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ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE | PROFESSORA ANA LARISSA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO SUS CONSTITUIC ̧ÃO FEDERAL, ARTIGOS 196 AO 200 o 196 – Saúde é direito de todos e dever do Estado o 197 – Saúde é de releva ̂ncia pública (regulamentar, fiscalizar e controlar) o 198 – Princípios do SUS e financiamento o 199 – Atuac ̧ão do setor privado no SUS o 200 – atribuições do SUS ART . 196 . A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econo ̂micas que visem à reduc ̧ão do risco de doenc ̧a e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ac ̧ões e servic ̧os para sua promoc ̧ão, protec ̧ão e recuperac ̧ão. ART . 197 . São de releva ̂ncia pública as ac ̧ões e servic ̧os de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentac ̧ão, fiscalizac ̧ão e controle, devendo sua execuc ̧ão ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. ART . 198 . As ac ̧ões e servic ̧os públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralizac ̧ão, com direc ̧ão única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos servic ̧os assistenciais; III - participac ̧ão da comunidade. ART . 199 . A assiste ̂ncia à saúde é livre à iniciativa privada. § 1o - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo prefere ̂ncia as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. § 2o - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. § 3o - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assiste ̂ncia à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. § 4o - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercializac ̧ão. ART . 200 . Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuic ̧ões, nos termos da lei: I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substa ̂ncias de interesse para a saúde e participar da produc ̧ão de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE | PROFESSORA ANA LARISSA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO II - executar as ac ̧ões de vigila ̂ncia sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; III - ordenar a formac ̧ão de recursos humanos na área de saúde; IV - participar da formulac ̧ão da política e da execuc ̧ão das ac ̧ões de saneamento básico; V - incrementar em sua área de atuac ̧ão o desenvolvimento científico e tecnológico; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; VII - participar do controle e fiscalizac ̧ão da produc ̧ão, transporte, guarda e utilizac ̧ão de substa ̂ncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII - colaborar na protec ̧ão do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. LE I N 8 .080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providencias Regula, em todo o território nacional, as ac ̧ões e servic ̧os de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado" Art.3o “A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educac ̧ão, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e servic ̧os essenciais”. PR INC ÍP IOS DO SUS Doutrinários: integralidade, universalidade e equidade Organizativos e operacionais: participação popular, regionalização e hierarquização, descentralização DECRETO NO 7 .508, DE 28 DE JUNHO DE 2011 . Atual legislação do SUS Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organizac ̧ão do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assiste ̂ncia à saúde e a articulac ̧ão interfederativa, e dá outras provide ̂ncias. ORGANIZAÇÃO DO SUS O SUS é constituído pela conjugac ̧ão das ac ̧ões e servic ̧os de promoc ̧ão, protec ̧ão e recuperac ̧ão da saúde executados pelos entes federativos, de forma direta ou indireta, mediante a participac ̧ão complementar da iniciativa privada, sendo organizado de forma regionalizada e hierarquizada. REG IÃO DE SAÚDE Espac ̧o geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econo ̂micas e sociais e de redes ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE | PROFESSORA ANA LARISSA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO de comunicac ̧ão e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organizac ̧ão, o planejamento e a execuc ̧ão de ac ̧ões e servic ̧os de saúde. Para ser instituída, a região de saúde deve conter, no mínimo, servic ̧os de: I - atenc ̧ão primária; II - urge ̂ncia e emerge ̂ncia; III - atenc ̧ão psicossocial; IV - atenc ̧ão