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Microbiologia Veterinária Estrutura e função das células microbianas Microbiologia geral - Bactérias, fungos e vírus Microbiologia veterinária - Doenças bacterianas em animais - Doenças fúngicas em animais - Doenças virais em animais Exemplo: Otite - processo inflamatório agudo ou crônico do condutor auditivo e pode ser causado por parasitas. - 80% da história da vida foi exclusivamente microbiana. - O último ancestral universal comum. - Eukarya - Exigentes em relação metabolismo e nutrientes - Isso tudo foi provocado, porque os indivíduos foram para regiões diferentes e começaram a sofrer a interferência no meio. - Não se tem capacidade de cultivar bactérias do domínio ARCHAEA em laboratório. 1: Isolamento do DNA em cada organismo. 2: Produção de cópias do gene do RNA. 3: Sequenciamento do DNA. 4: Análise da sequência obtida 5: Geração da árvore filogenética Propriedades de todas as células METABOLISMO As células captam os nutrientes do meio, realizam a sua transformação e eliminam os produtos de excreção no meio 1. Genético: replicação, transcrição, tradução. 2. Catalismo: energia, biossíntese. CRESCIMENTO Os nutrientes do meio ambiente são convertidos em novos materiais celulares para a formação de novas células. EVOLUÇÃO As células evoluem para apresentar novas propriedades biológicas. As árvores filogenéticas revelam as relações evolutivas entre as células. Propriedades de algumas células DIFERENCIAÇÃO Algumas células podem formar novas estruturas celulares, como esporos. COMUNICAÇÃO As células interagem umas com as outras por meio de mensagens químicas. INTERCÂMBIO GENÉTICO As células podem fazer intercâmbio de genes por meio de diversos mecanismos. MOTILIDADE Algumas células são capazes de realizar a autopropulsão. ESTRUTURA DAS CÉLULAS MICROBIANAS MORFOLOGIA DOS PROCARIOTOS Forma da célula: A fórmula segue a função. Cocos Bacilos Vibriões Espirilos Espiroquetas Pedunculadas a) Coccus: Estas bactérias são de forma esférica e podem ser dos seguintes tipos : - Micrococcus formas ocorrem individualmente. - Diplococcus ocorrem em grupos de dois e incluem Diplococcus (bactéria causadora de pneumonia) e Gonococcus (bactéria causadora da gonorréia). - Streptococcus formas ocorrem em longas cadeias, por exemplo, Streptococcus phyesens (bactérias causando dor de garganta). - Os estafilococos ocorrem em aglomerados irregulares que se assemelham a cachos de uvas, como o Staphylococcus aureus (causando furúnculos). b) Bacilo: Estas são bactérias em forma de bastão que ocorrem como varas únicas ou como longas cadeias de varas unidas. Causam doenças graves no homem, incluindo a tuberculose (por Mycobacterium tuberculosis), a difteria (por Corynebacterium diptheriae) e a febre tifóide (por Salmonella typhosa). c) Spirillus: Eles são menos enrolados, bactérias em forma de vírgula, por exemplo, Vibrio comma (cólera causando espirila). d) Espirochaetes: Eles são altamente enrolados como saca-rolhas e incluem bactérias causadoras de sífilis. ARRANJOS Agrupamentos de indivíduos após a divisão. Seguem um padrão uniforme. Significado para Identificação. ESTRUTURA DOS PROCARIOTOS O corpo da bactéria é basicamente do tipo procariótico. Cobertura exterior na bactéria é composta de três camadas ou seja cápsula, parede celular e membrana plasmática. Glicocálice (Cápsula): Composição: glicoproteínas e/ou polissacarídeos. Função: adesão e proteção contra dessecamento e fogocitose. A maioria dos procariontes segregam material mucilaginoso conhecido como slime, que fica no exterior da parede celular. Em alguns organismos, o lodo forma apenas um revestimento amorfo simples conhecido como camada de lodo. Em outros organismos, o lodo está presente como uma camada de espessura uniforme ao redor da célula.im calyx, casca. Este tipo de camada de lodo é chamado a cápsula (no caso de bactérias) ou uma bainha (no caso de algas azuis-verdes). Cápsulas e bainhas não têm função metabólica. Mas sabe-se que as bactérias com cápsulas não são tão facilmente destruídas pelos glóbulos brancos como as bactérias que não são encapsuladas. Cápsulas ou bainhas são compostas de polissacarídeos, polipeptídeos ou lipoproteínas ou combinações destes e freqüentemente contêm vestígios de outras