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4ª Semana Integradora - 1° termo | Medicina Unoeste

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1 – Diferenciar os direitos de aposentadoria dos trabalhadores rurais sem carteira 
assinada dos trabalhadores informais 
De acordo com o artigo 143 da lei 8.213/91, todo trabalhador que comprove o exercício da 
atividade rural por 15 anos, além da idade mínima, tem direito de solicitar o benefício, de um 
salário mínimo. 
Art. 143. O trabalhador rural [...] pode requerer aposentadoria por idade, no valor de um 
salário mínimo, durante quinze anos, contados a partir da data de vigência desta Lei, desde que 
comprove o exercício de atividade rural, ainda que descontínua, no período imediatamente 
anterior ao requerimento do benefício, em número de meses idêntico à carência do referido 
benefício. 
Atualmente, o trabalhador informal pode se aposentar, mesmo sem carteira assinada, 
contribuindo para o INSS como contribuinte individual. É necessário, no mínimo, 62 anos para 
mulheres ou 65 anos para homens com 15 anos de contribuição. 
Há dois tipos de contribuição: o plano normal, em que se contribui 20% do rendimento 
mensal até R$ 1.220,21, aposentando-se com o teto de R$ 6.101,06; e o plano simplificado, em 
que se contribui 11% do salário mínimo vigente, aposentando-se com um salário mínimo. 
 
Referências bibliográficas 
BRASIL. Lei n° 8.213, de 24 de julho de 1991. Artigo 143. Diário Oficial da União, Brasília, DF. 
BRASIL. Proposta de Emenda à Constituição n° 6, de 2019. Câmara dos Deputados, Brasília, DF. 
 
 
2 – Investigar os direitos de aposentadoria para os pacientes portadores de 
Alzheimer 
 Os pacientes portadores de Alzheimer podem aposentar-se por invalidez, pois a patologia 
provoca redução permanente da capacidade laborativa e está especificada em lista elaborada 
pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social. 
 A aposentadoria por invalidez consistirá numa renda mensal correspondente a 100% do 
salário-de-benefício e, como há necessidade da assistência permanente de outra pessoa, há um 
acréscimo de mais 25% do valor. 
 
Referências bibliográficas 
BRASIL. Lei n° 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da 
Previdência Social e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF. 
BRASIL. Instrução Normativa n° 77, de 21 de janeiro de 2015, do INSS. Imprensa Nacional. 
3 – Explicar geneticamente a fisiopatogenia do Alzheimer 
 A doença de Alzheimer (DA) é uma afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível de 
aparecimento insidioso, que acarreta perda de memória e diversos distúrbios cognitivos. O fator 
genético é considerado atualmente como preponderante na etiopatogenia da DA. 
 A patologia causa atrofia cerebral e acúmulo de placas amiloides, o que compromete a 
memória e a cognição, dificultando o raciocínio e pensamento, além de gerar alterações 
comportamentais. 
 Cerca de um terço dos casos apresentam familiaridade e comportam-se de acordo com 
um padrão de herança monogênica autossômica dominante. Uma intrigante associação entre a 
DA e a síndrome de Down levou à descoberta do primeiro gene da DA no cromossomo 21, que é o 
cromossomo extra, envolvido na síndrome de Down. Logo, praticamente todos apresentam DA. 
 Dados genéticos e bioquímicos sugerem que o acúmulo da -amiloide é central para iniciar 
a patogênese da DA. Ela é um fragmento proteolítico da proteína precursora de -amiloide – essa 
clivagem tem função de neuroproteção. Se essa clivagem não ocorre de forma adequada, a -
amiloide torna-se neurotóxica, formando agregados neurofibrilares com a proteína tau 
hiperfosforilada. 
 
 Mecanismos genéticos envolvidos: 
• Herança autossômica dominante (9,9%) e recessiva (0,1%) – mutações e polimorfismos 
o Genes APP, PSEN 1 e PSEN 2 – especialmente envolvidos com DA familiar de início 
precoce 
• Herança multifatorial (90%) – mutações, polimorfismos e gatilhos ambientais 
o Gene APOE – especialmente envolvido com DA de início tardio 
o Fatores de risco importantes: história familiar e ser do sexo feminino 
• DA também está ligada à síndrome de Down – importante fator de risco 
 
Principais genes descritos 
 
• APP – gene da proteína precursora da -amiloide 
• PSEN1 – gene da presenilina 1 (14q24.3) 
• PSEN 2 – gene da presenilina 2 (1q31-q42) 
• APOE – gene da apoliproteína E (19q13.2) 
o Codifica a glicoproteína APOE, altamente expressa no cérebro e fígado, realizam 
importante papel de mobilização e distribuição do colesterol 
o Polimorfismos nesse gene levam a uma agregação da APOE com fragmentos de 
beta-amiloide, acelerando seu acúmulo e neurodegeneração 
o Está diretamente ligada à velocidade de degradação e/ou acúmulo de beta-amiloide 
no espaço extracelular dos neurônios 
 
