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Odontologia em saúde coletiva Além dos fatores biológicos, os fatores sociais também influenciam na saúde do indivíduo. Por ex.: Gravidez precoce ocorre mais em famílias de renda mais baixa, relação entre anos de estudos e realização de exames preventivos e etc. - Nutrição e saneamento básico (Meio ambiente) - Modificação na conduta de reprodução humana (Menos filhos por família, planejamento familiar) São fatores que diminuem a mortalidade infantil e o impacto das doenças infecciosas mais do que intervenções médicas. Como se comporta o perfil de adoecimento das populações ao longo das décadas e séculos. “Evolução progressiva de um perfil de alta mortalidade por doenças infecciosas para um outro onde predominam mortes por doenças cardiovasculares, neoplasias, causas externas e outras doenças consideradas crônico-degenerativas.” Medidas de saúde pública e técnicas de medicina preventiva foram responsáveis por essa mudança de perfil do adoecimento. A promoção de saúde deve agir no que interfere diariamente na vida dos indivíduos. Na maior parte do tempo de suas vidas, a maioria das pessoas é saudável, ou seja, não necessita de hospitais, CTI ou complexos procedimentos médicos, diagnósticos ou terapêuticos. Mas, durante toda a vida, todas as pessoas necessitam de água e ar puro, ambiente saudável, alimentação adequada, situações sociais, econômicas e culturais favoráveis, assim como educação e informação - estes, componentes importantes para a promoção da saúde. Então, para promover saúde, é preciso conhecer os chamados determinantes sociais da saúde; como, por exemplo: > Classe social > Etnia > Escolaridade > Cultura > Ambiente A partir dos anos 90 aprofundou-se a compreensão do sentido biopsicossocial. Saúde e doença não são mais considerados um estado em si, mas sim, um processo dinâmico. IDH (ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO): Desenvolvido em 1990 pelo economista Mahbub ul Haq, em colaboração com Amartya Sen ( Prêmio nobel de economia 1998). Vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no seu relatório anual. O objetivo da criação do IDh foi se contrapor a outro indicador muito utilizado, o PIB (Produto Interno Bruto) per capta, que traz apenas a dimensão econômica para avaliar o desenvolvimento de uma nação Resume o progresso a longo prazo em 3 dimensões. Expectativa de vida ao nascer Anos médios de estudo e anos esperados de escolaridade PIB per capta O IDH vai de 0 a 1, quanto maior, mais desenvolvido é o país. COEFICIENTE DE GINI: É uma medida de verificação da desigualdade desenvolvida pelo estatístico italiano Corrado Gini em 1912. É comumente utilizado para medir a desigualdade de distribuição de renda. Consiste em um número entre 0 a 1, onde 0 corresponde à completa igualdade (no caso de rendimento, por exemplo, toda a população recebe o mesmo salário) e 1 corresponde à completa desigualdade (onde uma pessoa recebe todo o rendimento e as demais nada recebem) O marco inicial da promoção de saúde aconteceu no Canadá e foi exemplo para o mundo. Marc Lalonde - Ministro da Saúde no Canadá em 1974 RELATÓRIO LALONDE As principais causas de morte e doença não são as características biológicas mas sim o meio ambiente e o comportamento - estilo de vida. Definiu quatro elementos gerais como determinantes de saúde: > Biologia > Estilo de vida > Ambiente > Organização da assistência à saúde Ele enfatizou a responsabilidade do indivíduo em mudar seu comportamento para melhorar a sua saúde. Propôs que intervenções de saúde deveriam dar ênfase às populações de maior risco. Chamou atenção para se identificar as desigualdades sanitárias. 1978 - CONFERÊNCIA DE ALMA ATA Conferência internacional sobre cuidados primários de saúde. Foi a primeira declaração internacional que despertou e enfatizou a importância da atenção primária em saúde, desde então defendida pela OMS como chave para uma promoção de saúde de caráter universal. 1986 - CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE PROMOÇÃO DE SAÚDE Ocorreu na cidade de Ottawa e foi feito o documento conhecido como carta de Otawa. Uma carta de intenções voltada para as políticas de saúde em todos os países , de forma equânime e universal. Estabeleceu fatores de importância para o alcance de uma política de saúde para todos. Elaborou 5 frentes de ação para implementação de políticas públicas saudáveis. Elaborar e implementar políticas públicas saudáveis: > Que se expressa por diversas abordagens que incluem legislação, medidas fiscais, taxações e mudanças organizacionais que diminuam a desigualdade social e possibilitem mais equidade na saúde. Ex.: Lei seca, obrigatoriedade do uso de cinto de segurança, proibição de tabagismo em ambientes fechados. Criação de ambientes favoráveis à saúde: > Proteção do meio ambiente e a conservação de recursos naturais, acompanhamento do impacto que as mudanças ambientais produzem na saúde. Ex: Proibição do uso de amianto nas telhas e caixas d´água devido às doenças que essa substância causa nos trabalhadores que extraem e também em quem utilizava telha e caixas d’água desse material em suas residências. Desenvolvimento de habilidades e atitudes pessoais favoráveis à saúde: > Sendo imprescindível a divulgação de informação sobre educação para saúde. Pessoas bem informadas e com acesso a educação em saúde para poderem tomar melhores escolhas quanto à sua saúde. Reorientação dos serviços de saúde: > Priorizando uma visão abrangente e intersetorial recomendando abertura de canais entre os setores de saúde e os setores sociais, políticos, econômicos e ambientais. Ex.: Ações para prevenção e educação, medidas como a fluoretação da água. Reforço da ação comunitária: > Na fixação de prioridades, maior participação na tomada de decisão (empowerment- aquisição de poder).Em resumo, a promoção em saúde pode ser definida como “... é um processo dinâmico de capacitar indivíduos e comunidades para aumentar o controle sobre os determinantes de saúde e desta forma melhorar sua saúde e qualidade de vida.” Nutbeam, 1986 Promoção de saúde é muito mais do que promover campanhas preventivas a determinadas doenças, e sim direcionar ações baseadas nos determinantes sociais da saúde. Focaliza as ações baseadas nos determinantes sociais de saúde. Mudança social e do meio ambiente Utiliza combinação de estratégias: Educação, legislação e etc… Integração dos diferentes profissionais da saúde.INTERSETORIALIDADE: Equipe multiprofissional Envolve a população como um todo > Promoção de saúde: Enfoque mais amplo, procurando identificar os macro determinantes sociais de saúde, e transformá-los favoravelmente em direção à saúde. Ex.: Facilitar o acesso a alimentos mais benéficos para saúde, conscientização sobre a importância da vacinação esclarecendo dúvidas e fake news acerca delas. > Prevenção: Se refere a uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural da doença a fim de tornar improvável sua progressão. Ex.: Aplicação de flúor e vacinação A literatura odontológica evidencia o impacto de fatores sociais nas doenças bucais. Pessoas com baixa renda tendem a ter uma alimentação menos sadia, mais rica em açúcar. Grupos mais favorecidos escovam mais os dentes o que expõe mais seus dentes ao flúor. Nessas camadas sociais, as crianças iniciam a escovação mais precocemente. NADANOVSKI, 1993 Estudo em países desenvolvidos 1973 - Crianças de baixo nível sócio-econômico sofrem 2,5 mais cáries do que crianças de alto nível sócio-econômico. 