Buscar

Dengue: Características, Diagnóstico e Tratamento

Prévia do material em texto

Larissa Toloy Bigaran 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
Arbovírus – família Flaviridae; 5 sorotipos (Brasil: Den1, Den2, Den3, Den4); 
Imunidade permanente: sorotipo específico. 
Imunidade transitória: 2 meses pós-infecção para os outros sorotipos. 
Transmissão: vetor → aedes aegypti – 45 dias de vida/urbano, 1 único inseto pode contaminar 
até 300 pessoas. 
 
Na prova do laço, conta o número de petéquias no quadrado e ela será positiva caso >20 em 
adultos ou >10 em crianças. 
 
DIAGNÓSTICO: 
EXAMES GERAIS 
Hemograma: leucopenia (infecção viral), trombocitopenia, hemoconcentração (desidratação) – Ht 
baixo. 
Alteração hepática: flavírus são hepatotóxicos → aumenta enzimas hepáticas, aumento de CPK, 
hiperbilirrubinemia rara. 
DIAGNÓSTICO ESPECÍFICO 
 
TRATAMENTO: 
Ponto principal → corrigir desidratação e avaliar os riscos → ofertar líquidos, sintomáticos e 
internar em casos graves. 
 
 
Significa que precisa 
pedir HMG, para 
avaliar o risco de 
sangramento 
A febre na dengue acontece, geralmente nos 
primeiros 4 dias e é muito alta. Quando a febre cai, 
geralmente é quando teve mais desidratação que 
nos outros dias, Ht cai, plaquetas chegam no ponto 
mais baixo (até o fim da 1ªsemana), então o 
paciente tem mais risco de choque no final da 
1ªsemana, sendo ou por desidratação ou 
sangramento, que é quando a febre melhorou, 
porém o paciente teve muita perda de líquidos. Ai 
depois desse período o paciente começa melhorar 
a reabsorção de líquidos e fluidos, subindo as 
plaquetas e diminuindo o risco de sangramento. 
Larissa Toloy Bigaran 
 
GRUPO CARACTERÍSTICAS CONDUTA 
A – DENGUE FEBRIL - Suspeita clínico-epidemiológica 
+ FEBRE de aparecimento 
recente (2-7d) + 2 ou mais 
(mialgia, artralgia, cefaleia, dor 
retro-orbitária, leucopenia, 
náuseas e/ou vômitos, 
exantema) 
- Ausência de fenômenos 
hemorrágicos (prova do laço 
negativa), ausência de sinais de 
alarme e sinais de choque. 
Encaminhar para domicílio, 
hidratação oral – 60-80 Ml/kg/d 
(1/3 com SRO), orientar sobre 
sinais de alerta, reavaliação 
precoce ambulatorial (48 hrs) ou 
PA com novo HMG, sintomáticos 
(dipirona, paracetamol, 
antieméticos). 
B – DENGUE FEBRIL + 
FENÔMENOS 
HEMORRÁGICOS OU FATOR 
DE RISCO 
- Presença de petéquias ou 
prova do laço positiva. 
- Ausência de sinais de alarme e 
sinais de choque. 
 
Fatores de risco: >65 anos, <2 
anos, gestantes, DM, DCV, 
obesidade, uso de 
anticoagulantes, outras dças 
crônicas. 
Internação se: 
Comorbidade grave ou plaquetas 
<50.000/mm³. 
 
Alta domiciliar: 
Comorbidade sem agravante 
-Hidratação oral como grupo A, 
reavaliação em 24 h ambulatorial, 
sintomáticos. 
C – DENGUE COM SINAIS DE 
ALARME 
- Sinais de alarme, fenômenos 
hemorrágicos. 
- Ausência de sinais de choque. 
Internação mesmo antes da 
confirmação. 
- Fase de expansão → 10mL/kg/h 
nas 2 hrs iniciais; repetir Ht em 
2hrs, se ele aumentar – mais 1 
expansão por mais 2 vezes. Se 
houver resposta vai para a fase de 
manutenção. 
- Fase de manutenção: 25mL/kg 
6h e depois mais 25 em 8h. 
- Internação 48h pelo menos. 
- Se esse paciente não melhora 
desde o começo, conduz como 
grupo D (choque). 
D – DENGUE COM SINAIS DE 
CHOQUE 
- Presença ou não de fenômenos 
hemorrágicos, presença de 
sinais de choque (taquicardia, 
extremidades distais frias, pulso 
fraco e fino, enchimento capilar 
lento, PA convergente- >20, 
taquipneia, oligúria - 
<1,5mL/kg/h, hipotensão 
arterial*, cianose*). 
*fases mais tardias. 
Internação em UTI ou emergência 
por 48h no mínimo. 
- Solução isotônica 20mL/kg em 
até 20 min; pode fazer em até 3 
vezes, repetindo Ht em até 2 h, se 
melhorar volta para o grupo C, se 
não – faz albumina (Ht em 
ascensão); avalia coagulação (Ht 
em queda + choque); concentrado 
de Hc (hemorragia); plasma, vit.K 
e crioprecipitado (coagulopatias); 
plaquetas (sangramento 
persistente).

Continue navegando