O gene da PSEN1 é responsável por cerca de 40% dos casos familiares e de acometimento 
precoce da DA. Os genes da ApoE4, da a-2-macroglobulina e da catepsina D, envolvidos no 
metabolismo da -amilóide, foram caracterizados como fatores de risco para a DA. O gene da 
ApoE4 é fator de risco em cerca de 50% dos casos de DA esporádicos e de acometimento tardio. 
Muitos outros genes foram ainda associados à DA e são apresentados brevemente. É 
apresentado como mecanismo comum às síndromes progeróides genéticas, como a DA, a 
alteração da atividade dos genes ribossômicos. 
 
Referências bibliográficas 
SMITH, Marília de Arruda Cardoso. Doença de Alzheimer. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 21, 
supl. 2, p. 03-07, Oct. 1999 
FRIDMAN, Cintia et al. Alterações genéticas na doença de Alzheimer. Rev. psiquiatr. clín., São 
Paulo , v. 31, n. 1, p. 19-25, 2004 
 
 
4 – Relacionar a perda de peso do Alzheimer à cetonúria e a defina 
 A doença de Alzheimer (DA) é uma afecção neurodegenerativa progressiva e irreversível de 
aparecimento insidioso, que acarreta perda de memória e diversos distúrbios cognitivos. Sendo 
assim, é comum que, nas últimas fases da patologia, o paciente se esqueça de comer ou de 
mastigar, dificultando a alimentação. Desse modo, frequentemente ocorre jejum prolongado e 
déficit de nutrientes, levando a uma acentuada perda de peso. 
 Define-se cetonúria como a presença elevada de corpos cetônicos na urina. Com a 
alimentação deficitária do paciente de Alzheimer, há maior utilização da via metabólica da 
lipólise, catabolizando a gordura corporal, pois há muito pouco dos nutrientes necessários para 
as outras vias metabólicas. A lipólise produz grande quantidade de acetil-CoA, que, em excesso, é 
utilizado na síntese de corpos cetônicos (acetona, acetoacetato e beta-hidroxibutirato). Esses são 
liberados na corrente sanguínea e liberados na urina – essa condição é denominada cetonúria. 
Normalmente, apenas uma pequena quantidade de acetil-CoA é convertida em corpos 
cetônicos no fígado, já que os seus destinos metabólicos principais são a oxidação pelo ciclo de 
Krebs ou o consumo pela síntese de lipídios. A decisão entre os dois caminhos dependerá da 
situação fisiológica vigente. A produção de corpos cetônicos é anormalmente elevada quando a 
degradação de triacilgliceróis não é acompanhada pela degradação de carboidratos. Realmente, 
para a oxidação eficiente de acetil-CoA pelo ciclo de Krebs, há necessidade de níveis compatíveis 
de oxaloacetato, para promover a reação de condensação que inicia o ciclo. Na ausência de 
carboidratos, diminui a concentração de piruvato e, consequentemente, a sua conversão a 
oxaloacetato. Ainda mais, quando não há oferta de glicose, o organismo lança mão da 
gliconeogênese que consome oxaloacetato, obtido de aminoácidos, principalmente. A baixa 
concentração de oxaloacetato reduz drasticamente a velocidade de oxidação de acetil-CoA pelo 
ciclo de Krebs: a acetil-CoA acumulada condensa-se, formando os corpos cetônicos. 
Quando a produção ultrapassa o aproveitamento pelos tecidos extra-hepáticos, estabelece-
se uma condição denominada cetose, caracterizada por uma concentração elevada (até centenas 
de vezes maior do que a normal) de corpos cetônicos no plasma (cetonemia)e na urina 
(cetonúria). Outro sintoma peculiar de indivíduos com cetose é o odor de acetona de seu hálito. 
Acetoacetato e β-hidroxibutirato são transportados para o plasma por um simporte com prótons. 
Por isto, quando a concentração celular destes corpos cetônicos se eleva, a cetonemia resulta em 
acidose (diminuição do pH sanguíneo), que pode ocasionar coma e morte; esta condição é 
denominada cetoacidose. 
 
Referências bibliográficas 
MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. 4. ed. Guanabara Koogan. 
 
