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1 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO ADALBERTO CASTRO ALAN FERNANDES VIEIRA MONTEIRO AMARILIS TRINDADE SANTOS CLAUDIO BESSA DÉBORA CASSAMASSIMO DA SILVA GRAZIELA LUCIA DA SILVA Educação, Patrimônio e Memória: A escola como meio de preservação e valorização da cultura da cidade de Carapicuíba Link para apresentação do projeto: https://youtu.be/pvTLePgCONM Link para videoaula: https://www.youtube.com/watch?v=8Rxdp5IAe5A https://youtu.be/pvTLePgCONM https://www.youtube.com/watch?v=8Rxdp5IAe5A 2 Carapicuíba - SP 2020 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Educação, Patrimônio e Memória: A escola como meio de preservação e valorização da cultura da cidade de Carapicuíba Relatório Técnico - Científico apresentado na disciplina de Projeto Integrador IV para o curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Mediador: Ricardo Pinto Ferreira 2 Carapicuíba - SP 2020 CASTRO, Adalberto; MONTEIRO, Alan Fernandes Vieira; SANTOS, Amarilis Trindade; BESSA, Claudio; SILVA, Débora Cassamassimo, SILVA, Graziela Lucia; FERREIRA, Ricardo Pinto. Educação, Patrimônio e Memória: A escola como meio de preservação e valorização da cultura da cidade de Carapicuíba. Relevâncias das construções do conhecimento em sala de aula no contexto histórico-geográfico. 001f. Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Mediador: Ricardo Pinto Ferreira. Polo Carapicuíba, 2020. RESUMO É notório que um Patrimônio Histórico faz parte da identidade e da memória coletiva ou individual, bem como da formação da identidade de um povo, quanto às suas características, costumes, seu comportamento, além de ser um registro fundamental para seus sucessores. Tem o referido projeto o objetivo de investigação e esclarecimentos junto aos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental sobre conceitos escolares importantes relacionados aos temas povos e culturas, tempo e lugar no contexto histórico e geográfico, destacando-se a importância do estudo e preservação de um importante patrimônio histórico na cidade de Carapicuíba. O patrimônio escolhido para análise, que constitui o principal objeto dessa pesquisa, foi a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba, localizada no mesmo bairro que se originou a partir de seu nome, distante a aproximadamente 8,5mk do Centro de Carapicuíba. A escolha levou em consideração que tal local representa um marco histórico do início de nossa colonização a partir da população predominantemente Jesuítica que habitavam nessa região e a compreensão das transformações ocorridas no espaço geográfico no núcleo da Aldeia e em seu entorno através dos tempos, procurando demonstrar aos alunos a importância da memória coletiva e individual na formação de uma sociedade e como a preservação influencia diretamente em uma reinterpretação sobre novos olhares históricos. A relevância desse projeto se pauta na importância de demonstrar aos educadores a necessidade de estar atento às construções do conhecimento dos alunos a partir 8 de um contexto histórico geográfico dos patrimônios históricos e culturais que se situam ao seu redor. PALAVRAS-CHAVE: Patrimônio Histórico e Cultural; tempo, espaço, lugar; povos, LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1- Sede do Iphan em São Paulo 15 FIGURA 2- Vista parcial da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba 22 FIGURA 3- Casa da Cultura na Aldeia Jesuítica de Carapicuíba 23 FIGURA 4- Igreja da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba 23 FIGURA 5- Igreja da Aldeia Jesuítica de Carapicuiba Atualmente 24 FIGURA 6- Foto do entorno da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba 24 FIGURA 7 - Foto do entorno da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba 25 FIGURA 8 – Imagem satélite da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba 25 FIGURA 9 - Imagem do entorno da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba 26 https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit 9 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 – Alunos que já ouviram falar sobre Patrimônio Histórico e Cultural 28 GRÁFICO 2 – Alunos que sabem o que é um Patrimônio Histórico e Cultural 28 GRÁFICO 3 – Alunos que sabem em qual disciplina se estuda sobre Patrimônio 29 GRÁFICO 4 – Alunos que sabem qual órgão cuida dos Patrimônios Históricos 30 GRÁFICO 5 – Alunos que sabem se há Patrimônio Histórico em Carapicuíba 30 GRÁFICO 6 – Alunos que já ouviram falar da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba 31 GRÁFICO 7 – Alunos que já visitaram a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba 32 GRÁFICO 8 – Alunos que foram a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba 32 GRÁFICO 9 – Alunos que sabem quantos anos tem a Aldeia de Carapicuíba 33 GRÁFICO 10 – Alunos que opinaram sobre as construções da Aldeia 34 https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit 10 SUMÁRIO SUMÁRIO 10 1. INTRODUÇÃO 11 1.1 Problema 12 1.2 Objetivos 12 1.2.1. Objetivos Gerais ...........................................................................13 1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................13 1.3 Justificativa 13 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................142.1. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador ........................18 3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS 18 4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 19 5. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS...............................................................................26 6. METODOLOGIA......................................................................................................27 7. MÉTODOS EMPREGADOS....................................................................................27 8.TÉCNICA..................................................................................................................27 9. ANALISE DO QUESTIONÁRIO...............................................................................27 10. PLANO DE INTERVENÇÃO..................................................................................34 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................35 12. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................................37 7. APÊNDICES............................................................................................................39 8. ANEXOS .................................................................................................................42 8.1. Anexos A .......................................................................................................42 8.2. Anexos B........................................................................................................44 11 1. INTRODUÇÃO O presente projeto tem como objeto a investigação junto aos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, sobre quais conhecimentos se apropriaram ao longo de sua vida escolar relacionados à preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de uma cidade, com ênfase no estudo de um importante patrimônio histórico na cidade de Carapicuíba, a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba, abordando ainda os conceitos de povos e culturas, tempo e lugar dentro no contexto histórico geográfico, relacionados aos povos que ali habitavam e as transformações que ocorreram desde a fundação da Aldeia, objeto de estudo até os dias atuais. Pretende-se ainda demonstrar aos alunos que existem organismos de fiscalização e preservação dos patrimônios históricos, bem como procedimentos para fins de tombamento dos patrimônios históricos, além de leis e decretos responsáveis pelo acervo histórico e cultural de uma sociedade. Abordar junto aos alunos a diferença entre Patrimônio Histórico e Patrimônio Cultural e as transformações sobre o conceito de Patrimônio Histórico ao longo do tempo, bem como o estudo e compreensão sobre Tombamento de um prédio, uma área ou espaço seja ele público ou particular, no sentido de preservação não somente no aspecto estético, como também memória da história. Esse projeto se concretiza na proposta da Educação Patrimonial, numa perspectiva pedagógica que visa a um processo de valorização, conhecimento e preservação do patrimônio cultural de nossa sociedade. Tendo como pressupostos a orientação metodológica para o trabalho com a Educação Patrimonial expresso no Guia Básico do tema, elaborado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), os quais permitem se pensar em práticas a serem realizadas na escola, serão apresentados os principais fatores que ainda mantêm uma visão parcial acerca da amplitude do tema. A relevância desse projeto se pauta na importância de demonstrar ao aluno a necessidade de estar atento às construções do conhecimento a partir de um contexto histórico geográfico dos patrimônios históricos e culturais que se situam ao seu redor. Situando a perspectiva da Educação Patrimonial no trabalho da escola, destacam-se aspectos que indicam e possibilitam a inserção de temas relativos ao 12 patrimônio cultural nos currículos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN – Lei 9394/96) indica, em seu artigo 26, que a parte diversificada dos currículos do ensino fundamental e médio deve observar as características regionais e locais da sociedade e da cultura (apud ORIÁ, s.d., p. 1). No mesmo caminho, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) indicam, em um de seus volumes, denominado “Pluralidade Cultural”, a interdisciplinaridade como elemento necessário no trabalho com a Educação Básica, a partir dos temas transversais. São estes os que dizem respeito ao Meio Ambiente e à Pluralidade Cultural. Nesse sentido a Educação Patrimonial também assume papel de abrangência, podendo ser entendida como: […] uma proposta interdisciplinar de ensino voltada para as questões atinentes ao Patrimônio Cultural. Compreende desde a inclusão, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, de temáticas ou de conteúdos programáticos que versem sobre o conhecimento e a conservação do patrimônio histórico até a realização de cursos de aperfeiçoamento e extensão para os educadores em geral […] de forma a habilitá-los a despertar, nos educandos e na sociedade, o senso de preservação da memória histórica e do consequente interesse sobre o tema (ORIÁ, s.d., p. 2.). Segundo alguns historiadores como Pedro Paulo Funari (2009), a importância da Preservação do Patrimônio Histórico pode ser associada a memória coletiva e individual, pois é através da memória que nos orientamos para compreender o passado, o comportamento de um determinado grupo social, cidade e nação. O avivamento da memória também contribui para a formação de identidade e resgate de raízes, está ligada a formação cultural e econômica de um povo. 1.1 Problema Como a escola pode contribuir para a Educação Patrimonial e orientar sobre a importância da preservação da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba. 13 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo Geral O projeto tem o objetivo de propor aos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental esclarecimentos sobre importantes conceitos escolares relacionados aos temas: povos e culturas, tempo e lugar no contexto histórico e geográfico, destacando-se a importância do estudo e preservação de um importante patrimônio histórico na cidade de Carapicuíba e as transformações ocorridas ao longo dos tempos, tanto em relação ao espaço existente, quanto as pessoas que habitam o local no contexto atual. 1.2.2 Objetivos Específicos - Analisar o conhecimento prévio dos alunos sobre Patrimônio Histórico e Cultural; - Esclarecer aos alunos sobre os motivos do surgimento da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba. - Esclarecer aos alunos a importância da preservação de um Patrimônio Histórico para a preservação da memória cultural de uma sociedade. - Explicar conceitos relacionados a povos e cultura, tempo e espaço, no contexto histórico-geográfico. 1.3 Justificativa Em um ambiente escolar, o educador fica limitado em ensinar para o aluno conceitos teóricos pautados no planejamento escolar, seguindo-se as diretrizes educacionais de forma genérica, sem se aprofundar em determinados temas. O trabalho de campo, poucas vezes ou quase nunca é contemplado nos planos didáticos ou nos planejamentos escolares, o que acaba por vezes limitando o aprendizado do aluno, estando este restrito às práticas didáticas comuns do dia a dia, ou seja, apenas no chão da escola. Nesse sentido, ao se desenvolver um 14 trabalho sobre a questão do Patrimônio Histórico, é muito importante para a apropriação dos conhecimentos sobre o assunto a prática da vivência, a visita a campo é de suma importância para um contato direto do aluno com o objeto de estudo. A existência de diversos programas, iniciativas, cartilhas, entre outros, apesar de ampliar a participação dos educandos, não garante, na maioria dos casos, a efetivação dos estudos sobre o Patrimônio Histórico, umavez que os professores podem ou não se utilizar dos programas e demais sugestões a eles apresentados. Dessa forma, uma visita ao museu por exemplo, pode assumir apenas um caráter de passeio, mas em outra via, pode também servir de base para a reflexão de diversos fatores do cotidiano dos alunos. Pensar no desenvolvimento de um trabalho relacionado ao conhecimento sobre Patrimônio Histórico no currículo envolve considerar, além da visita a diversos espaços extraescolares, um trabalho constante de articulação com a realidade, no contexto real do meio em que o aluno se insere. Segundo Fonseca, 2010, “A realidade escolar brasileira é complexa, plural e desigual. Não há um ensino único, nem um conhecimento histórico exclusivo. A produção historiográfica e educacional, as publicações sobre ensino e aprendizagem de História evidenciam uma diversidade de temas, problemas, abordagens e fontes relevantes para o Ensino de História, produzidos por diferentes agentes (professores, historiadores, educadores, produtores de materiais) em vários espaços educativos.” Muito embora não há na história um ensino único, é notório que na maioria das Instituições de ensino, o contexto histórico por ser de grande diversidade, acaba por não se limitar, ou enxergar os contextos que se encontram próximos de uma comunidade, mas de modo genérico e bem mais abrangente, de forma pronta e acabada retransmitida aos alunos de modo geral. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA De acordo com alguns historiadores como Jacques Le Goff (1990), que cita: [...] a importância da Preservação do Patrimônio Histórico pode ser associada a memória coletiva e individual, uma vez que é através da memória que nos orientamos para compreender o 15 passado, o comportamento de um determinado grupo social, cidade e nação. O avivamento da memória também contribui para a formação de identidade, resgate de raízes, está ligada a formação cultural e econômica de um povo. (LE G0FF, at al). Assim, conforme cita Le Goff, a preservação de um Patrimônio Histórico e Cultural é de suma importância para a compreensão do passado, que de certa forma nos remete também a compreender o porquê da existência de certos hábitos, costumes, tradições, relacionados à nossa cultura. Segundo os dados obtidos por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, a preocupação em preservar nossa identidade histórica e cultural surge no início do século XX, onde as primeiras medidas aparecem em 1936 com a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN, projeto criado por Mário de Andrade e alguns intelectuais da época que definia o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como um conjunto de bens móveis e imóveis do país onde conservação é do interesse público, quer por sua vinculação a fatos da História do Brasil, por seu excepcional valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico, que sofreu algumas alterações nos critérios de classificação e definição de um patrimônio histórico. Imagem 01 Prédio sede do Iphan em São Paulo Fonte: Claudio Bessa. Abril/2020 Em 1937 