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ACÚMULOS INTRACELULARES A membrana citoplasmática contra os movimentos de entrada e saída dos fluidos – o gradiente osmótico e iônico sente os estímulos do meio. Mitocôndria: Local do metabolismo aeróbico – principal fonte de energia da célula, na qual são produzidos radicais livres e armazenadas carpases. Retículo endoplasmático rugoso (REG): Centro de produção de proteínas – algumas exportadas para o próprio consumo celular. Retículo endoplasmático liso (REL): Responsável pela catabolização e formação de novos compostos. Aparelho de gplgi: Produz e armazena os produtos de secreção da célula para posterior exportação. Lisossomos: Contém enzimas hidrolíticas para a digestão de substâncias – responsável pela heterofagia e autofagia celular. Citoesqueleto: Locomoção celular, movimento intracelular de organelas e manutenção da forma da célula. Núcleo: Contém DNA nos grânulos de cromatina e RNA no nucléolo – controlam a estrutura e função celular. DEGENERAÇÃO Manifestações dos transtornos metabólicos nas células e o acúmulo de substâncias em quantidades anormais no meio intracelular – classificadas de acordo com a natureza da substância acumulada. Em alguns casos a célula que produz a substância anômala, em outros apenas armazena. Composição química das células: Água, eletrólitos, carboidratos e proteínas. A degeneração pode ocorrer devido ao acúmulo de componentes normais, bem como anormais – mineral, metabólito anormal, pigmento e etc. o Pode estar no citoplasma (dentro do lisossomo) ou no núcleo; o Podem se acumular de maneira transitória ou permanente; o Podem ser inofensivas ou tóxicas; o Se a sobrecarga resultar de um distúrbio sistêmico e puder ser controlada – lesão reversível; o Nas doenças de depósitos genéticos o acúmulo é progressivo – células ficam sobrecarregadas, sofrem lesão secundária e podem evoluir para morte do tecido. DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA Acúmulo de água e eletrólitos – lesão celular reversível, na qual a célula está tumefeita (aumentada de volume). Lesão comum, não letal, também chamada de degeneração vacuolar e granular, e albuminosa e tumefação turva. Causas e mecanismos: Transtornos no equilíbrio hidroeletrolítico – retenção de eletrólitos e água. Ocorre alteração da bomba, com consequente alteração na produção e consumo de ATP e alteração na integridade das membranas celulares. o Hipóxia, lesão da membrana mitocondrial, alteração na fosforilação mitocondrial e febre; o Retenção de sódio, redução de potássio, aumento da pressão osmótica intracelular e entrada de água na célula; o Rearranjo de organelas. Morfologia: Células tumefeitas, aumentadas de volume e com citoplasma de aspecto granuloso – células claras, com presença de vacúolos de água no citoplasma. DEGENERAÇÃO GORDUROSA As principais classes de lipídios podem se acumular nas células – ocorre principalmente no fígado, podendo ocorrer também nos rins, coração e músculos. Causas: Toxinas, diabetes, obesidade, anóxia e abuso de álcool. Esteatose: Acúmulo anormal de triglicerídeos nas células do parênquima. Colesterol e ésteres de colesterol: Estados hiperlipidêmicos adquiridos ou hereditários. Aterosclerose: Acúmulo de placas de gordura, cálcio e outras substâncias nas artérias – dificultam a passagem sanguínea. Xantomas: Acúmulo de macrófagos espumosos na epiderme. Inflamação e necrose: Fagocitação. Colesterolose: Pontilhado amarelado e difuso disposto longitudinalmente na lâmina própria da vesícula biliar. DEGENERAÇÃO HIALINA Acúmulo de material acidófilo/vítreo no interior da célula – material proteico. Condensação de filamentos intermediários e proteínas, material de origem virótica, corpos apoptóticos e proteínas endocitadas. Corpúsculo hialino de Mallory: Encontrado nos hepatócitos de alcoolistas crônicos. Corpúsculos de Councilman e Rocha Lima: Vistos nos hepatócitos em hepatites virais e na febre amarela – apoptose. Corpúsculos de Russel: Plasmócitos (produção de imunoglobulinas) – inflamações agudas. Ex.: Salmoneloses, leishmaniose tegumentar e etc. Degeneração de fibras musculares esqueléticas e cardíacas: Decorre da ação de endotoxinas bacterianas e da agressão de células