1993 - Aumentou para 9,3 vezes essa diferença SHEIHAM - 1991 “Nenhuma doença, incluindo as bucais, tem sido debelada pelas profissões de saúde.” NADANOVSKI, 1991 “Formar mais dentistas e incentivar as pessoas a procurar um consultório são medidas ineficazes para melhorar a saúde bucal.” “Os serviços odontológicos tiveram um impacto desprezível na melhoria da saúde bucal infantil.” DÉCADA 1980 O estado e a previdência social INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) Tratar os doentes individualmente - Assistência à saúde O INPS era uma caixa de previdência social que foi constituída por décadas. Grupos organizados de profissionais organizados tinham uma porcentagem do salário descontado e depositado nesse fundo que era usado para despesas com assistência à saúde e aposentadorias. O INPS gerenciava ações da previdência mas também era subordinado ao Ministério da Saúde. Corrupções e fraudes levaram esse sistema ao colapso. Com o colapso do sistema pública a saúde complementar/privada/planos de saúde crescem. > Aumento do número de cesárias para arrecadar mais dinheiro > Demora na transferência de verbas para as instituições conveniadas fez com que as instituições conveniadas fizessem uma projeção maior de gastos porque já sabiam que o dinheiro demoraria para ser pago. > Cirurgias desnecessárias e cirurgias que não eram feitas mas falsificavam documentos para receber dinheiro > Medicina de grupo: Convênio , ou seja, empresas particulares cuja finalidade era prestar serviços médicos aos funcionários das empresas que os contratavam. > Baixos preços pagos pelos serviços médicos hospitalares pela tabela do INPS -> Os hospitais falsificavam o número de atendimentos e procedimentos para receber mais verba do INPS > Falta de controle sobre a verba e corrupção > O INPS começa a usar parte dos recursos da Previdência Social. > MPAS - INPS mais ampliado abrangendo a saúde e a previdência. Com a origem do MPAS a aposentadoria fica ameaçada porque o dinheiro que antes era reservado somente para a aposentadoria estava sendo utilizado também na assistência à saúde. O perfil epidemiológico da população ainda apresentava alta taxa de mortalidade em comparação a outros países na época. Os acidentes de trabalho na época contribuíram muito para o aumento da taxa de mortalidade e além das mortes causadas, também deixavam muitos trabalhadores incapacitados. Os acidentados no trabalho começam a inchar a previdência social e aumentar a informalidade no Brasil. Descontrole inflacionário Urgência pela democracia (Eleições diretas em 1989) Impulso da constituição cidadã de 1988 Hospitais em situações precárias Epidemia de cólera e dengue Embate entre o setor público e privado Reorganização incipiente do sistema de saúde, ainda privilegiando o setor privado . Todo poder e recurso que era centrado no Ministério da Saúde passa a ser descentralizado e dividido com estados e municípios. Surge o SUDS (Sistema Único Descentralizado de Saúde). Respaldado pela nova constituição. A constituição de 1988 Título VIII Da ordem social Seção II Da Saúde Mudança do conceito: Seguro social -> Seguridade social Seguridade social: Todos a partir desse momento independentemente de contribuírem ou não compulsoriamente para a saúde teriam direito ao serviço de saúde. ARTIGO 198 I - Descentralização: Poder e recursos antes concentrados no Ministério da Saúde foram divididos com governos estaduais e municipais. II - Atendimento integral: Todas as pessoas têm direito ao SUS independentemente de sua condição social. Os usuários do sistema têm acesso desde consultas até procedimentos complexos como transplantes de órgãos. III - Participação da comunidade: A comunidade tem suas demandas ouvidas. Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Foram definidos então: Princípios Diretrizes Normas operacionais Saúde como direito de todos Saúde como dever do estado Pacto pela saúde Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Artigo 1º I - Conferênciasde saúde: Eventos abertos que ocorrem a cada quatro anos para os conselhos de saúde mostrarem à população o que foi feito durante o período de vigência dele com a verba recebida do governo federal. Não ocorrem em anos de eleição municipal para não haver influência política. II - Conselhos de saúde Órgãos deliberativos formados com atuação permanente, com uma mudança a cada 4 anos. Metade do grupo será formado por profissionais de saúde e a outra metade formada por usuários do sistema público de saúde e juntos eles se reúnem mensalmente para planejar e monitorar como serão as ações de saúde no seu local de atuação. Todo município precisa ter um conselho de saúde atuante, se o município não tiver um conselho de saúde ele não tem acesso à verba federal. Nesses espaços, a população irá expressar suas demandas. Artigo 4º I - Fundo nacional de saúde: Conta bancária onde o Ministério da saúde deposita a verba para os municípios. II - Conselho de saúde III - Plano de saúde: Planejamento de saúde para cada 4 anos IV - Relatório de gestão: Relatório avaliando o que foi feito de acordo com o plano de saúde feito anteriormente V - PCCS (Plano de cargos e Salários) que deve ser implantado para garantir proteção jurídica para a realização do seu trabalho. VI - Contrapartida de recursos: Cada estado e município deve ter uma contrapartida financeira para a saúde pública. PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS Características essenciais para a existência do sistema de saúde. Esses três princípios funcionam em conjunto, se um não é cumprido, os outros são afetados. Universalidade: O acesso deve ser garantido a todo e qualquer cidadão brasileiro e/ou estrangeiro que esteja no território brasileiro. O SUS é um sistema de proteção social. Equidade: Garantir que a necessidade de cada paciente seja atendida. Integralidade: Atendimento integral desde o nível de atenção básica à saúde até transplantes, cirurgias e demais procedimentos complexos. DIRETRIZES Orientações que podem ser seguidas em maior ou menor grau para melhoria do funcionamento do sistema de saúde. Descentralização: O poder e recurso antes concentrado no Ministério da Saúde é redistribuído com os governos estaduais e municipais. Regionalização: O serviço de saúde oferecido no sus é realizado em determinado território espacial e as ofertas de ações devem ser cada vez mais localizadas. Levar os serviços de saúde para mais perto da população.Ex.: Unidades de saúde em bairros. Hierarquização: Priorizar o oferecimento dos serviços de acordo com as necessidades da população e com o nível de cada serviço. Ex: Atenção básica é ofertado para todos os locais; transplantes são feitos em hospitais específicos. Complementariedade do setor privado: O setor privado deve ser um complemento à saúde pública. Igualdade da