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UFU2021-CitacoesHistoriografia

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Guto na História – UFU 
 Instagram: @gutonahistoria 
 Facebook: https://www.facebook.com/guto.rodrigues.568 
 Twitter: @gutonahistoria 
 E-mail: cafgrodrigues@gmail.com 
 Telefone: (16) 98176 – 7777 
 YouTube: https://www.youtube.com/c/GutonaHistória 
UFU 2021 – Citações de Historiografia 
A reabilitação da biografia histórica integrou as aquisições da história social e cultural, oferecendo aos 
diferentes atores históricos uma importância diferenciada, distinta, individual. Mas não se tratava mais de 
fazer, simplesmente, a história dos grandes nomes, em formato hagiográfico — quase uma vida de santo —, 
sem problemas, nem máculas. Mas de examinar os atores (ou o ator) célebres ou não, como testemunhas, 
como reflexos, como reveladores de uma época. 
DEL PRIORE, M. Biografia: quando o indivíduo encontra a história. Topoi, n. 19, jul.-dez. 2009. 
 
Assim como [...] [Mário de Andrade] reconhece e afirma que há uma gota de sangue em cada poema, assim 
também, parafraseando o poeta, queremos reconhecer e sustentar que há uma gota de sangue em cada 
museu. [...] Admitir a presença de sangue no museu significa também aceitá-lo como arena, como espaço de 
conflito, como campo de tradição e contradição. Toda a instituição museal apresenta um determinado 
discurso sobre a realidade. Este discurso, como é natural, não é natural e compõe-se de som e de silêncio, de 
cheio e de vazio, de presença e de ausência, de lembrança e de esquecimento. 
CHAGAS, Mario Souza. Há uma gota de sangue em cada museu: a ótica museológica de Mario de Andrade. 2. 
ed. Chapecó: Argos, 2015. v. 1. p.19. 
 
Objeto de estudo da nova historiografia, a “(...) história da vida cotidiana e privada é a história de pequenos 
prazeres, dos detalhes quase invisíveis, dos dramas do banal, do insignificante, das coisas deixadas ‘de lado’.” 
DEL PRIORI, Mary. História do cotidiano e da vida privada. In: CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo 
(Org.). Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997. 
 
A história não corresponde exatamente ao que foi realmente conservado na memória popular, mas àquilo 
que foi selecionado, escrito, descrito, popularizado e institucionalizado por quem estava encarregado de fazê-
lo. Os historiadores, sejam quais forem seus objetivos, estão envolvidos nesse processo, uma vez que eles 
contribuem, conscientemente ou não, para a criação, demolição e reestruturação de imagens do passado que 
pertencem não só ao mundo da investigação especializada, mas também à esfera pública na qual o homem 
atua como ser político. 
HOBSBAWM, E.; RANGER, T. A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984 (adaptado). 
 
“A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja menos vão 
esgotar-se em compreender o passado se nada se sabe do presente.” 
Marc Bloch. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 65. 
 
É impossível compreender seu tempo para quem ignora todo o passado. Ser uma pessoa contemporânea e 
também ter consciência das heranças, consentidas ou contestadas. 
(René Remond. in Bittencourt, C.Ensino da História. Fundamentos e métodos.São Paulo: Cortez. 2004. p. 155.) 
 
A diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo o que o homem diz ou escreve, tudo o que 
fabrica, tudo o que toca pode e deve informar sobre ele. 
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001. p. 
79.(Adaptado). 
 
