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PERÍCIAS-DOCUMENTOSCÓPICAS-E-GRAFOTÉCNICAS

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PERÍCIAS DOCUMENTOSCÓPICAS E 
GRAFOTÉCNICAS 
 
 
 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ___________________________________________________ 3 
2. DA ANÁLISE E CONCEITOS DA PERÍCIA GRAFOTÉCNICA ______________ 5 
3. TESTES COMUMENTE REALIZADOS ________________________________ 8 
4. IDADE DAS TINTAS _____________________________________________ 10 
5. RESPEITO A CADEIA DE CUSTÓDIA NA DOCUMENTOSCOPIA _________ 12 
6. RESPEITO A CADEIA DE CUSTÓDIA NO PROCESSO CRIMINAL (QUÍMICA 
FORENSE) ________________________________________________________ 16 
7. CADEIA DE CUSTÓDIA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E PROJETO 
DE LEI ANTICRIME _________________________________________________ 18 
REFERÊNCIAS ____________________________________________________ 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Muito se fala e questiona quando o assunto é a perícia de documentos e 
assinaturas. 
Comumente as pessoas associam qualquer modalidade de falsificação de um 
documento com o nome “Perícia Grafotécnica”. 
Apenas a título de conhecimento, no dia a dia deste perito, houveram 
nomeações judiciais para realização de “Perícia Grafotécnica”, quando na verdade o 
r. juízo gostaria de saber se o documento havia sido alterado, no que respeita datas, 
seu conteúdo, acréscimo, alteração, ou subtração de conteúdo, entre outros. 
É que na pratica, devido ao “tabu” gerado sobre a matéria não é comum que peritos 
falem abertamente sobre o assunto, até mesmo no campo de trabalho, dificilmente 
encontramos peritos que ajudem-se de bom grado sobre as técnicas utilizadas e 
aprendizados. 
Neste aspecto, esperamos que em um futuro próximo, as barreiras sejam 
transpassadas e que exista uma maior disseminação do conteúdo prático e 
pedagógico, afinal a centralização do conhecimento e o medo do repasse, pode fazer 
com que técnicas e experiências sejam desperdiçadas e perdidas com o 
encerramento da atividade do perito. 
Em outras palavras, a maior evolução ocorre quando os conhecimentos são passados 
de geração a geração, as quais trazem com suas novas ideias e tecnologia, inovações 
para a solução de um problema encontrado. 
 
 
 
Vivenciam essa questão no dia a dia, pois existem muitas técnicas e conceitos antigos 
que ainda são utilizados e estudados, os quais certamente tiveram no mínimo 
restrições pelas pesquisas e tecnologia do seu tempo. 
E de modo simplificado, para que estas breves considerações não tornem o estudo 
cansativo, temos que a perícia grafotécnica é a parte integrante da documentoscopia, 
a qual visa detectar a autenticidade, o autor, bem como falsificações em assinaturas, 
rubricas e textos completos através de técnicas específicas. 
Pois dentro da Documentoscopia, existem diversas “espécies”, como se ela fosse um 
“gênero” das demais. 
E sobre a diferença deste conceito, para as demais disciplinas existentes sobre o 
tema, temos os dizeres do professor Lamartine Mendes, coordenado por Domingos 
Tochetto, na obra “Documentoscopia”, com a seguinte classificação: 
 
“...A documentoscopia se distingue de outras disciplinas, que também se 
preocupam com os documentos, porque ela tem um cunho nitidamente 
policial: não se satisfaz com a prova da ilegitimidade do documento, mas 
procura determinar quem foi seu autor, os meios empregados, o que não 
ocorre em outras...” 
 
 E para tanto, a Documentoscopia possui uma enorme abrangência, onde 
podemos citar: 
 
o Grafotécnica; 
o Mecanografia; 
o Alterações em Documentos Particulares ou Públicos; 
o Exame de Moedas Metálicas; 
o Exame de Papéis; 
o Exame de Tintas; 
o Exame de Instrumentos Escreventes; 
o Entre diversos outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. DA ANÁLISE E CONCEITOS DA PERÍCIA GRAFOTÉCNICA 
 
Figura 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ultrapassado de maneira simplificada a questão conceitual dos institutos, vale 
apresentar algumas particularidades no que respeita a escrita, as quais valem para 
análise de assinaturas, textos, entres outras situações apresentadas, seja qual for o 
idioma da escrita. 
 
Para que exista uma boa perícia grafotécnica deve-se analisar padrões com 
ampliações detalhadas, equipamentos e iluminação próprios, interpretadas pelas 
Quatro Leis da Grafoscopia, elaborados por Solange Pellat. 
 
Edmond Solange Pellat, considerado o pai da grafoscopia, estabeleceu os 
fundamentos do grafismo em seu livro "LesLois de L’ècriture", um dos mais 
conceituados estudiosos sobre o tema. 
 