assistência: Enquanto ao direito à saúde todos têm direitos iguais. NOB SUS 91: Estabelece transferência dos recursos do INAMP’s para estados e municípios, pagamentos por produção, avaliação pela quantidade, NOB SUS 93: Modelo de gestão incipiente, semi plena e parcial, comissões intergestoras. NOB SUS 96: Conceito ampliado, incentivos PACS e PSF, PAB fixo e variável NOB SUS 02: Papel do gestor estadual e regionalização (PDC), gestão de AB ampliada, organização dos serviços de média complexidade, qualificação das microrregiões de assistência à saúde,política de alta complexidade (PPI), SIOPS, emenda 29/00 (LC 141 de 03/01/12 - percentuais mínimos de investimento) PACTO PELA SAÚDE - 2006: Feito para fortalecer a estrutura da saúde no Brasil. Contratos organizativos de saúde assinados pelas esferas diferentes de organização da saúde que regulamentam as responsabilidades de cada esfera. *NOB: Normas Operacionais Básicas Os recursos são alocados de acordo com a necessidade de cada município obedecendo o princípio doutrinário de equidade. Bloco financeiro de atenção básica: PAB fixo e variável Bloco financeiro da média e alta complexidade: MAC e FAEC Bloco financeiro da assistência farmacêutica: Medicamentos excepcionais, especiais e da farmácia básica Bloco financeiro da vigilância em saúde: Vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental Bloco financeiro de gestão: Financiamento de todas as ações de gestão Em 2017, no Governo Temer, o SUS legal foi criado e alterou a organização dos blocos de financiamento. A união dos blocos foi feita visando a otimização dos recursos, porém o controle sobre o uso foi diminuído. Blocos 1,2,3 e 4 foram agrupados e receberam 95% do orçamento. Epi = Sobre Demos = População Logos = Estudo “Estudo do que ocorre em uma população” É o estudo da distribuição dos eventos de saúde-doença e de seus determinantes em populações específicas, e a aplicação desse estudo para controle dos problemas de saúde. Parte de dois pressupostos: > A doença não se distribui ao acaso na população > O conhecimento dos fatores associados à ocorrência das doenças tem aplicação no seu controle e na sua prevenção. A epidemiologia tem respaldo legal: > Sus, Lei 8080 de 1990: “Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, alocação de recursos e orientação programática.” > PNSB (Política nacional de saúde bucal), 2004: “Usar a epidemiologia subsidiando o planejamento - as ações devem ser precedidas de um diagnóstico das condições saúde doença…" Dado: Informação bruta, não trabalhada Informação: Dado trabalhado, agregado a uma avaliação. Ex.: Dado: “315 óbitos de crianças menores de 1 ano ocorreram em Natal, em 2002.” Se relacionarmos esse dado com o número de nascidos vivos, fica mais fácil de comparar e analisar. -> Em 2002 o total de nascidos vivos nesta mesma capital foi de 13.286, então o índice de mortalidade infantil nesta capital é de 23,7 óbitos para cada 1000 nascidos vivos. Mortalidade é o número de mortes total Morbidade é o grau de dano que uma doença causa no paciente Osindicadores de morbidade são: > Prevalência: Percentual de pessoas com uma determinada condição clínica em um dado momento. É um dado estático. Cálculo: Número total de casos . = ? x 10^4 Número total de habitantes do local > Incidência: Percentual de casos novos num período de tempo. É a expressão do fator de risco. É uma medida dinâmica. Se soma a prevalência. Para alguns desses indicadores, o cálculo é feito da ocorrência para cada 1000 habitantes (como no coeficiente de mortalidade geral), 100.000 (como no coeficiente de mortalidade por causa específica ou para determinadas faixas etárias). > Coeficiente geral de mortalidade: Mede o risco de morte por todas as causas em uma população em um dado local e período de tempo. CMG: Nº de mortes em dado local e período x 10³ População do mesmo local e período > Coeficiente de mortalidade infantil: Mede o risco de morte para crianças menores de 1 ano de idade em dado local e período. CMI: Nº de mortes de crianças menores de 1 ano x 10³ Nº de nascidos vivos no local e período > Coeficiente de letalidade: Proporção de óbitos ocorridos entre indivíduos afetados por um determinado agravo à saúde. Expressa a gravidade de uma doença ou agravo específico. Ex.: Óbitos de pacientes com cardiopatia congestiva/ Número total de pacientes com cardiopatia congestiva Coeficientes específicos: > Mortalidade por sexo > Mortalidade por idade > Mortalidade por causas > Mortalidade por local EPIDEMIA: Surto periódico de uma doença em uma população em uma determinada região. Ex.: Epidemia de Sarampo em 2017 ENDEMIA: Incidência constante de uma determinada doença, em uma determinada área, no decorrer de um longo período histórico. Tem duração contínua porém restrita à uma determinada área. É quando uma doença existe apenas em uma determinada população ou ocorre em proporções pequenas em outras localidades. Ex.: Hanseníase -> 80% dos casos diagnosticados no Brasil ocorrem mais nos estados do Mato Grosso, Pará, Maranhão, Tocantins, Rondônia e Goiás. Essas áreas fazem parte da Amazônia legal, onde as populações estão mais dispersas e têm dificuldade de acesso às unidades básicas de saúde. SURTO Acontece quando há o aumento repentino no número de casos em uma região muito específica. Para ser considerado surto o aumento deve ser maior do que o esperado pelas autoridades. Em algumas regiões (Como Itajaí - SC), a dengue é tratada como um surto (e não como epidemia), pois acontece em regiões muito específicas(como um bairro, por exemplo). PANDEMIA É uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes. Ex.: Coronavírus, AIDS, tuberculose, peste negra. Os estudos epidemiológicos se dividem em dois grandes grupos, observacionais e experimentais e estes dois têm mais subdivisões.. Experimental: É feita uma intervenção em um paciente ou em uma população e verifica-se o comportamento da intervenção. Observacional: O panorama epidemiológico é estudado e observado sem nenhuma intervenção. Estudos observacionais descritivos: A avaliação é realizada em pelo menos dois momentos diferentes. A informação é feita com base no comportamento. A relação de causa-efeito é verificada ao longo do tempo, cada indivíduo é acompanhado no tempo, seja no sentido: Retrospectivo(passado) ou prospectivo (futuro). RETROSPECTIVO -> CASO CONTROLE É um estudo retrospectivo no qual se compara dois grupos: - Caso: Indivíduos com a doença - Controle: Indivíduos sem a doença Ex.: Pessoas com e sem câncer de boca. Ambos grupos respondem um questionário onde informam seus hábitos de vida pregresso (se trabalhavam se expondo ao sol, se bebiam e se fumavam). Os resultados são comparados e o risco relativo associado a cada fator pode ser estimulado. PROSPECTIVO -> COORTE São estudos prospectivos, onde grupos de indivíduos com ou sem fator de exposição (EX.: HAS), que ainda não desenvolveram determinada doença (desfecho) são seguidos durante um período de tempo para se verificar se desenvolvem um determinado desfecho(ICC). São estudos que procuram verificar a frequência de um determinado agravo na presença ou na ausência de um determinado fator