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RELATÓRIO TERCEIRO PERÍODO U I - SP1

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1 
 
 
 
 
CURSO DE MEDICINA 
TUTORIA 3º PERÍODO 
UNIDADE I 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO REFERENTE A SITUAÇÃO PROBLEMA 1 
“ANSIEDADE NATURAL” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINEIROS-GO 
 2021 
 
2 
 
 
 
 
CURSO DE MEDICINA 
TUTORIA 3º PERÍODO 
 
Docente: Dr. Claudimar Campos 
Discentes: 
Ana Carolina Martins Pereira 
Anelismar Silva Anelismar Silva Rezende Filho 
Eduarda Tavares Pimentel Araújo 
Gabirel Junges Mistre 
Geovanna Oliveira Silva 
Hadassa Costa 
Jerônimo de Assis Garcia Neto 
Laís Rezende Claudio 
Marco Aurélio Ferreira 
Maria Eduarda Oliveira Teixeira 
Mariana Redivo Bezerra da Costa 
Matheus Rodrigues Cordeiro Mocó 
Murilo Biato Assunção 
Pedro Oliveira Fleury 
 
MINEIROS-GO 
2021 
 
3 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4 
OBJETIVOS DE ESTUDO ..................................................................................................... 5 
DESENVOLVIMENTO .......................................................................................................... 7 
CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 21 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
Nesta situação problema o assunto abordado foi voltado a gestante e ao recém-nascido. 
Em relação a este, foi relevante estudar como é realizado o exame físico, logo após o nascimento 
e as características do neonato quanto ao comprimento, idade gestacional e peso, relacionando 
assim com as consequências clínicas se forem abaixo do esperado. Com isso, somado ao exame 
físico foi importante investigar sobre o teste de Apgar- que tem como intuito avaliar a 
frequência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, coloração e irritabilidade reflexa, 
logo nos primeiros minutos de vida do recém-nascido- e, a triagem neonatal para diagnóstico 
precoce de patologias através do teste do pezinho. 
Seguindo a diante, ainda relacionado ao recém-nascido, verificaremos sobre a 
importância da produção da bile, as causas da icterícia neonatal, já que acomete a maioria dos 
bebês dando um aspecto amarelado à pele, mucosas e escleras, devido ao acúmulo de bilirrubina 
nos tecidos, assim sendo relevante o estudo dos marcadores laboratoriais, os fatores associados 
à sua alteração e o tratamento adequado para a icterícia, a fototerapia, onde mostra a importância 
de obter uma equipe multidisciplinar nesse período neonatal. Para mais, sobre o processo de 
nascimento, foi preciso estudar sobre as alterações fisiológicas-adaptativas do recém-nascido, 
sabendo como passa a funcionar os sistemas respiratório e cardiovascular, os mecanismos de 
termorregulação e as suas perdas fisiológicas, compreendendo o processo de transição para o 
meio extrauterino. 
Para finalizar, o assunto foi voltado para a gestante, discutindo sobre a gravidez na 
adolescência, sua relação com o peso do bebê e o número de partos normais e cesáreos no 
Brasil, além de abordar os principais programas do ministério da saúde para a atenção a saúde 
da mulher e da criança, como a Rede Cegonha, que também está envolvida no atendimento da 
gestante, ampliando os serviços de saúde para um melhor cuidado e humanização. 
 
 
 
 
 
 
5 
 
OBJETIVOS DE ESTUDO 
Objetivo geral: 
Reconhecer os aspectos fisiopatológicos relacionados ao nascimento, a gestão do 
cuidado do RN e suas relações com a puérpera, seus familiares, considerando as dimensões 
econômicas, psicossociais e ambientais dos envolvidos. 
 
Objetivos específicos: 
1. Descrever o exame físico normal de um RN a termo. 
2. Caracterizar o RN quanto ao peso, comprimento e idade gestacional. 
3. Definir Apgar, descrever seus critérios e interpreta-los. 
4. Citar e exemplificar as consequências clinicas de uma criança nascer de 
baixo-peso. 
5. Descrever fisiologia das bilirrubinas. 
6. Descrever e fisiopatologia, quadro clinico e tratamento da icterícia do 
RN. 
7. Descrever o papel da equipe multidisciplinar no tratamento da icterícia 
neonatal. 
8. Quais são os principais programas do ministério da saúde para a atenção 
a saúde da criança e saúde da mulher. 
9. Quais são os pontos da rede envolvidos no atendimento da gestante, 
puérpera e criança (UBS, Atendimento especializado, Maternidades, casa de parto, 
unidade de parto normal, ou seja, equipamentos públicos de saúde disponibilizados para 
o parto normal). 
10. Discutir sobre gravidez na adolescência e sua relação com baixo peso ao 
nascer e o número de partos normais e cesarianos no Brasil. 
11. Descrever as alterações fisiológicas-adaptativas, dos sistemas 
cardiovascular e respiratório que ocorrem no período neonatal. 
12. Discutir a triagem neonatal e sua importância. 
13. Reconhecer o marcador laboratorial da icterícia neonatal e discutir os 
fatores associados à alteração deste marcador. 
6 
 