T e macrófagos. Ex.: Miocardite e miosite chagásica. Amiloidose: Surge a partir de proteínas anormais ou dobradas incorretamente – depósito intra ou extracelular. DEGENERAÇÃO MUCOIDE Hiperprodução de muco pelas células mucíparas do trato digestivo e respiratório, com consequente acúmulo de mucina – síntese exagerada em adenomas e adenocarcinomas (células em anel-de-sinete). ACÚMULO DE GLICOGÊNIO Ocorre devido desequilíbrio na síntese ou catabolismo de glicogênio. Causas: Hiperglicemias, seja, elas alimentares, por lesão no SNC por narcóticos, diabetes mellitus, síndrome de cushing ou por adrenalina e glucagon. Glicogenoses (acúmulo de glicogênio): Síndromes de origem genética determinando deficiências de enzimas que condicionarão defeitos na síntese e/ou degradação do glicogênio. Mecanismos – Diabete mellitus e demais hiperglicemias: Diminuição da insulina ® hiperglicemia ® glicosúria ® maior reabsorção tubular de glicose ® aporte excessivo de glicose á célula ® acúmulo de glicogênio. Ex.: - Doença de Von Gierke I: Fígado não consegue produzir glicose através do glicogênio, ocorrendo acúmulo. - Doença de Pompe II: Acúmulo de glicogênio nos lisossomos por deficiência enzimática. - Doença de McArdle V: Deficiencia de fosforilase muscular – acúmulo de glicogênio nos músculos. ENVELHECIMENTO CELULAR Consequência da ação do tempo sobre os seres vivos – resultado de uma complexa associação de interações e modificações morfológicas, bioquímicas, fisiológicas e psicológicas. É afetado por: o Fatores genéticos; o Dieta; o Condição social; o Ocorrência de doenças relacionadas à idade. Funções celulares que declinam com a idade: o Fosforilação oxidativa; o Síntese de ácidos nucleicos; o Proteínas estruturais e enzimáticas; o Receptores celulares; o Fatores de transcrição; o Células senescentes com capacidade reduzida de captação de nutrientes e de reparo de lesões cromossômicas. Alterações morfológicas celulares no envelhecimento: o Núcleos irregulares; o Retículo endoplasmático reduzido; o Aparelho de Golgi distorcido; o Mitocôndrias vacuolizadas e pleomórficas; o Acúmulo de pigmento lipofuscina – produto da peroxidacao lipídica que indica lesão oxidativa. TEORIA DO RELÓGIO Encurtamento de telômero: Encurtamento do comprimento a cada divisão celular – células senescentes quando impossibilitadas de dividir. Telomerase: Procede à manutenção dos telômeros – só existe nas células germinativas. As células somáticas têm o gene da telomerase, porém inativo. Exposição contínua a influências metabólicas: Radicais livres causam modificações das proteínas, lipídeos e ácidos nucléicos e podem ser desencadeados dentro das células: - Absorção de energia radiante (Rx e ultravioleta); - Reações de oxirredução normais (respiração celular); - Metais (ferro e cobre); - Substâncias químicas exógenas (tetracloreto de carbono). CALCIFICAÇÃO PATOLÓGICA Depósito anormal de sais de cálcio – ocorre em áreas de necrose de coagulação, caseosa, liquefação ou necrose enzimática de gordura. Muito frequente na aterosclerose avançada e em válvulas cardíacas. Causas: Alteração do pH local do tecido lesado – há depósito de cálcio como tentativa de neutralizá-lo. Distrófica: Ocorre em células inviáveis (morrendo) – calcemia normal. Macroscopicamente os sais de cálcio aparecem como grânulos ou aglomerados brancos. Ex.: Tecidos atróficos, cartilagens e cicatrizes. Na mama, quando observada, sugere câncer. No cérebro infantil sugere toxoplasmose. Metastática: Quando ocorre em tecidos vitais e é decorrente de uma perturbação do metabolismodo cálcio. O cálcio circulante se deposita em tecidos normais, em meios ácidos: parede de alvéolos pulmonares, fundo gástrico, rim e glândulas profundas do corpo. Se deve ao aumento do cálcio circulante, encontrada em: - Hiperparatireoidismo (por aumento do paratormônio PTH); - Excesso de vitamina D; Destruição óssea grave por tumores; - Doenças renais crônicas por retenção de fosfatos – hiperparatireoidismo secundário. Hiperparatireoidismo: Primário: Aumento de PTH – aumento do nível de cálcio no sangue. Secundário: Doença renal crônica, que ocorre por hiperfosfatemia e hipocalcemia – aumento do PTH.
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