substâncias. corpos poliédricos. Glicocálix: O glicocálix ou glicocálice é um envoltório externo à membrana plasmática presente em células animais e de alguns protozoários. O glicocálix consiste em uma cobertura de açúcar ligada em proteínas, com espessura de 10 a 20 nm, que envolve a célula e lhe confere proteção. Essa cobertura é constantemente renovada pelas células. É comum as células apresentarem envoltórios externos à membrana plasmática que possuem funções específicas. Os principais envoltórios são o glicocálix e a parede celular. A parede celular é encontrada em células vegetais, bactérias e fungos. Flagelo : Apêndices longos e finos - Helicoidais -Distribuídos em número variável -Proteína: flagelina 1) Atriquias 2) Taxias ● Quimiotaxia: controle de movimentos repelentes e atraentes ● Mecanismos: proteinas que sentem a presença de sustâncias - resposta a concentração Pili ou Fímbrias : Fímbrias: adesão ( várias unidades por célula) - Pili: mais longos que as fímbrias, geralmente 1 por unidade. Função: - conjugação bacteriana - adesão em bactérias patogênicas - composição: proteínas Parede celular : Junto à cápsula, existe uma parede celular rígida forte, 10 µm ou mais de espessura, em torno do corpo bacteriano, exceto um pequeno grupo de bactérias (o Mycoplasma). É composto de lipídeos comuns, proteínas, certos sais inorgânicos e aminoácidos específicos – ácido diaminopimélico (encontrado apenas em bactérias e azul – algas verdes) e um derivado de glicose chamado ácido murâmico. Embora a parede celular seja uma estrutura rígida, ela não possui as propriedades de permeabilidade da membrana plasmática, e moléculas muito grandes podem passar por ela. Em formas coloniais de algas verde-azuladas, as células adjacentes parecem se comunicar umas com as outras por meio de pontes citoplasmáticas finas chamadas plasmodesmas, que passam através da parede celular e conectam as membranas plasmáticas das duas células. Propriedades de coloração: Um cientista dinamarquês, C. Gram, em 1884, desenvolveu técnicas peculiares de coloração de bactérias. Nele, algumas bactérias ficam coradas com Gram (mistura de cristal violeta e iodo) e outras não. Assim, as bactérias podem ser chamadas de Gram positivas e Gram negativas, respectivamente, com base nas suas propriedades de coloração. As bactérias Gram-positivas são coradas com Gram e incluem Diplococcus pneumoniae, etc. Suas paredes celulares contêm polissacarídeos, mucopeptídeos, ácido teicóico e vestígios de RNA. Suas moléculas estão extensivamente ligadas, formando redes multi-moleculares complexas que fornecem força suficiente à parede celular. As bactérias gram-negativas, por outro lado, permanecem sem coloração de Gram. Suas paredes celulares são semelhantes às bactérias Gram-positivas, mas possuem, além disso, uma camada externa de lipídios complexada com proteínas e poli- sacarídeos. Mas eles não possuem ácido teicóico e RNA. Suas paredes celulares são relativamente finas e aparecem como membrana unitária no microscópio eletrônico. Ribossomos: Bactérias e Arqueas tem ribossomos semelhantes (70s), mas diferentes na composição proteica. ● Subunidades: 50S + 30S ( RNA e proteínas) ● Até 10.000 por célula. Endósporos ( estruturas de resistência): Encontrados em algumas Gram positivas: Bacillus Clostridium Sporosarcina Sporolactobacillus 10% do peso seco é ácido dipicolínico ( exclusivo de esporos): estabilização do DNA. Resistentes: ao calor, radiações, ácidos desinfetantes e lisozima. Membrana plasmática: O citoplasma da célula bacteriana é delimitado por uma membrana finasituada no interior da parede celular e chamada membrana plasmática (plasmoma ou membrana citoplasmática). A membrana plasmática tem cerca de 7,5 a 10,0 nm de espessura e consiste em duas linhas escuras paralelas, cada uma com cerca de 2,0 a 2,5 nm de espessura, separadas por um espaço de luz de 3,5 a 5,0 nm. Esta estrutura tripartida é uma ‘membrana unitária’ (JD Robertson). A membrana plasmática funciona como a barreira seletivamente permeável que serve para manter a integridade da célula. É composto de lipoproteínas e é rico em cadeias respiratórias e enzimas oxidativas. Assim, as funções mitocondriais (de células eucarióticas) são realizadas pela membrana plasmática das bactérias. A membrana plasmática bacteriana geralmente é modificada para formar várias estruturas, nomeadamente mesossomos e desmossomos. A membrana plasmática da bactéria Bacillus subtilis é invaginada no citoplasma para formar espirais complexas de membranas convolutas, chamadas mesossomos ou condroides. Os mesossomos estão associados a várias funções, como a divisão celular (são freqüentemente observadas no ponto de formação do septo), o mecanismo de transporte de elétrons da respiração, como locais de enzimas de replicação de DNA. Eles também ajudam na distribuição dos cromossomos filhos, ou seja, DNA para as células bacterianas filhas. Em bactérias aeróbicas, enzimas são encontradas ligadas à membrana plasmática. Algumas bactérias aeróbias têm complexos infoldings de membrana plasmática chamados condroides que aumentam a área superficial da membrana. Outra modificação é desmossoma quando a membrana plasmática afunda no citoplasma, formando estruturas multicamadas, como encontrado em Thiovulvum majus. Citoplasma: É denso, coloidal e contém grânulos de glicogênio, proteínas e gorduras, além de poli (ácido hidroxibutírico, granulina (polímero de glicose), volutina e enxofre. Algumas bactérias fotossintéticas possuem cromatóforos com bacterioclorofila O citoplasma não possui organelas celulares limitadas pela membrana. como mitocôndrias, complexo de Golgi, retículo endoplasmático, lisossomas, centríolos, etc. Por outro lado, o citoplasma bacteriano é caracterizado pela presença de grânulos livres de elétrons altamente densos, os ribossomos (não ligados a ER como encontrados em eucariotos) do tipo 70S (isto é, eles sedimentam em 70 Svedberg em oposição a SOS). Alguns ribossomos também estão ligados ao lado citoplasmático da membrana plasmática. Nas algas verde-azuladas, os ribossomos estão concentrados na região central do citoplasma em íntimo contato com as fibras do DNA, mas os ribossomos também são encontrados em outras áreas da célula em menor concentração. Cada ribossoma bacteriano é constituído por duas subunidades, 30S e 50S, e contém um pouco mais de RNA (65 por cento) do que proteínas (35 por cento) em comparação com os ribossomos eucarióticos. Durante a síntese protéica, as subunidades ribossômicas 30S e 50S se associam à formação de ribossomos 70S. Além disso, os ribossomos 70S são vistos formando grupos chamados polissomos ou polirribossomos. Material nuclear: O interior do citoplasma contém uma região nuclear clara ou nucleóide, corpo da cromatina, genóforo ou especialmente em algas azuis-verdes, a região nucleoplásmica. Nucleóide consiste em uma massa de fibras irregularmente dobradas, 2 a 5 nm de espessura. Esta substância fibrosa é formada por uma única molécula circular de ácido desoxirribonucleico (DNA). Em E. coli tem cerca de 1 nm de comprimento quando desenrolada. Este DNA contém toda a informação genética do organismo. Ele fica livre no protoplasma e não é separado por um envelope nuclear, como encontrado em células eucarióticas. O DNA não possui proteína associada a ele, característica das células eucarióticas. Outras estruturas: Muitas bactérias consistem em conseqüências celulares semelhantes a chicotes, chamadas de flagelos, destinadas ao movimento. Os flagelos têm 10 a 20 nm de diâmetro e podem ser muito longos, até cerca de 20 µm. Às vezes, eles são localizados em uma ou ambas as extremidades da célula. O flagelo é composto por três partes: filamento, gancho e corpo basal. O filamento é composto de fibras paralelas enroladas umas sobre as outras para formar uma estrutura cilíndrica com um centro oco. Cada fibra é composta por uma proteína flagelina. Estes flagelos são mais comuns em bactérias em forma de bastonete. O gancho penetra na parede celular e conecta o filamento ao corpo basal. O corpo basal liga o gancho e o filamento à célula. Da mesma forma, algumas bactérias contêm excrescências extracelulares semelhantes a pêlos – pílulas ou fímbrias, destinadas à fixação. Estes são compostos de subunidades helicoidais de proteína pilina. O citoplasma das células procarióticas também contém vacúolos gass, grânulos de volutina (grânulos de polifosfato), grânulos de glicogênio, gotículas lipídicas. Leticia Nascimento Ferreira
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