiras de 
construir um embasamento teórico de forma coerente. 
É prudente considerar a reflexão teórica em duas perspectivas: 
Clique nas barras para ver as informações. 
PRIMEIRA PERSPECTIVA: CONTATO INICIAL 
A primeira perspectiva seria a do primeiro contato com o tema, 
para construir a revisão bibliográfica que possibilita iniciar a 
organização do projeto, delimitando o problema, os objetivos e as 
hipóteses. 
Ao escolher o tema para a pesquisa, você deve fazer um 
levantamento bibliográfico para analisar quais foram as 
considerações já feitas sobre o seu problema de pesquisa. Esse 
levantamento consiste em consultar, nos diferentes bancos de 
dados, o que já existe sobre determinado assunto. Considere 
livros, artigos, periódicos e demais fontes confiáveis de pesquisa. 
Esteja atento ao recorte temático. Um equívoco muito comum é 
fazer um levantamento bibliográfico baseado somente no seu 
tema, em uma perspectiva macro. Lembre-se de que, ao definir 
um problema de pesquisa, você estabeleceu um recorte que 
indica o que você quer analisar, dentro de um tema maior. Evite 
informações irrelevantes para a sua pesquisa. 
Para auxiliar na busca pela produção bibliográfica, é fundamental 
adotar uma estratégia de pesquisa. A partir daí, você terá mais 
segurança para iniciar a escrita do seu projeto, pois será capaz de 
elaborar, antecipar questões, criticar, formular. Seus argumentos 
e suas ponderações serão pautados em autores de referência, 
fortalecendo seu projeto e sua pesquisa com um embasamento 
teórico coerente. 
SEGUNDA PERSPECTIVA: ORGANIZAÇÃO DO 
MATERIAL TEÓRICO 
A primeira perspectiva seria a de organização desse referencial 
teórico e a exposição das principais ideias e citações em uma 
parte dedicada a isso no seu projeto. 
Uma vez feita a pesquisa bibliográfica, como os teóricos podem 
ser incorporados ao seu trabalho? É justo ressaltar que a 
pesquisa bibliográfica não se resume a esse momento inicial de 
contato com o tema e o problema de pesquisa. Ela passa a ser 
uma ação recorrente e necessária ao bom encaminhamento do 
seu trabalho. Ela é a base do processo investigativo. Portanto, 
é preciso estar atento a tudo que está sendo publicado 
relacionado à sua problemática. 
Depois, é necessário considerar que os autores de referência não 
estão limitados ao capítulo dedicado ao embasamento teórico. 
Ao contrário, eles deverão ser a base que norteia o 
estabelecimento das hipóteses, do problema, dos objetivos e do 
trabalho como um todo. Porém, em seu projeto, você terá uma 
parte dedicada à contextualização e à exposição teórica do 
problema de pesquisa. A seguir, serão exploradas algumas 
formas de organizar esse capítulo no trabalho. 
Agora, iremos explorar as estratégias de pesquisa: 
Fonte: BongkarnGraphic/Shutterstock 
O QUE CONSIDERAR AO 
ESCREVER O SEU EMBASAMENTO 
TEÓRICO? 
Após fazer o levantamento bibliográfico sobre o temae o 
problema de pesquisa, você deve se perguntar: por onde eu 
começo para registrar, no projeto, todas as informações 
encontradas? 
É comum, ao fazer a revisão e ter contato com múltiplas 
possibilidades de abordagem do seu tema, que você se sinta 
instigado a incluir tudo no seu capítulo mais teórico. Também é 
possível você se perguntar o que deve ser destacado no trabalho. 
O que, de tudo o que descobriu com a pesquisa, é relevante para 
a sua questão? 
Imagine que você esteja fazendo uma filtragem de todas as 
informações obtidas. O filtro deverá ter critérios para cumprir sua 
tarefa, que é selecionar informações. Como estabelecer esses 
critérios e eleger o que serve inicialmente e o que deve ser 
guardado para um momento posterior? Você pode pensar nesses 
critérios de filtragem como o problema de pesquisa. Lembre-se 
de que, dentro do seu tema, você estabeleceu um recorte para 
pesquisar de maneira mais focada determinada questão. 
Inicie uma escrita coerente, que possa evidenciar tudo aquilo que 
reforça e sustenta os seus argumentos. Esteja atento aos 
seguintes fatores ao escrever: 
Clique nas barras para ver as informações. 
CONTEXTUALIZAÇÃO E PESQUISA 
Adote uma escrita com exposição linear das ideias. Você pode 
fazer isso partindo de um contexto mais amplo (do seu tema 
propriamente dito) para o mais específico (aquilo que compete 
ao seu problema de pesquisa), ou pode fazer uma descrição das 
principais contribuições dos autores de forma cronológica, por 
exemplo. 
É possível, também, partir de uma perspectiva mais global sobre 
como o seu tema é discutido em diversos países e, no segundo 
momento, restringir para a discussão local do tema. Ou seja: 
situe o leitor, torne evidente a organização lógica no seu texto. 
CRIAÇÃO DE TÓPICOS 
Introduza questões, articule cada uma por vez e finalize com seus 
argumentos em um parágrafo que sintetize a ideia. O texto pode 
parecer confuso se você não demonstrar essa organização das 
ideias. Escreva, espere um ou dois dias e leia o que escreveu. 
Perceba se faz sentido, se falta informação ou se uma 
argumentação é repetida desnecessariamente. 
APROFUNDAMENTO DE CONCEITOS 
Dê atenção aos conceitos abordados em sua justificativa ou 
definição do problema de pesquisa. No capítulo de embasamento 
teórico, você deve viabilizar a ampliação do entendimento do 
leitor sobre o conceito que sustenta seu argumento introdutório. 