condicionante/determinante (exposição). > Transversal: A avaliação é feita em apenas um momento. Todas as medições são feitas num único momento, não existindo, portanto, período de seguimento dos indivíduos. Normalmente, tem o objetivo descritivo sem nenhuma hipótese para ser avaliada. São mais rápidos e fáceis de se realizar do que os estudos que exigem acompanhamento. Também pode ser chamado de “levantamento”. Esse tipo de estudo serve para identificar a prevalência de uma doença, ou seja, o número de casos no momento e não ao longo de um período. É um dado estático. Nesse tipo de estudo a unidade de análise é uma população e não o indivíduo. Esta população em geral pertence a uma área definida geograficamente (cidade, estado). Busca avaliar como o contexto social e ambiental pode afetar a saúde de grupos populacionais. Esse tipo de estudo é muito relevante para a saúde coletiva. São estudos que descrevem casos peculiares, pode ser o relato de um caso ou uma série de casos (não mais do que três casos). RELATO DE CASO É uma descrição detalhada de casos clínicos, contendo características importantes sobre sinais, sintomas e outras características do paciente e relatando os procedimentos terapêuticos utilizados, bem como o desenlace do caso. Importante no estudo de doenças raras. SÉRIE DE CASOS É uma análise de casos feita a partir de sistemas de informação, prontuários, etc. Dados de instituição são utilizados para apresentar de forma organizada os resultados dos tratamentos e outras informações relevantes. Devem ser baseados em casos onde há uniformidade de tratamento. Não são estudoscomparativos. Podem oferecer opinião sobre etiologia, prevenção e terapêutica. ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO O objetivo é testar a eficácia de uma intervenção terapêutica ou preventiva sobre determinada doença. É ideal para testar a eficácia de uma intervenção. Grupos de pacientes selecionados Estudo prospectivo Compara uma substância que está em teste a um placebo. ENSAIO DE CAMPO É semelhante ao ensaio clínico, mas a população estudada não são pacientes e sim pessoas livres de doença e presumivelmente em risco. Os dados são coletados da população em geral. São mais caros e de maior duração de tempo. Também devem buscar a randomização. ENSAIO COMUNITÁRIO Intervenção em nível de comunidades, ao invés de indivíduos, apenas. Usado para avaliar a eficácia de intervenções que busquem a prevenção primária através da modificação dos fatores de risco em uma população. É conduzido dentro de um contexto socioeconômico de uma população naturalmente formada. Limitações: Difícil de isolar a comunidade estudada. CONCLUSÕES: Todos os achados devem se referir a populações As doenças ou problemas de saúde não ocorrem ao acaso O conhecimento epidemiológico nos traz o comportamento. Conceito clássico: Isolamento e quarentena Conceito moderno: Inteligência epidemiológica = Obter e dispor de informações secretas. Vigilância epidemiológica (1960): Definida pela Lei n° 8.080/90 como “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”. A vigilância na prática da saúde pública inclui: Vigilância epidemiológica Vigilância sanitária (regulação e fiscalização sanitária) Pesquisa (avaliação de eficácia, acessibilidade e qualidade dos serviços de saúde) Investigação e desenvolvimento de novas propostas em saúde pública Vigilância epidemiológica + Vigilância sanitária + Vigilância ambiental + Vigilância do trabalho = Atuação de forma integrada (Vigilância em saúde) “Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde bucal individual ou coletiva.” Cobertura de primeira consulta odontológica programática: Número total de primeiras consultas odontológicas programáticas realizadas em determinados locais e período/população no mesmo local e período x 100 Cobertura da ação coletiva (escovação supervisionada): Média anual de pessoas participantes na ação coletiva Escovação Dental Supervisionada realizada em determinado local e período / população no mesmo local e período x 100 Média de procedimentos odontológicos básicos individuais: Número de procedimentos odontológicos básicos individuais em determinado local e período/população no mesmo local e período Proporção de procedimentos odontológicos especializados em relação aos procedimentos de atenção básica: Número de procedimentos odontológicos especializados realizados em um determinado local e período/Número total de procedimentos odontológicos individuais realizados em determinado local e período. O ideal é que o número de atendimentos da atenção básica seja maior do que os especializados, se a população tem mais atendimentos especializados é um indicador de que o modelo de atenção à saúde no município está falhando na vigilância e atenção básica. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm Infraestrutura > Instalações elétricas e iluminação > Instalações hidrosanitárias > Proteção radiológica Documentação e condições para funcionamentos de serviços odontológicos > Equipe odontológica > Licença ou alvará de funcionamento > Documentação odontológica (Prontuário clínico, atestado odontológico, receitas) Preocupações e riscos ocupacionais Imunização dos profissionais de saúde (vacinas) Riscos ocupacionais (físicos, químicos e ergonômicos) Acidentes de trabalho Higienização das mãos EPI’s gerenciamento de resíduos Processamento de artigos e superfícies Portaria MS/MG 3120/1998 “[...] uma atuação contínua e sistemática, ao longo do tempo, no sentido de detectar, conhecer, pesquisar e analisar os fatores determinantes e condicionantes dos agravos à saúde relacionados aos processos e ambientes de trabalho, em seus aspectos tecnológicos, social, organizacional e epidemiológico, com a finalidade de planejar, executar e avaliar intervenções sobre esses aspectos, de forma a eliminá-los e controlá-los. Protocolos atualizados de biossegurança Educação da equipe de saúde bucal Identificação dos riscos relacionados ao trabalho Gerenciamento do atendimento e apoio médico nos centros de trabalho. “[...] Um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de riscos ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde.” (Instrução normativa 01/SVS, de 7 de Março de 2005) *Novas vigilâncias surgem de acordo com a demanda: Vigilância de tecnologias médicas, farmacovigilância, vigilância de traumas e lesões, vigilâncias de doenças crônicas, e etc. Trabalham com riscos ou fatores determinantes e condicionantes de doenças e agravos Atuação em territórios delimitados Política pública, um caráter intersetorial Intervenção sobre problemas que requerem atenção e acompanhamento contínuos Adoção do conceito de risco Articulação entre promoção de saúde, prevenção, terapêutica e reabilitação No Brasil foram feitos quatro levantamentos de epidemiologia em saúde bucal, respectivamente, em 1986,1996, 2003 e 2010. Foram todos nacionais e amostrais, não examinou a população inteira e sim uma parcela significativa da população. 1986: Avaliou cárie, doença periodontal e necessidade de prótese e acesso em apenas 16 capitais brasileiras (apenasna região urbana). A pesquisa foi realizada em crianças, adolescentes, adultos e idosos. 1996: Avaliou apenas cárie em crianças de 6 a 12 anos em escolas (públicas e privadas) das 27 capitais. 2003: SB Brasil: Condições de saúde bucal na população brasileira, o maior em número de exames bucais. > Foram estudados 250 municípios, mais de 100 mil pessoas foram examinadas em domicílios e escolas e 2 mil trabalhadores estiveram envolvidos nesse levantamento. > Incorporou outras faixas etárias e outros agravos (fluorose e oclusopatias) frente aos levantamentos anteriores, além de informações socioeconômicas e sobre acesso e autopercepção em saúde bucal. 2010: > Foram examinadas 37.519 indivíduos, número menor que em 2003 > Participaram 150 municípios do interior de diferentes portes populacionais, as 26 capitais e o distrito federal, totalizando 177 municípios. > Em relação ao levantamento de 2003, acrescentou alguns índices. Ex.: Trauma e alterou outros como CPI e uso de próteses. > Cerca de 2000 trabalhadores do sus das três esferas governamentais estiveram envolvidos nesse levantamento. > As faixas etárias avaliadas foram 5,12,15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos de idade. > Os problemas de saúde bucal investigados foram: - Cárie - Oclusopatias - Doença periodontal - Para população de 12 anos: Fluorose dentária e traumatismo (fratura coronária e avulsão).* Esse dado não foi observado no levantamento de 2003. - Estimou a necessidade de tratamento para cárie - Estimou a prevalência e a gravidade da dor de origem dentária. - Obteve dados do perfil socioeconômico, a utilização de serviços de SB, a autopercepção e os impactos na saúde bucal. > Os dois levantamentos tiveram desempenho semelhante > Foram amostrais mas a amostra de 2003 foi maior > Verificaram os mesmos agravos porém em 2003 a faixa etária de 18 a 36 meses foi vista e exame de sangramento aos 5 anos foi feito. > O levantamento feito em 2010 inovou trazendo dados sobre trauma e modificou o CPI (Índice de doença periodontal comunitário). > Ambos usaram os mesmos índices: CPOd/Ceo (cárie), CPI, DAI (Oclusão) e o Índice de Dean para fluorose. Cárie - CPOD (Dentes Cariados, Perdidos e Obturados: > Surgiu na década de 30, o CPO-d avalia em que medida a cárie está ou esteve afetando os dentes. > Devido a sua alta prevalência, a simples mensuração de indivíduos que são acometidos pela cárie não teria muito valor para coleta de dados. > Pode ser interpretado pelo seu valor absoluto ou pelos seus componentes. > Não diminui com a vida, é cumulativo. Quanto maior o seu número maior a experiência de cárie. CPI - Índice de Saúde Periodontal Comunitário: > Esse índice requer a utilização de uma sonda com ponta esférica de 0,05mm e área anelada em preto situada entre 3,5 a 5,5mm na ponto. A boca do paciente é dividida imagináriamente em sextantes. > Centrais superiores > Centrais inferiores > Posteriores esquerdo superiores > Posteriores esquerdos inferiores > Posteriores direitos superiores > Posteriores direitos inferiores Cada sextante tem um dente índice que será avaliado. Na região posterior os molares são os dentes índices e na região central os incisivos são os dentes índices. Os 10 dentes íntegros são examinados e apenas 6 são registrados: 1 para cada sextante, relativa a pior condição encontrada. Os códigos utilizados são: 0 = Sextante hígido 1 = Sextante com sangramento (observado diretamente ou com espelho, após sondagem). 2 = Cálculo (Qualquer quantidade detectada no exame) 3 = Bolsa de 4mm a 5 mm (Margem gengival na área preta da sonda) 4 = Bolsa de 6 mm ou mais (Área preta da sonda não visível) Quando não há no sextante pelo menos dois dentes remanescentes e não indicados para extração, cancelar o sextante marcando “X”. DAI (Índice de Estética Dentária): Formado pela combinação de 3 medidas. Dentição (nº de dentes perdidos) Espaços (Apinhamento de dentes e diastemas) Oclusão (Overjet, mordida aberta e etc.) Índice de Dean - Fluorose: Criado em 1930, estabelece valores crescentes de acordo com a gravidade da fluorose. O esmalte superficial liso, brilhante e geralmente na cor branca bege pálida. O esmalte apresenta leves aberrações na translucidez do esmalte normal, que podem variar desde pequenos traços esbranquiçados até manchas ocasionais. Áreas pequenas e opacas de cor branca, porosas e dispersas irregularmente sobre o dente, mas envolvendo menos de 25% da superfície dentária vestibular. Opacidade branca do esmalte mais extensa do que a do código 2 mas recobrindo menos de 50% da superfície vestibular. Superfície do esmalte apresentando desgaste acentuado e manchas marrons, frequentemente alterando a anatomia do dente. Superfície do esmalte muito afetada e hipoplasia tão acentuada que o formato geral do dente pode ser afetado. Existem áreas com fóssulas ou desgastes e manchas marrons espalhadas por toda parte; os dentes frequentemente apresentam aparência de corrosão. Trauma dentário: > Foi visto apenas em 2010 para a idade de 12 anos. Foram utilizados os critérios que indicavam sinais de fratura coronária e avulsão dentária. Para este exame foram considerados os incisivos superiores e inferiores permanentes. Os incisivos foram classificados: - Nenhum traumatismo - Fratura de esmalte - Fratura de esmalte/dentina - Fratura com exposição pulpar - Ausência devido à trauma No Brasil, utilizam-se os termos “Atenção básica” e “Atenção primária à saúde” como sinônimos, embora tenham algumas diferenças conceituais, os dois se referem ao Primeiro nível de Atenção à Saúde. O que é a Atenção Primária/básica à Saúde? “ A atenção primária é aquele nível de um sistema de serviço de saúde que oferece a entrada no sistema para todas as novas necessidades e problemas, fornece a atenção sobre a pessoa (não direcionada para a enfermidade) no decorrer do tempo, forneceatenção para todas as condições, exceto as muito incomuns ou raras, e coordena ou integra a ação fornecida em algum outro lugar ou por terceiros.” (STARFIELD, 2002) “ A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. É desenvolvida por meio de exercícios de práticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios definidos, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem as populações” (BRASIL, 2011) Na atenção primária o clínico atende e na atenção secundária o especialista realiza os procedimentos episódicos referentes a sua determinada especialidade odontológica. Portaria 2488 de Outubro de 2011 regula a atenção primária: APS - Primeiro contato do usuário com o sistema de saúde e organizador dos fluxos para os demais níveis de atenção. APS - Responsável (como equipe) pela resolução de problemas de saúde da população da área de abrangência por meio de ações de promoção, prevenção, assistência e recuperação de saúde. APS - Reordenadora da rede assistencial do SUS: Inicialmente, o SUS foi pensado como um sistema hierárquico dos níveis de atenção à saúde. Sistema fragmentado de saúde: A atenção primária como uma reordenadora do cuidado à saúde, é constituída por redes de atenção à saúde temáticas que forneceriam atendimentos especializados à indivíduos que necessitam, sem que tenha que ir para o 2º nível de atenção à saúde. Redes de integradas de atenção à saúde APS - Conceito revisado: “Estratégia flexível, caracterizada através de um primeiro contato entre pacientes e equipe de saúde, que garante uma atenção integral à saúde sustentado por recursos humanos cientificamente qualificados e capacitados, a um custo adequado e sustentável, que transcende o campo sanitário e inclui outros setores; organizada em coordenação com a comunidade e concatenada com os demais níveis da rede sanitária para proteger, restaurar e reabilitar a saúde dos indivíduos, das famílias, e da comunidade, em um processo conjunto de produção social de saúde.” ( Campos e Col, 2006) > Acesso ao primeiro contato com o sistema de saúde (exceto as verdadeiras urgências e emergências que são encaminhadas para rede de atenção a urgências e emergências, por exemplo, SAMU) > Longitudinalidade: Existências de uma fonte contínua de atenção, assim como sua utilização ao longo do tempo. > Integralidade: Ações que o serviço de saúde deve oferecer para que os usuários recebam atenção integral, tanto do ponto de vista do caráter biopsicossocial do processo saúde-doença, como ações de promoção, prevenção e cura. > Coordenador da atenção: O provedor de atenção primária deve ser capaz de integrar todo cuidado que o paciente recebe através da coordenação de serviços. > Atenção à saúde centrada na família (orientação familiar): Na avaliação das necessidades individuais para a atenção integral deve-se considerar o contexto familiar e seu potencial de cuidado e, também, de ameaça à saúde, incluindo uso de ferramentas de abordagem familiar. O recurso financeiro para atenção básica vem do ministério da saúde por duas formas, o piso de atenção básica fixo e o piso de atenção básica variável. Pelo viés da qualidade, induz a mudança de modelo por meio da Estratégia de Saúde da Família e outros programas específicos (EAB, ESF Ribeirinhas, ESF Fluvial, consultórios de rua). Cria um componente de qualidade, avalia, valoriza e premia equipes e municípios, garantindo o aumento de repasse de recursos em função da contratualização de compromissos e do alcance de resultados (PMAQ AB). Brasil, 2012. Objetivos e princípios: > Reorganizar a prática de atenção à saúde > Consciência sanitária - o estímulo à construção de uma consciência participativa, a ser conquistada, permitindo, com as formas possíveis, dar início ao pretendido processo de controle social. > Linha do cuidado - Fluxos que impliquem em ações resolutivas centradas no acolher, informar, atender e encaminhar se necessária e também a compreensão dos diferentes ciclos de vida das pessoas e o cuidado necessário em cada um desses ciclos de vida. > Levar saúde para mais perto das famílias > Equipe multiprofissional formada por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde. A equipe de saúde bucal não fazia parte da equipe mínima de saúde da família. Não é obrigatório que se tenha a equipe de Saúde Bucal para que se instale o trabalho de Estratégia da Saúde da Família. > Promoção da saúde (Prevenção de doenças) > Recuperação integral e contínua da saúde > Vínculo profissional/família > Descentralização de serviços > Trabalho intersetorial > Garantia de acesso aos serviços locais > Constitui atenção primária (porta de entrada) > Processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos. > Realizar o cuidado em saúde da população adscrita ou que tenha procurado a unidade de saúde . > Atender na unidade de saúde, no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros), com garantia da integralidade da atenção. > Atender a demanda espontânea e programada e realizar busca ativa e notificação de doenças e agravos de notificação compulsória. > Realizar a escuta qualificada das necessidades dos usuários, proporcionando atendimento humanizado e estabelecimento do vínculo. > Promover a participação da comunidade > Garantir a qualidade do SIAB - E-SUS - Suspensãodo repasse de recursos do Bloco da Atenção Básica pelo não envio de informação (produção) por meio de SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA AB VIGENTE, por três meses consecutivos . ** Em azul - Alterado pela política de 2017. Das disposições gerais Princípios e diretrizes Atenção básica na rede de atenção à saúde Infraestrutura Tipos de unidades de saúde: 1 . Unidade básica de saúde (UBS) e unidade de saúde da família (USF) 2. Unidade básica de saúde fluvial 3. Unidade odontológica móvel Funcionamento: 1. População adscrita por equipe de Atenção Básica e de Saúde da Família de 2.000 a 3.500 - Arranjo flexível conforme necessidades locais. 1. Até 4 (quatro) equipes por UBS com equipes de Atenção Básica ou Saúde da Família. 2. Oferta de serviços essenciais ampliados (estratégicos) 3. Tipos de equipe: ESF (Equipe de Saúde da Família): Médico de família e comunidade, enfermeiro especialista em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde. EAB (Equipe de Atenção Básica): Médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e/ou técnico de enfermagem. ESB (Equipe de Saúde Bucal): Cirurgião dentista especialista em Saúde da Família e um técnico em Saúde Bucal e/ou Auxiliar de Saúde Bucal. > Caráter substitutivo deixa de ser uma orientação da PNAB > Definição do território, mapeamento da área adscrita e diagnóstico situacional em USF, mas não na UBS. > Atualização do cadastros das famílias - os usuários podem se consultar em qualquer unidade. Isso foi possível com a implantação do prontuário eletrônico na UBS/ESF. > Cuidado familiar ampliado > Programação das ações pelo critério de risco x demanda espontânea > Ações educativas processo saúde/doença > Assistência básica integral e contínua - serviços essenciais na UBS, como pré-natal, acompanhamento de hipertensos e diabéticos, procedimentos cirúrgicos de pequena complexidade e aplicação de vacinas. > Humanização > Urgências e emergências passam a ser atividade do pronto socorro e UPAS > Trabalho interdisciplinar e em equipe > Ações intersetoriais > Participação comunitário no controle social -> Em azul - Mudanças a partir da política de 2017 É uma área ou conjunto de áreas. É de grande importância para o planejamento e avaliação em saúde de um município. É a divisão territorial utilizada para a análise espacial dos dados em um determinado município (IBGE). Pode ser rural ou urbano. Os serviços de saúde se organizam a partir de uma base territorial, mencionado no SUS como princípio da regionalização. Propõe delimitar a área de um serviço de saúde, ou de atuação do ACS, ou de uma equipe de saúde da família; aproximando cada vez mais a saúde do cidadão. Montagem dos territórios em municípios onde ainda não há um serviço de atenção primária instalado. Cada território ainda é subdividido em sub áreas menores, que são áreas com cerca de 400 a 750 pessoas. Cada agente comunitário de saúde (ACS) é responsável por uma subárea. Mapeamento é o processo de elaboração de um mapa para orientação do trabalho sobre a região em que a equipe irá atuar. Neste mapa deve conter os principais pontos do território como por exemplo, igrejas, unidades de saúde, farmácias, escolas, rios, córregos, casas com pessoas doentes, etc. Identifica diferentes grupos populacionais segundo critérios demográficos, epidemiológicos, socioeconômicos e culturais. Identifica e descreve os problemas de saúde dos distintos grupos. Analisa a situação de saúde do território. É feito a partir de dados secundários (IBGE), reconhecimento de campo (caminhadas pelo território, conversas com líderes comunitários) e levantamento demográfico de saúde e recursos e serviços. 