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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA DAIANI BASTOS ARAÚJO JULIE BORGES RELATÓRIO DA SAÍDA DE CAMPO À USINA HIDRELÉTRICA SALTO PILÃO (SC) ITAJAÍ (SC) JUNHO/2017 1.INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………………... 3 2. OBJETIVO……………………………………………………………………………………….. 3 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES……………………………………………………………... 4 3. CONCLUSÃO………………………………………………………………………………….. 7 4. REFERÊNCIAS……………………………………………………………………………….. 10 1. INTRODUÇÃO A bacia hidrográfica do Vale do Itajaí vem sofrendo ao longo do tempo com as práticas agrícolas intensivas, despejo do lixo urbano e efluentes, ocupações urbanas indevidas, a destruição das matas ciliares em larga escala e o material lenhoso de florestas comerciais, no qual agrava a qualidade da água e causam muitos impactos a todos do qual dependem dela. E para a realização da Hidrelétrica de Salto Pilão, uma das maiores hidrelétricas subterrâneas do Brasil, no qual seu funcionamento iniciou em 2009, foram realizados estudos de impactos ambientais e uma grande parte comunicativa por parte da empresa para comunicar os moradores. Segundo os dados da própria, a hidrelétrica localiza-se nos municípios de Apiúna, Ibirama e Lontras na bacia do Vale do Itajaí (SC), com uma potência de 191,89 MW, atendendo até 700.000 pessoas. pertence a um Consórcio Empresarial, do qual fazem parte as empresas três empresas, estas são: Votorantim, DME Energética e Camargo Corrêa Energia a partir de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O impulso econômico gerado foi grande, alto número de empregos, diretamente e indiretamente gerados, influenciando o comércio. Atualmente discute-se muito a respeito da demora das obras, a falta de comprometimento com o órgão ambiental e outros problemas na gestão tanto do órgão público como na empresa privada. E tanto os impactos positivos e negativos desta construção, refletirá em toda a geopolítica de um município, estado, federação e país. 2. OBJETIVO A Engenharia Ambiental e Sanitária propõe alternativas sustentáveis para a sociedade em questões de garantir juntamente com a preservação do meio ambiente, a segurança de toda e qualquer espécie, técnicas no qual a sociedade gaste menos, reaproveitando o desperdício e procurando o mínimo impacto das construções antrópicas. Sendo assim, o presente trabalho tem o objetivo de verificar os pontos positivos e negativos socioeconômicos e ambientais da hidrelétrica de Salto Pilão (SC) a partir da visita técnica realizada com os alunos de quinto período da Universidade do Vale do Itajaí. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES A Usina Hidrelétrica de Salto Pilão foi construída em 42 meses de obra, tempo considera rápido para a construção de uma usina hidrelétrica no Brasil. A surpresa se dá conta pelo seu tamanho, como pode ser observada na Imagem 1. Figura 1. Localização da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão em Lontras (SC). Fonte: Google Earth. Antes de iniciar a descrição da Usina, primeiramente houve a Licença Ambiental de Operação número 4055 de 2012, emitida pela Fundação de Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) em 31 de maio de 2012, com validade de oito anos. Compensando o estudo de impacto ambiental, foram 24 programas ambientais produzidos pela empresa quando estava sendo construída a hidrelétrica. Em seu funcionamento 16 continuaram, com a função de monitorar e proteger a biota. Uma população, por menor que seja, tem diferenças sociais e percepções sobre a sua necessidade do uso da energia. Segundo Rosa (2007), precisa-se conhecer e identificar as características sociológicas, a capacidade econômica dessas pequenas cidades do interior de Santa Catarina, a necessidade de energia elétrica e o custo na distribuição, e mais estudos socioeconômicos. De acordo com a Prefeitura de Ibirama (SC), matéria pelo jornalista Jair Fabiciack (2017), dentre os vários projetos, estão os principais: O rio Itajaí pede nossa ajuda, em prol da conscientização ambiental em folhetos infantis, servindo para todas as idades. Parceria Votorantim pela Educação (PVE), beneficiando a educação pública com a parceria tanto do governo como de outras empresas. Livro de Fauna da UHE Salto Pilão, livro distribuído em escolas contendo mapeamento, conhecimento e conservação da fauna no Vale do rio Itajaí (SC). Em questões de infraestrutura, a hidrelétrica de Salto Pilão é umas das maiores usinas subterrâneas do Brasil. A partir da captação da água da chuva no município de Lontras, aproveitamento ótimo que a região dispôs, e no desvio através de um túnel adutor em Apiúna, há um desnível de 200 metros. Com base em nossas observações da visita à empresa podemos perceber que é dada a atenção necessária na manutenção preventiva das máquinas, assim como em todo local que a empresa opera, as quais devem sempre estar nas melhores condições possíveis pela necessidade de funcionamento de 24 horas por dia, assim como todas as empresas que operam no setor de energia. Em especial observou-se que as pinturas do local indicando o caminho de maior segurança, e também de placas de advertência, para orientar os visitantes; e também as máquinas se encontram em perfeitas condições, além de o funcionamento das máquinas serem operados por profissionais capacitados para zelar pela sua eficiência e conservação. Figura 2. Esquema das seções da usina. Fonte: Site do Usina Salto Pilão. Utiliza o processo de “freio d’água”, consiste em uma barragem com função de enviar a água com destino na movimentação das turbinas. Ela, com três metros, separa a água e o restante escoa pela crista da barragem. A vantagem é que o controle hidráulico não se sobrepõe no fluxo de água do rio. Possui também dois geradores e um túnel (Figura 2). Cada gerador tem potência