E segundo as referidas Leis de Solange Pellat, norte de todas as análises 
escritas, temos algumas características a serem observadas. 
Vejamos. 
 
 
 
 
 
1ª LEI DA ESCRITA: 
“O gesto gráfico está sob a influência imediata do cérebro. Sua 
forma não é modificada pelo órgão escritor se este funciona 
normalmente e se encontra suficientemente adaptado à sua função.” 
 
2ª LEI DA ESCRITA: 
“Quando se escreve, o “eu” está em ação, mas o sentimento 
quase inconsciente de que o “eu” age passa por alternativas contínuas 
de intensidade e de enfraquecimento. Ele está no seu máximo de 
intensidade onde existe um esforço a fazer, isto é, nos inícios e no seu 
mínimo de intensidade onde o movimento escritural é secundado pelo 
impulso adquirido, isto é, nas extremidades.” 
 
3ª LEI DA ESCRITA: 
“Não se pode modificar voluntariamente em um dado momento 
sua escrita natural senão introduzindo no seu traçado a própria marca 
do esforço que foi feito para obter a modificação.” 
 
4ª LEI DA ESCRITA: 
“O escritor que age em circunstâncias em que o ato de escrever é 
particularmente difícil, traça instintivamente ou as formas de letras que 
lhe são mais costumeiras, ou as formas de letras mais simples, de um 
esquema fácil de ser construído.” 
 
Pautado nos conceitos citados, a doutrina atual converge no sentido de que 
uma “boa perícia” deve contar alguns requisitos básico. 
Segundo eles, devem ser respeitados quatro critério essenciais para os 
padrões de Confronto, quais sejam: 
 AUTENTICIDADE – os padrões devem ser colhidos na presença de pessoas 
que possam declarar sua veracidade; 
Sobre o critério da autenticidade, acreditamos que a melhor forma de colheita é na 
presença do r. perito designado, o qual poderá, ainda, valer-se de técnicas periciais 
 
 
 
de modo a minimizar o “estresse” ou a tentativa de ludibriar o laudo a ser realizado, 
demonstrando a assinatura da parte periciada em sua melhor “naturalidade”. 
 ADEQUABILIDADE – os padrões devem ter coerência/semelhança com a 
peça periciada; 
Ou seja, devemos observar a qualidade do papel, se o instrumento escrevente tem as 
mesmas características e cor, se a peça periciada e os padrões de confronto em sua 
maioria possuem pautas ou ausência delas e se espaçamentos semelhantes; 
 CONTEMPORANEIDADE – os padrões não podem ser muito divergentes da 
data da assinatura; 
Variações gráficas podem ser normais ou ocasionais (como exemplo a idade 
avançada, enfermidades físicas ou psíquicas, entre outros), com isso é sempre 
prudente respeitar padrões contemporâneos à peça utilizada, mesmo com as 
exceções existentes, uma vez que alguns escritores mantem o grafismo por diversos 
anos; 
 QUANTIDADE – deve ser respeitado uma quantidade mínima para realização 
dos testes; 
Segundo a doutrina de Tito Lívio Ferreira Gomide e Lívio Gomide (Manual de 
Grafoscopia). 
Tem-se que inegavelmente “quanto maior o número de padrões de confronto, melhor 
para a perícia”, sendo necessário “uma ou duas dezenas” de padrões para confronto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. TESTES COMUMENTE REALIZADOS 
 
Sobre os testes realizados, temos as seguintes características: 
 
 PRESSÃO E EVOLUÇÃO – a dinâmica formada por estes 02 (dois) elementos 
interfere diretamente na execução da escrita, formando um traçado mais escuro e 
grosso ou um mais claro e fino, e a harmonia existente entre ambos resulta no 
lançamentocaligráfico; 
 MOMENTOS GRÁFICOS – a análise do desenvolver do lançamento gráfico, 
observando as paradas onde é necessário retirar o instrumento do suporte e recolocar 
para progredir com o lançamento; 
 COMPORTAMENTO DE PAUTA/BASE – o Comportamento de Pauta é a 
análise do lançamento caligráfico tomando por base a pauta (linha), comportamento 
este que pode ser tangente, superior ou inferior, já o Comportamento de Base é a 
análise do lançamento gráfico quando não existe pauta(linha) que pode ser horizontal, 
ascendente ou descendente. 
 HÁBITOS GRAFICOS – representa a análise de qualquer “costume” utilizado 
pelo escritor no momento que executa tanto um texto quanto uma assinatura, 
apresentação como ideação que acompanha o lançamento gráfico. 
 ATAQUES E REMATES – o Ataque é a análise da parte inicial da escrita da 
qual pode ser classificada como apoiada, sem apoio e infinita, podendo existir um 
pequeno arpão em variadas direções, já o Remate é a parte final do lançamento e 
conforme a dinâmica do punho pode ser apoiada, sem apoio e em fuga, e também 
pode conter o arpão em variadas direções. 
 INCLINAÇÃO AXIAL – É a inclinação das letras medidas em graus em relação 
a uma linha de base, seja ela imaginária ou real, podendo ser a esquerda, direita ou 
perpendicular. 
 VALORES - Na verdade, sem somente os 6 testes anteriores já possibilitam a 
conclusão do perito, entretanto, a realização de comparação dos valores cria uma 
prova real dos testes anteriormente realizados, acrescentando uma maior segurança 
e confirmação da conclusão pericial. 
A análise dos “VALORES” pauta-se na Teria Geral dos Movimentos em Grafoscopia, 
pois quando uma “pessoa” escreve, além dos impulsos cerebrais inconscientes, 
 