1 Equipe para o máximo de 4 mil pessoas, com uma equipe de 40 horas semanais. A equipe de atenção básica deverá cumprir carga horária de no mínimo 40 horas semanais. A soma da carga horária de cada categoria profissional deverá ser de, 40 horas, sendo que a carga horária de cada profissional não poderá ser inferior a 10 horas e o máximo de profissionais por categoria será de 3 profissionais. Máximo de 750 por subárea por ACS e 12 ACS por equipe. Saúde bucal modalidade I e II 1 enfermeiro para 30 ACS Um gerente por unidade de saúde com nível superior, preferencialmente que não acumule função. O exercício da profissão do agente comunitário em saúde é regulamentado pela Lei nº11.350/2006 ACS com certificado de técnico em enfermagem terão mais funções, que não serão restritas ao combate a epidemias, mas também medir pressão, verificar glicemia e fazer curativos. O exercício da atividade profissional de agente comunitário de saúde deve observar a Lei nº 10.507/2002, que cria a profissão de agente comunitário de saúde. Decreto nº 3.189/1999 fixa as diretrizes para o exercício da atividade de agente comunitário de saúde. Lei nº 11.350/2006 resolve que as atividades do agente comunitário de saúde e de agente de combate a endemias, passam a reger-se pelo disposto nesta lei. Artigo 6º da lei 11.500/2006 - Requisitos para os ACS: I - Residir na área da comunidade em que atuar, desde a data da publicação do edital do processo seletivo público; II - Haver concluído, com aproveitamento, curso introdutório de formação e continuada; III - Haver concluído o ensino fundamental Desenvolver ações que busquem a integração entre equipe de saúde e a população adscrita à UBS; Trabalhar com adscrição das famílias -> Microáreas Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados. Orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; Por meio de visitas domiciliares realizar ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, mantendo a equipe informada principalmente a respeito daquelas em situação de risco. A cárie é uma doença biofilme-açúcar dependente. As bactérias presentes na nossa saliva precisam se acumular sobreos dentes para gerar o fator biológico necessário para o processo da cárie se desenvolver, mas isso não é o suficiente. O fator determinante negativ o para o desenvolvimento da doença é a exposição frequente a açúcar e a presença de constante de fluoreto na cavidade bucal , que age como fator determinante positivo tentando contrabalançar o processo, sendo, entretanto incapaz de evitá-lo (Cury & Tenuta). O conceito mais atual define a cárie como uma disbiose , ou seja, um estado alterado da ecologia microbiana da cavidade oral ou trato. A disbiose é desencadeada pelo consumo constante de açúcar e não é relacionada apenas a um tipo de microrganismo, mas a um complexo microbiano. Esse complexo microbiano é formado por microrganismos acidogênicos, acidúricos e que produzem matriz intra e extracelular mediante a exposição de carboidratos fermentáveis, especialmente a sacarose. (ex: Streptococcus mutans - o microrganismo mais estudado dentro da cariologia e durante muito tempo foi considerado o mais relevante para o processo de formação da cárie. Porém, hoje é sabido que a Streptococcus mutans é achada em pequenas quantidades em lesões cariosas.) Na presença de um biofilme exposto a açúcar, bactérias metabolizam esse açúcar e ocorre modificação estruturalmente o biofilme e produção de matriz extracelular, essa matriz ajuda a reter os ácidos no interior do biofilme. A retenção de ácidos possibilita queda de Ph no interior do biofilme e possibilita a desmineralização do esmalte. A cárie por ser uma doença polimicrobiana não é considerada uma infecção, pois, os microrganismos causadores da cárie são naturais da cavidade oral e que não podem ser controlados com agentes antimicrobianos. O consumo frequente de açúcar é mais relevante para a formação da cárie e não apenas o Streptococcus mutans, que é um dos microrganismos encontrados nas lesões cariosas e em pequena quantidade quando comparados a outros que possuem características mais favoráveis a desmineralização dentária. Bioquimicamente a cárie é formada após episódios de desmineralização frequentes que ao longo do tempo não são compensados com episódios suficientes de remineralização. Normalmente, a saliva repõe cálcio e fosfato nos dentes. Porém, se a ingestão de carboidratos for alta e em várias vezes ao dia, a saliva não consegue repor os minerais em quantidade suficiente. Conceituando: A cárie dental é um processo dinâmico decorrente do desequilíbrio entre os fatores de DES mineralização e RE mineralização, sendo função direta das condições que mantém o Ph crítico na cavidade bucal. A desmineralização depende da solubilidade do cristal (HA - FA) e do Ph do meio bucal (Fluidos adjacentes, saliva e biofilme). O Ph é o fator limitante do grau de saturação da saliva, e consequentemente, da integridade dental. O Ph crítico é o qual acima dele ainda ocorre remineralização e abaixo ocorre desmineralização. O Ph crítico do esmalte dentário é 5,5 e para a dentina é 6,7. O dente tem a maior parte dos cristais de Hidroxiapatita. Têm as apatitas mais solúveis como as carbonato apatitas e menos solúveis como a flúor apatita. O indivíduo que consome produtos com flúor como por exemplo água fluoretada, tem cerca de menos de 10% de flúor apatita no esmalte. A presença de um cristal menos solúvel não torna o dente mais resistente. A desmineralização depende da solubilidade do cristal e do Ph do ambiente ambiente (saliva e fluido do biofilme). É necessário que haja equilíbrio entre os cristais e os produtos iônicos. Qualquer variação no Ph faz com que haja aumento de íons hidrogênio, que é um radical livre, de carga positiva. Normalmente, H+ se liga ao produtos iônicos de carga negativa (fosfato, hidroxila). Com a diminuição dos produtos iônicos na cavidade oral ocorre um deslocamento da reação -> perda mineral/dissolução da hidroxiapatita para o meio para tentar equilibrar/compensar os produtos iônicos diminuídos. A dentina perde íons com mais facilidade do que o esmalte. A desmineralização ocorre por causa do consumo de carboidrato fermentável que é metabolizado pelas bactérias acidogênicas, ocorre liberação de H+ que se combinam com radicais negativas, ocorre a diminuição do produto iônico do meio e consequentemente perda de mineral para o meio para tentar equilibrar com o Ph. O indivíduo que faz uso de produtos fluoretados, por exemplo, dentifrício fluoretado, tem flúor livre na cavidade. Após o consumo de sacarose o Ph fica num valor intermediário entre 4,5 < Ph < 5,5. O meio fica subsaturado de cálcio fosfato em relação a hidroxiapatita. Como consequência, inicia-se o processo de dissolução de cálcio e fosfato para o meio. Porém, as hidroxiapatitas mais resistentes aos ácidos (flúor apatita) não são dissolvidas, apenas as menos resistentes. As hidroxiapatitas que são atingidas e sofrem dissolução nesse cenário. Porque nesse Ph o meio ainda está supersaturado de cálcio e fosfato e flúor. Em relação a hidroxiapatita o cálcio e fosfato estão subsaturados mas em relação a fluorapatita estão supersaturados. O flúor livre no meio se liga ao cálcio e ao fosfato e ocorre uma reposição de cristais na superfície do dente na forma de flúor apatita. O flúor precisa estar em pequena quantidade livre no meio impedindo a desmineralização e potencializando a remineralização através dessa interação com o cálcio e fosfato. O período de alta se deve a industrialização do açúcar, neste período o consumo de açúcar refinado (que é muito cariogênico) aumentou muito e o aumento do índice de CPOD foi uma consequência. A partir da década de 70/80 o índice de CPOD caiu. Dois fatores que influenciaram essa queda foram a fluoretação das águas e dos dentifrícios. É importante conscientizar o paciente sobre a relação entre os carboidratos e a cárie. Todo alimento que contém carboidratos fermentáveis pode ser utilizado pelas bactérias para produzir ácidoe iniciar o processo de desmineralização dentária. É um gráfico que relaciona a queda de Ph em relação ao tempo. Microeletrodos conectados à superfície dentária registram a queda de Ph após ingestão de carboidratos. A sacarose é o tipo de carboidrato que causa queda de Ph mais crítica. A cárie a doença periodontal são os dois agravantes mais relevantes em saúde bucal no âmbito coletivo, porém, existem outros agravos relevantes que causam perda de qualidade de vida, dores e incômodos, como, por exemplo: > Oclusopatias > Fissuras labiopalatais > Câncer bucal > *Fluorose: Embora não tenha sido incluída nesta lista pela OMS, vem tendo aumento de casos devido ao maior acesso ao flúor. Apesar de não terem letalidade(exceto o câncer) estes agravos têm importância dada sua prevalência e impacto na morbidade. > É um dos agravos mais frequentes na população em geral. > Não sofreu redução na sua prevalência como a cárie vem sofrendo na maioria dos países. > As intervenções para o seu tratamento e prevenção são simples quando o diagnóstico é feito na fase inicial. > É uma doença de progressão lenta e de múltipla causalidade. A identificação de grupos de risco é uma estratégia válida para melhor diagnóstico e tratamento. > Pacientes fumantes tem mais chances de desenvolver > A higiene bucal tem interferência sobretudo no controle da doença, mas não é determinante pois as formas agressivas independem da higiene do indivíduo. A ocorrência da forma leve(gengivite) é a mais prevalente na população. Gengivite é uma alteração comum, é caracterizada pelo sangramento gengival. A evolução para as formas mais graves da doença (com mobilidade dos dentes e perda dentária) depende de vários fatores como tendência genética, fatores ambientais e não apenas a falta de tratamento. A doença periodontal é uma resposta inflamatória dos tecidos periodontais ao acúmulo de bactérias que colonizam o sulco gengival. Tais depósitos são comunidades microbianas complexas e organizadas chamadas de biofilme.Esta doença pode causar destruição periodontal em pessoas susceptíveis. Normalmente ela se apresenta assintomática, o que acarreta em diagnóstico tardio. Muitas vezes quando o paciente apresenta queixas o dano já está presente. Na imagem abaixo a gengiva já se apresenta inflamada e retraída pelo biofilme. A gengivite atinge apenas os tecidos moles, caracteriza-se pelo sangramento gengival mas nesse estágio da doença periodontal ainda não há perda tecidual óssea. Pode ser induzida exclusivamente pelo biofilme ou pode ser induzida pelo biofilme tendo contribuição de outros fatores como: puberdade, gravidez, uso de contraceptivos orais, diabetes, leucemia, deficiência vitamínicas e uso de drogas. Embora a gengivite seja um estado precoce da periodontite, ela pode ser uma ocorrência isolada, e em alguns pacientes nunca progredir para periodontite. Em outros casos a doença se inicia como gengivite, e, não tratada ou mal tratada, evolui lentamente para e de forma crônica para periodontite. A prevalência da doença periodontal severa que leva a perda dentária é de baixa prevalência. As doenças periodontais são induzidas ou agravadas pela presença de biofilme e estão sujeitas a fatores locais como apinhamento dentário, trauma oclusal e etc. Doenças gengivais não induzidas por biofilme podem ser manifestação de outras doenças como: gonorreia, sífilis, tuberculose, gengivoestomatite herpética primária, herpes simples, candidíase e outras. Normalmente essas alterações se limitam ao tecido gengival. A periodontite atinge os tecidos de sustentação do periodonto. Há perda de inserção conjuntiva e reabsorção do osso alveolar. Pode levar a mobilidade e a perda do elemento dentário. É classificada em leve, moderada ou severa. A classificação é feita de com a PIP - Perda de Inserção Periodontal: > Leve: 1 a 2 mm > Moderada: 3 a 4 mm > Severa: Acima de 5 mm Também pode ser classificada em localizada ou generalizada de acordo com o número de sítios atingidos (maior que 30% é considerada generalizada). O diagnóstico é feito através da análise dos dados clínicos e radiográficos. A linha amarela é o nível ósseo irregular que aponta para a ocorrência de perda óssea. Crônicas: > Mais comum e é mais prevalente em adultos > A destruição é compatível com a quantidade de fatores locais presentes. > Velocidade de progressão é variável > Pode sofrer influência de fatores sistêmicos, fumo e estresse. Agressivas: > Grupo raro das periodontites de progressão rápida > Importante investigar condições sistêmicas > Podem ser localizadas ou generalizadas Relacionadas a desordens hematológicas como neoprenia, leucemia e outras ou a desordens genéticas como síndrome de Down, Papilon-Lefreve, Doença de Langerhans e outras. > Comportamentais: Autocuidado e manutenção periodontal. > Hábito de tabagismo > Fatores sistêmicos Doenças e condições sistêmicas: Doenças predisponentes ao agravo, principalmente diabetes mellitus; Uso de medicamentos que causam xerostomia (anti hipertensivos e antidepressivos principalmente). > O fumo está relacionado à progressão da doença: Indivíduos fumantes leves apresentam o dobro de perda óssea de indivíduos não fumantes. > Os produtos de tabaco diminuem as defesas imunológicas e afetam a função osteoblástica. > O tabaco favorece o crescimento de espécies bacterianas patogênicas. > Constrição periférica dos vasos sanguíneos gengivais (a diminuição do sangramento que ocorre acaba sendo um fator clínico de confundimento). > A terapia periodontal é menos efetiva em pacientes fumantes. > A recidiva é mais frequente. > A indicação de determinadas cirurgias é questionada. > Os mecanismos dessa interação não estão totalmente esclarecidos. > A severidade da doença periodontal pode afetar o nível glicêmico. > Alterações vasculares e secreção anormal dos mediadores de inflamação. > Por outro lado, um mau controle glicêmico altera
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