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79_Biocombustiveis

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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 1
Ano 4 | Nº 79 | maio | 2019
PRODUÇÃO E USO DE BIOCOMBUSTÍVEIS NO BRASIL
MARIA DE FATIMA VIDAL
Engenheira Agrônoma. Mestre em Economia Rural. ETENE/BNB
fatimavidal@bnb.gov.br
1. INTRODUÇÃO
O presente documento traz informações sobre a produção de biocombustíveis no Brasil, especifi-camente nos segmentos de biodiesel e de etanol. 
O objetivo é traçar um panorama do setor no Brasil e no 
Nordeste, incluindo sua caracterização, desempenho re-
cente e perspectivas, bem como discutir tendências futu-
ras para o setor em nível global. 
O Brasil tem papel de destaque no cenário mundial 
de produção e uso de biocombustíveis, em especial com 
relação ao etanol produzido a partir de cana-de-açúcar 
e o biodiesel derivado de óleos vegetais ou de gorduras 
animais. 
Os principais mercados para os biocombustíveis no 
mundo são a União Europeia, os Estados Unidos e o pró-
prio Brasil. Além desses países, destacam-se a China como 
um importante mercado para o etanol, Argentina e Indo-
nésia para o biodiesel.
De acordo com a ANP (2019a), aproximadamente 45% 
da energia e 18% dos combustíveis consumidos no Brasil 
atualmente são renováveis. Em 2018, o País gerou mais 
de 33 bilhões de litros de etanol, usado como combustível 
único nos veículos flex fuel (hidratado) e em mistura com a 
gasolina (anidro). No mesmo ano, foram produzidos tam-
bém mais de 5,3 bilhões de litros de biodiesel.
2. POLÍTICAS PARA PRODUÇÃO E 
USO DE BIOCOMBUSTÍVEIS NOS 
PRINCIPAIS MERCADOS MUNDIAIS
O mundo continua fortemente dependente dos 
combustíveis fósseis, apesar da crescente preocupação 
com os efeitos do uso desses combustíveis sobre o clima. 
Por serem biodegradáveis, e possuirem baixo teor de 
enxofre e compostos aromáticos, os biocombustíveis 
causam menos impactos ao meio ambiente do que os 
combustíveis fósseis (ANP, 2019c). Assim, os bicombustíveis 
são alternativas promissoras para substituir, parcial ou 
totalmente, combustíveis derivados de petróleo e gás 
natural em motores à combustão, já que o segmento 
dos transportes é responsável por grande parcela das 
emissões de gases causadores do efeito estufa.
Por outro lado, a queima dos biocombustíveis pode 
aumentar as emissões de outros produtos químicos tóxi-
cos (BIOFUEL, 2019), sem considerar o impacto ambien-
tal dos cultivos das culturas fornecedoras de biomassas, 
como uso de água, defensivos e fertilizantes, muitos dos 
quais são derivados do petróleo.
Na segunda metade da década de 2000, políticas go-
vernamentais em diversos países começaram a estimular 
a produção de biocombustíveis através do estabelecimen-
ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE - ETENE
Expediente: Banco do Nordeste: Romildo Carneiro Rolim (Presidente). Luiz Alberto Esteves (Economista-Chefe). Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETE-
NE: Tibério R. R. Bernardo (Gerente de Ambiente). Célula de Estudos e Pesquisas Setoriais: Luciano F. Ximenes (Gerente Executivo), Maria Simone de Castro Pereira Brainer, 
Maria de Fátima Vidal, Jackson Dantas Coêlho, Fernando L. E. Viana, Francisco Diniz Bezerra, Luciana Mota Tomé, Biágio de Oliveira Mendes Júnior, Roberto Rodrigues Pontes 
(Jovem Aprendiz). Célula de Gestão de Informações Econômicas: Bruno Gabai (Gerente Executivo), José Wandemberg Rodrigues Almeida, Gustavo Bezerra Carvalho (Projeto 
Gráfico), Hermano José Pinho (Revisão Vernacular), Francisco Kaique Feitosa Araujo e Marcus Vinicius Adriano Araujo (Bolsistas de Nível Superior).
O Caderno Setorial ETENE é uma publicação mensal que reúne análises de setores que perfazem a economia nordestina. O Caderno ainda traz temas transversais na sessão 
“Economia Regional”. Sob uma redação eclética, esta publicação se adequa à rede bancária, pesquisadores de áreas afins, estudantes, e demais segmentos do setor produtivo.
Contato: Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE. Av. Dr. Silas Munguba 5.700, Bl A2 Térreo, Passaré, 60.743-902, Fortaleza-CE. http://www.bnb.gov.
br/etene. E-mail: etene@bnb.gov.br
Aviso Legal: O BNB/ETENE não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e pro-
jeções. Desse modo, todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente 
pelo usuário, eximindo o BNB de todas as ações decorrentes do uso deste material. O acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de 
responsabilidade. É permitida a reprodução das matérias, desde que seja citada a fonte. SAC 0800 728 3030; Ouvidoria 0800 033 3030; bancodonordeste.gov.br
mailto:fatimavidal@bnb.gov.br
https://www.bnb.gov.br/publicacoes/CADERNO-SETORIAL
https://www.bnb.gov.br/canais-de-atendimento/fale-conosco#_48_INSTANCE_F6Km6QqfTZyj_%3Dhttps%253A%252F%252Fwww.bnb.gov.br%252Faplicacao%252FO_Banco%252FFale_Conosco%252Ffaleconosco.asp
Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 2
Ano 4 | Nº 79 | maio | 2019
to de arcabouços legais, políticos e regulatórios que es-
tableceram regras de comercialização específicas para os 
biocombustíveis. 
Essas políticas geraram um forte incremento da produ-
ção mundial de etanol e biodiesel. Como resultado, uma 
porcentagem crescente da produção mundial de cana-
de-açúcar e milho foi utilizada para produção de etanol e 
um crescente percentual de óleo vegetal foi utilizado para 
produzir biodiesel (OCDE, 2018).
De acordo com Costa et al. (2017), a principal regra de 
comercialização de biocombustíveis no mundo é o man-
dato. Os mecanismos de flexibilidade, como mercados de 
certificados, spot, futuros e opções com biocombustíveis, 
ainda são pouco utilizados (Quadro 1).
Quadro 1 - Regras de comercialização de biocombustíveis no mundo
Brasil EUA União Européia Outros
Mandatos
•	 Teor de anidro (18-
27,5%);
•	Mistura biodiesel 
(10%).
•	 RFS – Renewable Fuel 
Standard (volumes 
anuais);
•	 Mistura E10 obrigatória 
(E15 e E85 facultativas);
•	 Biodiesel em diversos 
percentuais (B20, mais 
comum)
•	Mistura de 
biocombustíveis 
e participação 
de renováveis no 
consumo final em 
diversos países 
membros.
•	 E5: Argentina, Canadá, Etiópia e 
Sudão;
•	 E8: (podendo subir para E10): 
Colômbia;
•	 E10: Angola, Equador, Jamaica, 
China (facultativo em 4 províncias), 
Índia (não cumprido), Quênia, 
Malawi, Filipinas;
•	 B2 a B5: Peru, Chile, Equador, 
Uruguai, Malásia, Filipinas, Coreia 
do Sul, África do Sul e Austrália.
•	 B10: Argentina e Indonésia.
Instrumentos de 
comercialização
•	 Contratação 
bilateral de etanol 
carburante;
•	 Leilões de biodiesel;
•	 Leilão de energia 
(ACR);
•	 Contratação 
bilateral de energia 
(ACL).
•	 RIN - Renewable 
Identification Number 
(Contratação bilateral);
•	 Padrão de Combustível 
de Baixo Carbono - LCFS.
•	 Sistema de Mercado 
de Emissões (EU 
ETS);
•	 Comércios bilaterais; 
•	 Programa “Tudo 
Menos Armas” entre 
UE e África (aplicável 
aos biocombustíveis).
•	 Iniciativa Caribenha CBI.
Mercado spot, 
futuro e opções
•	 Futuros, Opções 
e Operações 
Estruturadas na 
BM&F BOVESPA: 
etanol hidratado.
•	 Bolsa Mercantil de 
Chicago (CBOT): etanol;
•	 Bolsa Mercantil de Nova 
Iorque (NYMEX): etanol.
•	 Bolsa 
Intercontinental- ICE: 
etanol (futuro).
•	 Bolsa de Cingapura: etanol.
Mercados de 
certificados Não aplicável
•	 Mercado RINS;
•	 Mercado de Carbono. Não aplicável Não aplicável
ACR: Ambiente de Contratação Regulada; ACL: Ambiente de Contratação Livre.
Fonte: Elaborado por COSTA et al., (2017).
Na União Europeia, a política para biocombustíveis 
tem como objetivo a substituição aos combustíveis 
fósseis, principalmente, para o setor dos transportes, 
sendo delineada através de diretivas1. 
A Diretiva 2009/28/CE do Parlamento europeu 
determina que, até 2020, cada Estado Membro deverá 
garantir uma cota mínima de uso de 20% de energia 
proveniente de fontes renováveis, reduzir a emissão de 
Gases do Efeito Estufa (GEE) em20% e incrementar em 
20% a eficiência energética; esse conjunto de meta é 
conhecido como “Triplo 20”.
Essa diretiva possui elevada exigência relacionada 
a outros aspectos ambientais. Para cumprir a meta, 
somente biocombustíveis produzidos de modo sustentável 
devem ser considerados, ou seja, a emissão de gases do 
1 "Uma diretiva é um ato legislativo que fixa um objetivo geral que todos 
os países da UE devem alcançar. Contudo, cabe a cada país elaborar 
a sua própria legislação para dar cumprimento a esse objetivo" 
(EUROPA.EU, 2019).
efeito estufa atribuíveis a toda a cadeia de produção do 
biocombustível deve ser pelo menos 35% mais baixa do 
que sua equivalência em combustível fóssil. Além disso, 
a biomassa empregada não pode ser cultivada em terras 
ecologicamente valiosas. Nos transportes, a quota de 
consumo de energia proveniente de fontes renováveis 
deverá representar pelo menos 10% do consumo final de 
energia. 
Em 2018, o Conselho da União Europeia chegou a 
um acordo sobre a nova Diretiva de Energias Renováveis 
(REDII) que irá vigorar entre 2021 e 2030. A nova diretiva 
inclui a utilização de biocombustíveis de primeira e 
segunda gerações, 1G e 2G, respectivamente. O total de 
energia renovável na matriz energética europeia em 2030 
deverá ser de 32% e no setor de transporte de 14%. Para 
combustíveis avançados2, a meta de consumo é 3,5% em 
2030 sendo 0,2% em 2022 e 1% em 2025 (EU.COUNCIL, 
2 Etanol 2G, butanol 2G, metanol 2G, biodiesel 2G.
Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 3
Ano 4 | Nº 79 | maio | 2019
2018). O biocombustível produzido internamente é 
insuficiente para atender a essa demanda, o que torna a 
UE importadora de etanol e biodiesel.
Nos Estados Unidos, a política energética é baseada 
no Programa Padrão de Combustíveis Renováveis 
(Renewable Fuel Standard - RFS) que foi estabelecido pela 
Lei de Política Energética (Energy Policy Act - EPAct) em 
2005. Dois anos depois, a primeira versão do Programa foi 
revisada para atender aos requisitos da Lei de Segurança 
e Independência Energética - LSIE (Energy Independence 
and Security Act - EISA) de 2007. O RFS estabelece metas 
específicas de adição de biocombustíveis celulósicos, 
diesel de biomassa e biocombustível avançado em 
volumes crescentes até 2022 (CRS, 2019).
Na Califórnia, existe ainda o Programa Padrão de 
Combustível de Baixo Carbono - LCFS, que entrou em vigor 
em 2011. O Programa foi desenvolvido com o objetivo 
de promover uma redução de 10% na intensidade do 
carbono de todos os combustíveis usados na Califórnia até 
2020. Para cumprir com o LCFS, as refinarias de petróleo, 
os importadores e os distribuidores de combustíveis são 
obrigados a produzir combustíveis com baixo teor de 
carbono, ou comprar créditos. O mecanismo usado para 
regular o LCFS é a chamada “intensidade de carbono”, 
que é uma estimativa das emissões de gases de efeito 
estufa no ciclo de vida completo de um combustível. Os 
combustíveis que possuem uma intensidade de carbono 
menor do que o padrão anual ganham créditos, enquanto 
os que possuem uma intensidade de carbono maior ficam 
com déficit (EIA, 2018).
3. HISTÓRICO DAS POLÍTICAS 
NACIONAIS PARA OS 
BIOCOMBUSTÍVEIS
As políticas energéticas no Brasil começaram a ser 
implementadas a partir do início da década de 1970, tendo 
sido primordiais para inserção do álcool e do biodiesel na 
matriz energética do País.
3.1 Etanol
O Brasil detém uma posição de vanguarda na tecnologia 
e produção de álcool de cana-de-açúcar, sendo pioneiro 
no mundo na utilização do etanol em larga escala como 
combustível. Há algumas décadas, a mistura de etanol à 
gasolina no Brasil é superior a 20%. 
A resolução da ANP Nº 19, de 15 de abril de 2015 
define o etanol como:
“Biocombustível proveniente do processo fermentativo 
de biomassa renovável, destinado ao uso em motores a 
combustão interna, e possui como principal componente 
o etanol, o qual é especificado sob as formas de Etanol 
Anidro Combustível e Etanol Hidratado Combustível” 
(ANP, 2019b).
Como resposta ao primeiro choque do petróleo, foi 
criado em 1975 o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), 
que teve como principal objetivo reduzir a dependência 
nacional das importações de petróleo e seus derivados. 
Por meio desse Programa, o Governo forneceu incen-
tivo ao setor definindo um mandato para adição de eta-
nol à gasolina. As medidas resultaram no crescimento dos 
investimentos, ampliação da área plantada com cana-de
-açúcar e instalação de novas unidades produtoras. Após o 
segundo choque do petróleo, em 1979, surgiram os veícu-
los movidos exclusivamente a etanol hidratado. No início 
da década de 1980 a maioria dos carros comercializados 
no Brasil era movida a álcool.
No entanto, nesse mesmo período as condições do 
mercado do petróleo e do açúcar começaram a desesta-
bilizar o Programa. A redução do preço do petróleo e o 
aumento do preço do açúcar no mercado mundial provo-
caram desabastecimento de etanol no mercado interno. 
Esses fatores, juntamente com a retirada dos subsídios à 
produção de álcool, levaram à extinção do Proálcool.
No início da década de 2000, as constantes variações 
no mercado do petróleo levaram ao avanço da pesquisa 
e tecnologia no setor automobilístico, o que resultou no 
lançamento dos veículos com motores dotados com siste-
ma flex-fuel com o consequente aumento de demanda por 
etanol e crescimento dos investimentos no setor. O adven-
to dessa tecnologia mexeu com a dinâmica do mercado, 
pois não expõe o consumidor ao risco de falta de oferta de 
etanol. O apoio do Estado impulsionou novamente o cres-
cimento dos investimentos na produção de etanol.
Entretanto, a partir de 2008, a euforia com o carro flex 
começou a ser frustrada, os Estados Unidos, em pouco 
tempo, se tornaram maiores que o Brasil na produção 
de etanol e o Governo brasileiro teve que segurar o 
preço da gasolina para controlar a inflação. Esses fatores 
contribuíram para gerar um cenário de incertezas para 
os investidores e uma forte crise no setor, pois a gasolina 
representa um teto para a cotação do etanol.
O fim da política de manutenção da estabilidade do 
preço da gasolina e a elevação do percentual de mistura 
de anidro na gasolina comum de 25% para 27% (E27), em 
2015 representou certo alívio para o setor, pois aumentou 
a competitividade do etanol no mercado interno. A partir 
de então, os sucessivos aumentos no preço da gasolina 
estimularam o consumo do biocombustível usado na frota 
flex, resultando num recorde da produção brasileira de 
etanol hidratado em 2018.
3.2 Programa Nacional de Produção e 
Uso de Biodiesel (PNPB) 
O PNPB foi lançado em 2004, seu principal objetivo 
era o de aumentar a produção e uso do biodiesel de 
forma sustentável e com inclusão social. O Programa foi 
responsável pela consolidação da indústria de biodiesel 
no Brasil. 
Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 4
Ano 4 | Nº 79 | maio | 2019
Em 2005, o biodiesel foi introduzido na matriz energé-
tica brasileira, através da Lei 11.097, de 13 de janeiro de 
2005 que fixou para todo o território nacional o percentu-
al mínimo obrigatório de adição de biodiesel ao diesel de 
2% (B2) em volume ao diesel vendido ao consumidor final, 
a partir de janeiro de 2008 e de 5% (B5) a partir de janeiro 
de 2013 e estabeleceu o modo de utilização e o regime 
tributário distinguido por região de plantio, por oleagino-
sa e por categoria de produção, agronegócio e agricultura 
familiar (BRASIL, 2005).
A partir de 2008, a mistura passou a ser obrigatória e o 
percentual foi sendo ajustado ao longo dos anos (Gráfico 
1). Em 2018, o Conselho Nacional de Política Energética 
(CNPE) aprovou o percentual de 10% de biodiesel mistura-
do ao óleo diesel vendido ao consumidor final (B10).
Gráfico 1 – Evolução da mistura do biodiesel ao diesel 
(B100)
2 2
3
4
5
6
7
8
10Biodiesel na mistura (%)
mai/05 jan/08 jul/08 jul/09 jan/10 jan/14 nov/14 nov/17 jan/18
Fonte: ANP, (2019e); ANP(2018).
Para atender aos objetivos do PNPB, foram criados 
diversos instrumentos como o Programa de Financiamento 
a Investimentos em Biodiesel e a redução fiscal, de acordo 
com o perfil do produtor, da região de origem da produção 
e da matéria-prima. Deveriam ser priorizadas, as regiões 
Norte e Nordeste, a mamona como matéria-prima e a 
agricultura familiar. 
Os incentivos foram vinculados à promoção da inclusão 
social por meio do Selo Combustível Social, concedido 
ao produtor de biodiesel (usina) que adquirir percentual 
mínimo de matéria-prima de agricultores familiares 
para a produção, na proporção de 50% para produtores 
localizados no Nordeste e norte de Minas Gerais; 30% para 
aqueles localizados nas Regiões Sul e Sudeste; e 10% para 
produtores localizados nas Regiões Norte e Centro-Oeste.
O produtor de biodiesel que possuir o Selo poderá 
participar dos leilões para vender sua produção à Agência 
Nacional de Petróleo (ANP), recolher diferenciadamente 
as contribuições sociais do PIS/PASEP e COFINS e desfrutar 
de melhores condições de financiamento junto aos bancos 
públicos de desenvolvimento (GONÇALVES; EVANGELISTA, 
2008).
A soja foi a oleaginosa que deu inicio à produção de 
biodiesel. Por ter uma cadeia produtiva já consolidada, 
essa cultura foi considerada como única capaz de 
construir espaço para a introdução de outras oleaginosas 
(SAMPAIO; BONACELLI, 2018). No entanto, passados mais 
de 10 anos da implantação do Programa, o óleo de soja 
continua respondendo por um percentual superior a 70% 
da matéria-prima usada para produção de biodiesel no 
Brasil (Tabela 2).
Segundo Souza et al. (2015), os subsídios dados 
mediante o Selo Combustível Social não foram suficientes 
para viabilizar a produção de óleo de mamona e outras 
oleaginosas, que possuem pouca viabilidade econômica 
com a tecnologia atual.
Sampaio e Bonacelli (2018) apontaram que a cultura 
contribuiu para a concentração da produção de biodiesel 
no Centro-Oeste e Sul do País. Assim como aconteceu 
com o Proálcool, que ampliou o mercado para as 
agroindústrias da cana-de-açúcar, ocorreu com o PNPB 
para a agroindústria da soja.
O PNPB também não conseguiu alcançar a população 
que realmente tinha como foco, em 2014, a maioria 
dos agricultores (85%) que forneceram matérias-primas 
para produção de biodiesel era do Sul e apenas 7% do 
Nordeste, pois a agricultura familiar dessa Região não 
conseguiu produzir o volume de mamona suficiente para 
atender a demanda gerada pelos crescentes percentuais 
de mistura obrigatória do biodiesel ao diesel (SOUZA et al. 
2015; SAMPAIO; BONACELLI, 2018).
Em 2009, o Ministério do Desenvolvimento Agrário 
(MDA), reduziu os percentuais mínimos obrigatórios de 
aquisição de produtos da agricultura familiar para obter 
o Selo Combustível Social. No Nordeste, o percentual 
passou de 50% para 30% (BRASIL, 2009).
Entre 2008 e 2009 foram instaladas no Semiárido 
brasileiro três usinas da Petrobrás nos municípios de 
Quixadá (CE), Candeias (BA) e Montes Claros (MG). Porém, 
em 2016 as atividades da usina produtora de biodiesel 
em Quixadá foram encerradas. A usina de Montes Claros 
continua em funcionamento, no entanto, a mamona foi 
substituída por outras oleaginosas.
Gonçalves e Evangelista (2008) apontaram alguns 
fatores que contribuíram para o insucesso do PNPB no 
Nordeste:
•	 Baixa produtividade da mamona, em parte pela 
falta de sementes melhoradas;
•	 Toxicidade da mamona para alimentação animal;
•	 Preço pago pelo óleo insuficiente para cobrir o 
custo da matéria-prima (mamona);
•	 Sob o ponto de vista técnico, a mamona passou 
a ser considerada imprópria para a produção de 
biodiesel pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), 
que em 2008 constatou seu elevado índice de 
viscosidade;
•	 Preço da mamona não competitivo frente ao da 
soja;
•	 Baixa capacidade de organização dos produtores 
Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 5
Ano 4 | Nº 79 | maio | 2019
para constituição das cooperativas que deveriam 
se responsabilizar pelas unidades de extração de 
óleo.
3.3 Política Nacional de Biocombustíveis 
(RenovaBio)
Instituída pela Lei 13.576, de 26 de dezembro de 2017, 
a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), tem 
como objetivo estimular o aumento da produção de 
biocombustíveis no País em padrões sustentáveis e 
contribuir para o cumprimento das metas de redução 
de emissões com as quais o Brasil se comprometeu no 
Acordo de Paris3.
As principais metas domésticas relacionadas aos 
biocombustíveis a serem alcançadas até 2030 foram: 
redução de 43% das emissões de gases de efeito estufa, 
participação de 45% de energias renováveis e de 18% da 
bionergia4 na matriz energética (BRASIL, 2017). 
A Lei do RenovaBio prevê o estabelecimento de 
metas nacionais de redução de emissões para a matriz de 
combustíveis a serem definidas em regulamento para um 
período mínimo de 10 anos, que serão desdobradas em 
metas individuais, a serem cumpridas anualmente pelos 
distribuidores de combustíveis, conforme sua participação 
no mercado de combustíveis fósseis.
A Lei cria o CBIO (Crédito de Descarbonização), um 
ativo financeiro, negociado em bolsa, emitidos pelos 
produtores e importadores de biocombustível a partir da 
comercialização. Os distribuidores de combustíveis serão 
obrigados a adquiri os CBIOs para cumprir sua meta de 
descarbonização que serão estipuladas anualmente pelo 
Governo.
Os principais instrumentos da Política Nacional de 
Biocombustíveis (RenovaBio), são:
•	 As metas nacionais de redução de emissões de 
gases causadores do efeito estufa na matriz de 
combustíveis;
•	 Os Créditos de Descarbonização (CBIO);
•	 A certificação individual de eficiência energética e 
ambiental;
•	 As adições compulsórias de biocombustíveis aos 
combustíveis fósseis;
•	 Os incentivos fiscais, financeiros e creditícios.
O reconhecimento da capacidade dos biocombustíveis 
de contribuir para que as metas de descabonização sejam 
atingidas é um dos principais fundamentos propostos pelo 
3 O Acordo de Paris é um compromisso internacional aprovado por 195 
países durante a Conferência das Partes - COP21 – Conferência das 
Nações Unidas sobre Mudança Climática, em Paris, no ano de 2015. O 
objetivo do acordo é de reduzir as emissões de gases do efeito estufa 
(GEE) e assim, minimizar as consequências do aquecimento global. 
4 Bioenergia, qualquer produto derivado de biomassa, seja sólido, 
líquido ou gasoso, que pode ser aproveitado para geração de energia.
Renovabio para viabilizar a retomada dos investimentos 
privados no setor de biocombustíveis no Brasil.
4. PRODUÇÃO DE BIODIESEL
O Brasil é o segundo maior produtor e consumidor 
mundial de biodiesel, de acordo com dados da ANP 
(2018), a capacidade total de processamento no Brasil em 
2017 foi de 7,3 milhões de m3. Porém, existe no País uma 
elevada capacidade ociosa em todas as regiões (Tabela 1). 
Existem no Brasil 51 unidades produtoras, das quais 14 
não produziram em 2017. 
Tabela 1 - Capacidade normal e produção de biodiesel 
(B100) no Brasil por região (Mil m3/ano) 2017
Região Capacidade Produção %
Norte 241,6 7,8 3,2
Nordeste 455,4 290,9 63,9
Sudeste 664,0 334,1 50,3
Centro-Oeste 3.026,3 1.896,3 62,7
Sul 2.918,3 1.762,2 60,4
Brasil 7.305,6 4.291,3 58,7
Fonte: ANP (2018).
A indústria no País responde positivamente ao 
aumento das misturas obrigatórias. A ampliação da 
mistura de biodiesel de 6% para 10% entre 2014 e 2018 
resultou num aumento de 56,4% da produção de biodiesel 
no Brasil (Gráfico 2). O produto é comercializado através 
de leilões em quantidade suficiente para compor a mistura 
imposta pela legislação.
A produção de biodiesel no Brasil está concentrada no 
Sul e Centro-Oeste (Gráfico 3), o que está relacionada à 
ampla participação da soja como matéria-prima (71,6%) 
para produção de biodiesel (Tabela 2). Essa concentração 
representa ainda a baixa participação dos produtores 
familiares. 
Gráfico 2 – Produção brasileira de biodiesel (m3)
3.
41
9.83
9 
3.
93
7.
26
9 
3.
80
1.
34
0 
4.
29
1.
29
3 
5.
35
0.
03
6 
2014 2015 2016 2017 2018
(M
et
ro
s c
úb
ic
os
)
Fonte: ANP (2018).
Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 6
Ano 4 | Nº 79 | maio | 2019
De acordo com Sampaio e Bonacelli (2018), a 
agroindústria da soja no Brasil é composta por empresas 
nacionais e multinacionais que atuam em vários segmentos 
do negócio, desde a produção até a comercialização. 
Muitas dessas empresas são grandes produtoras de 
biodiesel.
O Rio Grande do Sul e o Mato Grosso são os maiores 
produtores nacionais de biodiesel; juntos responderam 
em 2018 por quase 50% da produção do País. Outros 
importantes produtores são Goiás e Paraná. A Bahia é 
o único estado do Nordeste que continua produzindo 
biodiesel, respondendo por 7% da produção nacional.
Na área de atuação do BNB, existem duas unidades na 
Bahia, uma no Ceará e outra no norte de Minas Gerais, as 
quais possuem capacidade de ofertar 1.687,8 m3 por dia 
(Tabela 3), o que representa 8% da capacidade instalada 
no Brasil. Em 2017, não houve produção na unidade do 
Ceará.
Gráfico 3 - Participação percentual das regiões brasileiras 
na produção nacional de biodiesel em 2018
Norte
2%
Nordeste
7%
Sudeste
9%
Sul
41%
Centro-Oeste
41%
Fonte: ANP (2018).
Tabela 2 – Matéria-prima utilizada na produção de biodiesel (B100) no Brasil (m3)
Matéria-prima 2013 2014 2015 2016 2017 (%)
Óleo de soja 2.231.464 2.625.558 3.061.027 3.020.819 3.072.446 71,6
Óleo de algodão 64.359 76.792 78.840 39.628 12.426 0,3
Gordura animal (1) 578.427 675.861 738.920 622.311 720.935 16,8
Outros materiais graxos (2) 46.756 37.255 60.086 134.297 483.544 11,3
TOTAL 2.921.006 3.415.466 3.938.873 3.817.055 4.289.351 100,0
Fonte: ANP (2018).
Notas:
1) Inclui gordura bovina, gordura de frango e gordura de porco;
2) Inclui óleo de palma, óleo de amendoim, óleo de nabo-forrageiro, óleo de girassol, óleo de mamona, óleo de sésamo, óleo de fritura usado e outros 
materiasi graxos.
Tabela 3 - Unidades de produção de biodiesel na área de 
atuação do BNB e capacidade de produção 
(2017)
UF Usina Cidades Capacidade de pro-dução (M3/dia)
Bahia Oleoplan Nordeste Iraquara 360
Ceará Petrobras Biocombustíveis Quixadá 301,7
Bahia Petrobras Biocombustíveis
Can-
deias 603,4
Minas 
Gerais
Petrobras 
Biocombustíveis
Montes 
Claros 422,7
Total 1.687,8 
Fonte: ANP (2018).
5. PRODUÇÃO DE ETANOL
A produção mundial de etanol está concentrada nos 
EUA (52,0%) e Brasil (25,0%). A principal matéria-prima 
usada para produção de etanol no mundo é o milho 
(67,0%), o restante é produzido quase que totalmente a 
partir da cana-de-açúcar (OCDE, 2016).
Os Estados Unidos são os maiores produtores e 
consumidores mundiais de etanol. De acordo com dados 
do RFA (2019), em 2018 os Estados Unidos contavam com 
210 biorrefinarias de etanol instaladas com capacidade 
total de produção de 62,3 bilhões de litros por ano. 
Estão em construção ou expansão outras sete unidades, 
assim, a capacidade de produção americana deverá 
crescer em 976,6 milhões de litros. Somente a projeção 
de crescimento da produção em função da expansão da 
capacidade instalada nos EUA representa 50% de todo 
o etanol que foi produzido no Nordeste em 2018. Vale 
ressaltar que grande parte do etanol importado dos EUA 
Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 7
Ano 4 | Nº 79 | maio | 2019
para o Brasil tem sido destinada ao mercado nordestino.
No Brasil, o etanol entra de duas formas no consumo 
de combustíveis leves (do ciclo Otto), o hidratado é usado 
nos veículos flex em qualquer proporção com a gasolina 
e o anidro é misturado na gasolina na proporção de 27% 
para compor a gasolina C. A vantagem da adição do etanol 
na gasolina é que suas emissões são isentas de enxofre 
e material particulado, além disso, esse biocombustível 
possui elevada octonagem5 e teor de hidrogênio, 
viabilizando o uso de gasolina de baixa octonagem que é 
mais barata (NASTARI, 2016).
Ainda de acordo com Nastari (2016), a comercialização 
de etanol no Brasil é frágil, a formação de preços é 
baseada num mercado à vista, o setor vive de sobressaltos, 
dependendo do ciclo de preço e outros fatores exógenos 
como fatores climáticos adversos. Situação que persiste, 
acrescentando que o setor depende ainda das políticas 
governamentais de preço para a gasolina.
Na safra 2018/2019, foram produzidos 33,1 bilhões 
de litros de etanol, sendo 9,6 bilhões de litros de anidro 
e 23,6 bilhões de hidratado. O Sudeste e o Centro-Oeste 
juntos, responderam por quase 90% da produção nacional 
de álcool em 2018, o Nordeste produziu o equivalente a 
6% (Tabela 4).
5 Propriedade de resistência à compressão sem entrar em autoignição. 
Um alto índice de octanagem resulta em um melhor desempenho e 
conservação do motor.
Em 2018, os sucessivos aumentos do preço da 
gasolina no mercado interno (Gráfico 4) causou redução 
da demanda por etanol anidro (adicionado à gasolinas) 
e aumento por hidratado usado nos carros flex. Assim, 
a produção brasileira do anidro caiu 13,1% enquanto a 
de hidratado sofreu um incremento de 45,2% (Tabela 4). 
De acordo com dados da ANP (2019d), a participação do 
hidratado nas vendas de combustíveis leves chegou a 34% 
em 2018. 
No Nordeste, o etanol é menos competitivo em relação 
às demais regiões do País devido a questões tributárias e 
logísticas. De acordo com a ANP (2019d) em 2018, Minas 
Gerais, Goiás, Paraná e Mato Grosso responderam por 
84,4% das vendas de etanol no País. 
Estes estados possuem ICMS para o etanol inferior 
à maioria dos estados nordestinos (FECOMBUSTÍVIES, 
2019). Mesmo assim, houve crescimento da produção 
de etanol hidratado em todos os estados produtores do 
Nordeste (Tabela 4).
Tabela 4 - Produção brasileira de etanol (em mil litros)
Estados/Região
Total Anidro Hidratado
2017/18 2018/19 Var (%) 2017/18 2018/19 Var (%) 2017/18 2018/19 Var (%)
NORTE 237.160 208.304 -12,2 159.219 105.777 -33,6 77.941 102.527 31,5
NORDESTE 1.520.959 1.941.275 27,6 786.418 669.543 -14,9 734.541 1.271.732 73,1
Maranhão 162.660 147.916 -9,1 142.972 122.828 -14,1 19.688 25.088 27,4
Piauí 20.400 37.480 83,7 19.577 18.020 -8,0 823 19.460 2.264,5
Rio Grande do Norte 76.991 104.977 36,3 32.032 16.531 -48,4 44.959 88.446 96,7
Paraíba 363.898 382.000 5,0 183.734 152.662 -16,9 180.164 229.338 27,3
Pernambuco 319.319 431.893 35,3 91.985 79.843 -13,2 227.334 352.050 54,9
Alagoas 326.902 490.409 50,0 217.373 180.350 -17,0 109.529 310.059 183,1
Sergipe 70.144 100.902 43,8 24.031 19.099 -20,5 46.113 81.803 77,4
Bahia 180.645 245.698 36,0 74.714 80.210 7,4 105.931 165.488 56,2
CENTRO-OESTE 8.244.333 9.993.609 21,2 2.438.709 2.189.563 -10,2 5.805.624 7.804.046 34,4
SUDESTE 15.944.874 19.378.209 21,5 7.025.593 6.074.429 -13,5 8.919.281 13.303.780 49,2
SUL 1.290.328 1.621.080 25,6 584.979 519.439 -11,2 705.349 1.101.641 56,2
BRASIL 27.237.654 33.142.477 21,7 10.994.918 9.558.751 -13,1 16.242.736 23.583.726 45,2
Fonte: CONAB (2019).
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Ano 4 | Nº 79 | maio | 2019
Gráfico 4 - Preços médios ponderados semanais praticados pelos produtores e importadores de gasolina A comum
 1,50
 1,70
 1,90
 2,10
 2,30
 2,50
 2,70
 2,90
 3,10
 3,30
01
/0
1/
20
17
01
/0
2/
20
17
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/0
3/
20
17
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/0
4/
20
17
01
/0
5/
20
17
01
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6/
20
17
01
/0
7/
20
17
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/0
8/
20
17
01
/0
9/
20
17
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/1
0/
20
17
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/1
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20
17
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18
01
/0
2/
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18
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/0
3/
20
18
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/0
4/
20
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/0
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/1
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20
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1/
20
19
01
/0
2/
20
19
01
/0
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20
19
01
/0
4/
20
19
01
/0
5/
20
19
(R
$ 
/l
itr
o)
Fonte: ANP (2019f).
6. PRODUÇÃO DE ETANOL DE MILHO 
NO BRASIL
Tem-se observado no Brasil uma crescente produção 
de etanol de milho principalmente no Centro-Oeste que 
é grande produtor dessegrão no País, o que garante fácil 
aceso à matéria-prima.
O número de unidades de produção de etanol de mi-
lho no Brasil tem crescido, tanto das plantas integradas 
com usinas de cana-de-açúcar “flex”, quanto as que pro-
cessam apenas milho “Stand-alone”. Também existem ex-
pectativas de implantação de novas unidades produtivas 
para os próximos anos.
A estimativa da Conab (2019) para a safra 2019/20 é 
de que a produção de etanol de milho no Brasil apresente 
um crescimento de quase 80%, com destaque para o 
hidratado, cuja produção deverá praticamente dobrar 
(Tabela 5). 
Um dos fatores que devem contribuir para esse 
incremento na produção de etanol é o aumento da oferta 
de milho no Brasil. A Conab (2019), prevê crescimento 
da produção de milho segunda safra em todo o País, 
com consequente aumento dos estoques de passagem 
e redução dos preços do grão. Segundo Nastari (2018), 
o preço do grão responde por mais de 80% do custo de 
produção do etanol do milho. 
Uma das vantagens de se utilizar o milho para 
produção de etanol é a possibilidade de o produtor 
garantir o preço da matéria-prima por meio de transações 
no mercado futuro, já que o milho é uma commodity, o 
que não é possível com a cana. Outro aspecto que pode 
ser interessante é integração da produção de etanol de 
milho com a de cana, pois possibilita o aproveitamento 
das instalações industriais no período de entressafra. 
Além disso, o DDGS (distillers dried grains and solubles), 
coproduto da produção de etanol de milho, possui elevado 
teor proteico, sendo comercializado para alimentação 
animal.
Tabela 5 - Produção brasileira de etanol de milho (Em mil litros)
REGIÃO/UF
TOTAL ANIDRO HIDRATADO
2018/19 2019/20 Var (%) 2018/19 2019/20 Var (%) 2018/19 2019/20 Var (%)
CENTRO-OESTE 781.862 1.354.855 73,3 232.747 300.083 28,9 549.115 1.054.772 92,1
Mato Grosso 590.994 1.054.855 78,5 203.491 254.099 24,9 387.503 800.756 106,6
Goiás 190.868 300.000 57,2 29.256 45.984 57,2 161.612 254.016 57,2
SUL 9.569 54.288 467,3 1.535 8.709 467,3 8.034 45.580 467,3
Paraná 9.569 54.288 467,3 1.535 8.709 467,3 8.034 45.580 467,3
CENTRO-SUL 791.431 1.409.143 78,1 234.282 308.791 31,8 557.149 1.100.352 97,5
BRASIL 791.431 1.409.143 78,1 234.282 308.791 31,8 557.149 1.100.352 97,5
Fonte: CONAB (2019).
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Ano 4 | Nº 79 | maio | 2019
7. BIOCOMBUSTÍVEL DE SEGUNDA 
GERAÇÃO
Os biocombustíveis de segunda geração são aqueles 
obtidos a partir de fontes não adequadas para o consumo 
humano, a exemplo de coprodutos e subprodutos de 
cadeias agroindustriais, resíduos industriais e até mesmo 
de resíduos sólidos urbanos. O crescente interesse 
mundial por combustíveis de segunda geração se deve ao 
fato destes emitirem menos dióxido de carbono que os de 
primeira geração. 
O Brasil possui elevada disponibilidade de biomassa 
que pode ser aproveitada para produção de combustíveis 
de segunda geração e assim agregar valor à cadeia 
produtiva e contribuir para a diversificação da matriz 
energética do País.
Porém, ainda existem grandes entraves ao crescimento 
da produção desses biocombustíveis. Uma das grandes 
dificuldades para produção em escala comercial de 
biocombustíveis de segunda geração ainda é a restrição 
tecnológica que eleva os custos de produção e podem 
inviabilizar economicamente as plantas industriais. 
Existem poucas plantas de biocombustível de segunda 
geração produzindo em escala comercial no mundo, 
duas das quais estão no Brasil, (GranBio e Raízen), ambas 
utilizam resíduos de cana-de-açúcar como matéria-prima.
Nos últimos anos, muitas empresas nos EUA saíram 
do setor de produção de etanol celulósico, a extração 
de energia da celulose provou ser muito mais difícil do 
que extraí-la do amido de milho, e a indústria americana 
enfrentou muitos outros problemas como dificuldade 
em transportar e armazenar a biomassa e incertezas 
regulatórias. Este cenário levou a muitas unidades de 
produção de etanol de segunda geração sairem do setor.
No Brasil, ainda existem gargalos com relação ao pré-
tratamento, porém a biomassa utilizada para produção 
de etanol de segunda geração, bagaço e palha de cana-
de-açúcar, representa uma vantagem competitiva em 
relação ao etanol de resíduos de milho dos EUA. Dentre as 
vantagens da biomassa de cana para produção de etanol 
podem ser citadas:
•	 Menor custo em relação ao produzido com outras 
matérias-primas, já que a própria unidade que 
gera a biomassa a partir da produção de açúcar 
ou etanol de primeira geração pode utilizá-la para 
produção de etanol celulósico;
•	 Aproveitamento da estrutura de primeira geração 
da própria empresa;
•	 Possibilidade de produção de biocombustível 
durante a entressafra de cana;
•	 Crescimento da produção de etanol sem que seja 
necessária a expansão da área plantada com cana-
de-açúcar.
Por outro lado, os resíduos da cana também são 
usados no Brasil para produção de eletricidade. Portanto, 
se houver crescimento da produção de etanol celulósico 
poderá haver competição pelo bagaço para atender as 
duas demandas. 
O etanol de cana-de-açúcar (1ª geração) ainda é o 
biocombustível de menor custo de produção. Porém, num 
cenário de aumentos sucessivos no preço do petróleo 
e com a maior exigência do mercado com relação a 
produção sustentável, os biocombustíveis de segunda 
geração, que não competem com a alimentação humana, 
devem apresentar competitividade crescente.
8. EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO DE 
ETANOL
Quase toda a produção brasileira de etanol é destinada 
ao mercado interno. Os Estados Unidos são os maiores 
produtores mundiais de etanol e também os maiores 
exportadores, o Brasil e o Canadá foram, nas ultimas 
safras, os principais mercados para o produto americano. 
O etanol de cana do Brasil não tem se mostrado 
competitivo frente ao etanol produzido nos Estados 
Unidos, grande parte do volume do produto brasileiro 
que é exportado para esse País, deve-se ao programa LCFS 
(Padrão de Combustível de Baixo Carbono da Califórnia). 
Em 2018, o Brasil exportou apenas 4,0% da sua produ-
ção e o Nordeste 0,3%. As exportações nacionais de etanol 
em 2018 foram de 1,134 bilhão de litros, com faturamento 
de US$ 892 milhões. Os principais destinos foram os Esta-
dos Unidos e a Coréia do Sul. No mesmo ano, o Nordes-
te exportou 6 milhões de litros com faturamento total de 
US$ 3,4 milhões. Em relação a 2017, houve crescimento 
no volume exportado de etanol pelo Nordeste, porém 
ocorreu uma redução no faturamento (Tabelas 6 e 7).
Vale ressaltar que nos últimos quatro anos, tem-se ob-
servado um crescimento no volume importado de etanol 
de milho dos Estados Unidos, mesmo tendo maior custo de 
produção comparado ao etanol de cana e com a cobrança 
brasileira da tarifa de 20% na importação de etanol para volu-
mes que excedem 600 milhões de litros ao ano. Em 2018, o 
Brasil importou 1,4 bilhão de litros de etanol dos Estados 
Unidos com um dispêndio de US$ 743,3 milhões (Tabelas 
6 e 7). Os Estados Unidos tem priorizado o Brasil para expor-
tação do seu etanol porque os principais mercados estão im-
pondo medidas bem mais restritivas que o Brasil. Na União 
Europeia, o etanol americano recebe uma taxação de 62,30 
euros por tonelada, na China a tarifa de importação do 
etanol americano foi elevada para 45% em 2018 (AGRO-
LINK, 2019).
Do volume total de etanol importado pelo País, 64,4% 
entrou pelo porto de Itaqui no Maranhão. As principais 
justificativas apontadas para importação de etanol é 
a insuficiência da produção nordestina para atender o 
mercado da Região e os problemas de logísticas do País, 
que dificultam o atendimento da demanda insatisfeita 
do Nordeste pelo Centro-Oeste e Sudeste. No entanto, a 
importação de etanol em período de safra nordestina tem 
contribuindo para a queda do preço do produto na Região.
Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 10
Ano 4 | Nº 79 | maio | 2019
Tabela 6 - Volume das exportações e importações brasileirasde etanol (litros)
Região
Exportação
Variação (%)
Importação
Variação (%)
2017 2018 2017 2018
Centro-Oeste 1.883.210 25.634.500 1.261,2 7.909.474 4.006.236 -49,3
Indefinida - 15.950.630 - - - -
Nordeste 3.879.648 6.050.111 55,9 1.232.198.019 1.057.741.068 -14,2
Norte - - - 23.810.576 25.387.065 6,6
Sudeste 1.125.773.681 1.293.829.836 14,9 124.000.182 291.440.147 135,0
Sul 3.605.210 57.265 -98,4 64.684.511 24.474.568 -62,2
Brasil 1.135.141.749 1.341.522.342 18,2 1.452.602.762 1.403.049.084 -3,4
Fonte: MDIC/MAPA (2019).
Tabela 7 - Valor das exportações e importações brasileiras de etanol (US$)
Região
Exportação
Variação (%)
Importação
Variação (%)
2017 2018 2017 2018
Centro-Oeste 2.869.307 16.012.675 458,1 5.475.208 2.017.810 -63,1 
Indefinida - 10.653.185 - - - -
Nordeste 3.953.894 3.431.757 -13,2 767.874.656 549.195.377 -28,5 
Norte - - - 14.234.328 14.158.554 -0,5 
Sudeste 797.346.107 861.940.869 8,1 72.292.262 164.452.268 127,5 
Sul 2.686.610 60.159 -97,8 37.915.425 13.456.573 -64,5 
Brasil 806.855.918 892.098.645 10,6 897.791.879 743.280.582 -17,2 
Fonte: MDIC/MAPA (2019).
De acordo com Cunha (2016), as importações de etanol 
para o Nordeste têm sido feitas de forma desordenada 
durante todo o ano, concorrendo com a produção interna 
da Região e deprimindo os preços pagos tanto ao produtor 
de etanol quanto ao fornecedor de cana. Esse sistema 
tem possibilitado o aumento das margens de lucro para as 
distribuidoras em detrimento do produtor. 
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento do setor de biocombustíveis no 
mundo tem sido dependente de apoio governamental. 
As estratégias mais usadas são: a criação de demanda, 
a oferta de incentivos aos produtores e de garantias aos 
investidores. O envolvimento do setor privado, em geral, 
acompanha o engajamento do governo. A demanda 
de bionergia no setor de transporte no mundo se deve 
sobretudo aos normativos de obrigatoriedade de mistura 
nas principais economias.
A evolução da produção dos biocombustíveis é muito 
sensível às possíveis mudanças nas políticas públicas, assim 
como à demanda por biocombustíveis para transporte, 
que por sua vez depende do preço do petróleo crú. Assim, 
as perspectivas são de que o comércio mundial continue 
limitado. A demanda por biocombustíveis deverá ser 
maior nos países em desenvolvimento, nos quais, cada vez 
mais são implementadas políticas públicas que favorecem 
o uso dos biocombustíveis. Nos países desenvolvidos, é 
pouco provável que as políticas vigentes impulsionem um 
grande crescimento.
Também não se espera crescimento na produção de 
biocombustíveis de segunda geração no mundo para os 
próximos anos, ainda é necessário o desenvolvimento 
de pesquisas para tornar viável a produção em escala 
comercial. 