 
 
existem os movimentos mecanizados que são a função de extensão, função de flexão 
e função de rotação que são realizadas pelos três dedos que seguram o instrumento 
responsável pelo lançamento caligráfico, que se move em translação no suporte 
(esquerda para direita, de cima para baixo e de baixo para cima), tudo isso aliado ao 
movimento do braço, ombro, antebraço, cotovelo, mão e punho, que harmonizados 
resultam em um plano gráfico personalíssimo. 
 
 ANACRONISMO – Por fim o anacronismo que aperfeiçoa em um erro 
cronológico, quando determinados conceitos, objetos, pensamentos, costumes e 
eventos, datas, são utilizados para retratar uma época diferente daquela a que de 
fato/ato concretizou. E o anacronismo aparece na perícia, como exemplo, em datas 
utilizadas, uma vez que o lançamento caligráfico pode pertencer a uma data em que 
o periciado ainda não tinha iniciado a relação, pode ter acontecido da mesma forma 
em um dia que o periciado esteve de licença ou não esteve presente no “local” 
indicado, como exemplo aos finais de semana, entre outros. 
 ANÁLISE COM EQUIPAMENTOS PRÓPRIOS – Para efetuação dos testes as 
peças são submetidas a ampliações microscópicas digitais, além da utilização de 
ampliadores manuais e exposição a luz especial (ultravioleta, fluorescente e amarela), 
com reforço de um negatoscópio, tudo com intuito de procurar vestígios e analisar o 
documento da maneira mais detalhada o possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. IDADE DAS TINTAS 
Figura 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualmente não existe estudo conclusivo a respeito da “idade das tintas”, assim 
sendo, não é possível concluir em que tempo foram lançadas no documento, entre 
outras situações, que certamente gerariam um “data específica” para o lançamento 
caligráfico ocorrido. 
Nesta toada, Segundo José Del Picchia Filho, Celso Mauro Ribeiro Del Picchia e Ana 
Maura Gonçalves Del Picchia, em sua obra Tratado de Documentoscopia da 
Falsidade Documental, na página nº 787, temos os seguintes questionamentos: 
 
“O problema da Idade dos Documentos – Essa questão geralmente é muito 
mal proposta na vida judiciária. Com frequência, desejando-se saber, apenas, 
se um documento foi, ou não elaborado na data nele consignada, pergunta-
se: “em que época se fez esse documento?”, ou, pior, ainda, “há quanto 
tempo a tinta de escrever está lançada na peça em questão?” 
As duas perguntas dizem respeito àquilo que se costuma denominar “idade 
absoluta do documento ou da tinta”. Em regra, não oferecem ensejo para uma 
resposta, a não ser a declaração de que é praticamente impossível 
estabelecer a idade absoluta de um documento, ou de um traço à tinta de 
escrever. 
No entanto, raramente é esta a matéria importante. Para a solução judiciária, 
bastaria demonstrar que a escrita ou documento não poderia ter sido 
produzido na data nele declarada. 
 
 
 
Para alicerçar essa resposta, poder-se-ia alinhar uma série de anacronismos, 
alguns dos quais de per si suficientes para revelar a natureza fraudulenta, ou 
a insinceridade da produção da peça em exame.” 
 
Assim sendo, a análise não revela com exatidão o critério temporal, mas é 
possível verificar muitas vezes, quais campos foram primeiramente preenchidos, bem 
como se existe compatibilidade dos instrumentos escritores, ainda que não possível 
mensurar se realizado a escrita em “ato seguinte” ou após um determinado período 
temporal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. RESPEITO A CADEIA DE CUSTÓDIA NA DOCUMENTOSCOPIA 
 
Trata-se de um tema de enorme discussão e extremamente respeitada no 
direito americano. 
No Brasil, embora pouco conhecida por motivos diversos, frequentemente 
temos um verdadeiro desrespeito a tal instituto, que certamente deve ser observado, 
seja qual for a perícia a ser realizada. 
Isso mesmo, na rotina de pericial, tal instituto deve ser aplicado, independentemente 
se a perícia a ser realizada incluir documentoscopia, análise de produtos falsificados, 
análise de drogas de abuso, entre outros. 
E para esboçar alguns conceitos sobre a cadeia de custódia, trazemos os 
ensinamentos utilizados pelo professor Elvis Medeiros de Aquino, proferido em curso 
presencial pela Helix Cursos. 
Segundo o professor, a Cadeia de Custódia consiste em: 
“Conjunto de ações que possibilita o rastreamento da movimentação de 
amostra, bem como a sua idoneidade desde à sua coleta até o seu 
descarte/destruição.” 
 