 
5 – Discorrer o processo de comunicação com o paciente de Alzheimer de acordo 
com as fases da doença 
 O paciente com Alzheimer sofre mudanças em sua habilidade de comunicar-se, o que pode 
variar de acordo com a fase da doença. 
 Na fase inicial da patologia, o indivíduo ainda é capaz de participar em conversas e 
atividades sociais; entretanto, ele pode repetir histórias, sentir-se sobrecarregado por estímulo 
excessivo ou ter dificuldade em achar a palavra certa. Não se deve exclui-lo de conversas e fazer 
suposições a respeito de sua habilidade de comunicação; deve-se falar diretamente com ele e 
não com seu companheiro ou cuidador, dar-lhe tempo para responder. 
 A fase moderada do Alzheimer é geralmente a mais longa e pode durar anos. Conforme 
progride, o indivíduo terá maior dificuldade de comunicação e necessitará de um cuidado mais 
direto. Deve-se falar lenta e claramente, manter contato visual, ser paciente, perguntar questões 
simples e uma de cada vez, evitar criticar e argumentar. 
 Na fase avançada do Alzheimer, o indivíduo pode depender de comunicação não verbal, 
como expressões faciais ou sons vocais. Deve-se aproximar-se dele pela frente e identificar-se, 
estimular a comunicação não verbal, pedir-lhe para apontar ou fazer gestos quando não for 
compreensível; tratá-lo com dignidade e respeito e usar o toque e os 5 sentidos como forma de 
comunicação. 
 
Referências bibliográficas 
ALZHEIMER’S ASSOCIATION. Communication and Alzheimer’s. Disponível em: 
https://www.alz.org/help-support/caregiving/daily-care/communications. Acesso em: 18 Nov. 
2020. 
 
 
6 – Descrever a cavidade oral anatomicamente 
 A região oral compreende a cavidade oral, os dentes, a gengiva, a língua, o palato e a região 
das tonsilas palatinas. A cavidade oral é o local onde o alimento é ingerido e preparado para 
digestão no estômago e no intestino delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva 
proveniente das glândulas salivares facilita a formação do bolo alimentar. A deglutição é iniciada 
voluntariamente na cavidade oral. A fase voluntária do processo empurra o bolo da cavidade oral 
à faringe, onde ocorre a fase involuntária da deglutição. 
 A cavidade oral (boca) tem duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca. 
É na cavidade oral que se sente o sabor dos alimentos e bebidas e que o alimento é mastigado e 
manipulado pela língua. O vestíbulo da boca é o espaço semelhante a uma fende entre os dentes 
e a gengiva e os lábios e as bochechas. O vestíbulo comunica-se como exterior através da rima 
(abertura) da boca. O tamanho da rima é controlado pelos mm. periorais. 
A cavidade própria da boca é o espaço entre as arcadas dentais maxilar e mandibular. É 
limitada lateral e anteriormente pelos arcos dentais. O teto da cavidade oral é formada pelo 
palato. Posteriormente, a cavidade oral comunica-se com a orofaringe. Quando a boca está 
fechada e em repouso, a cavidade oral. 
Os lábios são pregas musculofibrosas móveis que circundam a boca, estendendo-se dos 
sulcos nasolabiais e narinas lateral e superiormente até o sulco mentolabial inferiormente. Eles 
contêm o m. orbicular da boca e músculos, vasos e nervos dos lábios superior e inferior. Os lábios 
são cobertos externamente por pele e internamente por túnica mucosa. Atuam como as válvulas 
da rima da boca, contendo o esfíncter (m. orbicular da boca), que controla a entrada e saída da 
boca e dos sistemas digestório superior e respiratório. Os lábios são usados para apreender o 
alimento, sugar líquidos, manter o alimento fora do vestíbulo da boca, produzir a fala e osculação. 
O palato forma o teto curvo da boca e o assoalho das cavidades nasais. Separa a cavidade 
oral das cavidades nasais e da parte nasal da faringe. A face nasal (superior) do palato é coberta 
por túnica mucosa respiratória, e a face inferior (oral) é coberta por túnica mucosa oral, 
densamente povoada por glândulas. O palato tem duas regiões: o palato duro, anterior, e o palato 
mole, posterior. 
O palato duro tem formato de abóbada; o espaço é ocupado principalmente pela língua 
quando está em repouso. Os 2/3 anteriores do palato têm um esqueleto ósseo formado pelos 
processos palatinos da maxila e as lâminas horizontais dos palatinos. 
O palato mole é o terço posterior móvel do palato e fica suspenso na margem posterior do 
palato duro. Ele não tem esqueleto ósseo, mas sua parte aponeurótica anterior é reforçada pela 
aponeurose palatina, que se fixa à margem posterior do palato duro. A aponeurose tem a parte 
anterior espessa e a parte posterior fina, na qual se funde uma parte muscular posterior. Na parte 
posteroinferior o palato mole tem margem livre curva da qual pende um processo cônico, a úvula. 
Durante a deglutição, primeiro o palato mole é tensionado para permitir que a língua seja 
pressionada contra ele, levando o bolo alimentar (alimento mastigado) para a parte posterior da 
boca. Em seguida, o palato mole é elevado posterior e superiormente contra a parede da faringe, 
impedindo, assim, a entrada de alimento na cavidade nasal. 
Na parte lateral, o palato mole é contínuo com a parede da faringe e é unido à língua e à 
faringe pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo, respectivamente. Há algumas papilas 
gustativas no epitélio que cobre a face oral do palato mole, a parede posterior da parte oral da 
faringe e a epiglote. 
As fauces são o espaço entre a cavidade oral e a faringe. O limite superior é o palato mole, 
o inferior é a língua e o limite lateral são os pilares das fauces, os arcos palatoglosso e 
palatofaríngeo. O istmo das fauces é o espaço estreito e curto que faz a conexão entre a cavidade 
própria da boca e a parte oral da faringe. O limite anterior do istmo são os arcos palatoglossos e o 
limite posterior são arcos palatofaríngeos. As tonsilas palatinas, frequentemente denominadas 
“as tonsilas”, são massas de tecido linfoide, uma de cada lado da parte oral da faringe. Cada 
tonsila está localizada em uma fossa (seio) tonsilar, limitada pelos arcos palatoglosso e 
palatofaríngeo e pela língua. 
A língua é um órgão muscular móvel recoberto por túnica mucosa que pode assumir vários 
formatos e posições. Uma parte da língua está situada na cavidade oral e outra na orofaringe. As 
principais funções são: articulação e compressão do alimento para a orofaringe como parte da 
deglutição. A língua está associada à mastigação, ao paladar e à limpeza da boca. 
A língua é dividida em raiz, corpo e ápice. A raiz é a parte posterior fixa que se estende 
entre a mandíbula, o hioide e a face posterior, quase vertical, da língua. O corpo da língua 
corresponde aproximadamente aos dois terços anteriores, entre a raiz e o ápice. O ápice (ponta) 
da língua é a extremidade anterior do corpo, que se apoia sobre os dentes incisivos. O corpo e 
ápice são muito móveis. 
O dorso da língua tem textura áspera por causa de numerosas pequenas papilas linguais: 
• Papilas circunvaladas: grandes e com topo plano, situam-se diretamente anteriores ao 
sulco terminal e são organizadas em uma fileira em formato de V. São circundadas por 
depressões circulares profundas, cujas paredes estão repletas de calículos gustatórios. Os 
ductos das glândulas serosas da língua abrem-se nas depressões. 
• Papilas folhadas: pequenas pregas laterais da túnica mucosa lingual. São pouco 
desenvolvidas nos seres humanos. 
• Papilas filiformes:longas e numerosas, contêm terminações nervosas aferentes sensíveis 
ao toque. Essas projeções cônicas e descamativas são rosa-acinzentadas e estão 
organizadas em fileiras com formato de V, paralelas ao sulco terminal, exceto no ápice, 
onde tendem a se organizar transversalmente. 
• Papilas fungiformes: pontos em formato de cogumelo, rosa ou vermelhos, dispersos entre 
as papilas filiformes, porém mais numerosos no ápice e nas margens da língua. 
A túnica mucosa da parte posterior da língua é espessa e livremente móvel. Não tem papilas 
linguais, mas os nódulos linfoides subjacentes conferem a essa parte da língua uma aparência 
irregular, em pedra de calçamento. Os nódulos linfoides são conhecidos coletivamente como 
tonsila lingual. 
As glândulas salivares são as parótidas, submandibulares e sublinguais. Elas, junto das 
glândulas mucosas da cavidade oral, secretam um líquido viscoso transparente, insípido e 
inodoro – a saliva. A saliva é responsável por manter a túnica mucosa da boca úmida, lubrificar o 
alimento durante a mastigação, iniciar a digestão de amidos, atuar como colutório intrínseco e 
previne cáries dentais e no paladar. 
 