de 95,95 MW, rendendo por ano, 954.840 MW. Maior potência que a hidrelétrica de Simplício, no Rio de Janeiro por exemplo (Lemgruber de Sousa, 2000). A energia é conduzida pelas linhas de transmissão pela CELESC. Figura 3. Casa de força da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão. Fonte: Casadó Engenharia. Já o túnel, é o principal caminho de canalização subterrânea, atravessando o maciço rochoso nas encostas do rio Itajaí-Açú. Há uma caverna chamada de Casa de Força (Figura 3), onde também estão estabelecidos os equipamentos e processos da Usina. Todo equipamento para a operação da Hidrelétrica, fica no Edifício de Controle da Usina. No próprio site da Usina, comentam que na construção, Santa Catarina abrigou uma das três maiores hidrelétricas subterrâneas e o produto de escavação de rocha, transformado em brita, possibilitaria pavimentar uma estrada moderna em até 83 quilômetros de comprimento. Na hidrelétrica há 32 funcionários, sendo que dentre estes há Engenheiros Ambientais, Engenheiros Mecânicos, Engenheiros Eletricistas, também técnicos que fazem manutenção e manipulam as máquinas, além de profissionais da área de comunicação que participam fazendo projetos de Educação Ambiental na comunidade, e apresentando a esta os benefícios de um empreendimento de tal porte. A Usina Hidrelétrica de Salto Pilão é uma das únicas do Brasil que no processo de instalação usaram linha verde, ou seja, no processo de instalação das torres de energia não cortaram árvores, sendo que neste método de instalação exige um alto investimento inicial, porém há um custo-benefício, por precisar de menos manutenção. A receita da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão varia em torno de 200 a 300 milhões por ano, gerando grande benefício para os municípios que recebem royalties no qual incentiva a usarem os recursos que pertencem aos municípios.É importa ressaltar ainda a empresa lucra com os créditos de carbono que são pagos por empresas europeias em troca da redução de emissão de carbono. 3. CONCLUSÃO Segundo Lemgruber de Sousa (2000), no Brasil, os projetos hidrelétricos têm grande relevância por ser a base e o suprimento energético do Brasil (MÜLLER, 1995). Como toda ação antrópica tem efeitos ao meio ambiente, eles são verificados ao longo e além do tempo de vida da usina e do projeto, assim como o espaço físico envolvido. Os impactos mais significativos e complexos ocorrem nas fases de construção e de operação da usina, os quais poderão afetar o andamento das próprias obras. De acordo com ROSA (1995) apud Lemgruber de Sousa (2000), a hidreletricidade para a situação brasileira é avaliada a melhor solução técnica e econômica, em face dos riscos ambientais e financeiramente, comparada à energia nuclear. É a melhor alternativa de geração elétrica quando comparada com a termoeletricidade à combustíveis fósseis, pelo fato de ser renovável e ser disponível no país, tendo assim menos custos para obtenção. A Usina Hidrelétrica de Salto Pilão ocupa uma grande área que teve de ser desmatada para a implantação dela, promovendo a morte de vários indivíduos de várias espécies e a perda de seu habitat para uma construção de larga escala, tanto na parte terrestre como a aquática. Foram usadas técnicas para alterar momentaneamente o fluxo de água para algumas construções no rio, como ilustrou o instrutor da visita técnica realizada. Lemgruber de Sousa (2000) especifica que qualquer impacto se refere, à alteração de reprodução, comportamento e diminuição das espécies, o grau de desarticulação da circulação e comunicação e alteração da base econômica, e interferência na vida dos povos indígena... O grande impacto se dá pelo resíduo gerado e a área retirada, desestabilizando todo o ecossistema e suas populações. Por fim, a questão de ser uma Usina Hidrelétrica subterrânea e a construção do túnel no monte rochoso e toda a desestabilização que ocorre com qualquer obra naquele local. Pode ter sido uma melhor opção neste caso pois geralmente os rios de montanha tem alta capacidade de diluição ou oxigenação, enquanto os rios de planícies apresentam baixa capacidade. No entanto, ao longo do tempo, criam-se mais e atuais técnicas para minimizar os impactos ambientais. Neste caso, a infraestrutura, segurança do local e o modo como são realizados os procedimentos, indicam modernidade e atualização. Assim como a gestão ambiental aplicada desde o início do projeto hidrelétrico e a preocupação em ser uma usina no qual investe em projetos ajudando o meio ambiente, restaurando outros locais, conscientizando e tentando minimizar ao máximo o impacto causado. 4. REFERÊNCIAS 1) ROSA, Victor Hugo. da S. Energia elétrica renovável em pequenas comunidades no Brasil: em busca de um modelo sustentável. 2007. 440 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável)-Universidade de Brasília, Brasília, 2007. 2) DE SOUSA, Wanderley Lemgruber. Impacto ambiental de hidrelétricas: uma análise comparativa de duas abordagens. 2000. Tese de Doutorado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. 3) Fabiciack, Jair. (2017, 30 de março). Prefeito de Ibirama participa da apresentação de projetos socioambientais de Salto Pilão. Retirado de <http://www.ibirama.sc.gov.br/noticia/2440#.WUB2A2jyvIV> 4) Casadó Engenharia. Experiência Adquirida. Retirado em: <http://www.casadoengenharia.com.br/site/experiencia-adquirida/ahe-salto- pilao-192-mw-cesap>. Acesso em 13 de jun. de 2017. 5) Usina Salto Pilão. Disponível em: <http://www.usinasaltopilao.com.br/obra/andamento.asp> Acesso em 13 de jun. de 2017. http://www.casadoengenharia.com.br/site/experiencia-adquirida/ahe-salto-pilao-192-mw-cesap http://www.casadoengenharia.com.br/site/experiencia-adquirida/ahe-salto-pilao-192-mw-cesap http://www.usinasaltopilao.com.br/obra/andamento.asp
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