ambulatorial especializada e hospitalar; V- vigila ̂ncia em saúde PORTA DE ENTRADA Servic ̧os de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS. São Portas de Entrada às ac ̧ões e aos servic ̧os de saúde nas Redes de Atenc ̧ão à Saúde os servic ̧os: o de atenc ̧ão primária; o de atenc ̧ão de urge ̂ncia e emerge ̂ncia; o de atenc ̧ão psicossocial; o especiais de acesso aberto. Ascendente e integrado, do nível local até o federal, ouvidos os respectivos Conselhos de Saúde. MAPA DA SAÚDE Descric ̧ão geográfica da distribuic ̧ão de recursos humanos e de ac ̧ões e servic ̧os de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do sistema ASS ISTÊNC IA A integralidade da assistência à saúde se inicia e se completa na rede de atenção à saúde, mediante referenciamento do usuário na rede regional e interestadual, conforma pactuado nas comissões Intergestores. O acesso universal e igualitário à assiste ̂ncia farmace ̂utica pressupõe, cumulativamente: I - estar o usuário assistido por ac ̧ões e servic ̧os de saúde do SUS; II - ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, no exercício regular de suas func ̧ões no SUS; III - estar a prescric ̧ão em conformidade com a RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terape ̂uticas ou com a relac ̧ão específica complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos; ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE | PROFESSORA ANA LARISSA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO IV - ter a dispensac ̧ão ocorrido em unidades indicadas pela direc ̧ão do SUS. Comissão Intergestores Regional - CIR COAP O COAP é assinado por todos os Prefeitos e seus Secretários de Saúde, pelo Governador e seu Secretário de Saúde e pelo Ministro da Saúde. Portaria GM no 4.279 de 30 de dezembro de 2010 Estabelece diretrizes para a organizac ̧ão da Rede de Atenc ̧ão à Saúde no a ̂mbito do Sistema Único de Saúde (SUS). ELEMENTOS CONST ITUT IVOS DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE A operacionalização das RAS se dá pela interação dos seus três elementos constitutivos: população/região de saúde definidas, estrutura operacionale por um sistema lógico de funcionamento determinado pelo modelo de atenção à saúde. POPULAÇÃO E REGIÃO DE SAÚDE Para preservar, recuperar e melhorar a saúde das pessoas e da comunidade, as RAS devem ser capazes de identificar claramente a população e a área geográfica sob sua responsabilidade. A região de saúde deve ser bem definida, baseada em parâmetros espaciais e temporais que permitam assegurar que as estruturas estejam bem distribuídas territorialmente, garantindo o tempo/resposta necessário ao atendimento, melhor proporção de estrutura/população/território e viabilidade operacional sustentável. ESTRUTURA OPERACIONAL A estrutura operacional das RAS é constituída pelos diferentes pontos de atenção à saúde, ou seja, lugares institucionais onde se ofertam serviços de saúde e pelas ligações que os comunicam. Os componentes que estruturam as RAS incluem: Atenção Básica à Saúde, centro de comunicação; os pontos de atenção secundária e terciária; os sistemas de apoio; os sistemas logísticos e o sistema de governança. MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE O modelo de atenção à saúde é um sistema lógico que organiza o funcionamento das RAS, articulando, de forma singular, as relações entre a população e suas subpopulações estratificadas por riscos, os focos das intervenções do sistema de atenção à saúde e os diferentes tipos de intervenções sanitárias, definido em função da visão prevalecente da saúde, das situações demográficas e epidemiológicas e dos determinantes sociais da saúde, vigentes em determinado tempo e em determinada sociedade. Para a implantação das RAS, é necessária uma mudança no atual modelo de atenção hegemônico no SUS, ou seja, exige uma intervenção concomitante sobre as condições agudas e crônicas. ATR IBUTOS DA REDE DE ATENC ̧ÃO À SAÚDE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE | PROFESSORA ANA LARISSA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO 1. Populac ̧ão e território definidos 2. Extensa gama de estabelecimentos de saúde 3. Atenc ̧ão Básica à Saúde estruturada como primeiro nível de atenc ̧ão e porta de entrada preferencial 4. Prestac ̧ão de servic ̧os especializados em lugar adequado. 