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TEORIA MAX WEBER (1864-1920) ROBERT MERTON (1910-2003) ALVIN GOULDNER (1920-1980) AMITAI ETZIONI (1929) PHILIP SELZNICK (1919-2010) PETER BLAU (1918-2002) im ag en s: g oo gl e Pr od uz id o po r Al ex an dr o M . d a Si lv ei ra Por volta da década de 50, surge uma Teoria que buscava conciliar as teses propostas, tanto pela Teoria Clássica como também pela Teoria das Relações Humanas. Com inspiração nas abordagens de Max Weber, essa Teoria (Estruturalista) tinha objetivo de reconhecer a interdependência das organizações com o ambiente em que esta inserida (ambiente externo e concorrentes). Pode-se destacar os principais pensadores, responsáveis pelo seu desenvolvimento: Max Weber, Robert K. Merton, Philip Selznick, Alvin Gouldner, Amitai Etzioni e Peter M. Blau. "Esta teoria traz a necessidade de compreendermos a organização como uma unidade social complexa. Em verdade, a perspectiva dessa teoria está baseada no fato de que os aspectos considerados pela escola de relações humanas não são considerados pela escola burocrática e vice-versa, permitindo a busca do equilíbrio entre a organização formal e a informal." (TEIXEIRA, 2015, p. 72) Para Chiavenato (1987 apud Teixeira, 2015, p. 72), é com o estruturalismo que ocorre a preocupação exclusiva com as estruturas, em prejuízo de outros modos, para compreendermos a realidade. O conceito de estrutura significa análise interna de uma totalidade em seus elementos constitutivos, sua disposição, suas interrelações etc. Uma outra característica da Teoria Estruturalista consiste num composto onde as partes se inter- relacionam, ou seja, todos departamentos de uma organização estão "ligados". E ainda, ela busca na organização tanto a formalidade como a informalidade em suas abordagens. Oposição a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas - por serem incompatíveis, viu-se a necessidade de uma posição de integridade de ambos os aspectos; Organização como unidade social - necessidade de unir os objetivos da organização com os dos grupos sociais; Influência - o estruturalismo influenciou em diversas áreas da ciência social (filosofia, matemática, antropologia, linguística etc); Novo conceito de estrutura - devido a conceitos antigos, fez- se necessário fazer uma "atualização", para se ter um melhor desempenho. O Homem Organizacional - essa denominação é dada à aquele que desempenha vários papéis em diferentes organizações, tendo como características: flexibilidade, tolerância, capacidade de adiar a necessidade de recompensas e o desejo de realização; A Teoria Estruturalista possuía algumas idéias que estavam no centro das discussões: Conflitos inevitáveis - por mais que os conflitos sejam indesejáveis, eles são elementos geradores de mudanças e de desenvolvimento das organizações; Incentivos e Recompensas Mistos - levavam em conta os incentivos e recompensas, monetária e psicológica, devem ser levados em contas, pois um homem organizacional, busca a estabilidade econômica e a sua realização pessoal. Etapa da Natureza - considerada a etapa inicial, onde se leva em conta os elementos da natureza, base de subsistência da humanidade; Etapa do Trabalho - os elementos da natureza são transformados por meio do trabalho, fazendo com que o trabalho seja uma forma de organizar a sociedade; Etapa do Capital - preponderando sobre a natureza e o trabalho, o capital torna-se um fator básico da vida social; Etapa da Organização - todas as estapas anteriores se submetem à organização, fazendo com que a sociedade passasse por algumas fases ( o universalismo da idade média; o liberalismo econômico e social dos séculos XVIII e XIX; o capitalismo do tipo socialista; e a atualidade.). Considerava insuficiente as abordagens da Teoria das Relações Humanas para entender as relações entre o homem e a organização. Portanto realizou um trabalho, na qual obteve uma classificação das organizações levando em conta as suas diferenças na tipologia, utilizando a análise comparativa do controle e da autoridade. Dividindo- o em três categorias: Organiazações Especializadas Com fator na predominância da autoridade técnica e as atividades de alto nível de especialização do pessoal. Organiazações não Especializadas Definindo os objetivos e o controle das metas e as atividades voltadas para a produção de bens. Organiazações de Serviços Com atividades definidas, onde as pessoas não são vinculadas à organização, tendo uma atividade pré definida. Etzioni, diz que existe três tipos de organizações: Coercitivas Controlada a base de Força Física, baseado em punições, obediência mecânica, tendo como exemplo: as penitenciárias, campos de concentração etc. Utilitárias Tem como forma de controle a Recompensa, seu poder é manipulativo e calculista, os melhores exemplos são as empresas industriais e de negócios. Normativas O Comprometimento é a forma de se manter o controle, baseado em crenças e na moral. As igrejas, sindicatos, partidos, universidades, organizações de voluntários, são exemplos desse tipo. Com coceitos da Escola Weberiana, os autores Blau