Referências bibliográficas 
MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R. Anatomia orientada para a clínica. 8. ed. 
Guanabara Koogan 
 
 
7 – Explicar o processo embriológico da cavidade oral 
 Já com a derivação a partir do intestino primitivo, no início da formação dos órgãos do 
sistema digestório, o embrião apresenta uma grande curvatura. O ectoderma epidermal, então, 
sofre uma invaginação próxima à região inicial do intestino anterior, formando a cavidade oral 
primitiva, também chamado de estomodeu. 
 A princípio, não há comunicação dessa cavidade com a faringe – existe a membrana 
bucofaríngea que as separa. A comunicação só ocorre com o rompimento dessa membrana, por 
volta do final da 4ª semana de desenvolvimento. 
 A primeira indicação do desenvolvimento da língua surge ao final da 4ª semana quando a 
saliência lingual mediana (ou tubérculo ímpar) surge no assoalho da faringe primitiva. Na 5ª 
semana, formam-se duas saliências linguais laterais, em cada lado da saliência lingual mediana. 
Essas laterais aumentam rapidamente de tamanho, fundem-se uma com a outra e crescem sobre 
a mediana. As laterais continuam crescendo durante toda vida embrionária e fetal, formando os 
dois terços anteriores da língua. 
 A formação do terço posterior da língua é indicada por duas elevações que se 
desenvolvem caudalmente ao forame cego, chamadas de cópula. As partes anterior e posterior 
da língua se fundem e essa região é marcada pelo sulco terminal. Durante seu desenvolvimento 
inicial, a língua sofre um rápido alargamento e se diferencia em um órgão muscular. 
 