14. Reconhecer as principais perdas fisiológicas no período neonatal em 
recém-nascidos termos e pré-termos. 
15. Descrever os mecanismos de termo regulação no recém-nascido, e as 
estratégias para garantir a manutenção da temperatura corporal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
DESENVOLVIMENTO 
1. Descrever o exame físico normal de um RN a termo. 
Pela simples observação do RN já é possível colher diversas informações importantes, 
como a presença de malformações e fácies típicas de algumas síndromes (como trissomias do 
13, 18 e 21 e síndrome de Pierre-Robin). Sinais de angústia respiratória como gemidos ins ou 
expiratórios, batimento de aletas nasais, retrações de fúrcula ou torácica (caso a criança esteja 
despida), cianose e alteração da frequência respiratória também podem ser observadas. A 
postura do RN, que normalmente é simétrica e fletida, semelhante à fetal, pode estar assimétrica 
se houver algum transtorno como fratura de clavícula ou membros, paralisia braquial, lues 
congênita (pseudoparalisia de Parrot), infecções ou com- prometimento neurológico. O aspecto 
geral, a atividade, a intensidade do choro, a movimentação e o estado de hidratação são outras 
informações que devem constar do exame físico geral. O RN apresenta normalmente choro 
forte, de timbre variável. ( BRASIL,2011) 
A textura da pele depende muito da idade gestacional. O RN pré-termo extremo possui 
pele muito fina e gelatinosa, o RN a termo tem pele lisa, brilhante, úmida e fina, e o RN pós-
termo ou com insuficiência placentária, pele seca, enrugada, apergaminada e com descamação 
acentuada. A pele normal do RN apresenta cor rosada. (BRASIL,2011) 
Exame do crânio: deve ser analisar as fontanelas do RN, em que no momento do 
nascimento, comumente sofrem alterações com o fechamento das suturas, desta forma, analisa-
se há a presença de bossas, cefaloematomas ou craniossinostose, que em geral são abaulamentos 
oriundos desse momento. Após esta abordagem verifica-se as estruturas da face: olhos, nariz e 
boca, principalmente para checar hemorragias subconjutivas e conjuntivites neonatais. 
(BRASIL,2011) 
Exame do abdômen: por sua vez, na região abdominal do neonatal podem haver defeitos 
congênitos de fácil percepção como no caso de nascimento com onfalocele e gastroquise que 
espoe o conteúdo abdominal do RN pela cicatriz umbilical, além de averiguação de proporção, 
forma do abdômen, etc. (BRASIL,2011) 
Exame articular e neuromuscular: é fundamental que se realize o teste para se confirma 
se as articulações e o sistema muscular do RN possuem alguma anomalia congênita, manobras 
de Barlow e de Ortolani que induzem o deslocamento da articulação do quadril são 
fundamentais. (BRASIL,2011). 
8 
 
2. Caracterizar o RN quantoao peso, comprimento e idade gestacional. 
Para a OMS a definição de recém-nascido refere-se ao lactante do momento de seu 
nascimento até o período em que o mesmo completará 28 dias de vida, nesse aspecto o recém-
nascido (RN) pode ser classificado quanto à sua idade gestacional (IG), quanto ao seu peso e 
quando associamos o peso à idade gestacional. (JÁCOMO, A. J. D. et al., 1994) 
• Idade gestacional (IG) 
É classificado como RN prematuro ou pré-termo: O RN que nasce com menos de 37 
semanas completas (< 259 dias): até 36 semanas e 6 dias de gestação. PREMATURO TARDIO: 
34-36 semanas e 6 dias IG. 
É classificado como RN a termo: O RN que nasce de 37 semanas a 41 semanas e 6 dias 
de gestação (259 a 294 dias). 
É classificado como RN pós-termo: O RN que nasce com 42 semanas ou mais de 
gestação (295 dias ou mais). (JÁCOMO, A. J. D. et al., 1994) 
• Peso 
RN com Peso Normal: De 2.500 g até 3.999 g. 
RN com Baixo Peso ao Nascer: Menos de 2.500 g. 
RN com Muito Baixo Peso ao Nascer: Menos de 1.500 g. 
RN com Extremo Baixo Peso ao Nascer: Menos de 1.000 g. 
RN de tamanho excessivamente grande: Maior que 4.500 g. (JÁCOMO, A. J. D. et al., 
1994) 
• Peso em relação à idade gestacional 
Adequado para a Idade Gestacional (AIG): Entre os percentis 10 e 90. 
Pequeno para a Idade Gestacional (PIG): Abaixo do percentil 10. 
Grande para a Idade Gestacional (GIG):Acima do percentil 90. (JÁCOMO, A. J. D. et 
al., 1994) 
 