Figura 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A responsabilidade de manutenção da idoneidade processual é compartilhada 
a todos os agentes do Estado envolvidos, incluindo o perito oficial ou Judicial. 
A necessidade de procedimentos padronizados é necessária, para que diante dos 
questionamentos da defesa do acusado, as provas periciais permaneçam robustas 
e confiáveis, servindo de elemento de convicção do juiz. 
Figura 5 
 
 
 
E para que ela seja aplicada da maneira correta precisamos da análise e atendimento 
dos seguintes tópicos: 
1) Documentação; 
2) Armazenamento/transporte; 
3) Lacração; 
4) Análise; 
5) Descarte/destruição. 
 
Tal questão, trazendo para o mundo da Documentoscopia, nos deixa a 
mensagem de que o mínimo a ser respeitado, no que respeita a Cadeia de Custódia, 
são: 
 Os documentos devem ser armazenados em local lacrado e numerado, 
desde sua colheita até o seu descarte ou arquivo; 
 Deve existir informações do processo, informações do fórum e 
informações do perito; 
 
Tudo isso para garantir que os objetos sejam totalmente rastreáveis, identificáveis, a 
qualquer lugar e qualquer tempo definido em lei. 
Todos esses cuidados devem ser aplicados nos “documentos” periciados, é um 
requisito mínimo a ser observado. 
Nesta toada, se o procedimento utilizado pelo perito não possuir uma cadeia de 
custódia adequada, poderá criar uma prova totalmente defeituosa/duvidosa e ilícita, 
viciando completamente todo o feito. 
Figura 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A cadeia de custódia contribui para manter e documentar a históriacronológica da evidência, para rastrear a posse e o manuseio da amostra a partir do 
preparo do recipiente coletor, da coleta, do transporte, do recebimento, da análise e 
do armazenamento. Inclui toda a sequência de posse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. RESPEITO A CADEIA DE CUSTÓDIA NO PROCESSO CRIMINAL (QUÍMICA 
FORENSE) 
 
Acreditamos que a persecução penal do Estado não pode acontecer a 
“qualquer custo” ao indivíduo, pois isso deixaria em jogo o direito de defesa de 
diversos acusados, atribuindo poderes a entidade punitiva (Estado) e aos demais 
representados por ela, restando em riscos pela concentração de poderes macabros 
aos “fiscais e participantes da lei“. 
Partindo para a química forense, em um Laudo Químico Toxicológico, a 
substância recebida para o Laudo Químico toxicológico deve ser a mesma retirada 
das embalagens apreendidas. 
Parece óbvio! 
Não pode existir qualquer vício de “qualidade”, “quantidade”, “contaminação”, 
entre uma sérias de outras coisas que podem ocorrer, entre basicamente, a 
apreensão, transporte, acomodação, etc., chegando até o descarte ou destino final. 
Perceba que em nenhum momento estamos falando de idoneidade de 
“pessoas” que manipularam os produtos periciados, e, sim, dos procedimentos 
adotados! 
A Resolução SSP-336 de 11-12-2008, que dispõe sobre os procedimentos 
referentes à formalização da apreensão, acondicionamento, guarda e incineração de 
drogas no Estado de São Paulo, prega o conteúdo narrado. 
Ou seja, se estivermos debruçado sobre o estudo de cadeia de custódia na 
análise de “drogas”, além de outras situações, temos uma resolução Estadual 
específica. 
 
Vejamos algumas observações: 
“Art. 2º. Antes do encaminhamento, a Autoridade Policial deverá determinar 
que o material apreendido, já acondicionado, seja lacrado, fotografado e 
pesado na forma bruta. Parágrafo único. A fotografia deverá instruir o 
respectivo procedimento de polícia judiciária. 
Art. 3º. Recebido o material, o responsável pela perícia o fotografará 
novamente e providenciará, após conferência do número do lacre, a 
 