O que é História? 
E quem garante que a História É a carroça abandonada 
Numa beira da estrada 
Ou numa estação inglória 
A História é um carro alegre 
Cheio de um povo contente 
Que atropela indiferente 
Todo aquele que a negue 
É um trem riscando trilhos 
Abrindo novos espaços 
Acenando muitos braços 
Balançando nossos filhos. 
(Canción por La unidad de Latino América. Pablo Milanes e Chico Buarque) 
 
Se utilizássemos, numa conversa com homens medievais, a expressão “Idade Média”, eles não teriam ideia do 
que isso poderia significar. Eles, como todos os homens de todos os períodos históricos, se viam vivendo na 
época contemporânea. De fato, falarmos em Idade Antiga ou Média representa uma rotulação posterior, uma 
satisfação da necessidade de se dar nome aos momentos passados. No caso do que chamamos de Idade 
Média, foi o século XVI que elaborou tal conceito. Ou melhor, tal preconceito, pois o termo expressava um 
desprezo indisfarçado pelos séculos localizados entre a Antiguidade Clássica e o próprio século XVI. 
Hilário Franco Júnior, A Idade Média. Nascimento do Ocidente. 3a ed. São Paulo: Brasiliense, s.d. [1986]. p. 17. 
Adaptado. 
 
Quem construiu a Tebas de sete portas? 
Nos livros estão nomes de reis. 
Arrastaram eles os blocos de pedra? 
E a Babilônia várias vezes destruída. Quem a reconstruiu tantas vezes? 
Em que casas da Lima dourada moravam os construtores? 
Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha 
da China ficou pronta? 
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo. 
Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os césares? 
BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê. 
 
É, pois, nas sociedades orais que não apenas a função da memória é mais desenvolvida, mas também a 
ligação entre o homem e a Palavra é mais forte. Lá onde não existe a escrita, o homem está ligado à palavra 
que profere. 
Está comprometido por ela. Ele é a palavra, e a palavra encerra um testemunho daquilo que ele é. (...) 
Nas tradições africanas – pelo menos nas que conheço e que dizem respeito a toda a região de savana ao sul 
do Saara –, a palavra falada se empossava, além de um valor moral fundamental, de um caráter sagrado 
vinculado à sua origem divina e às forças ocultas nela depositadas. Agente mágico por excelência, grande 
vetor de “forças etéreas”, não era utilizada sem prudência. Inúmeros fatores – religiosos, mágicos ou sociais – 
concorrem, por conseguinte, para preservar a fidelidade da transmissão oral (...). 
(A. Hampaté Bâ. A tradição viva. In: J. Ki-Zerbo (org.). História geral da África, 1982.) 
 
Normalmente, a História é pensada como uma "narração das coisas que aconteceram", ou seja, o passado 
como tal, como aconteceu realmente, ou sua reconstrução ou narrativa por um especialista (o historiador). 
Porém, os historiadores não narram ou reconstroem o passado, pela simples razão de que o passado nos é 
inacessível, não existe mais e não pode ser reavivado ou recuperado como realmente foi. O único acesso que 
temos ao passado é pelo presente, por objetos, textos ou recordações de indivíduos vivos que existem e que 
os historiadores, com seu olhar treinado, identificam como restos de um passado que não existe, como 
sobrevivências que podem ser tratadas como documentos. 
(GUARINELLO, N. L. "Uma morfologia da História". Politeia, Vitória da Conquista, v. 3, n. 1, p. 41-61, 2003. 
Adaptado.) 
 
“Desde os tempos de Heródoto e Tucídides, a história tem sido escrita sob variada forma de gêneros: crônica 
monástica, memória política, tratados de antiquário, e assim por diante. A forma dominante, porém, tem sido 
a narrativa dos acontecimentos políticos e militares, apresentada como a história dos grandes feitos de 
grandes – chefes militares, reis. Foi durante o Iluminismo que ocorreu, pela primeira vez, uma contestação a 
esse tipo de narrativa histórica.” 
Fonte: BURKE, P. A escola dos Annales 1929-1989: A revolução francesa da historiografia. Tradução de Nilo 
Odália. São Paulo: Unesp, 1991, p.18. 
 
Cabe ao historiador distinguir os contextos, as funções, os estilos, os argumentos, os pontos de vista e as 
intenções do autor das fontes. Ou, colocando de outra forma, compete ao estudioso da História realizar a 
leitura crítica [...] do documento. 
Samara, Eni de Mesquita et. alli. História & Documento: metodologia de pesquisa. Belo Horizonte:Autêntica, 
2007. p. 123-4. (Adaptado) 
DuraçãoO tempo era bom? Não era. 
O tempo é, para sempre. 
A hera da antiga era 
roreja incansavelmente. 
 
Aconteceu há mil anos? 
Continua acontecendo. 
Nos mais desbotados panos 
estou me lendo e relendo. 
 
Tudo morto, na distância 
que vai de alguém a si mesmo? 
Vive tudo, mas sem ânsia 
de estar amando e estar preso. 
 
Pois tudo enfim se liberta 
de ferros forjados no ar. 
A alma sorri, já bem perto 
da raiz mesma do ser. 
(Carlos Drummond de Andrade, As Impurezas do Branco) 
 
O documento foi definido tradicionalmente como um texto escrito à disposição do historiador. Fustel de 
Coulanges afirmava que “a habilidade do historiador consiste em retirar dos documentos o que contém e 
nada acrescentar... A leitura dos documentos de nada serviria se fosse feita com ideias preconcebidas”. A 
partir deste pressuposto, dois procedimentos básicos deveriam ser adotados, denominados, 
convencionalmente, de crítica externa e crítica interna. 
(Pedro Paulo Funari. A Antiguidade Clássica, p. 15. Adaptado) 
 
O problema que eu gostaria de discutir aqui é aquele de se fazer uma narrativa densa o bastante, para lidar 
não apenas com a sequência dos acontecimentos, mas também com as estruturas – instituições, modos de 
pensar, etc. – e se elas atuam como um freio ou um acelerador para os acontecimentos. 
(Peter Burke. A história dos acontecimentos e o renascimento da narrativa. In: Peter Burke (Org.). A escrita da 
história, p. 339) 
 
Há pelo menos duas histórias: a da memória coletiva e a dos historiadores. A primeira é essencialmente mítica, 
deformada, anacrônica, mas constitui o vivido desta relação nunca acabada entre o presente e o passado. É 
desejável que a informação histórica, fornecida pelos historiadores de ofício, vulgarizada pela escola (ou pelo 
menos deveria sê-lo) e os massmedia, corrija esta história tradicional falseada. A história deve esclarecer a 
memória e ajudá-la a retificar os seus erros. 
(Jacques Le Goff. História e Memória, p. 29. Adaptado) 
 
Pode parecer inconcebível que um crime de proporções gigantescas como o Holocausto, que também foi um 
dos crimes mais bem documentados, estudados e testemunhados da história, possa ser negado, 
especialmente hoje, quando são numerosos e múltiplos os meios de informação. Nos últimos anos, contudo, 
a negação parcial ou total do Holocausto — conhecido pelos historiadores como negacionismo — vem 
desafiando tal lógica e se consolidando como um fenômeno internacional. Se o negacionismo não é capaz de 
eclipsar a historiografia, tem, ao menos, obtido visibilidade pública suficiente para justificar o interesse 
daqueles que se debruçam sobre os campos da memória. 
Bruno L. de Carvalho. O negacionismo do holocausto na Internet. In: Faces da História, Assis, v. 3, n.º 1, jan.-
jun./2016 (com adaptações) 
 
“Até que os leões tenham sua própria História, a História da caça glorificará sempre o caçador.” 
Chinua Achebe 
 
“A História é busca, portanto escolha” 
(Marc Bloch, Apologia da História) 
 
A História é uma disciplina com grande capacidade de “lembrar”. Poucos se “lembram”, porém, do quanto ela 
é capaz de “esquecer”. A História é também a ciência da “mudança no tempo”. [...] O historiador Peter Burke 
assim definiu a origem da prática dos historiadores: “Houve outrora um funcionário chamado „Lembrete‟. A 
tarefa oficial era lembrar às pessoas o que elas gostariam de ter esquecido”. 
(Lilia Moritz Schwarcz, História como lembrete.)

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