5. Existe ̂ncia de mecanismos de coordenac ̧ão, continuidade do cuidado e integrac ̧ão assistencial 6. Atenc ̧ão à saúde centrada no indivíduo, na família e na comunidade. 7. Sistema de governanc ̧a único. 8. Participac ̧ão social ampla. 9. Gestão integrada dos sistemas de apoio administrativo, clínico e logístico. 10. Recursos humanos suficientes, 11. Sistema de informac ̧ão integrado 12. Financiamento tripartite, garantido e suficiente, alinhado com as metas da rede. 13. Ac ̧ão intersetorial e abordagem dos determinantes da saúde e da equidade em saúde. 14. Gestão baseada em resultado REDE CEGONHA Componentes da Rede Cegonha o Pré-natal; o Parto e nascimento; o Puerpério e atenção integral à saúde da criança; e o Sistema logístico (transporte sanitário e regulação). A Rede Cegonha é uma estratégia lançada em 2011 pelo governo federal para proporcionar às mulheres saúde, qualidade de vida e bem estar durante a gestação, parto, pós-parto e o desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida. Tem o objetivo de reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes. A proposta qualifica os serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no planejamento familiar, na confirmação da gravidez, no pré-natal, no parto e no puerpério (28 dias após o parto). A Rede sistematiza e institucionaliza um modelo de atenção ao parto e ao nascimento que vem sendo discutido e construído no País desde a década de 80, com base no pioneirismo e na experiência de médicos e enfermeiras obstetras e neonatais, obstetrizes, parteiras doulas, acadêmicos, antropólogos, sociólogos, gestores, formuladores de políticas públicas, gestantes, grupos feministas, ativistas e instituições de saúde, dentre outros. Caderneta da Gestante A Caderneta da Gestante é um instrumento fundamental para o registro das informações de acompanhamento da gestação e deve ser parte essencial do processo de trabalho dos profissionais de saúde, sendo utilizada em todas as consultas do pré-natal. Ela é um instrumento reconhecido e inserido na rotina de pré-natal dos serviços de saúde que realizam acompanhamento das gestantes pelo SUS. As informações inseridas na caderneta apoiam o profissional no diálogo e continuidade do atendimento à gestante e nas ações de educação em saúde, além de ajudar a gestante a registrar e esclarecer dúvidas, se preparar para o parto e a amamentação, conhecer sinais de alerta e seus direitos, entre outros. A caderneta é distribuída para todo Brasil. Periodicamente ela é revista. A última atualização foi em 2016, quando a Caderneta da Gestante ganhou novos campos para registro de ocorrência de exantema e orientações para ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE | PROFESSORA ANA LARISSA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO gestantes, visando melhor identificar sinais de alerta relacionados à possível ocorrência de infecção por Zika. OBJETIVOS DA REDE CEGONHA: I - fomentar a implementação de novo modelo de atenção à saúde da mulher e à saúde da criança com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao desenvolvimento da criança de zero aos vinte e quatro meses; II - organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para que esta garanta acesso, acolhimento e resolutividade; III - reduzir a mortalidade materna e infantil, com ênfase no componente neonatal. PRINCÍPIOS DA REDE CEGONHA: I - o respeito, a proteção e a realização dos direitos humanos; II - o respeito à diversidade cultural, étnica e racial; III - a promoção da equidade; IV - o enfoque de gênero; V - a garantia dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes; VI - a participação e a mobilização social; VII - a compatibilização com as atividades das redes de atenção à saúde materna e infantil em desenvolvimento no Estado. DIRETRIZES DA REDE CEGONHA I - garantia do acolhimento com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade, ampliação do acesso e melhoria da qualidade do pré-natal; II - garantia de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro; III - garantia das boas práticas e segurança na atenção ao parto e nascimento; IV - garantia da atenção à saúde das crianças de zero a vinte e quatro meses com V - garantia de acesso às ações do planejamento reprodutivo. REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE | PROFESSORA ANA LARISSA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO