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CONF 5 – LINFOMAS E MIELOMA MULTIPLO LINFOMAS: Os linfomas são um grupo de neoplasias causadas por linfócitos malignos que se acumulam nos linfonodos e produzem o quadro clínico característico de linfonodopatias. Às vezes, eles podem invadir o sangue (“fase leucêmica”) ou infiltrar órgãos fora do tecido linfóide. São subdivididos em linfoma de Hodgkin e linfomas não Hodgkin, com base na presença histológica de células de Reed-Sternberg no linfoma de Hodgkin. * LINFOMA DE HODGKIN: Patogênese: As células RS características e as células mononucleares anormais associadas são neoplásicas, ao passo que as células inflamatórias infiltrantes são racionais. → origem celular da célula de Reed-Sternberg é derivada, na maioria das vezes, de linfócitos B → tipo anormal de linfócito B ASPECTOS CLÍNICOS: • Pode surgir em qualquer idade – é rara em crianças e tem um pico de incidência em adultos jovens. • Predominância no sexo masculino de quase 2:1 • A maioria dos pacientes apresenta-se com um aumento assimétrico de linfonodos superficiais; são firmes, indolores e separados. • Os linfonodos cervicais estão envolvidos em 60 a 70% dos casos, axilares em cerca de 10 a 15% e inguinais em 6 a 12%. • No inicio, a doença é localizada e a sua progressão faz-se por contiguidade dentro do sistema linfático. • Ocorre discreta esplenomegalia durante a evolução da doença em 50% do casos. • Linfonodomegalia neoplásica: indolor • Linfonodomegalia reacional: doloroso • Há envolvimento mediastinal inicial em até 10% dos casos (característica do tipo esclerose nodular, particularmente em mulheres jovens). Pode haver derrame pleural e obstrução da veia cava superior. • Linfoma de Hodgkin cutâneo é uma complicação tardia em cerca de 10% dos casos. Outros órgãos também podem estar envolvidos, inclusive à apresentação, mas isso é incomum. OBS.: Para identificar o subtipo de linfoma, apenas o PAAF não basta, deve ser uma biópsia excisional para se identificar a estrutura do linfonodo. Os sintomas sistêmicos são proeminentes em pacientes com doença disseminada. Os seguintes podem ser observados: • febre, contínua ou cíclica, em cerca de 30% dos casos; • prurido, quase sempre intenso, em cerca de 25% dos casos (principalmente em idosos); • em alguns pacientes, a ingestão de álcool induz dor nas regiões acometidas pela doença; • outros sintomas sistêmicos incluem perda de peso, sudorese profusa (principalmente à noite), fraqueza, fadiga, anorexia e caquexia. ACHADOS HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS: • Anemia normocítica e normocrômica é comum (da mesma forma que para leucemia e mieloma, não é só por infiltração de MO, pode ser anemia de inflamação de doença crônica que causará elevação de hepcidina, que levará a diminuição de influxo pela liberação dos macrófagos e enterócitos do ferro, causando anemia com aumento da ferritina). Infiltração da medula óssea é incomum na doença incipiente, porém, se ocorrer, pode desenvolver-se insuficiência medular. • Um terço dos paciente tem neutrofilia; eosinofilia é frequente. • Na doença avançada há linfopenia e perda da imunidade celular. • A contagem de plaquetas é normal ou aumentada durante a fase inicial e diminuída nas fases tardias. • A velocidade de hemossedimentação (VHS) e o PCR, em geral, estão aumentados. O VHS é útil na monitorização da progressão da doença. • A desidrogenasse lática (DHL) é alta inicialmente em 30 a 40% dos casos. • Deve ser feita pesquisa anti-HIV ao diagnóstico. DIAGNÓSTICO: Feito por exame histológico por biópsia EXCISIONAL de linfonodo. * A célula de Reed-Sternberg distintiva, multinucleada e polipoide é fundamental para o diagnóstico dos quatro tipos clássicos, e as células mononucleares de Hodgkin também são parte do clone maligno. Os componentes inflamatórios consistem em linfócitos, histiócitos, neutrófilos, eosinófilos, plasmócitos e fibrose variável. CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA: Quatro tipos clássicos e um tipo de predominância linfocítica nodular: Não há diferença no prognóstico ou no tratamento dos quatro sub-tipos clássicos. A histologia de predominância linfocítica nodular não mostra células RS, tem muitos aspectos dos linfomas não Hodgkin e o tratamento pode ser o mesmo destes (tratamento é mais agressivo). ESTADIAMENTO CLÍNICO: • A seleção de tratamento apropriado depende de estacionamento preciso da extensão da doença (doença localizada ou avançada). • O estadiamento é feito mediante exame clínico, exame laboratorial e exames de imagem. • Os pacientes são classificados em A ou B de acordo com presença ou ausência de sintomas constitucionais (Sintomas B → febre, sudorese noturna ou perda de peso). Estágio 1: envolvimento de só uma região de linfonodos (só acima ou só abaixo do diafragma). Estágio 2: envolve duas ou mais regiões de linfonodos de linfonodos confinadas em um lado do diafragma. Estágio 3: envolve linfonodos acima e abaixo do diafragma. Estágio 4: envolvimento fora das regiões de linfonodos e doenças difusas ou disseminadas na medula óssea, no fígado e em outros locais extranodais. OBS.: o número de todos os estágios é seguido das letras A ou B indicando ausência (A) ou presença (B) de um ou mais dos seguintes sinais: febre inexplicável acima de 38°C; sudorese noturna; perda de mais de 10% de peso em seis meses. A extensão extranodal a partir de uma massa de linfonodos não avança o estágio, mas indica o subscrito E. Assim, doença mediastinal com invasão contígua do pulmão ou da meninge seria classificada como IE. Sendo o envolvimento do baço quase sempre prelúdio de disseminação hematogênica da doença, os pacientes com envolvimento de linfonodos e baço são estadiados como IIIS (spleen). Doença volumosa (alarga- mento do mediastino em mais de um terço ou presença de massa nodal > 10 cm de diâmetro) é relevante no tratamento em qualquer estágio. TRATAMENTO: • O tratamento é feito apenas com quimioterapia ou pela combinação de quimioterapia com radioterapia. • O armazenamento de sêmen, se apropriado, deve ser feito antes do começo do tratamento. Para mulheres, é recomendável que haja aconselhamento por especialista em fertilidade. • Se houver necessidade de transfusão de hemocomponentes, é preciso irradiá-los para evitar DECH (doença do enxerto contra o hospedeiro) transfusional. AVALIAÇÃO DA RESPOSTA AO TRATAMENTO: • Exame clínico e de imagem (PET CT) são usados para avaliar a resposta ao tratamento. • Avaliação regular da função pulmonar é necessária em pacientes idosos e nos que receberam bleomicina. • Para os pacientes com PET CT positivos no fim do tratamento há necessidade de repetição de biópsia e avaliação clínica e de imagem repetidas. • Tecido inflamatório pode causar um PET CT falso positivo. CASOS RECIDIVADOS: • Aproximadamente 25% dos pacientes sofrem recaída da doença ou são refratários ao tratamento inicial. • São geralmente tratados com quimioterapia combinada alternativa à usada antes e, se necessário, com radioterapia sobre os sítios de doença volumosa. • Brentuximabe-vedotina (anti-CD30) pode ocasionar respostas favoráveis. • Casos a doença permanecer insensível à quimioterapia, uma quimioterapia em alta dose, seguida de TCTH autólogo, melhora a perspectiva de cura em alguns casos. • O transplante alôgenico também pode ser curativo na minoria de pacientes em que falham os demais métodos de tratamento. PROGNÓSTICO: Score prognóstico (IPS) que leva em conta o valor de albumina sérica, o valor de hemoglobina, o sexo, o estancamento da doença, idade, contagem de leucócitos e contagem de linfócitos. LINFOMA NÃO HODGKIN Grupo de tumoreslinfoides clonais, cerca de 85% originados de células B e 15% de células T ou NK. Mais prevalentes: DLBCL (mais agressivo) e linfoma folicular (mais em idosos). • A apresentação clínica e história natural são mais variáveis do que as do linfoma de Hodgkin. • Caracterizam-se por um padrão de disseminação irregular, com significativa proporção de pacientes desenvolvendo doença extranodal. • A sua frequência tem aumentado de forma acentuada nos últimos 50 anos e, atualmente, eles representam a 5ª neoplasia mais comum em vários países desenvolvidos. CLASSIFICAÇÃO • São classificados dentro de um grupo de neoplasias de células B e de células T maduras, que também incluem algumas leucêmicas crônicas e o mieloma. • A classificação da OMS também reconhece a idade e o local de envolvimento (p. ex., pele, SNC, intestino, baço, mediastino), bem como a histologia, o imunofenótipo e o genótipo como itens importantes para a classificação. CÉLULAS DE ORIGEM Os estágios normais de desenvolvimento das células B: (Figura 9.11) Geração de um centro germinativo. As células B ativadas por antígeno migram da zona T para o folículo, onde proliferam maciçamente. As células entram na zona escura como centroblastos e acumulam mutações nos genes V da imunoglobulina. Elas, então, voltam para a zona clara como centrócitos. Somente as células que podem interagir com antígeno sobre as células dendríticas e receber sinal de células T específicas a antígenos (Figura 9.9) são selecionadas e emigram como plasmócitos e células de memória. As células não selecionadas morrem por apoptose. • Os linfomas B tendem a mimetizar as células B em diferentes estágios de desenvolvimento. (Figura 20.2) A origem celular das diferentes doenças linfoides malignas pode ser inferida a partir do estado do rearranjo dos genes de imunoglobulina e do fenótipo da membrana. O linfoma de células do manto e uma parte dos linfomas classe LLC-B não têm mutações de genes de imunoglobulinas, ao passo que os linfomas de zona marginal, difuso de células grandes, de células foliculares, plasmocitoide e alguns casos de LLC-B têm mutações nos genes de imunoglobulina. • Isso se nota no padrão dos fenótipos em imunohistoquimica ou em citometria de fluxo. • Eles podem ser divididos entre os que se (1) assemelham a precursores de células B encontrados na medula óssea, e os que se (2) assemelham a células dos centros geminativos e a células pós-centro germinativo nos linfonodos. • As células dos linfomas T (1) assemelham-se a precursores de células T da medula óssea ou do (2) timo, ou a (3) células T periféricas. LNH DE BAIXO E ALTO GRAUS: Os LNH constituem um grupo diverso de doenças, variando de tumores altamente proliferativos e rapidamente fatais até alguns dos tumores malignos mais indolentes e bem tolerados. Subdivisão dos linfomas em doenças de baixo grau e de alto grau: • Baixo grau: Indolentes, respondem bem à quimioterapia, porém são muito difíceis de curar. • Alto grau: Agressivos e necessitam de tratamento imediato, mas muitas vezes são potencialmente curáveis. LEUCEMIAS E LINFOMAS: • A diferença entre linfomas (os linfonodos, baço ou outros órgãos sólidos estão envolvidos) e leucemias (com predominância de células tumorais na medula óssea e no sangue periférico) pode ser imprecisa. → porque as células podem ser as mesmas, porém em locais diferentes • LLC e Linfoma linfocítico de células pequenas são distúrbios linfoproliferativos idênticos, porém mostram distribuição leucêmica ou linfonodal, respectivamente. (mesma célula, porém em locais difentes) • Leucemia linfoblástica aguda e linfoma linfoblástico também são similares e têm regimes de tratamento similares. • Células linfomatosas em pequeno número podem circular no sangue em vários tipos de linfoma. PATOGÊNESE: • A etiologia persiste desconhecida na maioria dos casos de linfoma. • Agentes infecciosos são importantes como causa de alguns subtipos: • Anormalidades citogenéticas são frequentes, muitas vezes envolvendo os genes de imunoglobulina nas neoplasias de origem B. • As translocações de oncogenes para esses loci nos cromossomos 2, 14 e 22 podem resultar em superexpressão do gene, ocasionando alteração no ciclo celular, falha na apoptose ou expressão aberrante. ASPECTOS CLÍNICOS: • Linfonodopatia superficial: A maioria dos pacientes apresenta aumento assimétrico e indolor de linfonodos e em uma ou mais regiões de linfonodos periféricos. • Sintomas sistêmicos: Febre, sudorese noturna e perda de peso são menos frequentes do que no LH. Sua presença em geral está associada com doença disseminada. • Envolvimento orofaríngeo: Em 5 a 10% dos pacientes há envolvimento das estruturas linfoides da orofaringe (anel de Waldeyer), o que pode causas queixas de dor de garganta ou de respiração ruidosa ou obstruída. • Manifestações das citopenias: Sinais e sintomas de anemia, infecções devidas a neutropenia ou púrpura com trombocitopenia podem estar presentes à apresentação em paciente com acometimento difuso da MO. As citopenias também podem ser autoimunes ou decorrentes de sequestro esplênico. • Doença abdominal: O fígado e baço estão frequentemente aumentados, e o envolvimento de linfonodos retroperitoneais e mesentéricos é comum. O TGI é o sítio extranodal mais envolvido depois da MO, e os pacientes podem apresentar-se com sintomas abdominais agudos. • Outro órgãos: Pele, SNC, testículos e da tireoide não são incomuns. INVESTIGAÇÃO HISTOLOGIA: • Análise patológica de biópsia EXCISIONAL ou por AGULHA GROSSA de linfonodo ou de outro tecido afetado (MO ou tecido extranodal) é a investigação definitiva. • Aspiração com agulha fina de linfonodo ou de tecido envolvido quase nunca é suficiente para estabelecer um diagnóstico definitivo de linfoma → O método não é seguro e a biópsia é indispensável. • O exame morfológico é complementado por IHQ e, em alguns casos, por análise citogenética. ACHADOS LABORATORIAIS: • Na doença avançada com envolvimento de MO pode haver anemia, neutropenia ou trombocitopenia. • Células linfomatosas (p. ex, células da zona do manto, de linfoma folicular clivado ou blastos) podem ser encontradas no sangue periférico de alguns pacientes. • A biópsia da MO é valiosa para ver se há infiltração. • DHL sérica eleva-se em doença extensa e de proliferação rápida e é usada como marcador prognóstico. Pode haver hiperuricemia (aumento de ácido úrico). • A eletroforese de proteinas séricas pode mostrar pico de paraproteína. • Deve ser feita pesquisa de anticorpos anti-HIV. ESTADIAMENTO: • O sistema de estadiamento é o mesmo descrito para o linfoma de Hodgkin, porém não se relaciona tão claramente com o prognóstico como o tipo histológico. • Os procedimentos usados no estadiamento, em geral, incluem radiografia de tórax e PET CT. • PET CT também é usada para acompanhar a resposta ao final tratamento. • Exames de medula óssea por aspiração e por biópsia também devem ser feitos. PRINCÍPIOS GERAIS DE TRATAMENTO DE LNH O tratamento é começado, em geral, com um programa de quimioterapia combinada com um anticorpo monoclonal dirigido contra a célula tumoral. Há, entretanto, uma série de novos fármacos em desenvolvimento que podem mudar o tratamento nos próximos anos. Linfomas de baixo grau: • Linfoma linfocítico de células pequenas • Linfoma linfoplasmocítico (macroglobulinemia de Waldenström) • Linfoma de zona marginal • Linfoma folicular • Linfoma de células do manto OBS.:Podem ser indolentes, mas alguns são bem agressivos, principalmente na forma leucêmica. Linfomas de alto grau: • Linfomadifuso de grandes células B • Linfoma de Burkitt • Linfoma primário de sistema nervoso central • Linfomas linfoblásticos Linfomas de células T: • Linfomas de células T periféricas, não especificados • Linfonodopatia angioimunoblástica • Micose fungoide • Síndrome de Sezary • Linfoma/leucemia de células T do adulto • Linfoma de células T associado à enteropatia • Linfoma anaplástico de células grandes RAFAEL: “Linfomas: se viu linfonodomegalia, conglomerado linfonodal, aumentado (>2cm) por muito tempo, etc. Faz-se diagnóstico por biópsia excisional para avaliar e diferenciar o tipo de linfoma e subtipo para fazer o tratamento adequado.” MIELOMA MÚLTIPLO • É uma doença neoplásica caracterizada por acúmulo de plasmócitos clonais (anormais) na medula óssea, presença de proteína monoclonal no soro e/ou na urina e, em pacientes com sinais ou sintomas, dano tecidual relacionado. • Há um pico de incidência entre 65 e 70 anos de idade, e 95% dos casos ocorrem em indivíduos acima dos 40 anos. • A doença é 2 vezes mais frequentes em negros do que com populações brancas ou asiáticas. PARAPROTEINEMIA: É a presença de uma banda de imunoglobulina monoclonal no soro. Em geral, as imunoglobulinas séricas são policlonais e representam a produção combinada de milhões de plasmócitos diferentes. Uma banda monoclonal, proteína M ou paraproteína reflete a síntese de imunoglobulina de um único clone de plasmócitos. Isso pode ocorrer como uma doença neoplásica primária ou como um evento secundário a