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prostata e bexiga anat

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Allycia Jamylle Nogueira de Mello Anatomia P4 - UCX 
Próstata e Bexiga Urinária 
• Próstata 
A próstata é uma glândula única do sistema reprodutor 
masculino. É encontrada inferiormente à bexiga e é 
atravessada pela uretra. 
- é um órgão pélvico, ímpar, situado inferiormente à 
bexiga e atravessado em toda sua extensão pela parte 
prostática da uretra. Consiste principalmente de 
musculatura lisa e tecido fibroso, mas contém também 
glândulas. 
- A capsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular, 
incorporando os plexos prostáticos de veias e nervos. 
Tudo isso é circundado pela fáscia visceral da pelve, que 
forma uma bainha prostática fibrosa que é fina 
anteriormente, contínua anterolateralmente com os 
ligamentos puboprostáticos, e densa posteriormente 
onde se funde ao septo retovesical. 
- A próstata é uma glândula única em forma de rosca, aproximadamente do tamanho de uma 
bola de golfe. Ela mede cerca de 4 cm de um lado a outro, aproximadamente 3 cm de cima a 
baixo, e cerca de 2 cm de anterior a posterior. Encontra-se inferiormente à bexiga urinária e 
circunda a parte prostática da uretra. 
- Na próstata descreve-se uma base, 
superior, e um ápice, anterior e inferior, 
além de lobos, direito, esquerdo e médio. 
Este último é a parte da próstata que se 
projeta internamente a partir da parte 
superior da face posterior do órgão. 
Estruturalmente, no entanto, ele é 
inseparável dos lobos laterais. 
A próstata tem: 
− Uma base intimamente relacionada 
ao colo da bexiga 
− Um ápice que está em contato com 
a fáscia na face superior dos músculos esfíncter da uretra e transverso profundo do períneo. 
− Uma face anterior muscular, cuja maioria das fibras musculares é transversal e forma um 
hemiesfíncter vertical, semelhante a uma depressão (rabdoesfíncter), que é parte do 
músculo esfíncter da uretra. A face anterior é separada da sínfise púbica pela gordura 
retroperitoneal no espaço retropúbico. 
− Uma face posterior relacionada com a ampola do reto. 
− Faces inferolaterais relacionadas com o músculo levantador do ânus. 
A descrição tradicional da próstata inclui os lobos a seguir, embora não sejam bem distintos do 
ponto de vista anatômico: 
− O istmo da próstata situa-se anteriormente à uretra. É fibromuscular, e as fibras musculares 
representam a continuação superior do músculo esfíncter externo da uretra para o colo da 
bexiga, e contém pouco ou nenhum tecido glandular. 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/bexiga-e-uretra
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− Os lobos direito e esquerdo da próstata, separados anteriormente pelo istmo e 
posteriormente por um sulco longitudinal central e pouco profundo, podem ser subdivididos, 
cada um, para fins descritivos, em quatro lóbulos indistintos, definidos por sua relação com 
a uretra e os ductos ejaculatórios, e — embora menos visível — pelo arranjo dos ductos e 
tecido conjuntivo: 
(1) Um lóbulo inferoposterior situado posterior à uretra e inferior aos ductos ejaculatórios. Esse 
lóbulo constitui a face da próstata palpável ao exame retal digital. 
(2) Um lóbulo inferolateral diretamente lateral à uretra, que forma a maior parte do lobo direito 
ou esquerdo. 
(3) Um lóbulo superomedial, situado profundamente ao lóbulo inferoposterior, circundando o 
ducto ejaculatório ipsilateral. 
(4) Um lóbulo anteromedial, situado profundamente ao lóbulo inferolateral, diretamente lateral 
à parte prostática proximal da uretra. 
 
Um lobo médio (mediano) dá origem a (3) e (4) anteriores. Essa região tende a sofrer hipertrofia 
induzida por hormônio na idade avançada, formando um lóbulo médio situado entre a uretra e 
os ductos ejaculatórios e próximo do colo da bexiga. Acredita-se que o aumento do lobo médio 
seja ao menos parcialmente responsável pela formação da úvula que pode se projetar para o 
óstio interno da uretra (Figura 3.30). 
Alguns médicos, principalmente urologistas e ultrassonografistas, dividem a próstata em zonas 
periférica e central (interna). A zona central é comparável ao lobo médio. 
