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Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

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1 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) 
 
Questões Preliminares importantes 
• Diagnosticado nos primeiros anos de vida escolar da criança 
• Etiologia sendo constantemente investigada: fatores hereditários, neurobiológicos e 
ambientais 
• Diagnóstico é essencialmente clínico e interdisciplinar: 
o Investigação ambiente escolar, familiar e social 
▪ Exames neurológicos, avaliação neuropsicológica, anamnese, entrevistas 
• Descartar qualquer possível diagnóstico diferencial 
 
 
Critérios diagnósticos: (ver DSM-5) 
⇨ A1 Desatenção: Seis (ou mais) dos seguintes sintomas persistem por pelo menos seis meses 
em um grau que é inconsistente com o nível do desenvolvimento e têm impacto negativo 
diretamente nas atividades sociais e acadêmicas/profissionais: nas brincadeiras, por exemplo 
o frequentemente parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra diretamente 
o Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido 
em tarefas escolares, no trabalho ou durante outras atividades (p. ex., negligencia 
ou deixa passar detalhes, o trabalho é impreciso). 
o b. Frequentemente tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades 
lúdicas (p. ex., dificuldade de manter o foco durante aulas, conversas ou leituras 
prolongadas). 
o c. Frequentemente parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra 
diretamente (p. ex., parece estar com a cabeça longe, mesmo na ausência de 
qualquer distração óbvia). 
o d. Frequentemente não segue instruções até o fim e não consegue terminar 
trabalhos escolares, tarefas ou deveres no local de trabalho (p. ex., começa as 
tarefas, mas rapidamente perde o foco e facilmente perde o rumo). 
o e. Frequentemente tem dificuldade para organizar tarefas e atividades (p. ex., 
dificuldade em gerenciar tarefas sequenciais; dificuldade em manter materiais e 
objetos pessoais em ordem; trabalho desorganizado e desleixado; mau 
gerenciamento do tempo; dificuldade em cumprir prazos). 
o f. Frequentemente evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exijam 
esforço mental prolongado (p. ex., trabalhos escolares ou lições de casa; para 
adolescentes mais velhos e adultos, preparo de relatórios, preenchimento de 
formulários, revisão de trabalhos longos). 
o g. Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (p. ex., 
materiais escolares, lápis, livros, instrumentos, carteiras, chaves, documentos, 
óculos, celular). 
o h. Com frequência é facilmente distraído por estímulos externos (para 
adolescentes mais velhos e adultos, pode incluir pensamentos não relacionados). 
o i. Com frequência é esquecido em relação a atividades cotidianas (p. ex., realizar 
tarefas, obrigações; para adolescentes mais velhos e adultos, retornar ligações, 
pagar contas, manter horários agendados). 
 
 
2 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
⇨ A2. Hiperatividade e impulsividade: Seis (ou mais) dos seguintes sintomas persistem por 
pelo menos seis meses em um grau que é inconsistente com o nível do desenvolvimento e 
têm impacto negativo. Nota: Os sintomas não são apenas uma manifestação de 
comportamento opositor, desafio, hostilidade ou dificuldade para compreender tarefas ou 
instruções. Para adolescentes mais velhos e adultos (17 anos ou mais), pelo menos cinco 
sintomas são necessários. 
o a. Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira. 
o b. Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça 
sentado (p. ex., sai do seu lugar em sala de aula, no escritório ou em outro local de 
trabalho ou em outras situações que exijam que se permaneça em um mesmo lugar). 
o c. Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado. 
(Nota: Em adolescentes ou adultos, pode se limitar a sensações de inquietude.) 
o d. Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer 
calmamente. 
o e. Com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado” (p. ex., 
não consegue ou se sente desconfortável em ficar parado por muito tempo, como em 
restaurantes, reuniões; outros podem ver o indivíduo como inquieto ou difícil de 
acompanhar). 
o f. Frequentemente fala demais. 
o g. Frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido 
concluída (p. ex., termina frases dos outros, não consegue aguardar a vez de falar). 
o h. Frequentemente tem dificuldade para esperar a sua vez (p. ex., aguardar em uma 
fila). 
o i. Frequentemente interrompe ou se intromete (p. ex., mete-se nas conversas, jogos 
ou atividades; pode começar a usar as coisas de outras pessoas sem pedir ou receber 
permissão; para adolescentes e adultos, pode intrometer-se em ou assumir o controle 
sobre o que outros estão fazendo). 
 
B. Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estavam presentes antes dos 12 
anos de idade. 
C. Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estão presentes em dois ou mais 
ambientes (p. ex., em casa, na escola, no trabalho; com amigos ou parentes; em outras atividades). 
D. Há evidências claras de que os sintomas interferem no funcionamento social, acadêmico ou 
profissional ou de que reduzem sua qualidade. 
E. Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de esquizofrenia ou outro transtorno 
psicótico e não são mais bem explicados por outro transtorno mental (p. ex., transtorno do humor, 
transtorno de ansiedade, transtorno dissociativo, transtorno da personalidade, intoxicação ou 
abstinência de substância). 
 
SINTOMAS DEVEM: 
• interferir negativamente no funcionamento e desenvolvimento da criança. 
• estar presentes antes dos 12 anos de idade e, no mínimo, há seis meses. 
• apresentar-se em mais de um ambiente (casa, escola, lazer, trabalho). 
 
CARACTERÍSTICAS ASSOCIADAS 
• Baixa tolerância à frustração 
• Irritabilidade 
 
3 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
• Atrasos leves no desenvolvimento linguístico social ou motor 
 
ESPECIFICAÇÃO DE TIPO: (de acordo com a apresentação dos sintomas nos últimos 6 meses) 
• Combinada: Se tanto o Critério A1 (desatenção) quanto o Critério A2 (hiperatividade-
impulsividade) são preenchidos nos últimos 6 meses. 
• Predominantemente desatenta: Se o Critério A1 (desatenção) é preenchido, mas o Critério 
A2 (hiperatividade-impulsividade) não é preenchido nos últimos 6 meses 
• Predominantemente hiperativa/impulsiva: Se o Critério A2 (hiperatividade-impulsividade) é 
preenchido, e o Critério A1 (desatenção) não é preenchido nos últimos 6 meses 
 
 
MANIFESTAÇÕES DE DESATENÇÃO: 
• divagação em tarefas, falta de persistência, dificuldade de manter o foco e desorganização. 
 
MANIFESTAÇÕES DE HIPERATIVIDADE / IMPULSIVIDADE : 
• atividade motora excessiva, ações precipitadas, que podem ser reflexo de um desejo de 
recompensas imediatas ou incapacidade de postergar gratificação, intromissão social e/ou 
tomada de decisões importantes sem considerar as consequências. 
 
TRANSTORNO EM REMISSÃO PARCIAL : 
• quando todos os critérios para preenchimento do diagnóstico tiverem sido preenchidos no 
passado, mas nem todos os necessários estiverem presentes nos últimos 6 meses. 
 
 
ETIOLOGIAS 
• Fatores de risco biológicos (ex: parentes de 1º grau) 
• + 
• Fatores ambientais (baixo peso ao nascer, tabagismo da mãe, histórico de abuso infantil, 
negligência, exposição a neurotoxinas, álcool, infecções, etc). 
• Prevalência no sexo masculino. 
• No sexo feminino, características predominantes são de desatenção. 
 
 
 
ALTERAÇÕES NEUROFUNCIONAIS 
• Causa neuro-genética-ambiental: disfunção da neurotransmissão dopaminérgica na área 
frontal, regiões subcorticais e região límbica. Resultam em sintomas de esquecimento, 
distraibilidade, impulsividade e desorganização. Desregulação central dos sistemas 
dopaminérgicos e noradrenérficos que sãocontroladores da atenção, organização, 
planejamento, motivação, cognição, atividade motora, funções executivas e sistema 
emocional compensatório. 
o Por isso se usa ritalina, por essa causa neurofuncional 
• Domínios implicados: funções executivas, planejamento e organização, tomada de decisões, 
flexibilidade cognitiva, atenção, regulação do comportamento, motivação, controle de 
impulsos, memória de trabalho, processamento da informação, tomada de decisão, 
automonitoramento. 
 
4 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
• Consequências comportamentais decorrentes das disfunções neuroquímicas: menor 
desempenho escolar, pouca persistência de esforço para atividades, alternância constante 
em tarefas, resistência em se engajar em atividades complexas que exijam organização e 
regras, falta de organização e dificuldade em reter informações. 
• Diagnóstico é importante para planejamento de um plano de tratamento visando menor 
sofrimento e melhor funcionalidade social, profissional e acadêmica 
 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
▪ Transtorno opositor desafiante 
▪ Transtorno específico de aprendizagem 
▪ Deficiência intelectual 
▪ Transtorno de apego reativo 
▪ Transtorno de ansiedade 
▪ Transtorno depressivo 
▪ Transtorno bipolar 
▪ Transtorno disruptivo da desregulação de humor 
▪ Transtorno por uso de substância 
▪ Transtorno de personalidade 
▪ Transtornos psicóticos 
▪ Tea 
 
 
 
Transtorno Específico de Aprendizagem 
 
ATENÇÃO 
▪ DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM X TRANSTORNO ESPECÍFICO DE APRENDIZAGEM 
▪ DIFICULDADES diferentes situações e fatores; podem ser passageiras e passíveis de serem 
solucionadas. 
▪ TRANSTORNO condição permanente, padrão de dificuldade com frequência e intensidade 
definida; impacto constante na funcionalidade da aprendizagem. Cérebro com funcionamento 
afetado, operando de forma diferente, mesmo que não apresente alterações estruturais. 
 
DIAGNÓSTICO 
• DSM-5: transtorno do neurodesenvolvimento, de origem biológica, com base nas 
irregularidades dos níveis cognitivos que são associados às manifestações comportamentais. 
• Interação - fatores genéticos + epigenéticos + ambientais: influenciam diretamente na 
capacidade cerebral de processar informações com eficiência e exatidão. 
• Critérios do DSM-5: ver DSM-5 
• Especificações do tipo: Com prejuízo na escrita: disgrafia com prejuízo na leitura: dislexia 
Com prejuízo na matemática: discalculia 
• Especificações da gravidade: Leve: alguma dificuldade em um ou dois domínios acadêmicos 
Moderado: dificuldades acentuadas em um ou mais domínios Grave: dificuldades graves em 
vários domínios acadêmicos. 
 
 
 
5 Laís Kist de Almeida – ATM 2024/2 
DISLEXIA 
• Dificuldade no reconhecimento de palavras. 
• Resultado de déficit no processamento fonológico. Problemas na compreensão e reduzida 
experiência de leitura. 
• Critérios: - Leitura de palavras de forma imprecisa ou lenta e com esforço. - Dificuldade para 
compreender o sentido do que é lido. 
 
 
DISCALCULIA 
• Dificuldade em aprender senso numérico, na precisão ou fluência de cálculo e raciocínio 
matemático. 
• Baixa capacidade para manejar números e conceitos matemáticos. 
• Não ocasionado por lesão ou outra causa orgânica. 
 
DISGRAFIA 
• Dificuldades na ortografia ou caligrafia: em compor textos escritos e na expressão escrita 
 
Comorbidades 
o 70% dos casos apresentam comorbidade: transtornos adversativos de comportamento e 
associados à ansiedade e baixa autoestima. 
o Dislexia e discalculia: alta comorbidade entre si e com o TDAH. 
 
 
ETIOLOGIAS 
Podem ser considerados: 
• Fatores sociais e ambientais (psicossociais) 
• Fatores biológicos (hereditários e neurobiológicos) Fatores genéticos: interação de múltiplos 
genes que interagem de nforma complexa com o ambiente 
• Fatores pré, peri e pós-natais: condições na gestação, parto (ex: prematuros de baixo peso), 
nascimento e desenvolvimento (ex: desnutrição, infecções, doenças crônicas, asma, 
diabetes. 
 
 
IMPORTANTE 
Diagnóstico precoce avaliação neuropsicológica (investigar funções cognitivas – memória, atenção, 
linguagem, funções executivas) intervenções sistemáticas de reabilitação e adaptação da criança e 
sua família a companhamento multiprofissional e interdisciplinar .

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