REFERENCIAL TEÓRICO COM CITAÇÕES 
É fundamental demonstrar que os argumentos apresentados são 
sustentados por outros autores. As citações valorizam o seu 
trabalho e evidenciam questões relevantes. 
Existem dois tipos de citação: direta ou indireta. Dentro de cada 
tipo, existem normas específicas para incorporar a citação ao seu 
texto. 
O trecho a seguir exemplifica a citação direta recuada: 
Nas citações diretas, você inclui a escrita do autor tal como está 
na obra consultada, nas mesmas palavras do autor. Elas devem 
ser incorporadas ao corpo do texto, caso tenham menos de três 
linhas, apenas separadas por aspas. Ou seguir o exemplo 
destacado nestas linhas, caso seja uma citação maior. Nesse 
caso, ela deverá ter uma letra menor, um espaçamento simples e 
um recuo esquerdo de 4cm. Em ambos os casos, devem ser 
indicados o autor, o ano e a página do trecho utilizado. 
Em citações indiretas, você inclui as ideias do autor em suas 
próprias palavras, no corpo do texto, indicando o nome do autor e 
o ano de publicação da obra em que se encontra aquele 
argumento. 
PRODUÇÃO AUTORAL 
Essa é uma importante tarefa nesse momento da escrita. Não é 
porque você baseia seus argumentos em autores de referência 
que seus próprios argumentos estão inibidos. A tarefa consiste 
em “costurar” seus argumentos com os dos autores, que 
validarão o que você está refletindo. É preciso articular suas 
ideias com as dos autores, bem como as ideias de um autor com 
outro autor. Tudo isso faz do seu trabalho um conteúdo autoral, é 
a teia de relações entre assuntos que você estabeleceu, com o 
seu olhar. 
Muitos temas podem ser tratados por pessoas diferentes de um 
modo bem similar, mas cada um estabelece as relações com o 
tema de um jeito particular. O embasamento teórico é 
organizado a partir de seu ponto de vista. É preciso respeitar e 
preservar as ponderações dos autores, tal como foram feitas, 
evitando distorcer o que disseram. Ao mesmo tempo, é preciso 
deixar a sua marca, comentar os posicionamentos dos autores, 
complementar quando necessário, sempre de forma coerente. 
RESPEITO AOS DIREITOS AUTORAIS 
Durante o processo de construção do embasamento teórico, é 
fundamental estar atento ao plágio. Informe quem é o 
responsável pelas ideias citadas por você. Respeite um limite 
para fazer as citações. Elas reforçam seus argumentos e dão 
bases teóricas ao seu trabalho, mas o conteúdo maior deve ser 
seu, elaborado em suas palavras. 
Moraes (2004) considera o plágio como a imitação de uma obra, 
ocorrendo um atentado aos direitos do autor quanto à 
integridade e à autoria de sua criação. Atualmente, com a 
facilidade de acesso à informação, o plágio passou a ser uma 
ação ainda mais recorrente. As buscas na internet constituem um 
avanço proporcionado pela tecnologia, mas devem ser feitas 
preservando a autoria de cada trabalho publicado. 
Apresente um conteúdo original, contendo argumentos 
desenhados por você, mesmo que inspirados em obras 
anteriores, cite quais são essas obras. Dê os créditos ao autor da 
ideia, ou da citação. 
APRESENTAÇÃO DO ESTADO DA QUESTÃO 
Após fazer todas as ponderações que julgar necessárias à 
contextualização e abordagem do seu assunto, apresente o 
estado da questão. Como, atualmente, a questão abordada em 
sua pesquisa está sendo vista ou desenvolvida. Quais foram as 
mudanças de perspectiva ao longo dos anos, que possibilitaram a 
atual abordagem do tema. Evidencie em que momento e 
complexidade encontra-se o seu recorte. 
Essas considerações assumem a forma de sugestões que devem 
orientar a escrita do seu trabalho, mas não pretendem se 
concretizar em um passo a passo demasiadamente hermético. 
Muitos são os caminhos possíveis e as demandas de cada 
investigação. Porém, considerando as questões anteriormente 
abordadas, sua pesquisa terá melhor embasamento, reflexão e 
organização. 
Todas as orientações feitas nos módulos 1 e 2 consistem em 
ações necessárias ao planejamento da sua pesquisa, pontos a 
serem destacados. Conceitualmente, esses elementos ajudam o 
pesquisador a contemplar os requisitos básicos em uma 
investigação científica. Entretanto, são necessárias aplicações de 
normas técnicas para a apresentação do projeto. 
Comentário 
No próximo módulo, serão exploradas as normas que você 
precisa adotar como padrão de organização gráfica e de 
informações no seu projeto e nos demais trabalhos acadêmicos. 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. Considere a seguinte situação: 
Um pesquisador iniciou as consultas para a construção 
do embasamento teórico de sua investigação. Ele foi 
até a biblioteca e selecionou os principais autores 
clássicos que discorrem sobre o seu problema de 
pesquisa. Com as obras selecionadas, conseguiu 
montar um bom acervo. Ao iniciar a produção 
correspondente à exposição de seu referencial teórico, 
ele escreveu os argumentos de modo contextualizado, 
estabelecendo uma lógica entre as informações 
apresentadas, com citações indicadas de maneira 
pertinente, situando e envolvendo o leitor. Com isso, ele 
finalizou as páginas mínimas solicitadas pelo orientador 
que, ao ler o texto, indicou o acréscimo de informações 
ao capítulo, mesmo tendo atingido o número mínimo de 
páginas proposto. 
 