uma doença benigna ou neoplásica afetando o sistema imune. Pico monoclonal → produção de proteína alterada PATOGÊNESE • A célula mielomatosa é um plasmócito do centro pós-germinativo que sofreu mudança da classe de imunoglobulina e hipermutação somática e que secreta a paraproteína presente no soro. *** • A célula tumoral contém uma média de 35 mutações somáticas por ocasião do diagnóstico. • As cadeias leves e pesada da imunoglobulina mostram rearranjo clonal, e as translocações envolvendo a cadeia pesada no cromossomo 14q são o achado mais frequente. • O mieloma se desenvolve de uma gamopatia monoclonal de significado indeterminado preexistente (MGUS). • Muitas das alterações genéticas já estando presentes no estágio de MGUS, porém o tamanho do clone é consideravelmente menor. • As células mielomatosas aderem a células do estroma da MO e à ME por meio de uma variedade de moléculas de adesão, o que as faz terem a apoptose inibida e que haja um estímulo à liberação em cascata de citocinas. • As lesões osteolíticas são causadas pela ativação de osteoclastos pelos produtos dos plasmócitos. DIAGNÓSTICO PRESENÇA DE: • Proteína monoclonal no soro e/ou urina • Aumento clonal de plasmócitos na MO • Dano decorrente a tecidos ou a órgãos ASPECTOS CLÍNICOS: • Dor óssea • Sinais e sintomas de anemia • Infecções recorrentes • Sinais e sintomas de insuficiência renal e/ou hipercalcemia • Tendência anormal a sangramento • Amiloidose (doenças raras causadas pelo depósito de proteínas insolúveis no corpo) • Síndrome de hiperviscosidade ACHADOS LABORATORIAIS: • Presença de uma paraproteína (IgG 60% dos casos, IgA em 20% dos casos e cadeias leves na quase totalidade dos demais casos) • Aumento de cadeias leves livres no soro • Imunoparesia (níveis de imunoglobulinas séricas normais estão reduzidos) • Proteína de Bence-Jones • Anemia normocrômica, normocítica e formação de rouleaux (devido a paraproteinemia) • Na doença avançada surgem neutropenia e trombocitopenia • VHS aumentado ß2-microglobulina aumentadas • Aumento de plasmócitos na medula óssea (geralmente > 20%), com presença de formas anormais • Lesões osteolíticas (em aproximadamente 60%) • Aumento de cálcio sérico em 45% dos pacientes • Creatinina sérica eleva-se em 20% dos casos (insuficiência renal) • Na doença avançada, hipoalbuminemia TRATAMENTO Específico: • Quimioterapia combinada intensiva (principalmente para pacientes com idade < 70 anos) + TMO autólogo • Quimioterapia não intensiva (para pacientes idosos) Tratamento de suporte: Medidas para insuficiência renal, bifosfonatos para diminuição da progressão das lesões ósseas, descompressão cirúrgica de fraturas ósseas, transfusão e eritropoietina (EPO) para anemia, plasmaférese para controle de sangramentos e sd de hiperviscosidade, infusão de imunoglobulina em casos de infecções de repetição. Presença dos plasmócitos clonais + CRAB (pelo menos um). PROGNÓSTICO A expectativa de vida para pacientes para pacientes com mieloma está melhorando significativamente. A sobrevida global mediana atual é de 7 a 10 anos, e em pacientes com idade inferior a 50 anos pode ultrapassar 10 anos. História clínica e exame físico fornecem informações essenciais. São importantes: idade do paciente, duração da história, sintomas associados de possível doença infecciosa ou maligna, presença de dor ou sensibilidade nos linfonodos, consistência dos linfonodos e se a linfonodopatia é generalizada ou localizada. Avalia-se o tamanho do fígado e do baço. No caso de aumento localizado de gânglios, considera-se no diagnóstico particularmente doença inflamatória ou maligna na região correspondente de drenagem linfática. LINFONODOMEGALIA REACIONAL POR INFLAMAÇÃO LINFONODOMEGALIA NEOPLÁSICA Doloroso Indolor Sinais flogísticos associados (Dor, Calor, Rubor, Edema, etc.) Ausência de sinais flogísticos Não é tão endurecido Endurecido Aumento de volume mais simétrico Aumento de volume assimétrico (normalmente) Móvel Mobilidade reduzida por aderência pode pegar mais de uma cadeia linfonodal Não tem capacidade de formar conglomerados Pode causar conglomerados linfonodais (maçaroca)
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