Os ductos prostáticos (20 a 30) se abrem principalmente nos seios prostáticos, situados de cada 
lado do colículo seminal na parede posterior da parte prostática da uretra. O líquido prostático, 
fino e leitoso, representa aproximadamente 20% do volume do sêmen (uma mistura de secreções 
produzidas pelos testículos, glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais que constitui o 
veículo no qual os espermatozoides são transportados) e participa da ativação dos 
espermatozoides. 
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- Na puberdade suas dimensões aumentam rapidamente e aos 25 anos tem 27 mm no seu eixo 
vertical, 40 mm no seu eixo máximo transversal e 35 mm no seu eixo máximo sagital, pesando 25 g. 
No idoso, é comum aumento irregular patológico, causando dificuldade de esvaziamento da 
bexiga urinária. 
- Em virtude de estar situada anteriormente ao reto, a próstata é palpável, in vivo, pelo toque retal, 
um exame importante para o diagnóstico de afecções da próstata. O câncer da próstata é um 
dos mais frequentes no homem e o diagnóstico precoce é fundamental para a cura. 
 Função 
A função da próstata é produzir um fluido que é secretado na uretra durante a ejaculação, função 
esta que é auxiliada pelas outras glândulas reprodutivas acessórias, isto é, a vesícula seminal e a 
glândula bulbouretral (glândula de Cowper). As secreções das glândulas acessórias do aparelho 
reprodutor masculino fluem para a parte prostática da uretra através do ducto ejaculatório. 
Juntamente com os espermatozóides, elas formam o sêmen. 
A próstata secreta um líquido leitoso e ligeiramente ácido (pH de aproximadamente 6,5) que 
contém diversas substâncias. (1) O ácido cítrico do líquido prostático é usado pelos 
espermatozoides para a produção de ATP por meio do ciclo de Krebs. (2) Várias enzimas 
proteolíticas, como o antígeno prostático específico (PSA), pepsinogênios, lisozima, amilase e 
hialuronidase, que por fim quebram as proteínas de coagulação das glândulas seminais. (3) A 
função da fosfatase ácida secretada pela próstata é desconhecida. (4) A plasmina seminal do 
líquido prostático é um antibiótico que pode destruir as bactérias. A plasmina seminal pode ajudar 
a diminuir a quantidade de bactérias que ocorrem naturalmente no sêmen e no sistema genital 
inferior da mulher. As secreções da próstata entram na parte prostática da uretra por meio de 
diversos canais prostáticos. As secreções prostáticas constituem aproximadamente 25% do volume 
do sêmen e contribuem para a motilidade e viabilidade dos espermatozoides. (TORTORA) 
 Suprimento sanguíneo e inervação 
A próstata recebe suprimento sanguíneo através de 
ramos da artéria pudenda interna, da artéria vesical 
inferior e das artérias retais médias. 
A inervação é realizada pelas fibras parassimpáticas dos 
nervos esplâncnicos pélvicos através do plexo prostático 
e fibras simpáticas do plexo hipogástrico inferior. 
(https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-
reprodutor-masculino) 
- As artérias prostáticas são principalmente ramos da 
artéria ilíaca interna, sobretudo as artérias vesicais 
inferiores, mas também a artéria pudenda interna e retal 
média. 
- As veias se unem para formar um plexo ao redor das 
laterais e da base da próstata. Esse plexo venoso 
prostático, situado entre a cápsula fibrosa da próstata e 
a bainha prostática, drena paras as veias ilíacas internas. 
O plexo venoso prostático é contínuo superiormente 
com o plexo venoso vesical e comunicam-se posteriormente com o plexo venoso vertebral interno. 
O ducto deferente, as glândulas seminais, os ductos ejaculatórios e a próstata são ricamente 
inervados por fibras nervosas simpáticas. As fibras simpáticas pré-ganglionares originam-se de 
corpos celulares na coluna intermédia de células dos segmentos T12–L2 (ou L3) da medula espinal. 
Atravessam os gângliosparavertebrais dos troncos simpáticos para se tornarem componentes dos 
nervos esplâncnicos lombares (abdominopélvicos) e dos plexos hipogástricos e pélvicos. As fibras 
parassimpáticas pré-ganglionares dos segmentos S2 e S3 da medula espinal atravessam os nervos 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-reprodutor-masculino
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esplâncnicos pélvicos, que também se unem aos plexos hipogástricos/pélvicos inferiores. As 
sinapses com neurônios simpáticos e parassimpáticos pós-ganglionares ocorrem nos plexos, no 
trajeto para as vísceras pélvicas ou perto delas. Durante um orgasmo, o sistema simpático estimula 
a contração do músculo esfíncter interno da uretra para evitar a ejaculação retrógrada. 
