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Odontologia preventiva

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Conceitos importantes para a prevenção 
em saúde bucal 
Introdução: 
Principais doenças bucais 
Panorama de estratégias e métodos preventivos 
Tomada de decisão 
Epidemiologia e o risco 
Doença sempre deve ser considerada (dados 
epidemiológicos) 
Exemplo 1 
Diminuição na prevalência de carie dentária em um 
grupo na faixa de 12 anos de idade, um gestor tem a 
opção de utilizar aplicações tópicas de flúor. No 
entanto, ele poderia ter dúvida se essas aplicações 
são eficazes. 
R: Baseando-se unicamente em revisões sistemáticas, 
a resposta seria sim, pois os grupos experimentais 
apresentam menor incidência da cárie em relação ao 
grupo controle. 
Exemplo 2 
População alvo mencionada no exemplo 1, apresenta 
baixa prevalência de cárie, com lesões concentradas 
nas superfícies oclusais dos molares de dentes 
permanentes, o gestor poderá questionar se o 
método escolhido apresenta a melhor relação 
custo/efetividade. 
R: As lesões progridem lentamente e que muitas não 
irão progredir, então parece que a melhor opção serie 
a água de abastecimento e um programa de 
escovação associada ao dentifrício fluoretado; ou 
ainda realizar uma estratégia de alto risco (mais caro) 
utilizando selantes de fissuras. 
Deve ser sempre analisado 
Custo/efetividade: 
- Ponto em que é conseguido o melhor desempenho 
com o menor gasto de recursos. 
Custo/benefício: 
- Avaliação da viabilidade econômica do projeto. 
Gestão deve entender 
Conjunto de dados para criar um Sistema de 
Informação em Saúde. 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE 
→ Conjunto de mecanismo de coleta, processamento 
e armazenamento de dados, visando a produção de 
informações para tomada de decisões sobre as ações 
a serem realizadas, a avaliação e os resultados e o 
impacto provocado na situação de saúde. 
Resumindo: 
1) Coletar 
2) Processar 
3) Armazenar 
4) Tomada de decisões 
5) Avaliação 
6) Resultados 
7) Impacto provocado. 
DIMINUIÇÃO DA PREVALÊNCIA DA CÁRIE DENTÁRIA: 
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS NA PRÁTICA CLÍNICA 
Queda na prevalência da cárie dentária: 
Estudos nacionais 
1986 – CPOD = 6,85 
2010 – CPOD = 2,1 
Redução de 68,4% 
Adultos trabalhadores 
CPOD – 1986 a 2003 – diminuiu 17,5% 
Queda de dentes perdidos em 1986 até 2003 foi 32% 
Queda de dentes perdidos de 2003 até 2010 foi 17% 
De 2003 a 2010 
- Na faixa etária de 5 a 6 anos 
- Queda de 17% no ceo (passou de 2,8 para 2,3) 
- Na faixa etária de 15 a 19 anos. 
- Redução de 30% no CPOD (passou de 6,1 para 4,2). 
Ceo = cariado, extraído e obturado. 
Cpod = cariado, perdido, obturados em dentes 
decíduos. 
FATORES RELACIONADOS A DIMINUIÇÃO DA 
PREVALÊNCIA DE CÁRIE DENTÁRIA 
✓ Uso de fluoretos – água de dentifrícios 
✓ Procedimentos coletivos realizados em nível 
municipal 
✓ Aumento da consciência odontológica 
✓ Mudança na prática odontológica, o 
profissional teve mudança no perfil, atuando 
diferente. 
Consequências da diminuição da prevalência 
da cárie dentária na prática clínica 
A modificação da prevalência influencia na decisão 
da escolha da estratégia. 
1. Muitas pessoas ainda têm cárie. 
2. Maior parte das lesões cavitadas encontram-se em 
crianças e jovens (grupo de polarização) 
3. Menor número de cavidades cariosas e um 
aumento do número de lesões não cavitadas. 
4. Progressão mais lenta das lesões cariosas. 
5. Lesões iniciais não progridem 
6. Maior número de pessoas que necessitam de 
tratamento de baixa complexidade. 
7. Desigualdades sociais significativas na ocorrências 
da cárie dentária ainda permanecem. 
8. Dificuldade em diagnosticar a doença em estágio 
inicial por meio de diagnóstico tradicional. 
O que pode fazer com que a doença progrida 
lentamente ou inative-a? 
R: Mudança na composição química do esmalte 
dentário (fluoreto). Erupção maior quantidade de 
hidroxiapatita carbonatada, dará lugar a apatita 
fluoretada. 
O esmalte passa reter menos biofilme – processo 
biológico de desgaste fisiológico. 
Selamento biológico (cárie inativa): partes mais 
profundas das fissuras apresentam acúmulos celulares 
em processo de degeneração. Sendo este conteúdo 
bacteriano transformado em uma massa 
mineralizada. 
De que forma a diminuição na prevalência de cárie 
interfere na tomada de decisão de diagnóstico? 
→ Aumento no número de diagnósticos falso-positivo 
e falso-negativo. 
FALSO-POSITIVO 
Quando o resultado do teste é positivo, mas o 
indivíduo não tem doença. Ex: superfície dentária 
sendo diagnosticada. 
FALSO-NEGATIVO 
Quando o resultado do teste é negativo, mas o 
indivíduo tem a doença. Ex) cárie oculta. 
RAZÕES PARA DIFICULDADES NA DETECÇÃO E NO 
DIAGNÓSTICO DE CÁRIE POR CIRURGIÕES-
DENTISTAS 
Dificuldade em entender o processo saúde-doença 
(conhecimentos atuais). 
Dificuldade em realizar uma avaliação de risco. 
Desconhecimento da utilização dos corretos sinais 
clínicos para tomada de decisão. 
Formação acadêmica deficiente. 
O QUE SIGNIGICA GRUPO DE POLARIZAÇÃO Q UAL 
SEU IMPACTO NO PLANEJAMENTO DA ESTRATÉGIA 
PREVENTIVA? 
Grupo de polarização: concentração de uma 
determinada doença em uma pequena parte da 
população estudada. 
SiC – Significant Caries Index foi introduzido para 
chamar a atenção para os indivíduos com maiores 
valores de cárie na população investigada. Calculado 
sobre 1/3 da população com maiores valores de CPO-
D. O valor do CPO-D médio para esse subgrupo é 
calculado. Esse é o índice sic. 
COMO A VULNERABILIDADE SOCIAL AFETA A 
FORMAÇÃO DE ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS? 
- Desigualdade social 
- Fatores econômicos 
Vulnerabilidade parece estar relacionada com 
exposição ao risco e privação social. 
Indicador de risco: renda e escolaridade. 
COMO UTILIZAR A AVALIAÇÃO DE RISCO? 
Risco é relevante para a gestão mais eficiente 
relacionada ao cuidado. 
Particularmente a baixa incidência: 
Justifica-se os recursos destinados a prevenção a ao 
tratamento de indivíduos de risco. 
Literatura aponta na história passada de cárie, maior 
risco para bebês, pré-escolares, escolares e 
adolescentes. 
Considerações sobre a decisão da estratégia 
- Gestor/tomada de decisão/controle da 
doença/modelo de atenção/maior ganho para a 
sociedade. 
Na escolha da decisão da intervenção o gestor deve 
avaliar: 
Risco comum. 
Benefício para um maior número de indivíduos. 
Avaliação estratégica será favorável. 
MODELO DE PENSAR DOS GESTORES E ACADÊMICOS 
DE CADA ÉPOCA 
1950 – Odontologia sanitária 
Trabalho organizado da comunidade, na comunidade 
e para a comunidade, para se obter melhor saúde 
bucal, sendo seu modelo de programação o sistema 
incremental. 
Sistema incremental = completo atendimento a uma 
população dada, eliminando suas necessidades 
acumuladas e mantendo-as sob controle. 
- Foco nos escolares na faixa etária de 7 aos 14 anos. 
- Perdurou quase 40 anos. 
1970 – Continuou sendo incremental: 
Desenvolvimento do conceito de equipe (técnica em 
saúde bucal TSB e ASB), simplificação de técnicas e 
ênfase na produção. 
1980 e 1990 –Desenvolvimento da cariologia 
Novas propostas gerenciais. 
Odontologia precoce (odontologia para bebês). 
Modelo de inversão da atenção. 
Odontogeriatria. 
Estas propostas não estabeleceu uma lógica de 
programação, mantiveram-se como modelo de 
trabalho, pela dificuldade do indivíduo em ter acesso 
a assistência. 
Fatores que contribuíram para mudança na 
forma de pensar: 
O advento da consolidação do SUS, o gestor viu-se 
obrigado a uma nova postura. Saúde constitui um 
direito do cidadão e um dever do Estado. Estado 
deveria desenvolver um sistema de trabalho 
respeitando características locais, proporcionando o 
acesso ao sistema (universalidade) e à justiça social 
(equidade)e que fosse resolutivo (integralidade). 
 
Ainda em 1990 
Implantação dos procedimentos preventivos: 
- Fluoretação da água de abastecimento público. 
- Massificação dos dentifrícios fluoretados. 
- Estes foram responsáveispela diminuição da 
prevalência da cárie dentária infantil. 
2000 – Modelo baseado na incorporação da 
odontologia básica de serviços – estratégia saúde da 
família (ESF). 
Características da ESF: 
- Vínculo da equipe. 
- Acolhimento do usuário. 
- Territorialização. 
- Trabalho multiprofissional. 
Essa estratégia oportunizou as seguintes ações 
- Promoção da qualidade de vida através por meio: 
- Prevenção, promoção da saúde, recuperação da 
saúde. 
Neste modelo de organização, deve ser equacionada: 
→ A questão do núcleo de abordagem (família, 
indivíduo, portadores de doenças crônicas, grupos 
específico). 
→ Vulnerabilidade/risco e a utilização de todos os 
espaços sociais para atividades clínicas, preventivas e 
educativas. 
→ Utilização da epidemiologia na identificação de 
usuários de risco e a possibilidade de abordá-los. 
→ Indivíduos classificados como alto risco 
social/biológico pode ser tratado na clínica 
individualmente e abordados com procedimentos 
preventivos/educativos espaços sociais. 
LEI ORGÂNICA 
Art. 7º -As ações e serviços públicos (...) que 
integram o SUS são desenvolvidos de acordo com as 
diretrizes previstas no art. 198 da Constituição 
Federal, obedecendo aos seguintes princípios:•VII –a 
utilização da epidemiologia para o estabelecimento 
de prioridades, a alocação de recursos e a orientação 
programática. 
Nova organização de trabalho, possibilita que mais 
indivíduos tenha acesso ao sistema de saúde. 
Para isso duas análises são igualmente importantes 
para o processos de trabalho: 
- Avaliação da estrutura disponível 
- Capacitação estratégica da equipe 
Gestor deve avaliar se está obtendo o melhor 
benefício dos recursos utilizados. Realizando: 
avaliação econômica em saúde. 
 
Gestor deve avaliar se está obtendo o melhor 
benefício dos recursos utilizados. Realizando: 
avaliação tecnológica em saúde. 
 
AVALIAÇÃO ECONÔMICA EM SAÚDE 
- Utilizado para orientar a eficiência do sistema 
Custo-efetividade (menor gasto de recursos), (ganho 
ou não em saúde). 
Custo-benefício (viabilidade econômica do projeto), 
(mede os custos e o benefício de um projeto – 
unidade monetária). 
A análise custo/efetividade tem como objetivos: 
- Planejar as atividades 
- Definir propriedades 
- Definir a melhor estratégia em relação ao custo 
LEMBRETE: a discussão sobre metodologias de análise 
econômica em saúde desperta para a compreensão 
desse processo e para como esse recurso pode ajudar 
a desenvolver um sistema mais efetivo. 
A educação em saúde é fundamental para a 
incorporação e a mudança de comportamentos e 
atitudes em saúde bucal. 
COMO TOMAR A DECISÃO? 
O gestor ou o clínico deve considerar: 
- Perfil epidemiológico da população. 
- Distribuição das doenças em saúde bucal. 
- Risco social e biológico. 
- Levar em consideração modelo de gestão e o 
processo de trabalho. 
Essas informações ajudarão na elaboração de políticas 
locais, na definição das melhores estratégias de 
implementação de métodos preventivos e 
educacionais pautados na relação custo/efetividade.

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