 
 
 
9 
 
3. Definir Apgar, descrever seus critérios e interpretá-los. 
Fonte: BICKLEY, 2015 
 
A escala de Apgar ou Índice de Apgar é um sistema de pontuação realizado após o 
nascimento da criança. É formada por cinco componentes (FETIC - frequência cardíaca, 
esforço respiratório, tono muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele) que classificam 
a recuperação neurológica do recém-nascido e sua adaptação imediata à vida extrauterina. A 
pontuação deve ser feita no 1º e no 5º minuto após o nascimento, é baseada em uma escala de 
três pontos para cada componente e pode variar de 0 a 10 (atingir a nota máxima do teste não é 
comum, uma vez que ocorrem diversos casos de cianose transitória em bebês). (BICKLEY, 
2015) 
É preciso determinar a pontuação de 5 em 5 minutos até que ela atinja um número igual 
ou superior a 7. Caso a pontuação nos primeiros cinco minutos for igual ou superior a 8 o 
médico deve prosseguir para os exames mais completos. O Índice de Apgar tem como objetivo 
estabelecer se o recém-nascido necessita ou não de cuidados médicos imediatos. (BICKLEY, 
2015) 
 
 
 
10 
 
4. Citar e exemplificar as consequências clinicas de uma criança nascer de 
baixo-peso. 
Vale destacar que o recém-nascido é considerado de baixo peso quando tem um valor 
menor do que 2500g, onde as principais causas são retardo do crescimento intrauterino (RCIU) 
e período gestacional curto, ou seja, a prematuridade. Seguindo esse conceito, verificamos que 
é mais comum a criança nascer com baixo peso em alguns casos como: Usos de drogas, 
tabagismo, etilismo, pouco ganho de peso na gestação, menor que 4,5kg, mulheres negras, baixa 
estatura materna, idade avançada (> 35 anos), mulheres muitos jovens (<20 anos) dentre outros 
critérios. (BRASIL, 2002) 
Diante das inúmeras causas de baixo peso em RN, pode-se observar algumas 
consequências maléficas como: (BRASIL, 2002) 
• Hematose e respiração - Podem ser imperfeitas por falta de maturidade 
dos centros respiratórios (que produzem estímulos irregulares), ou/e por fraqueza da 
musculatura respiratória e da caixa torácica (dificultando a produção de pressões 
negativas), já que há um número de menor de capilares, alvéolos e fibras elásticas. 
(BRASIL, 2002) 
• Mal funcionamento do controle da temperatura corporal - por falta de 
maturidade dos centros nervosos, e pela falta ou escassez de tecido celular 
subcutâneo, resultando em crise de hiperemia quando aquecidos em demasia e 
hipotermia na situação oposta. 
• Função renal imatura – com uma menor capacidade, de excreção de 
metabólitos e com hidremia, o que explica a acidose no metabolismo, a azotemia, os 
edemas e a facilidade de desidratação. (BRASIL, 2002) 
• Deficiência de nutrição – por sucção fraca e deglutição imperfeita, 
absorção deficiente de gorduras e de vitaminas lipossolúveis (o que torna frequente 
o raquitismo); a proteinemia e a glicemia são baixas; ademais o prematuro 
armazenou pouco cálcio, fósforo, ferro e vitaminas. (BRASIL, 2002) 
• Imaturidade hepática – o que acarreta em icterícias mais frequentes e 
mais prolongadas, hipoproteinemia e edemas, hipoglicemia, hipoprotrombinemia e 
hemorragias. (BRASIL, 2002) 
• O Recém-nascido fica mais propicio a às infecções – que são a causa 
principal da morte após a primeira semana de vida, geralmente por diarreia, 
pneumonia e septicemia. (BRASIL, 2002) 
11 
 
• Maior vulnerabilidade a analgésicos e anestésicos – de uso obstétrico, por 
imaturidade do centro respiratório e menor ventilação pulmonar (BRASIL, 2002) 
 