 
 
retirada deste e de quantidade necessária para a realização das perícias, 
tanto de constatação, quanto da definitiva. 
Parágrafo único. Após o exame, a droga deverá ser novamente 
acondicionada em embalagem própria da SPTC e receber novo lacre 
numerado. 
Art. 4º. Do laudo de constatação provisório deverão constar o peso líquido, 
identificação da substância, os números dos lacres recebidos da Autoridade 
Policial e os colocados na sede da unidade da SPTC.” (nossos os grifos) 
Se observarmos estes três artigos acima citados com todo o cuidado, temos 
que a resolução trata da “Cadeia de Custódia” deste elementos, pois fala em 
acondicionamento adequado, lacre, fotografias, quantidade, conferência e reposição 
de lacres. 
E todo esse cuidado não é em vão, existe para gerar uma idoneidade material 
“desde à sua coleta até o seu descarte/destruição.”, ou seja, o devido respeito 
a cadeia de custódia. 
E se cadeia de custódia não assegurou a idoneidade da prova obtida, se 
ela não sanou todos os tipos de dúvidas quanto à sua fonte do início ao 
fim, houve o comprometimento de todo o conjunto de elementos que foram 
colhidos, o que deve ser evitado a todo custo, havendo certamente a sua 
ruptura, também denominada como “break on the chain of custody”. 
Ou seja, se as provas presentes nos autos não possuírem “idoneidade material 
da coleta até o descarte/destruição”, deverão certamente serem excluídas, tornando-
se ilícitas, pois a única garantia para a persecução penal, seria exatamente a cadeia 
de custódia, a qual garantiria que a prova passou pelos transmites do contraditório e 
ampla defesa, não desmerecendo nenhum momento ou garantia processual. 
É o que se espera para fazer valer a paridade de armas no processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. CADEIA DE CUSTÓDIA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E 
PROJETO DE LEI ANTICRIME 
 
Neste sentido, houve julgamento da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, 
no HC de nº 160.662, na investigação denominada “Negócio da China” o qual 
enfrentou o tema com muita sabedoria: 
HABEAS CORPUS Nº 160.662 - RJ (2010/0015360-8) RELATORA : 
MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES IMPETRANTE : FERNANDO 
AUGUSTO FERNANDES E OUTROS IMPETRADO : TRIBUNAL REGIONAL 
FEDERAL DA 2A REGIÃO PACIENTE : LUIS CARLOS BEDIN PACIENTE : 
REBECA DAYLAC EMENTA PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS 
CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. UTILIZAÇÃO DO 
REMÉDIO CONSTITUCIONAL COMO SUCEDÂNEO DE RECURSO. NÃO 
CONHECIMENTO DO WRIT. PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL E DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. QUEBRA DE 
SIGILO TELEFÔNICO E TELEMÁTICO AUTORIZADA JUDICIALMENTE. 
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA COM RELAÇÃO A UM DOS PACIENTES. 
PRESENÇA DE INDÍCIOS RAZOÁVEIS DA PRÁTICA DELITUOSA. 
INDISPENSABILIDADE DO MONITORAMENTO DEMONSTRADA PELO 
MODUS OPERANDI DOS DELITOS. CRIMES PUNIDOS COM RECLUSÃO. 
ATENDIMENTO DOS PRESSUPOSTOS DO ART. 2º, I A III, DA LEI 
9.296/96. LEGALIDADE DA MEDIDA. AUSÊNCIA DE PRESERVAÇÃO DA 
INTEGRALIDADE DA PROVA PRODUZIDA NA INTERCEPTAÇÃO 
TELEFÔNICA E TELEMÁTICA. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO 
CONTRADITÓRIO, DA AMPLA DEFESA E DA PARIDADE DE ARMAS. 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. HABEAS CORPUS NÃO 
CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA, DE OFÍCIO. I. Dispõe o art. 5º, LXVIII, 
da Constituição Federal que será concedido habeas corpus "sempre que 
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua 
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder", não cabendo a 
sua utilização como substituto de recurso ordinário, tampouco de recurso 
especial, nem como sucedâneo da revisão criminal. II. A Primeira Turma do 
Supremo Tribunal Federal, ao julgar, recentemente, os HCs 109.956/PR 
(DJede 11/09/2012) e 104.045/RJ (DJe de 06/09/2012), considerou 
inadequado o writ, para substituir recurso ordinário constitucional, em habeas 
corpus julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, reafirmando que o remédio 
constitucional não pode ser utilizado, indistintamente, sob pena de banalizar 
o seu precípuo objetivo e desordenar a lógica recursal. III. O Superior Tribunal 
 