De acordo com o que foi discutido neste módulo, o que 
pode ter motivado o orientador a pedir a revisão do 
capítulo? 
 
O orientador quer que ele inclua mais autores clássicos, pois é 
preciso mapear todos, mesmo que não possuam relação direta 
com o problema estipulado, pois esses autores são fundamentais 
em qualquer pesquisa acadêmica do tema.O orientador não compreendeu bem seus argumentos, por esse 
motivo o texto precisa ser revisto. 
 
O número de páginas pode ser ampliado, já que o texto ficou tão 
bom. 
 
O orientador pediu para revisar o capítulo porque o aluno não 
apresentou o estado atual da questão investigada, como ela é 
vista pelos autores que publicaram recentemente, mesmo que 
inspirados nos clássicos. 
Comentário 
Parabéns! A alternativa "D" está correta. 
 
 
Ao escrever a parte teórica da pesquisa, é fundamental 
demonstrar conhecimento sobre os clássicos e as últimas 
produções sobre o tema/problema. É indispensável apresentar o 
estado da questão, como ela está sendo analisada no contexto 
atual. Muitos conceitos sofrem mudanças na perspectiva de 
como são vistos ao longo dos anos, por isso demonstrar que 
entende essa trajetória é condição essencial. 
2. No planejamento e na apresentação de uma 
pesquisa, o embasamento teórico norteia a construção 
do(s) item(ns): 
 
Capítulo dedicado à escrita do embasamento e ao referencial 
teórico. 
 
Deve fortalecer os argumentos apresentados na justificativa, 
parte onde se destaca a relevância do trabalho. Incluir 
argumentos teóricos aqui é fundamental. 
 
Deve estar disposto como fio condutor de todo o trabalho, sendo 
evidenciado, sempre que pertinente, para justificar as escolhas, 
os recortes, a relevância do tema até a análise dos dados. 
Encontra lugar privilegiado na seção dedicada à exposição da 
revisão bibliográfica e do embasamento teórico. 
 
Tema. É por meio do embasamento teórico que se define um 
tema; em um segundo momento, é feito um aprofundamento do 
tema para delimitar o problema, a questão a ser investigada. 
Comentário 
Parabéns! A alternativa "C" está correta. 
 
 
O embasamento teórico norteia todo o trabalho, até as 
conclusões. Existe também um espaço destinado especialmente 
ao aprofundamento das questões teóricas relevantes para a 
pesquisa. 
Avalie este módulo: 
 
 
MÓDULO 3 
 
Identificar as normas técnicas que devem ser consideradas 
ao elaborar um trabalho acadêmico 
AS NORMAS E A SOCIEDADE 
A sociedade está organizada a partir de normas, que são 
compartilhadas entre grupos e organizações sociais. As normas 
influenciam a economia, no modo como são produzidos os 
alimentos, a qualidade de produtos e serviços. Elas estão 
presentes no dia a dia mais do que imaginamos e possuem a 
finalidade de organizar, garantir qualidade, facilitar o acesso à 
informação, dentre outros benefícios. 
Fonte: Paul Vasarhelyi/Shutterstock 
As normas fazem parte da organização social. Quando surge a 
necessidade de criação de uma norma, é porque um grupo, de 
algum jeito, já percebeu que a ausência de diretrizes tende a 
dificultar a execução de uma tarefa ou a produção de algo. 
No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 
possui os comitês técnicos responsáveis pela elaboração, 
aprovação e verificação da relevância das diferentes normas que 
são utilizadas como padrão para a realização de atividades nos 
diversos níveis da organização social. 
 