5. Descrever fisiologia das bilirrubinas. 
A bilirrubina é resultado do metabolismo do grupo HEME da hemoglobina, o qual 
podem provir de hemoglobinas envelhecidas, eritrócitos da medula óssea, entre outros. Logo, 
eles formam a biliverdina e depois são convertidos em bilirrubina em que para se tornarem 
livres, devem se associar a uma albumina plasmática (MARTELLI, 2010) 
Quando as bilirrubinas livres chegam ao fígado, elas são recapturadas pelos hepatócitos 
por meio de sistemas proteicos. Logo, a albumina é liberada e se conjuga ao ácido glicurônico 
ou ao sulfato. Essas formas conjugadas, acabam sendo excretadas através do polo biliar dos 
hepatócitos que estão em contato com os canalículos biliares e daí vão para o intestino pela bile 
(MARTELLI, 2010). 
A bilirrubina conjugada é transportada como complexo lipídico até o duodeno através 
do ducto biliar, sendo desconjugada e reduzida no cólon em urubilinogênio por meio de ação 
de bactérias. Essas moléculas são certa parte absorvidas pela mucosa intestinal para o sangue e 
mais ou menos 5% são excretados em fezes e urina (MARTELLI, 2010). 
 
6. Descrever e fisiopatologia, quadro clinico e tratamento da icterícia do RN. 
A icterícia é um dos problemas mais frequentes no neonatal, é a manifestação clínica da 
hiperbilirrubinemia quando a concentração sérica de bilirrubina indireta ou direta se encontra 
maior que 1,5mg/dL. É caracterizada pela coloração amarela na pele/olhos. 
Aproximadamente 60% dos RN a termo e 80% pré-termo são acometidos e 98% 
possuem níveis de bilirrubina total superior a 1 mg/dL logo na primeira semana de vida. Em 
alguns casos esse nível ultrapassa o valor de 5 mg/dL. (BERHMAN, R. E.; KELLGMAN, R.; 
JENSON, H. B., 2005) 
 A icterícia pode ser fisiológica ou patológica. A fisiológica indica uma adaptação 
neonatal ao metabolismo da bilirrubina, como o RN possui capacidade de metabolizar a 
bilirrubina reduzida e produz maior quantidade de bilirrubina. (BERHMAN, R. E.; 
KELLGMAN, R.; JENSON, H. B., 2005) 
12 
 
Já a patológica pode ser lesiva ao cérebro, desencadeando uma encefalopatia 
bilirrubínica aguda, que se não tratada adequadamente evolui para kernicterus. Essa icterícia 
pode ser causada por aumento da produção de bilirrubina, diminuição da clearance e aumento 
da circulação êntero-hepática. (BERHMAN, R. E.; KELLGMAN, R.; JENSON, H. B., 2005) 
A icterícia é classificada de acordo com cinco zonas de Kramer e é possível através da 
digito pressão: 
Zona 1: cabeça e pescoço 
Zona 2: tronco até umbigo 
Zona 3: hipogástrico até coxas 
Zona 4: braços, antebraços e pernas 
Zona 5: mãos e pés 
Quanto mais zonas atingidas, maiores os níveis séricos de bilirrubina. (BERHMAN, R. 
E.; KELLGMAN, R.; JENSON, H. B., 2005) 
O tratamento da depende da hiperbilirrubinemia que predomina na icterícia do RN. 
Quando indireta, o tratamento indicado é a fototerapia ou exsanguinotransfusão. Já a direta 
dependeda causa. (SPNEONATOLOGIA, 2016) 
 
7. Descrever o papel da equipe multidisciplinar no tratamento da icterícia 
neonatal. 
Primeiramente, é importante ressaltar que o objetivo do tratamento da icterícia neonatal 
consiste em oferecer redução dos níveis de bilirrubina indireta e, portanto, impossibilitar a sua 
passagem para o sistema nervoso central (SOUZA JJ, 2012). Desse modo, faz-se necessário 
que haja uma boa comunicação entre a equipe multidisciplinar de saúde e os pais e/ou 
familiares, a fim de esclarecer detalhadamente o tratamento que será realizado em seu filho 
(CAMPOS ACS, 2012). 
Por esse motivo, os profissionais de saúde, em específico os enfermeiros, possuem um 
papel de grande importância no caso de icterícia neonatal, visto que atuam na detecção precoce 
da icterícia, através do exame físico do recém-nascido, na preparação do recém-nascido para a 
terapêutica, no preparo dos aparelhos que serão utilizados na fototerapia, entre outras 
assistências. Além disso, é de suma importância que haja uma humanização no decorrer do 
processo de diagnóstico e de terapêutica pelos profissionais em saúde (GERMANO, 2014). 
13 
 