 
 
de Justiça também tem reforçado a necessidade de se cumprir as regras do 
sistema recursal vigente, sob pena de torná-lo inócuo e desnecessário (art. 
105, II, a, e III, da CF/88), considerando o âmbito restrito do habeas corpus, 
previsto constitucionalmente, no que diz respeito ao STJ, sempre que alguém 
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade 
de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, nas hipóteses do art. 105, 
I, c, e II, a, da Carta Magna. IV. Nada impede, contudo, que, na hipótese de 
habeas corpus substitutivo de recursos especial e ordinário ou de revisão 
criminal que não merece conhecimento, seja concedido habeas corpus, de 
ofício, em caso de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou decisão 
teratológica. V. Hipótese em que os pacientes foram alvo de Operação 
deflagrada pela Polícia Federal, denominada "Negócio da China", dirigida ao 
Grupo CASA & VÍDEO, que resultou na denúncia de 14 envolvidos, como 
incursos nos crimes dos arts. 288 e 334 do Código Penal e art. 1º, V e VII, da 
Lei 9.613/98, em que se apura a ocorrência de negociações fictícias, com o 
objetivo de dissimular a natureza de valores provenientes da prática do delito 
de descaminho, mediante a ilusão parcial do tributo devido na importação de 
produtos, pela sociedade empresária. VI. Se as pretensões deduzidas neste 
writ, com relação a um dos pacientes, não foram formuladas perante o 
Tribunal de origem, no acórdão ora impugnado, inviável seu conhecimento 
pelo STJ, sob pena de indevida supressão de instância. Precedentes. VII. A 
intimidade e a privacidade das pessoas não constituem direitos absolutos, 
podendo sofrer restrições, quando presentes osrequisitos exigidos pela 
Constituição (art. 5º, XII) e pela Lei 9.296/96: a existência de indícios 
razoáveis de autoria ou participação em infração penal, a impossibilidade de 
produção da prova por outros meios disponíveis e constituir o fato investigado 
infração penal punida com pena de reclusão, nos termos do art. 2º, I a III, da 
Lei 9.296/96, havendo sempre que se constatar a proporcionalidade entre o 
direito à intimidade e o interesse público. VIII. O Superior Tribunal de Justiça 
tem decidido no sentido de "ser legal, ex vi do art. 1º, parágrafo único, da Lei 
nº 9.296/96, a interceptação do fluxo de comunicações em sistema de 
informática e telemática, se for realizada em feito criminal e mediante 
autorização judicial, não havendo qualquer afronta ao art. 5º, XII, da CF" (STJ, 
RHC 25.268/DF, Rel. Ministro VASCO DELLA GIUSTINA (Desembargador 
Convocado do TJ/RS), SEXTA TURMA, DJe de 11/04/2012). IX. A decisão 
que determinou a quebra de sigilo telefônico dos envolvidos na prática 
criminosa – cujos fundamentos foram incorporados à decisão de quebra de 
sigilo telemático – encontra-se devidamente fundamentada, à luz do art. 2º, I 
a III, da Lei 9.296/96, revelando a necessidade da medida cautelar, ante as 
provas até então coligidas, em face de indícios razoáveis de autoria ou de 
 
 
 
participação dos acusados em infração penal (art. 2º, I, da Lei 9.296/96), para 
a apuração dos delitos de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, crime 
contra a ordem tributária e formação de quadrilha, punidos com reclusão (art. 
2º, III, da Lei 9.296/96), demonstrando que a prova cabal do envolvimento 
dos investigados na alegada trama criminosa, para complementar as provas 
até então recolhidas, não poderia ser obtida por outros meios que não a 
interceptação telefônica, especialmente a prova do liame subjetivo entre os 
investigados, para identificação, com precisão, da atividade desenvolvida 
pelos alvos principais, o modus operandi utilizado e as pessoas a eles 
associadas, em intrincado e simulado grupo de empresas nacionais e 
estrangeiras, destinado a ocultar seu verdadeiro controlador, cujas 
negociações revestiam-se de clandestinidade, valendo lembrar que, em 
casos análogos, é conhecida a dificuldade enfrentada pela Polícia Federal 
para desempenhar suas investigações, uma vez que se trata de suposto 
grupo organizado, com atuação internacional e dotado de poder econômico 
(art. 2º, II, da Lei 9.296/96). X. Apesar de ter sido franqueado o acesso aos 
autos, parte das provas obtidas a partir da interceptação telemática foi 
extraviada, ainda na Polícia, e o conteúdo dos áudios telefônicos não foi 
disponibilizado da forma como captado, havendo descontinuidade nas 
conversas e na sua ordem, com omissão de alguns áudios. XI. A prova 
produzida durante a interceptação não pode servir apenas aos 
interesses do órgão acusador, sendo imprescindível a preservação da 
sua integralidade, sem a qual se mostra inviabilizado o exercício da 
ampla defesa, tendo em vista a impossibilidade da efetiva refutação da 
tese acusatória, dada a perda da unidade da prova. XII. Mostra-se lesiva 
ao direito à prova, corolário da ampla defesa e do contraditório – 
constitucionalmente garantidos –, a ausência da salvaguarda da 
integralidade do material colhido na investigação, repercutindo no 
próprio dever de garantia da paridade de armas das partes 
adversas. XIII. É certo que todo o material obtido por meio da interceptação 
telefônica deve ser dirigido à autoridade judiciária, a qual, juntamente com a 
acusação e a defesa, deve selecionar tudo o que interesse à prova, 
descartando-se, mediante o procedimento previsto no art. 9º, parágrafo único, 
da Lei 9.296/96, o que se mostrar impertinente ao objeto da interceptação, 
pelo que constitui constrangimento ilegal a seleção do material produzido nas 
interceptações autorizadas, realizada pela Polícia Judiciária, tal como 
ocorreu, subtraindo-se, do Juízo e das partes, o exame da pertinência das 
provas colhidas. Precedente do STF. XIV. Decorre da garantia da ampla 
defesa o direito do acusado à disponibilização da integralidade de mídia, 
contendo o inteiro teor dos áudios e diálogos interceptados. XV. Habeas 
 