A dependência governamental para o desenvolvimento 
do setor de biocombustíveis se deve ao elevado risco dos 
investimentos. Para que os biocombustíveis venham a 
ser amplamente usados no mundo, não basta que sejam 
sustentáveis ambientalmente; é necessário que sejam 
competitivos frente aos combustíveis fósseis.
O Brasil continua com papel de destaque no cenário 
mundial de produção e consumo de biocombustíveis. O 
País já possui uma base institucional, arcabouço legal, ca-
pacidade instalada e conhecimento técnico que são fer-
ramentas importantes para a superação de boa parte dos 
desafios para a ampliação da participação dos biocombus-
tíveis na matriz energética do País.
A indústria de biodiesel no Brasil responde positiva-
mente ao aumento das misturas obrigatórias. A produção 
está concentrada no Centro-Oeste e Sul do País, apesar 
dos esforços que foram realizados para o desenvolvimen-
to do setor no Nordeste. Em toda a Região, existe apenas 
uma unidade de biodiesel em produção na Bahia e uma 
unidade de produção de etanol celulósico em Alagoas.
Com relação ao etanol, o principal mercado deverá 
continuar sendo o interno. Diferente do que se esperava, 
Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 11
Ano 4 | Nº 79 | maio | 2019
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o etanol de cana produzido no Brasil não tem se mostrado 
competitivo no mercado externo frente ao etanol de milho 
dos Estados Unidos. As exportações nacionais de etanol 
tem se mantido estagnadas nos últimos anos, porém, 
tem-se observado importação crescente do produto 
americano, principalmente para o Nordeste.
Os sucessivos aumentos no preço da gasolina nos 
últimos anos estimularam a demanda por etanol hidratado 
no Brasil, esse fato, junto com os baixos preços do açúcar 
no mercado mundial, resultou em grande crescimento da 
produção do biocombustível em todo o País. Considerando 
que o preço da gasolina continua em ascensão, é provável 
que o mercado continue favorável para o etanol hidratado 
em 2019.
Com relação ao etanol celulósico, as empresas 
brasileiras são competitivas no mercado mundial em 
termos de custo de produção e podem se beneficiar do 
crescimento da demanda mundial por biocombustíveis 
produzidos de modo sustentável, uma vez que o etanol 
celulósico é produzido a partir de resíduos da cana-de-
açúcar.
Vale ressaltar ainda o crescimento nos investimentos 
no Brasil para a produção de etanol de milho, comdestaque para o Centro-Oeste. Este crescimento pode 
representar um aumento da concorrência no mercado de 
etanol no Nordeste, pois a produção de etanol no Centro-
Oeste já é superior ao consumo. 
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Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - ETENE 13
Ano 4 | Nº 79 | maio | 2019
ANÁLISES DE 2018 DISPONÍVEIS
• Comércio Exterior do Agronegócio NE: Produtos Apícolas - 
04/2019
• Comércio Exterior do Agronegócio NE: Sucos - 04/2019
• Comércio Exterior do Agronegócio NE: Sucroalcooleiro - 04/2019
• Comércio Exterior do Agronegócio NE: Fibras e Têxteis - 04/2019
• Comércio Exterior do Agronegócio NE: Frutas, Nozes e Castanhas - 
03/2019
• Comércio Exterior do Agronegócio NE: Produtos Florestal - 03/2019
• Comércio Exterior do Agronegócio NE: Grãos - 03/2019
• Comércio Exterior do Agronegócio NE - 03/2019
• Shopping Centers - 02/2019
• Energia Eólica - 02/2019
• Silvicultura - 02/2019
• Setor Sucroalcooleiro - 02/2019
• Apicultura - 01/2019
• Panorama da infraestrutura no NE: energia elétrica - 01/2019
• Panorama da infraestrutura no NE: saneamento - 01/2019
• Panorama da infraestrutura no NE: transportes - 01/2019
• Produção de coco - 12/2018
• Produção de algodão - 12/2018
• Rochas Ornamentais - 12/2018
• Energia solar fotovoltaica - 12/2018
• Turismo - 12/2018
• Setor de Serviços - 12/2018
• Cajucultura - 11/2018
• Bovinocultura leiteira: genética e economia - 11/2018
• Grãos: feijão, milho e soja - 11/2018
• Pescados - 11/2018
• Construção Civil - 11/2018
• Comércio 2018/2019 - 11/2018
• Setor hoteleiro no Brasil - 11/2018
• Café - 10/2018
• Petroquímica - 10/2018
• Vestuário - 10/2018
• Bovinocultura leiteira: cruzamentos - 10/2018
• Citricultura - 09/2018
• Floricultura - 09/2018
• Comécio eletrônico (E-commerce) - 09/2018
• Mandiocultura - 09/2018
• Couros e calçados - 08/2018
• Indústria siderúrgica - 08/2018
• Fruticultura - 07/2018
• Bebidas não alcoólicas - 07/2018
• Móveis - 06/2018
• Bebidas alcoólicas - 05/2018
• Carnes - 04/2018
• Saúde - 04/2018
• Alimentos - 03/2018
• Petróleo e gás natural - 01/2018
ANÁLISES SETORIAIS ANTERIORES
https://www.bnb.gov.br/publicacoes/CADERNO-SETORIAL
CONHEÇA OUTRAS PUBLICAÇÕES DO ETENE
https://www.bnb.gov.br/publicacoes-editadas-pelo-etene
ANÁLISES PREVISTAS PARA 2019
Título Previsão
Panorama da agropecuária no Nordeste fevereiro-19
Telecomunicações fevereiro-19
Petróleo e gás natural março-19
Micro e pequenas empresas abril-19
Móveis abril-19
Microgeração de energia abril-19
Bovinocultura leiteira abril-19
Tecnologia da informação abril-19
Commodities agrícolas nordestinas maio-19
Energia solar maio-19
Hortaliças: batata e tomate maio-19
Locação de imóveis maio-19
Saúde junho-19
Grãos: feijão, milho e soja junho-19
Carnes junho-19
Comércio eletrônico julho-19
Floricultura julho-19
Couros e calçados julho-19
Indústria de bebidas não alcoólicas julho-19
Emprego e renda agrícolas julho-19
Indústria da construção civil agosto-19
Setor têxtil agosto-19
Cafeicultura agosto-19
Fruticultura agosto-19
Indústria siderúrgica agosto-19
Produção de mandioca – raiz, farinha e fécula setembro-19
Rochas ornamentais setembro-19
Vestuário setembro-19
Indústria petroquímica outubro-19
Cajucultura nordestina outubro-19
Citricultura outubro-19
Hotéis outubro-19
Grãos: feijão, milho e soja outubro-19
Comércio outubro-19
Energia térmica outubro-19
Aquicultura e pesca novembro-19
Cocoicultura nordestina novembro-19
Silvicultura novembro-19
Turismo novembro-19
Serviços novembro-19
Algodão dezembro-19
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Frutas nozes e castanhas
Frutas nozes e castanhas
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http://www.bnb
https://www.bnb.gov.br/publicacoes-editadas-pelo-etene

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