Portanto, no tratamento da icterícia neonatal, o trabalho multiprofissional apresenta um 
papel fundamental, pois visam prioritariamente garantir a segurança do neonato durante o 
processo da terapia implementada para prevenção de possíveis complicações desencadeadas 
pela mesma. Além de auxiliam os pais e familiares, através da educação em saúde, a lidar da 
melhor forma possível com esta situação que é bastante inesperada e traumática na maioria dos 
casos (GOMES, 2010). 
8. Quais são os principais programas do ministério da saúde para a atenção 
a saúde da criança e saúde da mulher. 
O acompanhamento de saúde é indispensável para o desenvolvimento e crescimento 
saudável das crianças, principalmente devido os primeiros anos de vida serem fundamentais 
para a formação adulta. Devido isso, percebe-se a necessidade do acompanhamento feito pelas 
equipes de saúde, os quais devem ser realizados de forma regular e satisfatória (BRASIL, 2018). 
O Ministério da Saúde em 2015 instituiu a Política Nacional de Atenção à Saúde da 
Criança (PNAISC) com o intuito de reduzir o índice de morbimortalidade, essa disponibiliza 
pela rede pública de saúde cuidados desde a gestação até os nove anos de idade, dando 
assistência completa a saúde da criança e da mãe. Esse programa é pautado em sete pilares, são 
eles (BRASIL, 2018): 
• Atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e 
ao recém-nascido; 
• Aleitamento materno e alimentação complementar saudável; 
• Promoção e acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento 
integral; 
• Atenção integral a crianças com agravos prevalentes na infância e com 
doenças crônicas; 
• Atenção integral à criança em situação de violências, prevenção de 
acidentes e promoção da cultura de paz; 
• Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações especificas 
e de vulnerabilidade; 
• Vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno. 
O programa de saúde da criança conta com o aleitamento materno, o qual é uma das 
prioridades do Governo. Recomenda-se que a criança seja alimentada apenas com leite materno 
14 
 
até os 6 meses de vida e só depois realizar a introdução de alimentos sólidos. O aleitamento é 
importante, pois é responsável por criar um vínculo afetivo entre mãe e filho, além do leite 
conter anticorpos necessários para a proteção da criança, por isso a amamentação deve ocorrer 
até os 2 anos de idade. Também, a saúde da criança conta com a Caderneta de Saúde da Criança, 
um documento com informações sobre o seu crescimento, desenvolvimento, vacinação, 
alimentação e orientações para prevenção de violências (BRASIL, 2018). 
São indispensáveis para o desenvolvimento do bebê e para a saúde da mulher a 
realização correta do pré-natal e do parto. O pré-natal deve ser iniciado assim que a gravidez é 
descoberta e o parto deve ser feito oferecendo o menor risco possível para a mãe e para o bebê, 
tanto no parto normal como na cesárea. Após o nascimento a Triagem Neonatal com a 
realização de medidas e exames é muito importante, sendo necessária na investigação de 
possíveis patologias, facilitando o tratamento, caso necessário, e retardando ou excluindo os 
danos à saúde da criança (BRASIL, 2018). 
A saúde da mulher conta com a Rede Cegonha, a qual é responsável por acompanhar a 
qualidade de vida e o bem-estar das mulheres durante a gestação, parto, pós-parto, puerpério e 
desenvolvimento da criança. Essa Rede que implanta os Centros de Parto Normal (CPN), locais 
com ambiente calmo e confortável com o intuito de fornecer um parto humanizado. Esses 
centros funcionam em conjunto com as maternidades e visam reduzir o número de mortes 
provocadas por cesarianas desnecessárias (BRASIL, 2017). 
O Ministério da Saúde incentiva a implantação de Casas da Gestante, Bebê e Puérpera 
(CGBP), que é um local intermediário e próximo do hospital ou maternidade onde a mulher e 
o bebê recebem os cuidados sem que estejam internados (BRASIL, 2017). 
Além disso, os principais programas, ações e iniciativas do Governo para a saúde da 
criança e das mulheres são: Iniciativa Hospitalar Amigo da Criança (IHAC), Método Canguru, 
Estratégia QualiNeo, Visitas domiciliares para o DPI por agentes de saúde, AIDPI Neonatal, 
Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil. Bem como a ampliação e qualificação dos leitos de 
internação neonatal e a Prevenção de violência e Promoção da cultura de paz (BRASIL, 2018). 
 
9. Quais são os pontos da rede envolvidos no atendimento da gestante, 
puérpera e criança (UBS, Atendimento especializado, Maternidades, casa de parto, 
unidade de parto normal, ou seja, equipamentos públicos de saúde disponibilizados para 
o parto normal). 
15 
 