Referências bibliográficas 
SADLER, T.W. Langman – Embriologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
MOORE, K., PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2016. 
 
 
8 – Descrever histologicamente a arquitetura do sistema digestório 
Todos os componentes do sistema digestório apresentam certas características 
estruturais em comum. Trata-se de um tubo oco composto por um lúmen, ou luz, cujo diâmetro é 
variável, circundado por uma parede formada por quatro camadas distintas: mucosa, submucosa, 
muscular e serosa. 
A camada mucosa é composta por: 
(a) próximo ao lúmen, tecido epitelial estratificado pavimentoso 
(b) uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos e 
células musculares lisas, algumas vezes apresentando também glândulas e tecido linfoide 
(c) uma muscular da mucosa, que separa a camada mucosa da submucosa e geralmente 
consiste em duas subcamadas delgadas de células musculares lisas, uma circular interna e outra 
longitudinal externa. Essas subcamadas promovem o movimento da camada mucosa, 
independentemente de outros movimentos do sistema digestório, aumentando o contato da 
mucosa com o alimento. 
A camada submucosa é composta por tecido conjuntivo moderadamente denso com 
muitos vasos sanguíneos e linfáticos e um plexo nervoso submucoso (também denominado 
plexo de Meissner). Essa camada pode conter também glândulas esofágicas e tecido linfoide. Ela 
tem como função dar suporte à camada mucosa e nutri-la. 
A camada muscular do órgão contém, de acordo com a região, tecido muscular estriado 
esquelético e/ou células musculares lisas orientadas em espiral, divididas em duas subcamadas, 
de acordo com o direcionamento principal. Na subcamada mais interna, a orientação é 
geralmente circular; na subcamada externa, é majoritariamente longitudinal. Entre essas duas 
subcamadas, observam-se o plexo nervoso mioentérico (ou plexo de Auerbach) e o tecido 
conjuntivo contendo vasos sanguíneos e linfáticos. Assim, as contrações da camada muscular, 
geradas e coordenadas pelos plexos nervosos, realizam movimento peristáltico, impulsionando e 
misturando o alimento ingerido no sistema digestório. 
A camada adventícia ou serosa é formada por uma camada delgada de tecido conjuntivo 
frouxo, revestida por um epitélio pavimentoso simples, denominado mesotélio. Na cavidade 
abdominal, a serosa que reveste os órgãos é denominada peritônio visceral e está em 
continuidade com o mesentério (membrana delgada revestida por mesotélio nos dois lados), que 
suporta os intestinos, e com o peritônio parietal, uma membrana serosa que reveste a parede da 
cavidade abdominal. Em locais em que o órgão digestivo está unido a outros órgãos ou 
estruturas, no entanto, a serosa é substituída por uma adventícia espessa, que consiste em tecido 
conjuntivo e tecido adiposo contendo vasos e nervos, sem o mesotélio. 
 
Referências bibliográficas 
JUNQUEIRA, Luiz Carneiro; CARNEIRO, José. Histologia Básica. 13. ed. Guanabara Koogan, 2013. 
 
 
9 – Sequenciar os passos da sonda nasogástrica e discorrer as indicações e 
contraindicações 
 Para a instalação das sondas nasogástricas, recomenda-se que o paciente esteja em jejum 
alimentar pelo menos 4 horas, pois a presença de alimentos no estômago reduz os movimentos 
gástricos, importantes para o posicionamento da sonda e favorece a ocorrência de náuseas e 
vômitos. Uma medida seria manter o paciente em jejum, logo após a última refeição do dia, e 
realizar a passagem da sonda pela manhã. 
 Ao realizar o procedimento, as etapas abaixo são as recomendadas. 
1. Explicar e orientar o paciente sobre a importância e a necessidade do uso da sonda e 
deixar que ele a manuseie. Esta etapa é fundamental para que o procedimento seja mais fácil. 
2. Colocar o paciente sentado ou deitado com a cabeceira do leito elevada a 45 graus. 
3. Medir a extensão da sonda, que deve ser introduzida, colocando-se seu orifício distal na 
ponta do nariz, estendendo-a até o lóbulo da orelha e daí até o apêndice xifoide. (quando houver 
indicação do posicionamento no estômago, introduzi-la até este ponto. Para o posicionamento na 
segunda/terceira porção do duodeno ou jejuno, deverá migrar espontaneamente com o estímulo 
peristáltico 25 cm ou mais). 
4. Depois de ser determinada a porção da sonda que será introduzida, umedecê-la com água. 
Após verificar se o paciente tem alguma obstrução nasal, selecionar a narina, observar, também, 
se existe desvio de septo, o que poderá dificultar a passagem da sonda. Pequena quantidade de 
anestésico local pode ser colocada na narina para diminuir o desconforto. Algumas vezes, o uso 
do próprio anestésico local pode ser causa de desconforto passageiro. 
5. Introduzir delicadamente a sonda na narina, acompanhando o septo nasal e superfície 
superior do palato duro. 
6. Orientar o paciente para relaxar os músculos da face e, quando sentir que a sonda chegou 
à garganta, orienta-lo para inspirar e “engolir fortemente”, para evitar a sensação de náusea, 
causada pela presença da sonda na faringe. 
7. Se o paciente está consciente, oferecer água e pedir-lhe para dar“pequenos goles”. Em 
cada deglutição da água, introduzir lenta e delicadamente a sonda através da narina, avançando 
até o esôfago e estômago, guiando-se pela medida feita anteriormente. Nos pacientes com 
reflexos diminuídos, flectir a cabeça para que a glote se feche e proteja as vias aéreas. Quando, 
após cada deglutição, a sonda “caminha espontaneamente” na mão do profissional, não há 
dúvida de que a sonda está se posicionando corretamente no esôfago. A movimentação 
peristáltica do esôfago é voluntária no seu terço superior e involuntária nos 2/3 distais (mesmo 
em pacientes inconscientes), e as vias aéreas não têm tal capacidade. 
8. Observar se o paciente apresenta tosse, dificuldade respiratória, cianose, agitação, que 
podem ser manifestações de um desvio na sonda para as vias aéreas. Nesse caso, deverá ela ser 
retirada e reintroduzida. A flexão da cabeça obstrui as vias aéreas superiores, portanto nunca 
tentar passar a sonda com a cabeça em extensão. 
9. Quando sentir resistência na introdução as sonda, verificar se ela já atingiu o estômago. 
Isto pode ser verificado por meio de uma das formas: aspirar suco gástrico com seringa de 20 ml 
(seringas menores são contraindicadas, porque oferecem pressão excessiva e podem danificar a 
sonda e lesar a mucosa gástrica); Introduzir de 10 a 20 ml de ar através da sonda e auscultar com 
o estetoscópio, logo abaixo do apêndice xifoide (deve-se auscultar um ruído, indicando que a 
extremidade da sonda está no estômago e está pérvia; mergulhar em água a extremidade 
proximal da sonda e verificar se há saída de bolhas de ar. Isto indica que ela está nas vias aéreas. 
Fazer este último procedimento com cuidado, para se evitar ocorrência rara de aspiração do 
líquido para o pulmão. Além das manobras indicadas, observar se o paciente apresenta dispneia, 
cianose, prostração ou ainda dificuldade para falar. 
 
Antes de iniciar a administração todos os teste de posicionamento da sonda devem ser 
rigorosamente feitos, para que não existam dúvidas quanto a sua presença no estômago. O 
método considerado padrão ouro é o RX de abdômen ou fluoroscopia. 
 
Indicações: 
• Intoxicação exógena; (conjunto de efeitos nocivos representados por manifestações 
clínicas ou laboratoriais que revelam o desequilíbrio orgânico produzido pela interação de 
um ou mais agentes tóxicos com o sistema biológico) 
• Alívio de distensão abdominal; 
• Presença de vômitos persistentes; 
• Comprometimento da via oral; 
• Pessoas que necessitam de complementação nutricional; 
• Pessoas que não podem se alimentar por via oral devido algum comprometimento; 
• Administração de medicamentos; 
• Coleta de material para exame do suco gástrico. 
 
Contraindicações: 
• Absoluta: esofagite, varizes esofagianas, obstruções esofagianas, lesões esofagianas, 
obstrução gástrica e sinusite (posicionamento nasal) 
• Relativa: nasal (paciente com fratura de base de crânio, desvio de septo nasal); oral 
(pacientes conscientes, desorientados, grandes lesões de cavidade oral, fraturas de 
mandíbula e de maxilar e fixações cirúrgicas de mandíbula); nasal e oral (varizes ou lesões 
esofagianas) 
 
Referências bibliográficas 
UNAMUNO, Maria do Rosário D L De; MARCHINI, Julio S. Sonda nasogástrica/nasoentérica: 
cuidados na instalação, na administração da dieta e prevenção de complicações. Medicina, 
Ribeirão Preto,35: 95-101, jan./mar. 2002. 
GHARIB A.M; STERN EJ; SHERBIN VL & ROHRMANN CA. Nasogastric and feeding tubes. The 
importance of proper placement. Postgrad Med 99: 165-168, 1996. 
 