No contexto da produção de pesquisa e 
conhecimento, a ABNT apresenta as normas para 
produção de trabalhos acadêmicos dos 
diferentes tipos. 
 
Você possui o hábito de formatar seus trabalhos acadêmicos 
de acordo com normas técnicas? Geralmente segue a 
formatação recomendada pela universidade? Se você já está 
familiarizado com tais práticas, certamente compreende um 
pouco da relevância dessas normas. 
Com o intuito de formalizar a apresentação das pesquisas, são 
consideradas algumas orientações que norteiam a formatação 
padronizada das informações necessárias, seja no projeto, na 
monografia, artigo, entre outros. 
Muito se comenta sobre a aplicação das normas ABNT, mas 
imagine se não houvesse norma e os trabalhos pudessem ser 
apresentados da maneira que os pesquisadores quisessem! 
Quais seriam as vantagens? Certamente, você pensa em 
flexibilidade, autonomia de formatação, facilidade. Agora, pense 
sob uma nova ótica: você já fez busca de trabalhos 
acadêmicos na internet, ou em uma biblioteca? Como 
ocorreu essa busca? Você considerou palavras-chave? 
Categorização por áreas? Resumo? O que tornou possível o 
acesso ao acervo desejado? 
É possível que você tenha usado termos conhecidos como 
“palavras-chave” para buscas na internet e consultado resumos 
de publicações antes de fazer a leitura completa, entre outros 
procedimentos que viabilizam a sua busca. 
 
Se você consegue acessar determinado acervo bibliográfico de 
maneira eficaz, é porque existem procedimentos de catalogação, 
o que facilita as buscas e organização das publicações. Além 
disso, as normas técnicas tendem a evitar o plágio e garantir a 
autoria das publicações ao pesquisador. Por esses motivos, 
todos os trabalhos acadêmicos devem se basear, em sua 
organização, pelas normas disponibilizadas pela instituição e 
pela ABNT. 
Em que consistem essas normas técnicas? 
Clique no botão para ver as informações. 
Verificar 
Atenção 
Aqui apresentamos os procedimentos mais comuns e presentes 
na maioria dos formatos de trabalhos acadêmicos. Mas você 
deverá ficar atento também às orientações técnicas que receberá 
de seu curso ou de sua instituição, que possuem liberdade de – 
obedecidas as normas gerais – definir normas que marquem a 
especificidade da pesquisa por eles determinada. 
ELEMENTOS BÁSICOS DE UM 
TRABALHO ACADÊMICO 
A seguir, serão explorados os elementos básicos de todos os 
trabalhos acadêmicos (monografias, dissertações, entre outros). 
Um trabalho científico deve se apresentar organizado da seguinte 
forma: 
Parte externa 
• Capa 
• Lombada 
Elementos pré-textuais 
• Folha de rosto 
• Errata 
javascript:void(0)
• Folha de aprovação 
• Dedicatória 
mais... 
Elementos textuais 
• Introdução 
• Desenvolvimento 
• Conclusão 
Elementos pós-textuais 
• Referências 
• Glossário 
• Apêndice 
• Anexos 
 
Agora vamos especificar cada área apresentada. 
 
Fonte: Tero Vesalainen/Shutterstock 
PARTE EXTERNA 
Como pudemos perceber, costuma ser a menor parte do 
documento, contendo apenas dois elementos: 
Clique nas barras para ver as informações. 
javascript:void(0)
CAPA 
Deve conter as informações na seguinte ordem: nome da 
instituição, nome do autor, título e subtítulo (se houver), número 
do volume (se houver), cidade e ano. Consiste na apresentação 
inicial do trabalho. O texto deve estar em negrito, letras 
maiúsculas e centralizado, conforme a figura abaixo: 
 
LOMBADA 
Elemento opcional que contém em impressão longitudinal (do 
alto para baixo) as informações na seguinte ordem: nome do 
autor, título do trabalho e informações numéricas, como volume 
(se houver). As letras devem estar centralizadas e em negrito. A 
lombada é indicada quando o trabalho é impresso para 
encadernação. 
 