A gestação encontra- se em um dos primeiros lugares na APS (atenção primaria a 
saúde), pois caracteriza pelas mudanças e adaptações com o novo membro da família. Durante 
a gestação a mulher precisa de cuidados, tanto em casa quanto em ambiente hospitalar. (CPPAS, 
2017) 
O pré-natal deve começar assim que a mulher descobre a gravidez, no início da gestação 
as consultas devem ser realizadas uma vez por mês até a 28 ª semana de gestação, de 15 em 15 
dias da 28ª até a 36ª semana e semanalmente a partir da 37ª semana de gestação. (CPPAS, 2017) 
Para garantir assistência fundamental, o Governo Federal lançou o programa Rede 
Cegonha, em 2011. Esse programa inclui desde o teste de gravidez até os primeiros dois meses 
de vida do bebê. 
A UBS é a porta de entrada preferencial da gestante no Sistema Único de Saúde (SUS). 
Os profissionais de saúde envolvidos no cuidado à gestante devem realizar ações de atenção 
integral, contemplando a proteção e a promoção da saúde, prevenção de agravos e escuta 
qualificada das necessidades das gestantes, proporcionando atendimento humanizado e 
estabelecimento de vínculo. Este cuidado deve ser realizado de forma compartilhada entre todos 
os profissionais da equipe. Assim, a atenção ao pré-natal, ao puerpério e ao RN constitui-se em 
um conjunto de consultas e visitas programadas da mulher e sua família à equipe de saúde da 
APS, objetivando o acompanhamento e a obtenção de uma adequada preparação para o parto e 
nascimento. (CPPAS, 2017) 
 
10. Discutir sobre gravidez na adolescência e sua relação com baixo peso ao 
nascer e o número de partos normais e cesarianos no Brasil. 
Com base em estudos observacionais realizados na Maternidade de Campinas, não 
houve relação entre o peso abaixo do recomendado e uma gravidez na adolescência, entretanto, 
em outros estudos realizados em diversos locais, apresentou-se alteração do peso do RN (recém-
nascido) quando levado em conta fatores como escolaridade, a raça, paridade, situação 
conjugal, se a mãe realizou o pré-natal, e o comportamento reprodutivo, tais estudos,tiveram 
como resultado que o fato de um RN nascer abaixo do peso se deve à aglomeração dos fatores 
que foram anteriormente citados, desta forma comprometendo a saúde do bebê e da mãe 
(NEVES FILHO, 2011). 
16 
 
Com relação ao número de partos normais e cesarianos realizados durante gravidezes 
na adolescência, apresenta-se um crescente número de partos cesarianos (cerca de 32,8% das 
adolescentes entre 10 e 16 anos, e 67,9% na população entre 17 e 19 anos), com grande 
tendência de aumento nos próximos anos, visto que entre os anos 2000 e 2010 houve um 
aumento de 52% no número de cesarianas realizadas, o que retrata um cenário muito 
problemático, visto que a cesárea deve ser reservada a casos de risco à mãe e ao bebê 
(RIBEIRO,2018). 
 
11. Descrever as alterações fisiológicas-adaptativas, dos sistemas 
cardiovascular e respiratório que ocorrem no período neonatal. 
Após o nascimento do RN, há mudanças fisiológicas-adaptativas significantes, 
especialmente nos sistemas cardiovascular e respiratório, visto que na vida intrauterina o feto é 
dependente da mãe. Assim, ao nascer e ser interrompida a circulação placento-fetal, através do 
pinçamento do cordão umbilical, o RN começará a respirar pelos pulmões, onde terá o líquido 
presente neles, expelido pela boca e nariz devido a compressão torácica do parto e também, 
pelo sistema linfático e capilares pulmonares, durante a descompressão, o que possibilitará as 
trocas gasosas. (KENNER, 2001) 
Além disso, com a circulação placento-fetal interrompida, terá a constrição do fluxo 
sanguíneo do ducto venoso, que irá se fechar consequentemente, assim como ocorrerá com o 
ducto arterial, devido a primeira respiração- onde ocorre a dilatação das arteríolas por 
necessidade de O2 e aumento do CO2- e, com o forame oval, por causa da elevada pressão após 
o aumento da resistência vascular sistêmica. (KENNER, 2001) 
 
12. Discutir a triagem neonatal e sua importância. 
A triagem neonatal foi proposta pelo Dr. Robert Guthrie em 1963, almejando identificar 
individuo com Fenilcetonúria em fase pré-sintomática para realiza o tratamento mais 
precocemente. Uma vez que o tratamento baseado na restrição da fenilalanina na dieta, não 
revertia os danos neurológicos se iniciado após o aparecimento de sintomas. Devido a isso o 
Dr. Robert realizou um ensaio de inibição bacteriana feito em amostras de sangue seco, colhidas 
em papel filtro, para detecção das concentrações de fenilalanina, permitindo o diagnóstico 
precoce. Após o sucesso do ensaio, várias outras doenças metabólicas, hematológicas, 
endócrinas e infecciosas foram adicionadas ao painel de triagem. (Leão LL; Aguiar MJ; 2008). 
17 
 
A triagem neonatal hoje é mais que uma simples realização de testes para identificar 
concentrações de substancias no sangue. A triagem é um sistema de 5 etapas, geralmente 
organizado e conduzido pelo sistema público de saúde, que visa diagnosticar e tratar 
precocemente doenças em RNs. As doenças triadas neste sistema variam de acordo com as 
técnicas empregadas e a epidemiologia do local em questão, no Brasil as doenças que são triadas 
em todo território de acordo com Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) são 6: 
Fenilcetonúria, Hipotireoidismo, Doença falciforme, Fibrose cística, Hiperplasia adrenal 
congênita e Deficiência de Biotinidase. (Leão LL; Aguiar MJ; 2008). 
Esses exames são feitos a partir de uma amostra de sangue colhida na região do 
calcanhar do RN, uma vez que essa é uma região de bastante irrigação e pouco dolorosa, 
facilitando assim a coleta, devido a isso este é popularmente conhecido como teste do pezinho. 
Além do teste do pezinho, outros testes também são feitos na triagem neonatal visando 
diagnosticar, acompanhar ou prevenir algumas patologias, estes são: 
-Teste do coraçãozinho: este consiste na aferição da oximetria de pulso (dosar a PO2 no 
sangue) de forma rotineira em recém-nascidos, entre 24 e 48 horas de vida, antes da alta 
hospitalar. O objetivo é a detecção precoce das cardiopatias congênitas. 
-Teste do olhinho: este é usualmente realizado por meio do uso de um oftalmoscópio, 
esse exame busca identificar agravos que levam a opacificação do cristalino, sendo responsável 
por diagnósticos presuntivos de retinoblastoma, catarata e outros transtornos oculares. 
-Teste da orelhinha: este visa identificar o mais precocemente possível as deficiências 
auditivas, sendo realizado por meio de exames fisiológicos e eletrofisiológicos. 
-Teste da linguinha: este é realizado durante o exame físico de rotina do RN, para 
identificar a presença de anquiloglossia (língua presa). 
 
13. Reconhecer o marcador laboratorial da icterícia neonatal e discutir os 
fatores associados à alteração deste marcador. 
A cor da pele é um dos critérios analisados durante o exame físico de rotina do RN, a 
fim de determinar a normalidade dos níveis de bilirrubina, oxigenação, presença de 
anormalidades, lesões, dentre outros fatores. Um dos sinais comumente encontrados é a 
coloração amarelada da pele, que é desencadeado pela manifestação da quantidade elevada de 
bilirrubina indireta no RN. Esse quadro é conhecido Icterícia Neonatal, e em grande maioria é 
uma condição fisiológica, resultante a capacidade reduzida do metabolismo do fígado do RN, 
da maior circulação entero-hepática durante relacionado a amamentação e o fato de o tempo de 
18 
 
vida útil das hemácias ser reduzido (fator que aumenta a produção de bilirrubina indireta). 
(BRASIL, 2011). 
Dentro da normalidade, o recém-nascido a termo tem um aumento fisiológico de 
bilirrubina indireta com média máxima de concentração de 12,9mg/dL de BT (bilirrubina total, 
direta + indireta), e esse pico ocorre entre o terceiro e o quarto dia após o parto. Os valores 
tendem a normalizar em até 7 dias, chegando à média de 5mg/dL. Vale ressaltar que a Icterícia 
Neonatal fisiológica é presente após 24 horas de vida, e caso se manifeste precocemente, surge 
a necessidade de investigação, sendo uma icterícia precoce. Para o RN pré-termo, esses o valor 
máximo esperado, na Icterícia Neonatal Fisiológica é de 15mg/dL de BT, com valores máximos 
entre o quarto e o sétimo dia, mas com a normalização dessa concentração num período de dez 
a trinta dias. Isso se deve a imaturidade do fígado do RN pré-termo. (BRASIL, 2011). 
A fim de determinar essa concentração, exames laboratoriais analisam a concentração 
de BT no RN, e a maneira como essa concentração oscila determina se o estado é fisiológico, 
normal, ou se é um caso clínico grave, requerendo intervenção por fototerapia ou a 
exsanguinotransfusão. No caso de a icterícia estar associada a outros fatores, exames para 
identificar a tipagem sanguínea da mãe e RN, pesquisa de anticorpos maternos para antígenos 
irregulares, dosagem quantitativa de glicose-6-fosfato desidrogenase, dosagem do hormônio 
tireoidiano e TSH, e exame de sangue completo irão complementar a interpretação quando 
comparada com a concentração de bilirrubina direta e indireta, auxiliando a investigação da 
etiologia de hiperbilirrubinemia indireta neonatal. (BRASIL, 2011). 
 
14. Reconhecer as principais perdas fisiológicas no período neonatal em 
recém-nascidos termos e pré-termos. 
O recém-nascido, a partir do momento de saída da cavidade uterina acomete percas 
fisiológicas ou consideradas normais em tal acontecimento, sendo a primeira delas: a 
temperatura, esta que tem a necessidade de ser controlada rapidamente, chamada 
termorregulação. Uma vez que o bebê sofre uma queda considerável deste valor e ocorre um 
desequilíbrio osmótico, associado a perda funcional de calor, sendo necessário envolvê-lo com 
panos secos e já pré-aquecidos para que seja segurado esse calor e não haja uma maior queda 
de temperatura, também são utilizados: o contato materno para que seja repassado e haja uma 
troca mútua de calor, ambiente mantido artificialmente à temperatura de 37 graus celsiusa fim 
de adaptá-lo ao ambiente. (NELSON, 2013) (MARCONDES et al., 2002) 
19 
 
Têm-se os tipos de trocas de calor, sendo a radiação, condução e convecção formas de 
trocas de calor com o recém-nascido. (NELSON, 2013) (MARCONDES et al., 2002) 
Além da temperatura o bebê pode ter uma diminuição no peso, sendo normal até a 
primeira semana, depois deve aumentar. A queda pode ser em torno de 10 por cento e isto 
ocorre devido a vários fatores, como: eliminação do mecônio, líquido que acompanha o recém-
nascido até a hora do parto, sendo que ao ser "solto" tem ação na queda de peso por ser muito 
pegajoso e aderente, junto a nutrição que deve ser adequada perante as condições e déficits 
nutritivos que tendem a ocorrer com o recém-nascido, a amamentação é fator essencial para 
que ocorra o aumento de peso, assim como a regulação de necessidades fisiológicas e horas de 
sono. (NELSON, 2013) (MARCONDES et al., 2002) 
O recém-nascido pode ter uma queda de vitaminas e nutrientes que antes o supriam, 
pois eram enviados pela mãe, direto para a cavidade uterina e placenta. Assim, após o parto ele 
perde esse ganho e torna-se independente e necessário produzir para si, por isso é normal a 
queda na primeira semana de vida, que é adaptação. (NELSON, 2013) (MARCONDES et al., 
2002) 
Além disso, o RN de parto cesariana demora ainda mais um tempo para se adequar ao 
peso normal do que aqueles nascidos de parto natural. (NELSON, 2013) (MARCONDES et al., 
2002) 
 
15. Descrever os mecanismos de termo regulação no recém-nascido, e as 
estratégias para garantir a manutenção da temperatura corporal. 
Após o nascimento, o RN deve se adaptar para que consiga manter sua temperatura 
dentro de um padrão normal, para isso, ele se vale da gordura marrom, que é altamente 
vascularizada e inervada por neurônios simpáticos. Quando sofrem estresse por frio, há um 
aumento dos níveis de epinefrina, atuando no tecido de gordura marrom para estimular a lipólise 
(ALMEIDA,2008). Em recém-nascido prematuros pode haver sinais de hipotermia aguda e 
desta forma o corpo irá responder por meio da vasoconstrição periférica, que resulta em uma 
acidose metabólica e metabolismo anaeróbico, que por sua vez causam a constrição de vasos 
pulmonares (BRASIL, 2011). 
As estratégias adotadas para manter o calor corporal do RN são: 
- A análise do bebê na sala de parto sob uma fonte de calor (Exemplo: uma 
lâmpada que produz calor); 
20 
 
- Utilização de touca, prevenindo a perda de calor por meio do couro 
cabeludo; 
- Berços aquecidos e cobertos; 
- Bebês prematuros devem ser secos corretamente e alojados em 
incubadoras aquecidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
CONCLUSÃO 
O cuidado a gestante e ao feto é de fundamental importância para um bom 
desenvolvimento de ambos, visto que o bebê é totalmente dependente da mãe. Por isso, 
primordialmente é necessário que esta se mantenha saudável para uma gestação mais segura, 
recebendo assistência médica e consultas pré-natais. 
Além disso, após o período fetal e a chegada do nascimento, há uma série de mudanças 
adaptativas para o desenvolvimento do recém-nascido, sendo ainda necessário cuidados mais 
extremos, tanto do médico quanto da mãe, em relação a saúde do bebê, por ser uma fase de 
bastante evolução até que atinja ao desenvolvimento maduro e saudável. 
Portanto, é preciso que os diferentes profissionais da saúde tenham um conhecimento 
qualificado em relação a cada fase da gestação e do desenvolvimento neonatal, ajudando a 
precaver problemas e a solucioná-los precocemente, assim aperfeiçoando a assistência da saúde 
e garantindo que um processo tão delicado seja cumprido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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