 
10 – Explicar a formação embriológica do esôfago 
O esôfago desenvolve-se a partir do intestino anterior imediatamente caudal à faringe. A 
separação da traqueia do esôfago ocorre pelo septo traqueoesofágico. Inicialmente, o esôfago é 
curto, mas ele se alonga rapidamente, graças, principalmente, ao crescimento e à descida do 
coração e dos pulmões. O esôfago alcança o seu comprimento final relativo durante a sétima 
semana. 
Seu epitélio e suas glândulas são derivadas do endoderma. O epitélio prolifera e oblitera, 
parcial ou completamente, a luz; entretanto, a recanalização do esôfago normalmente ocorre no 
final do período embrionário. 
O músculo estriado que forma a camada muscular externa do terço superior do esôfago é 
derivado do mesênquima dos arcos faríngeos caudais. O músculo liso, principalmente no terço 
inferior do esôfago, se desenvolve do mesênquima esplâncnico circunjacente. Estudos recentes 
indicam uma transdiferenciação das células do músculo liso na parte superior do esôfago para o 
músculo estriado, que é dependente de fatores reguladores miogênicos. Ambos os tipos de 
músculo são inervados por ramos dos nervos vagos (nervo craniano X), que suprem os arcos 
faríngeos caudais. 
Referências bibliográficas 
SADLER, T.W. Langman – Embriologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
MOORE, K., PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2016. 
11 – Descrever topograficamente o esôfago 
O esôfago é um tubo muscular (aproximadamente 25 cm de comprimento) com um diâmetro 
médio de 2 cm, que conduz alimento da faringe para o estômago. Ele possui três constrições, 
onde estruturas adjacentes deixam impressões: 
• Constrição cervical (esfíncter superior do esôfago): em seu início na junção 
faringoesofágica, a aproximadamente 15 cm dos dentes incisivos; causada pela parte 
cricofaríngea do m. constritor inferior da faringe 
• Constrição broncoaórtica (torácica): onde ocorre primeiro o cruzamento do arco da aorta, 
a 22,5 cm dos dentes incisivos, e depois o cruzamento pelo brônquio principale esquerdo, a 
27,5 cm; a primeira constrição é observada em vistas anteroposteriores, a segunda em 
vistas laterais. 
• Constrição diafragmática: no local onde atravessa o hiato esofágico do diafragma, a 
aproximadamente 40 cm dos dentes incisivos 
O conhecimento dessas constrições é importante ao introduzir instrumentos no estômago 
através do esôfago e ao examinar radiografias de pacientes com disfagia. 
O esôfago: 
• Segue a curva da coluna vertebral ao descer através do pescoço e do mediastino – a 
divisão mediana da cavidade torácica 
• Tem lâminas musculares circulares internas e longitudinais externas. Em seu terço 
superior, a lâmina externa consiste em músculo estriado voluntário; o terço inferior é 
formado por músculo liso, e o terço médio tem os dois tipos de músculo 
• Atravessa o hiato esofágico elíptico no pilar muscular direito do diafragma, logo à 
esquerda do plano mediano, no nível da vértebra T X 
• Termina entrando no estômago no óstio cárdico do estômago (Figura 5.33C), à esquerda 
da linha mediana, no nível da 7a cartilagem costal esquerda e da vértebra T XI 
O alimento atravessa o esôfago rapidamente em razão da ação peristáltica de sua 
musculatura, auxiliado pela gravidade, mas não depende dela (é possível engolir de cabeça para 
baixo). O esôfago está fixado às margens do hiato esofágico no diafragma pelo ligamento 
frenicoesofágico, uma extensão da fáscia diafragmática inferior. Esse ligamento permite o 
movimento independente do diafragma e do esôfago durante a respiração e a deglutição. 
A parte abdominal do esôfago, em forma de trompete, com apenas 1,25 cm de comprimento, 
vai do hiato esofágico no pilar direito do diafragma até o óstio cárdico do estômago, alargando-se 
à medida que se aproxima em posição anterior e à esquerda na sua descida. A face anterior é 
coberta por peritônio da cavidade peritoneal, contínuo com aquele que reveste a face anterior do 
estômago. Encaixa-se em um sulco na face posterior (visceral) do fígado. 
A face posterior da parte abdominal do esôfago é coberta por peritônio da bolsa omental, 
contínuo com aquele que reveste a face posterior do estômago. A margem direita do esôfago é 
contínua com a curvatura menor do estômago; entretanto, sua margem esquerda é separada do 
fundo gástricopela incisura cárdica existente entre o esôfago e o fundo gástrico. 
A junção esofagogástrica situa-se à esquerda da vértebra T XI no plano horizontal que 
atravessa a extremidade do processo xifoide. Os cirurgiões e endoscopistas designam a linha Z, 
uma linha irregular em que há mudança abrupta da túnica mucosa esofágica para a túnica 
mucosa gástrica, como a junção. Imediatamente acima dessa junção, a musculatura do pilar 
direito do diafragma que forma o hiato esofágico funciona como um esfíncter esofágico inferior 
extrínseco que contrai e relaxa, geralmente em conjunto com um revestimento muscular 
espessado de modo variável em torno do óstio cárdico do estômago. Exames radiológicos 
mostram que o alimento para momentaneamente nesse ponto e que o mecanismo esfincteriano 
normalmente é eficiente para evitar refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago. Quando uma 
pessoa não está comendo, o lúmen do esôfago normalmente encontra-se colapsado acima desse 
nível para evitar a regurgitação de alimentos ou suco gástrico para o esôfago. 
Topograficamente, o esôfago inicia-se dorsalmente à cartilagem cricóidea da laringe e 
acompanha a traqueia ao longo do pescoço, no início inclinando-se para a esquerda, mas 
reassumindo uma posição simétrica acima da traqueia antes ou logo depois de chegar ao tórax. 
No tórax, segue no mediastino e, prosseguindo-se além da bifurcação traqueal, passa sobre o 
coração antes de penetrar no hiato esofágico do diafragma. Segue, então sobre a borda dorsal do 
fígado e une-se ao estômago na cárdia. A parte cervical segue no espaço visceral do pescoço, 
estando relacionada com os músculos subvertebrais dorsalmente e o lado esquerdo 
medioventralmente da traqueia. Durante grande parte de seu comprimento, é acompanhado pela 
artéria carótida comum esquerda, veia jugular interna e pelos nervos vagossimpático e laríngo 
recorrente. A parte torácica relaciona-se com o lado direito do arco aórtico e com a bifurcação da 
traquéia, passa por trás do coração e atinge a abertura do diafragma mais caudalmente (hiato 
esofágco), suas bordas dorsal e ventral são acompanhadas pelos troncos nos quais se 
reagrupam as fibras dos nervos vagos direito e esquerdo. A parte abdominal é a menor, 
geralmente com apenas 2 cm de comprimento, logo após atravessar o hiato esofagiano o 
esôfago desvia-se para a esquerda e alcança o estômago na junção esofagogástrica. 
 