e Scott, procuravam examinar os conflitos existentes entre os fatores internos e externos em uma organização. Onde consideravam os membros da organização como o fator interno e o público que a organização atende de fator externo. Levando a interação desses elementos, gerando conflitos e buscando considerar a organização formal e informal, relacionando cliente com a organização. INTERNO EXTERNO Blau e Scott, propõem uma mudança organizacional, analisando os grupos formais e informais, do sistema de comunicação e de liderança e dos mecanismos de controle, afim de solucionar os conflitos e tonar uma organização mais eficaz. Para tal, eles indicam três dilemas: Dilema da Coordenação versus Comunicação Livre Nesse dilema com o fluxo livre das informações a solução de problemas torna-se mais fácil, mas vai contra os canais formais de comunicação, definidos pela hierarquia de poder, defendida pela Teoria da Burocrácia. Dilema da Disciplina Burocrática versus Especialização Profissional Aqui a autoridade formal definida na hierarquia burocrática, entra em conflito direto com a autoridade técnica (baseada no conhecimento profissional), pelo fato de que esse dilema estar entre as decisões de incerteza, que segundo o especialista, estão apoiadas na sua técnica e para o administrador, está apoiado nos interesses e disciplinas organizacionais. Dilema do Planejamento Administrativo versus Iniciativa Esse dilema está ligado ao planejamento centralizado e formal, contrário à iniciativa individual de melhor conduzir o processo de trabalho e as soluções de problemas. Para o sociólogo Selznick, a organização é um sistema de atividades e forças conscientemente coordenadas, entre duas ou mais pessoas. Acredita que a análise estrutural da funcionalidade de uma organização é extremamente necessária, pois permite conhecer as necessidades básicas, na qual fazem com que o sistema formal seja adaptável às influências do ambiente em que esta inserido. Destaca ainda, alguns pontos importantes para manter os processos de mudanças: Estabilidade das linhas de autoridade e comunicação; Estabilidade das relações informais entre indivíduos e grupos; Estabilidade do programa de trabalho e das fontes de origem;e Homogeneidade de perspectiva com relação aos objetivos e papel da organização. Esse autor enxerga a figura do especialista, como uma ameaça a hierarquia burocrática, fazendo duras críticas à rigidez dessa hierarquia (burocrática). Acreditando que esse é o principal fato pela falta de iniciativa e criatividade do indivíduo na organização. Sua abordagem é mais sociológica, buscando analisar, funcionalmente, os determinantes estruturais do comportamento. Ele ainda, trás consigo algumas definições para estrutura, função e cargo. Estrutura As qualidadespersistentes ou os elementos dados nas condições ambientais de escolha ou ação que tornam possível explicar e prever a ação. Função É o resultado prático de uma ação, relação. acontecimento em relação a algum valor ou grupo de valores. Cargo Sistema de direitos e deveres em uma situação de interação. Abordagem múltipla das Organizações - onde buscou a convergência de algumas Teorias ( Clássica, Relações Humanas e Burocracia), buscando integrar e ampliar os conceitos dessas teorias; Organizações com um Sistema Social - foco passa a ser a organização, sendo analisada em sua totalidade, vista como um sistema social, não considerando, somente o indivíduo ou somente o grupo como as teorias anteiores; Às críticas são voltadas para: Coexistência de duas Tendências Teóricas - coexistem a integratividade e o conflito, onde a integratividade está ligada a estrutura e aos aspectos integrativos da organização, já o conflito está ligada na divisão da organização; Ampliação da Análise Organizacional - houve o incentivo do estudo de organizações não-industriais e sem fins lucrativos; Limitação das Tipologias Organizacionais - de modo geral, são simples e unidimensionais, reduzindo as organizações a uma única dimensão para poder compará-las, sendo criticada por serem de dif[icil aplicação na prática. GAMA, C. Pós-fordismo: teoria estruturalista da administração. Administradores.com, 2021. Disponível em: <https://administradores.com.br/artigos/p%C3%B3s- fordismo-teoria-estruturalista-da- administra%C3%A7%C3%A3o> Acesso em: 24 agosto 2021. TEORIA ESTRUTURALISTA. Associação Internacional de Educação Continuada - AIEC. Disponível em: <https://www.aiec.br/plataforma/101101/101/unidade02/do wnloads/leitura/101u02lc01.pdf> Acesso em: 24 agosto 2021. TEORIA ESTRUTURALISTA. Portal Educação. Disponível em: <https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos /fisioterapia/teoria-estruturalista/34552> Acesso em: 24 agosto 2021. VIANA, A. B. O. Concepções Sobre Admnistração e as Organizações. Material de Estudo do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Comercial. Disponível em: <https://virtual.ifro.edu.br/jaru/pluginfile.php/38910/mod_r esource/content/3/Roteiro_unidades%20tem%C3%A1ticas_ vers%C3%A3o%20do%20aluno.pdf> Acesso em: 24 agosto 2021.
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