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 
A parte interna do trabalho inicia com os elementos pré-textuais, 
que devem estar posicionados anteriormente ao texto principal e 
oferecem informações relevantes para a identificação e utilização 
do trabalho. Os elementos são: 
Clique nas barras para ver as informações. 
FOLHA DE ROSTO 
Semelhante à capa. Apresenta as informações na seguinte 
ordem: instituição, nome(s) do(s) autor(es); título e subtítulo (se 
houver); número do volume (se houver); natureza da pesquisa e 
aprovação ou grau pretendido com ela; nome do orientador, 
coorientador (se houver); local (cidade) da entidade onde a 
pesquisa deve ser apresentada; ano de entrega. 
Todas as informações devem estar centralizadas na página, 
exceto a natureza da pesquisa, grau e aprovação pretendidos, 
bem como nome do orientador. Essas informações devem estar 
justificadas a partir do meio da página, ocupando o lado direito e 
abaixo do título, conforme imagem abaixo. O verso da folha de 
rosto conterá a ficha catalográfica, elemento que deverá ser 
solicitado na biblioteca da instituição, após a finalização da 
pesquisa. 
 
ERRATA 
Elemento opcional inseridoapós a conclusão da escrita do 
trabalho, que visa citar possíveis erros que ocorreram, seguidos 
de suas respectivas correções. Geralmente, indica-se número da 
folha, linha, local do erro e correção, por meio dos termos “onde 
se lê…”, “leia-se…”. 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
Obrigatória apenas em teses e dissertações. 
DEDICATÓRIA 
Página opcional em que o autor pode prestar uma homenagem 
ou dedicar o trabalho a uma ou mais pessoas. 
AGRADECIMENTOS 
Elemento opcional para fazer agradecimentos a todos que 
contribuíram para a sua trajetória durante a pesquisa. É 
importante agradecer ao orientador e à banca (se houver). 
EPÍGRAFE 
Elemento opcional em que o autor faz uma citação que vá ao 
encontro de sua pesquisa, indicando o nome do autor da frase 
citada. 
RESUMO 
É importante destacar, em frases objetivas, a síntese do trabalho: 
objetivos, ideia central, perspectiva teórica, metodologia e 
resultados obtidos. É orientado que o resumo seja uma 
construção breve, por isso, geralmente, possui indicação de 
quantidade de linhas ou palavras. É necessário ser direto e 
destacar os elementos essenciais. Ao final, são indicadas as 
palavras-chave (que resumem as ideias principais da pesquisa). 
RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA 
Consiste na versão do seu resumo em uma língua estrangeira 
(geralmente em inglês). Em inglês: ABSTRACT, em espanhol: 
RESUMEN, em francês: RÉSUMÉ, por exemplo. Obrigatório em 
dissertações e teses. 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Elemento opcional que consiste em uma relação das ilustrações 
contidas no trabalho de maneira sequencial e sua página 
correspondente. Devem ser consideradas figuras, desenhos, 
esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, entre 
outros, podendo haver recomendação de lista separada para 
cada um desses tipos de ilustração. Deve conter o nome da 
ilustração seguido da página em que se encontra. O título desse 
item deve estar em letras maiúsculas, centralizado no início da 
página e em negrito. 
LISTA DE TABELAS 
Elemento opcional elaborado de acordo com a ordem das tabelas 
apresentadas no texto. Deve conter cada item com seu nome 
específico, seguido da indicação da página em que está inserido. 
O título desse item deve estar em letras maiúsculas, centralizado 
no início da página e em negrito. 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
Item opcional que consiste na apresentação em ordem alfabética 
de todas as abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas 
das expressões correspondentes. O título deste item deve estar 
em letras maiúsculas, centralizado no início da página e em 
negrito. 
SUMÁRIO 
Elemento obrigatório que consiste na enumeração sequencial 
dos capítulos, seções e demais formas de subdividir o trabalho, 
acompanhadas de suas respectivas páginas. Deve seguir a 
numeração e subdivisão propostas no corpo do texto, iniciando 
pelos elementos textuais. Deve haver uma linha pontilhada que 
ligue o nome do capítulo à página correspondente. Observe a 
figura a seguir: 
 
ELEMENTOS TEXTUAIS 
Os elementos textuais consistem na apresentação da pesquisa 
em si. Sua organização é subdividida em três partes distintas: 
introdução, desenvolvimento e conclusão. Esses elementos 
podem estar organizados em capítulos, dependendo do formato e 
objetivo do trabalho apresentado, e podem ter diversos títulos. 
Por exemplo, a parte do desenvolvimento do trabalho pode ter um 
ou mais títulos criados, com nomes que correspondam à 
pesquisa em sua abordagem. 
Os títulos precisam ser numerados sequencialmente, com a 
numeração correspondente à seção alinhada à esquerda, 
antecedendo o nome do título, separados por espaço. Dessa 
forma, a página que inicia um capítulo deve conter a numeração 
correspondente e o nome do título alinhados à esquerda, em 
negrito. Em seguida, inicia-se a escrita do capítulo e se discorre 
sobre ele. Havendo necessidade de subdivisões, a numeração 
deverá ser adotada também, mas seguindo a ordem de seção 
secundária (adotar 1.1. para a primeira subdivisão do capítulo 1; 
1.2. para a segunda e assim por diante). 
Clique nas barras para ver as informações. 
INTRODUÇÃO 
O texto introdutório deve conter alguns elementos que 
apresentem sua pesquisa. É importante fazer uma breve 
exposição sobre a escolha do tema, delimitando o recorte, bem 
como a relação do tema com outros, quando pertinente. É 
necessário evidenciar o problema de pesquisa, a justificativa, os 
objetivos e a hipótese. Você pode fazer isso por meio de 
subseções no texto introdutório ou de maneira corrida, mas é 
importante que o leitor consiga perceber a presença desses 
elementos. Geralmente, também é na Introdução que a 
metodologia deve ser evidenciada, com a descrição de cada 
técnica e procedimento de pesquisa. 
Os seus argumentos expostos na Introdução também devem 
estar pautados em seu referencial teórico. Evidencie isso, mesmo 
que rapidamente, podendo ser um assunto retomado de maneira 
mais ampla quando estiver escrevendo o seu embasamento 
teórico. 
A parte dedicada à exposição da sua revisão bibliográfica pode 
ser organizada em capítulo separado (como parte do 
desenvolvimento) ou como uma subseção da introdução, 
dependendo do formato do trabalho acadêmico em questão. 
DESENVOLVIMENTO 
O desenvolvimento é a exposição de todo o corpo da pesquisa. 
Deve conter a articulação ordenada dos assuntos. Apresenta-se 
como a parte mais extensa, em geral. Os tópicos iniciados na 
introdução devem ser desenvolvidos de modo mais detalhado. 
Nessa parte, também são apresentados os dados observados, a 
análise feita e a ótica sob a qual essa análise foi proposta, 
destacando como os dados foram interpretados. 
A ótica da análise deve estar delineada pelas inspirações 
presentes no embasamento teórico. Se a perspectiva teórica 
adotada em sua pesquisa é a inspiração para elaboração de 
hipóteses, é a mesma perspectiva que vai possibilitar melhor 
compreensão dos resultados. O desenvolvimento deve ser 
organizado em seções e subseções. 
CONCLUSÃO 
javascript:void(0)
Parte final do texto, em que são expostas as considerações 
finais. Muitas vezes, não se chega a uma conclusão fechada, pois 
o conhecimento científico é dinâmico e aberto a novas 
investigações. Pode-se adotar o termo “considerações finais” 
para articular os resultados da sua pesquisa, tendo em vista 
objetivos, hipóteses e resposta para o problema proposto. 
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 
São elementos que finalizam e completam o trabalho. Consistem 
na apresentação das referências, glossário, apêndice, anexos e 
índice. 
Clique nas barras para ver as informações. 
REFERÊNCIAS 
Apresenta-se como elemento obrigatório. Reúne as informações 
sobre todas as fontes de consulta citadas durante o trabalho, 
permitindo a identificação de cada obra. Deve conter as seguintes 
informações das obras citadas, organizadas por ordem 
alfabética: autor, título da obra, edição, local, editora e data de 
publicação. Quando houver informação adicional, deve estar 
evidenciada (volume, total de páginas). Para consultas via 
internet, deve-se indicar também o endereço e a data de acesso 
do documento. 
Veja alguns exemplos de como organizar as informações das 
referências! 
GLOSSÁRIO 
Elemento opcional que apresenta eventuais expressões ou 
palavras de uso restrito a determinado grupo ou de significado 
não muito conhecido e suas respectivas definições. 
APÊNDICE 
Elemento opcional que apresenta os documentos escritos pelo 
autor que complementam a pesquisa, sem que represente um 
prejuízo à compreensão do trabalho. Devem ser identificados por 
letras maiúsculas em sequência, seguidas de travessão, com o 
título do documento ao lado (APÊNDICE A – Análise dos dados). 
ANEXOS 
javascript:void(0)
javascript:void(0)
São elementos facultativos e consistem na inclusão de 
documentos não elaborados pelo autor, que complementam a 
sua pesquisa. São identificados por letras maiúsculas 
sequenciais, seguidas de travessão, com seus respectivos títulos 
(ANEXO A – Ficha de Anamnese). 
As regras anteriormente apresentadasconstituem as 
especificidades de cada parte que deve estar contida na maioria 
dos trabalhos acadêmicos. A seguir, serão exploradas as regras 
gerais e recomendações para configuração gráfica do texto como 
um todo. Também aqui optamos por apresentar, exatamente, 
regras gerais; aquelas mais específicas (ou ainda qualquer 
alteração nessas aqui apresentadas) permanecem por conta do 
tipo de trabalho acadêmico e da orientação das instituições. 
NORMAS TÉCNICAS GERAIS 
Seu trabalho deve ter: 
1 Folhas configuradas em tamanho A4 
2 Texto digitado com fonte de cor preta e tamanho 12 
3 Fonte do texto em Times New Roman ou Arial 
4 Corpo do texto justificado, alinhado às margens direita e esquerda 
5 O espaçamento entre as linhas deve ser configurado para 1,5 
Dica 
• Para as citações com mais de três linhas, notas de rodapé, 
referências, legendas de ilustrações e tabelas, o espaçamento 
entre as linhas deve ser simples; 
• Para as notas de rodapé, legendas, paginação e citações com 
mais de três linhas, recomenda-se uma fonte menor do que a 
do corpo do texto (utilizar tamanho 11 ou 10 para as citações 
e 10 para nota de rodapé). 
A configuração de margem deve atender às seguintes 
orientações: 
1 Margem superior e esquerda com 3cm 
2 Direita e inferior com 2cm 
A numeração das páginas deve considerar a seguinte lógica: 
1 Indicar, no canto superior direito da folha, a numeração sequencial expressa em algarismos arábicos. 
Os trabalhos são divididos em: 
1 Elementos pré-textuais 
2 Textuais 
3 Pós-textuais 
A numeração visível na folha é indicada a partir dos elementos 
textuais, até os pós-textuais. Os elementos pré-textuais devem 
ser contados (exceto a capa), porém não numerados. 
Para organização das seções, é recomendada a numeração dos 
títulos e subtítulos (seções primárias, secundárias etc.). 
Considere o exemplo a seguir, de acordo com ABNT NBR 
6024:2003. 
1 SEÇÃO PRIMÁRIA (CAIXA ALTA, NEGRITO, TAMANHO 12) 
1.1 Seção secundária (Caixa baixa, negrito, tamanho 12) 
1.1.1 Seção terciária (Caixa baixa, itálico, negrito, tamanho 12) 
1.1.1.1 Seção quaternária (Caixa baixa, itálico sem negrito, tamanho 12) 
1.1.1.1.1 Seção quinária (Caixa baixa, sem negrito, tamanho 12) 
Na imagem, é observado um exemplo de aplicação de todas as 
orientações anteriores: texto justificado, margens configuradas 
conforme orientação, fonte configurada na cor e tamanho 
adequados, espaçamento entre linhas, exemplo de citação 
recuada (com fonte menor, espaçamento simples e recuo), nota 
de rodapé (com fonte menor e espaçamento simples) e 
paginação. 
 
No vídeo a seguir, conheceremos os elementos básicos do 
trabalho acadêmico: 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. Considere o trecho a seguir: 
 
“Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a 
Avaliação Educacional, estabelecendo como recorte os 
anos iniciais do Ensino Fundamental da Rede Municipal 
de Educação do Rio de Janeiro. É feita uma 
contextualização do tema e investigação das formas 
como essa prática vem sendo proposta nas rotinas 
escolares. As considerações de Esteban (2003), 
Perrenoud (1999) e Luckesi (2009) dão sustentação 
teórica a esta pesquisa. 
São adotados como procedimentos metodológicos a 
análise documental dos instrumentos de avaliação e 
relatórios, observação direta no cotidiano das turmas 
selecionadas e entrevistas com os profissionais sobre 
práticas e critérios de avaliação. Os resultados parciais 
sugerem uma prática tradicional que tende a limitar a 
avaliação da aprendizagem a momentos estanques, 
através de poucos e pontuais instrumentos de 
avaliação, excluindo-se as observações cotidianas de 
desempenho dos alunos. 
Este modelo apresenta-se como insuficiente e 
excludente, pois a avaliação da aprendizagem na 
perspectiva desta pesquisa é concebida como um 
processo contínuo e inclusivo, que lança mão de 
diferentes instrumentos e critérios claros. 
 
O trecho anterior é um exemplo de qual elemento de 
um trabalho acadêmico? 
 
Introdução, contida nos elementos textuais. 
 
Introdução, contida nos elementos pré-textuais. 
 
Resumo, contido nos elementos textuais. 
 
Resumo, contido nos elementos pré-textuais. 
Comentário 
Parabéns! A alternativa "D" está correta. 
 
 
O resumo faz parte dos elementos pré-textuais. Na sequência, o 
resumo é definido como aquele que contém, em frases objetivas, 
a síntese do trabalho: os objetivos, a ideia central, perspectiva 
teórica, metodologia e os resultados obtidos. 
2. São configurações gerais sugeridas pelas normas da 
ABNT: 
 
Espaçamento entre linhas simples no corpo do texto, fonte 
tamanho 13 (Arial ou Times), cor preta, papel tamanho A4, com 
margens superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com 
2cm. 
 
Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 
12 (Arial ou Times), cor preta, papel tamanho ofício, com 
margens superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com 
2cm. 
 
Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 
12 (Arial ou Times), cor preta, papel tamanho A4, com margens 
superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com 2cm. 
 
Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 
12 (Arial ou Times), cor preta, papel tamanho A4, com margens 
superior e esquerda com 2cm; direita e inferior com 3cm. 
Comentário 
Parabéns! A alternativa "C" está correta. 
 
 
As configurações devem seguir o exposto na letra C, em relação a 
espaçamento, espaço entre linhas, fonte, margens. 
Avalie este módulo: 
 
 
CONCLUSÃO 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Os conceitos explorados no módulo 1 colaboram para a escrita 
do seu projeto de pesquisa, fase fundamental de reflexão e 
estabelecimento de diretrizes. O módulo 2 possibilitou um 
contato com estratégias de leitura e construção dos argumentos 
teóricos, bem com a forma como esses argumentos devem 
delinear sua pesquisa, desde o planejamento até a análise dos 
dados e conclusão. Ao final deste tema, você refletiu sobre as 
vantagens de se adotar normas técnicas para a apresentação das 
pesquisas e como isso facilita o acesso à informação, a 
diminuição do plágio e a catalogação de pesquisas acadêmicas. 
A partir disso, foram apresentadas e exemplificadas as normas 
da ABNT que servem de padrão para a apresentação da sua 
pesquisa. 
A partir das reflexões aqui propostas, estabeleça seu cronograma 
de estudos, inicie as leituras, a revisão bibliográfica e escrita do 
seu projeto. Realizar essas ações de maneira antecipada garante 
que você faça o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de 
forma mais tranquila, segura e leve. 
PODCAST 
0:00 
21:45 
REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 
6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio 
de Janeiro, 2018. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 
6024: informação e documentação: numeração progressiva das 
seções de um documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 
2003. 
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins 
Fontes, 2003. 
DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. 2 ed. São 
Paulo: Atlas, 1985. 
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de 
pesquisa. Porto Alegre: UFRGS, 2009. 
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. 
São Paulo: Atlas, 2002. 
MINAYO, Maria Cecília de Sousa (Org.) Pesquisa Social: teoria, 
método e criatividade. 28. ed. Petrópolis: Vozes, 2009. 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de 
Andrade. Fundamentos de Metodologia científica. 5. ed. São 
Paulo: Atlas, 2003. 
LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: 
manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto 
Alegre: Artmed; Belo Horizonte: UFMG, 1999. 
MORAES, Rodrigo. O plágio na pesquisa acadêmica: a 
proliferação da desonestidade intelectual. In: Revista Diálogos 
Possíveis. Bahia, ano 3. N. 01, p. 91-109. Jan/Jun 2004. 
ROMANOWSKI, Joana Paulim, Romilda Teodora Ens. As 
pesquisas denominadas do tipo “Estado da arte” em 
educação. In: Diálogo Educacional,Curitiba, v.6, n.19, 37-50, 
2006. 
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa 
científica. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. 
VEIGA-NETO, Alfredo. É preciso ir aos porões. In: Revista 
Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, v.17, n.50, p.267-492, 
maio/ago. 2012. 
 
EXPLORE+ 
Como vimos ao longo da exploração deste tema, a pesquisa é 
uma importante via para se produzir conhecimento e buscar a 
compreensão da realidade. Para ampliar seus conhecimentos 
sobre a complementaridade entre as práticas educativas e a 
pesquisa, é importante ver como Pedro Demo articula o tema em 
seu livro Educar pela Pesquisa. 
Conforme explorado no módulo 3, é orientado que se adote 
normas técnicas para a apresentação da sua pesquisa. Para 
melhor apropriação dessas normas e de como elas são 
propostas, explore o catálogo da ABNT. Além das normas 
apresentadas, confira, especialmente: NBR 6027, NBR 6028, 
NBR 6034, NBR 10520, NBR 12225, NBR 14724, NBR 15287. 
Como essas normas geralmente sofrem atualização, e são muito 
detalhadas, você deve pesquisar uma versão digital que 
apresente todas as normas de modo organizado. Uma boa opção 
é o Manual de Normalização do Trabalho Acadêmico do 
IFB (Instituto Federal de Brasília). 
 
CONTEUDISTA 
Monise da Silva Nascimento 
Currículo Lattes 
javascript:void(0);
Ao clicar nesse botão, uma nova aba se abrirá com o material preparado para 
impressão. Nela, acesse o menu do seu navegador e clique em imprimir ou se 
preferir, utilize o atalho Ctrl + P. Nessa nova janela, na opção destino, direcione 
o arquivo para sua impressora ou escolha a opção: Salvar como PDF. 
 
 
 
 
 
 
 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/planejamento_de_pesquisa/index.html#modulo1
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/planejamento_de_pesquisa/index.html#modulo1
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/planejamento_de_pesquisa/index.html#modulo2
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/planejamento_de_pesquisa/index.html#modulo2
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/planejamento_de_pesquisa/index.html#modulo3
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/planejamento_de_pesquisa/index.html#modulo3

Continue navegando