Referências bibliográficas 
MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R. Anatomia orienteada para a clínica. 8. ed. 
Guanabara Koogan 
 
 
12 – Investigar o encaminhamento para o especialista e o papel do assistente social 
no caso 
Os Assistentes Sociais que atuam nas UPA são servidores do quadro da Secretaria do 
Estado de Saúde do Distrito Federal – SES/DF, vinculados tecnicamente a Gerência de Serviço 
Social e administrativamente à Gerência de cada UPA. Sendo assim, faz-se necessária a 
elaboração de um Protocolo de Atendimento que normatize as ações deste profissional no 
âmbito das Unidades de Pronto Atendimento – UPA 24 horas. 
O objetivo principal é estabelecer rotinas e fluxos de atendimento que direcionam a 
atuação do profissional em relação à prestação de serviço à população. Além disso, o presente 
Protocolo visa ampliar a compreensão do processo de trabalho do Assistente Social, bem como, 
apoiar e complementar a execução das rotinas na unidade de urgência e emergência. 
As atividades são realizadas de forma integrada com outras políticas públicas e apoio de 
órgãos governamentais e não governamentais inseridos na rede de proteção social existente. O 
paciente e sua família são atendidos com vistas à promoção social, pessoal, econômica e 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Ademais, vê-se que a elaboração de um 
Protocolo de Atendimento do Serviço Social também contribui para uma maior clareza sobre o 
papel dos Assistentes Sociais nas UPA pelos outros atores que compõe a equipe 
multiprofissional. 
O profissional de Serviço Social apresenta um olhar diferenciado, utilizando uma avaliação 
ampliada da situação social com o intuito de identificar “as condições de vida e de trabalho dos 
usuários, bem como os determinantes sociais que interferem no processo saúde-doença” 
O encaminhamento do paciente ao nutricionista deve ser realizado quando todos os 
recursos terapêuticos de nível primário (APS) foram utilizados para atender às demandas do 
paciente. O encaminhamento pode ser realizado por médicos da atenção primária (em UBS, ESF) 
e médicos da atenção especializada. 
Os encaminhamentos devem conter as seguintes informações: 
• História clínica resumida 
• Tentativas de tratamento 
• Diagnóstico/hipótese diagnóstica 
• Antropometria (histórico de peso, altura, IMC, e demais parâmetros relevantes) 
• Exames bioquímicos – últimos 6 meses (glicemia, colesterol, triglicérides, HDL, LDL e 
outros) 
• Medicamentos em uso 
 
Referências bibliográficas 
Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde da SES-DF – CPPAS. Protocolos de 
Atendimento do Serviço Social nas Unidades de Pronto Atendimento – UPA 24h. 
Secretaria Municipal de Saúde do Sistema Único de Saúde – SUS de Ribeirão Preto. Protocolo de 
encaminhamento para nutricionista.

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