Ao mesmo tempo, estimula contrações peristálticas rápidas do ducto deferente, e a contração e 
secreção associadas das glândulas seminais e da próstata que garantem o veículo (sêmen) e a 
força expulsiva para liberar os espermatozoides durante a ejaculação. A função da inervação 
parassimpática dos órgãos genitais internos é obscura. No entanto, as fibras parassimpáticas que 
atravessam o plexo nervoso prostático formam os nervos cavernosos que seguem até os corpos 
eréteis do pênis, responsáveis pela ereção peniana. 
 
 
 
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• Bexiga Urinária 
- é um órgão muscular liso. Ela armazena temporariamente a urina proveniente dos rins através 
dos ureteres até que o corpo esteja preparado para a excretar através da uretra. 
- Uma víscera oca que tem fortes paredes musculares, é caracterizada por sua distensibilidade. 
- É um reservatório temporário de urina e varia em tamanho, formato, posição e relações de 
acordo com seu conteúdo e com o estado das vísceras adjacentes. 
- É separada desses ossos pelo espaço retropúbico (de Retzius) virtual e situa-se principalmente 
inferior ao peritônio, apoiada sobre o púbis e a sínfise púbica anteriormente e sobre a próstata 
(homens) ou parede anterior da vagina (mulheres) posteriormente. 
- Está relativamente livre no tecido adiposo subcutâneo extraperitoneal, exceto por seu colo, que 
é fixado firmemente pelos ligamentos laterais vesicais e o arco tendíneo da fáscia da pelve, 
sobretudo seu componente anterior, o ligamento puboprostático em homens e o ligamento 
pubovesical em mulheres. 
- Nas mulheres, como a face posterior da bexiga urinária está diretamente apoiada na parede 
anterior da vagina, a fixação lateral da vagina ao arco tendíneo da fáscia da pelve, o paracolpo, 
é um fator indireto, mas importante na sustentação da bexiga urinária. 
Em lactentes e crianças pequenas, a bexiga urinária está no abdome mesmo quando vazia. Em 
geral, a bexiga urinária entra na pelve maior aos 6 anos de idade; entretanto, só depois da 
puberdade está completamente localizada na pelve menor. A bexiga urinária vazia no adulto 
situa-se quase toda na pelve menor, estando sua face superior no mesmo nível da margem 
superior da sínfise púbica. À medida que se enche, a bexiga urinária entra na pelve maior 
enquanto ascende no tecido adiposo extraperitoneal da parede abdominal anterior. Em alguns 
indivíduos, a bexiga urinária cheia pode chegar até o nível do umbigo. 
Ao fim da micção, a bexiga urinária de um adulto normal praticamente não contém urina. 
Quando vazia, a bexiga urinária tem um formato quase tetraédrico (Figura 3.28B) e externamente 
tem ápice, corpo, fundo e colo. As quatro superfícies da bexiga urinária (superior, duas 
inferolaterais e posterior) são mais aparentes na bexiga urinária vazia e contraída que foi removida 
de um cadáver, quando o órgão possui o formato semelhante ao de um barco. 
- O músculo detrusor constitui a parede da bexiga, ele forma o esfíncter interno da uretra em torno 
do colo da bexiga. O músculo detrusor contrai em torno dos orifícios ureterais quando a bexiga 
contrai de forma a prevenir refluxo vesicoureteral (refluxo de urina para os ureteres). 
Reflexo de micção 
O reflexo de micção é um reflexo que permite o ato fisiológico da micção quando a bexiga está 
cheia. À medida que a bexiga se enche com urina, a pressão dentro da bexiga aumenta 
lentamente até que se atinja o ponto máximo. Isto traduz-se na necessidade de urinar, sentida 
pela medula espinhal através do plexo hipogástrico inferior. A medula espinhal envia em seguida 
sinais através do mesmo plexo que causam a contração do músculo detrusor e o relaxamento do 
esfíncter interno da uretra. O córtex cerebral consegue sobrepor-se a este reflexo, controlando 
voluntariamente o relaxamento do esfíncter externo da uretra. Isto é especialmente relevante, pois 
permite que uma pessoa possa adiar a micção até que se encontre numa situação socialmente 
adequada para o fazer. 
 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-medula-espinhal
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cortex-cerebral
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Allycia Jamylle Nogueira de Mello Anatomia P4 - UCX 
 
− O ápice da bexiga aponta em direção à margem superior da sínfise púbica quando a 
bexiga urinária está vazia. 
− O fundo da bexiga é oposto ao ápice, formado pela parede posterior um pouco convexa. 
− O corpo da bexiga é a parte principal da bexiga urinária entre o ápice e o fundo. O fundo 
e as faces inferolaterais encontram-se inferiormente no colo da bexiga. 
− Os óstios do ureter e o óstio interno da uretra estão nos ângulos do trígono da bexiga. Os 
óstios do ureter são circundados por alças do músculo detrusor, que se contraem quando 
a bexiga urinária se contrai para ajudar a evitar o refluxo de urina para o ureter. 
− A úvula da bexiga é uma pequena elevação do trígono; geralmente é mais proeminente 
em homens idosos em razão do aumento do lobo posterior da próstata. 
 Suprimento sanguíneo e inervação 
As principais artérias que irrigam a bexiga urinária são ramos das artérias ilíacas internas. As artérias 
vesicais superiores irrigam as partes anterossuperiores da bexiga urinária. Nos homens, as artérias 
vesicais inferiores irrigam o fundo e o colo da bexiga. Nas mulheres, as artérias vaginais substituem 
as artérias vesicais inferiores e enviam pequenos ramos para as partes posteroinferiores da bexiga 
urinária. As artérias obturatória e glútea inferior também enviam pequenos ramos para a bexiga 
urinária. 
As veias que drenam a bexiga urinária correspondem às artérias e são tributárias das veias ilíacas 
internas. Nos homens, o plexo venoso vesical é contínuo com o plexo venoso prostático, e o 
conjunto de plexos associados envolve o fundo da bexiga e a próstata, as glândulas seminais, os 
ductos deferentes e as extremidades inferiores dos ureteres. Também recebe sangue da veia 
dorsal profunda do pênis, que drena para o plexo venoso prostático. O plexo venoso vesical é a 
rede venosa que tem associação mais direta à própria bexiga urinária. Drena principalmente 
através das veias vesicais inferiores para as veias ilíacas internas; entretanto, pode drenar através 
das veias sacrais para os plexos venosos vertebrais internos. Nas mulheres, o plexo venoso vesical 
envolve a parte pélvica da uretra e o colo da bexiga, recebe sangue da veia dorsal do clitóris e 
comunica-se com o plexo venoso vaginal ou uterovaginal. 
As fibras simpáticas são conduzidas dos níveis torácico inferior e lombar superior da medula espinal 
até os plexos vesicais (pélvicos), principalmente através dos plexos e nervos hipogástricos, 
Allycia Jamylle Nogueira de Mello Anatomia P4 - UCX 
enquanto as fibras parassimpáticas dos níveis sacrais da medula espinal são conduzidas pelos 
nervos esplâncnicos pélvicos e pelo plexo hipogástrico inferior. As fibras parassimpáticas são 
motoras para o músculo detrusor e inibitórias para o músculo esfíncterinterno da uretra na bexiga 
urinária masculina. Portanto, quando as fibras aferentes viscerais são estimuladas por estiramento, 
ocorre contração reflexa da bexiga urinária, relaxamento do músculo esfíncter interno da uretra 
(nos homens) e a urina flui para a uretra. Com treinamento, nós aprendemos a suprimir esse reflexo 
quando não desejamos urinar. A inervação simpática que estimula a ejaculação causa 
simultaneamente a contração do músculo esfíncter interno da uretra para evitar refluxo de sêmen 
para a bexiga urinária. Uma resposta simpática em outros momentos diferentes da ejaculação (p. 
ex., constrangimento ao estar no mictório na frente de uma fila de espera) pode causar contração 
do músculo esfíncter interno, prejudicando a capacidade de urinar até que haja inibição 
parassimpática do esfíncter. As fibras sensitivas da maior parte da bexiga urinária são viscerais; as 
fibras aferentes reflexas seguem o trajeto das fibras parassimpáticas, do mesmo modo que aquelas 
que transmitem sensações de dor (como a resultante da hiperdistensão) da parte inferior da 
bexiga urinária. A face superior da bexiga urinária é coberta por peritônio e, portanto, está acima 
da linha de dor pélvica; assim as fibras de dor da parte superior da bexiga urinária seguem as fibras 
simpáticas retrogradamente até os gânglios sensitivos de nervos espinais torácicos inferiores e 
lombares superiores (T11–L2 ou L3).

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