 
 
corpus não conhecido, quanto à paciente REBECA DAYLAC, por não integrar 
o writ originário. XVI. Habeas corpus não conhecido, por substitutivo de 
Recurso Ordinário. XVII. Ordem concedida, de ofício, para anular as provas 
produzidas nas interceptações telefônica e telemática, determinando, ao 
Juízo de 1º Grau, o desentranhamento integral do material colhido, bem como 
o exame da existência de prova ilícita por derivação, nos termos do art. 157, 
§§ 1º e 2º, do CPP, procedendo-se ao seu desentranhamento da Ação Penal 
2006.51.01.523722-9. (grifo nosso). 
E da leitura da referida decisão, percebe-se que embora as partes tenham 
acessado os autos, manifestado sobre as provas e fatos, houve a quebra da cadeia 
de custódia, impossibilitando o rastreamento das provas em um dado momento, 
culminando na contradição em garantir que a prova não foi adulterada e se de fato 
fora colacionada de maneira integral. 
Tamanha importância do tema, que vem sendo discutida e aplicada no projeto 
denominado “LEI ANTICRIME” em vias de ser aprovado. 
Tal projeto prevê uma alteração na Lei nº 12850/2013, com o artigo 3º-A, §2º 
que poderá ter a seguinte redação: 
"Art. 3º-A. O Ministério Público Federal e a Polícia Federal poderão firmar 
acordos ou convênios com congêneres estrangeiros para constituir equipes 
conjuntas de investigação para a apuração de crimes de terrorismo, crimes 
transnacionais ou crimes cometidos por organizações criminosas 
internacionais 
§ 2º O compartilhamento ou a transferência de provas no âmbito das 
equipes conjuntas de investigação devidamente constituídas 
dispensam formalização ou autenticação especiais, sendo exigida 
apenas a demonstração da cadeia de custódia..... 
 
Restando claro que seja qualquer trabalho realizado por equipes de 
investigação, é dispensado formalidades exacerbadas, entretanto deve ser 
preservado a todo custo a cadeia de custódia. 
Levando a crer que o legislador pretende simplificar os atos sejam periciais ou 
não, entretanto, não se pode dispensar os princípios básicos aqui elencados relativos 
a cadeia de custódia 
Temos que certamente na perícia, o perito deve ter acompanhar todos os fatos 
e possibilidades com o seu sentir, suas experiências, sua razão. 
 
 
 
Isso se dá pelos princípios que norteiam boas perícias, uma vez que, dentre eles, 
devemos respeitar o princípio da observação, partindo do pressuposto que as ações 
e interações periciadas certamente estarão carregadas de "vestígios" (marcas) e 
somente uma boa e profunda observação técnica e pessoal poderia contribuir para 
um desfecho probandi. 
Ademais, se pensarmos cientificamente, a título de exemplo, não é possível em 
um crime, imaginar a perícia apenas em imagens (fotos) do local, objetos utilizados, 
entre outros, se não sabemos como foram colhidos, se não sabemos se foi respeitada 
uma cadeia de custódia eficaz e aplicável ao caso, seria o mesmo que periciar o 
acontecido com as consequências (contaminação dos elementos) que existiram até o 
momento de chegada ao perito, como sua colheita, seu transporte, sua acomodação 
em locais próprios, entre outros. 
 Não seria possível descrever e documentar algo que possa ter sofrido 
interferências alheias ao evento, certamente contaminando todo o ocorrido. 
E com isso, certamente não é possível prever se houve o respeito a cadeia de 
custódia, o que pode tornar a observação deturpada e as conclusões equivocadas. 
Como todas as regras possuem exceções, e pelo fato da perícia técnica não ser uma 
ciência exata, deverá para os casos de perícia em que não se pode diligenciar um 
perito capacitado ao ocorrido, observar uma maior cautela e análise das provas, 
concluindo com exatidãoapenas em casos extremos. 
Malgrado exista o esforço para levar o material periciado ao perito, por muitas 
vezes poderá não existir uma conclusão certeira, pautada na falta de contato pessoal, 
levantando o perito às hipóteses que julgar necessário e colocando à disposição do 
juízo, que as verificará juntamente com outras provas e as valorará de acordo com a 
instrução processual, para que exista uma decisão segura do Estado em relação ao 
fato/indivíduo a ser julgado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Monteiro, André Luís Pinheiro. A grafoscopia a serviço perícia judicial; a importância 
do perito em assinaturas e combate às fraudes. Curitiba: Juruá. 2008. 
 
