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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104 Aula 3 - 17/08 Himenolepíase ❖ Filo: platyhelminthes (Platelmintos - vermes achatados dorsoventralmente); ❖ Classe: cestoda (corpo alongado em forma de fita e segmentado); ❖ Ordem: cyclophillida; ❖ Família: hymenolepididae; ❖ Espécie: hymenolepis nana (taenia anã). ❖ São parasitos exclusivamente humanos; ❖ Os ovos são dispersos facilmente em ambientes fechados e coletivos; ❖ Ocorre com mais frequência em crianças; Características Gerais ❖ É formado por 3 regiões: cabeça/escólex, colo/pescoço e estróbilo (constituído por proglotes); ❖ É um verme hermafrodita, que permite uma grande capacidade reprodutiva; ❖ Eles não possuem sistema digestivo, por isso só conseguem viver no intestino delgado, principalmente no íleo, de seres humanos, onde possuem disponibilidade de nutrientes. Podem provocar desnutrição, aumento do apetite e perda de peso no hospedeiro; ❖ Utilizam como fonte energética, principalmente, carboidratos e lipídeos; ❖ A maioria dos cestódeos são heteroxênicos, ou seja, realizam o ciclo passando pelos 2 hospedeiros. Mas, ele é exceção, seu ciclo é basicamente monoxênico, mas pode se comportar como heteroxênico. Por isso, é capaz de infectar muitos indivíduos em ambientes coletivos, como creches, enfermarias, escolas; ❖ Possui uma grande capacidade reprodutiva para dar suporte ao ciclo biológico; ❖ Escólex dotado de 4 ventosas e coroa de ganchos para se manter fixo na parede do intestino delgado - não tem boca; ❖ Colo/pescoço é uma região proliferativa, se o verme perder apenas o estróbilo ela consegue se regenerar; ❖ Os proglotes possuem os aparelhos reprodutores feminino e masculino, responsáveis pela reprodução assexuada do verme. Depois que eles amadurecem, se tornam grávidos e ficam cheias de ovos para serem eliminados com as fezes para o meio externo; ❖ O ovo possui uma membrana interna e outra externa. Entre elas há um espaço em que estão contidos os filamentos colares. No interior do ovo tem uma larva chamada de oncosfera; Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104 ❖ Tamanho: 2 a 10 cm de comprimento - é pequeno; ❖ Os ovos vivem 10 dias no meio externo; ❖ A oncosfera precisa passar no ácido do estômago para ser ativada (eclodir o ovo); Ciclo Biológico ❖ As larvas/oncosferas possuem 6 ganchos, quando eclodem do ovo no intestino delgado elas conseguem se instalar na mucosa, destruindo as células epiteliais e invadindo a lâmina própria, podendo causar ação traumática, úlceras no hospedeiro (em cargas parasitárias altas); ❖ Quando essas larvas entram em contato com a fisiologia da lâmina própria vão se transformar em uma larva cisticercóide. Agora ela precisa retornar ao lúmen do intestino, para isso vai abrir passagem através do epitélio intestinal e vai se fixar através da cabeça e virar verme adulto; ❖ RESUMO: Os ovos são eliminados junto com as fezes humanas a partir da consolidação dos adultos, dessa forma irão contaminar o ambiente. O ovo eliminado vai ser ingerido pelo mesmo ser humano que o eliminou ou por outro, vão passar intactos pelo estômago e chegando ao intestino delgado são liberadas as oncosferas. Cerca de 4 dias elas vão invadir o epitélio intestinal e vão se alojar na lâmina própria e agora viram larvas cisticercóides. Depois de 10 a 12 dias os cisticercóides vão fazer o caminho contrário, em direção ao lúmen do intestino, se fixando e dando origem aos vermes adultos; ❖ H. nana tem hospedeiros paratênicos (de transporte): besouros e pulgas - disseminadores da larva cisticercóide, a pessoa infectada já ingere essa larva e ela já dá origem ao adulto (é bem mais rápido); ❖ Pode ocorrer autoinfecção interna e externa; ● Autoinfecção externa: ingerir os ovos que saíram com suas fezes e você colocou a mão, infectou e levou a boca; ● Autoinfecção interna: ovos acumulados no canal anal pode eclodir e voltar ao intestino e começar um novo ciclo; ❖ Cada proglote: produz cerca de 100 a 200 ovos; ❖ Liberação de ovos: 30 dias após infecção; ❖ Todo o ciclo: dura 1 mês/30 dias; ❖ Os vermes adultos vivem em torno de 14 dias, mas podem viver até 6 meses. Isso vai depender da carga viral, se for alta eles tendem a viver menos, mas se for baixa tendem a viver mais; ❖ Doenças das mãos sujas: coloca a mão no chão, se contamina e coloca na boca ingerindo e adquirindo a verminose (crianças, principalmente); 2 Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104 Patogenia ❖ A infecção é maior em crianças (1 ano a 10 anos) que em adultos: a resistência aumenta depois da puberdade; ❖ Distúrbios gastrintestinais: carga parasitária alta em crianças menores de 10 anos; ❖ Sintomas: emagrecimento (ação espoliativa), congestão e ulcerações da mucosa, diarréia, dor abdominal, náuseas e vômitos (os 4 últimos não são tão frequentes); ❖ Indiretamente pode provocar anemia por déficit nutricional e má absorção por causa do edema; ❖ Eventualmente pode provocar prurido na região anal, mas não é tão frequente; Diagnóstico ❖ Clínico: através da sintomatologia e anamnese; ❖ Laboratorial: parasitológico de fezes - ovos nas fezes; Tratamento ❖ Praziquantel em dose única (25mg/kg de peso); 3 Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104 ❖ Niclosamida em dose única de 2 gramas; ❖ Só matam os adultos, não atingem os ovos e nem as larvas; ❖ Espera uns 10 a 12 dias após a primeira dose e fornece mais uma dose do medicamento para o indivíduo. Depois de 15 dias da segunda dose é prudente oferecer mais 1 dose para o indivíduo; Profilaxia ❖ Diagnosticar e tratar todos os parasitados; ❖ Implementar quimioprofilaxia familiar; ❖ Higienizar frutas, verduras e legumes antes do consumo (lavar, deixar de molho em 1 colher de chá de água sanitária para 1 litro de água por 15 a 20 minutos e depois lavar novamente); ❖ Higienizar as mãos após o uso do sanitário e antes das refeições; ❖ Descartar corretamente fraldas; ❖ Cuidados com a higiene em ambientes coletivos como creches; ❖ Adotar medidas de sanitização; ❖ Controle de insetos como besouros e pulgas; 4
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