Gomide, Tito Lívio Ferreira. Manual de grafoscopia. 2ª ed. rev. e atual. São Paulo: Liv. 
e Ed. Universitária de Direito, 2005. 
 
Falat, Luiz Roberto F. Entendendo o laudo pericial grafotécnico & a grafoscopia. 1ª 
Ed. (ano 2003), 6ª Reimpr./Curitiba: Juruá, 2012. 
 
Vale, Geraldo de Araújo. Documentoscopia e grafologia: Oriente, 1975. 
 
Mendes, Lamartine Bizarro. Documentoscopia/Lamartine Bizarro Mendes; 
coordenador Domingos Tochetto. – Porto Alegre: Editora Sagra Luzzato, 1999. 
 
Tratado de documentoscopia: “da falsidade documental”/ José Del Picchia Filho, 
Celso Mauro Ribeiro Del Picchia, Ana Maura Gonçalves Del Picchia – 3. ed. rev., ampl. 
e atual. São Paulo : Editora Pillares, 2016. 
 
BRASIL. [STJ] HABEAS CORPUS Nº 160.662 - RJ (2010/0015360-8) Relatora : 
Ministra Assusete Magalhães Impetrante : Fernando Augusto Fernandes e outros 
Impetrado : Tribunal Regional Federal da 2a Região Paciente : Luis Carlos Bedin 
Paciente : Rebeca Daylac Ementa penal e processual penal. : Habeas Corpus 
substitutivo de recurso ordinário. Utilização do remédio constitucional como 
sucedâneo de recurso. Não conhecimento do writ. Precedentes do Supremo Tribunal 
Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Quebra de sigilo telefônico e telemático 
autorizada judicialmente. Supressão de instância com relação a um dos pacientes. 
Presença de indícios razoáveis da prática delituosa. Indispensabilidade do 
monitoramento demonstrada pelo modus operandi dos delitos. Crimes punidos com 
reclusão. Atendimento dos pressupostos do art. 2º, i a iii, da lei 9.296/96. Legalidade 
da medida. Ausência de preservação da integralidade da prova produzida na 
interceptação telefônica e telemática. Violação aos princípios do contraditório, da 
ampla defesa e da paridade de armas. Constrangimento ilegal evidenciado. Habeas 
corpus não conhecido. Ordem concedida, de ofício. I.. [S. l.: s. n.], 2010. Disponível 
em: 
https://ww2.stj.jus.br/processo/pesquisa/?tipoPesquisa=tipoPesquisaNumeroRegistro
&termo=201000153608&totalRegistrosPorPagina=40&aplicacao=processos.ea. 
Acesso em: 6 dez. 2019. 
 
SEGURANÇA PÚBLICA (Brasil, São Paulo, SP). Secretário de Segurança Pública. 
12/12/2008. Resolução SSP-336, de 11-12-2008 Dispõe sobre os procedimentos 
referentes à formalização da apreensão, acondicionamento, guarda e incineração de 
drogas no Estado de São Paulo. Resolução SSP-336, de 11-12-2008 : Dispõe sobre 
os procedimentos referentes à formalização da apreensão, acondicionamento, guarda 
e incineração de drogas no Estado de São Paulo, São Paulo, 12 dez. 2008. 
 
 
 
 
PROJETO DE LEI ANTICRIME. Projeto de Lei nº 2019, de 3 de fevereiro de 2019. 
Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, o Decreto-Lei nº 3.689, de 
3 de outubro de 1941, a Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965, a Lei nº 7.210, de 11 de 
julho de 1984, a Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 
1992, a Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, 
a Lei nº 10.826, de 23 de dezembro de 2003, a Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 
2006, a Lei nº 11.671, de 8 de maio de 2008, a Lei nº 12.037, de 1º de outubro de 
2009, a Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013, e a Lei nº 13.608, de 10 de janeiro de 
2018, para estabelecer medidas contra a corrupção, o crime organizado e os crimes 
praticados com grave violência à pessoa. PROJETO DE LEI 
ANTICRIME : ANTEPROJETO DE LEI Nº , DE 2019, 
Https://www.justica.gov.br/news/collective-nitf-content-1549284631.06/projeto-de-lei-
anticrime.pdf, 3 fev. 2019. Disponível em: https://www.justica.gov.br/news/collective-
nitf-content-1549284631.06/projeto-de-lei-anticrime.pdf. Acesso em: 13 dez. 2019

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