o Decreto-lei n.1937, viabilizava o processo de tombamento dos bens considerados de interesse coletivo, o tombamento de bens conforme definido 16 pelo Conselho Regional de Arquitetura de São Paulo - Creasp, é conjunto de ações realizadas pelo poder público sob legislação específica que visa preservar os bens de valor e garantir a preservação dos bens culturais, da memória coletiva e, consequentemente, da identidade cultural dos grupos sociais, impedindo a sua destruição e/ou descaracterização. Teremos como proposta apresentar aos alunos a origem do nome Tombamento, que surge em Portugal e vem da Torre do Tombo, ou do Arquivo localizado em uma das torres do Castelo de São Jorge, onde eram guardados documentos importantes que hoje fazem parte do Arquivo Central do Estado Português. Pretende-se demonstrar aos alunos que o Tombamento embora seja uma medida legal conveniente e segura, particularmente em relação a bens ameaçados pela descaracterização, destruição e pela especulação imobiliária, não garante 100% a preservação se não existir uma política séria de preservação do patrimônio histórico, garantindo que o tempo não se encarregue da destruição deste patrimônio por falta de cuidados especiais. Segundo Sousa, (2019) a urbanização, e a industrialização, abrem portas para a expansão do comércio e a remodelação do espaço, ocorrendo assim falhas na preservação de identidade Histórica e Cultural da cidade, levando muitas vezes ao desaparecimento e destruição do Patrimônio. Assim, os interesses econômicos e o crescimento desordenado se sobrepõem aos interesses de organização e preservação da Memória e Patrimônio Histórico. A História é construída, a consciência da história e sua memória são parte de uma construção que se fixam ao longo do tempo e dão identidade ao ser humano. O resgate da memória é envolvido por sentimento que estimula e alimenta a necessidade do homem em saber sobre si, sobre seu passado, sobre seu presente, sobre suas conquistas, sendo então a memória um combustível da história. (Souza, 2019). E neste cenário surge o estudo sobre a importância da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba no resgate e preservação de sua história. História essa ligada ao movimento bandeirante e jesuíta, e aos povos Jesuíticas que habitavam a região. Tal projeto está alicerçado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN – Lei 9394/96) onde a mesma indica, em seu artigo 26, que a parte diversificada dos currículos do ensino fundamental e médio deve observar as características regionais e locais da sociedade e da cultura, no mesmo percurso os 17 Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) também indicam em um de seus volumes, denominado “Pluralidade Cultural”, a interdisciplinaridade como elemento necessário no trabalho com a Educação Básica, a partir dos temas transversais. São estes os que dizem respeito à Pluralidade Cultural. A partir deste norte, o trabalho com as noções de patrimônio cultural deve ser incorporado aos demais conteúdos escolares uma vez que, diante do caráter abrangente que define o próprio termo “Patrimônio” a Educação Patrimonial também assume esse importante papel na educação escolar, principalmente na disciplina de História. Sem perder de vista a proposta do Projeto Integrador, os conceitos de povos e cultura, tempo e espaço foram trabalhados de forma abrangente e esclarecedora, onde espera-se que os alunos possam compreender em uma linguagem simples e bastante didática os conceitos acima relacionados. No presente trabalho, sugere-se em linhas gerais esclarecer e diferenciar os conceitos de patrimônio individual do patrimônio público ou coletivo. O primeiro conceito, segundo Pedro Paulo Funari e Sandra C A. Pelegrini (2009), nos remete a ideia de tudo aquilo que possuímos, aquilo que se transmite como herança, que podem variar de bens imóveis, monetários, pequenos objetos com valores sentimentais, ou conhecimentos passados a gerações, enquanto que o patrimônio coletivo se caracteriza na ideia de que devido a multiplicidade de pontos de vista, o que é patrimônio para uns, não é para outros. A proposta do trabalho tem como meta, apresentar uma didática de fácil compreensão, que busque despertar o interesse do aluno no aprendizado de um tema muito importante para a formação do aluno como cidadão crítico e compreensivo diante do cenário contemporâneo em que vive, sem perder de vista o significado de suas raízes históricas, onde para tanto para despertar o interesse cognitivo dos alunos deve-se atuar na mediação didática, o que implica investir no processo de reflexão sobre a contribuição da Geografia na vida cotidiana, sem perder de vista sua importância para uma análise crítica da realidadesocial e natural mais ampla, (Cavalcanti, 2010). Fundamenta-se ainda o presente trabalho o objetivo de demonstrar a eles que o Patrimônio Histórico e Cultural seja apropriado enquanto objeto de estudo no ensino da História, a fim de desenvolver nos mesmos a consciência preservacionista da memória histórica, enquanto referencial de nossa identidade e 18 construção da cidadania (Oriá, 1993). Buscar por meio do presente projeto esclarecer aos alunos que existem órgãos governamentais, leis específicas e entidades preocupadas com a preservação do patrimônio histórico nacional, mas além disso, apresentar aos mesmos as diferenciações desses tipos de patrimônios, esclarecer ainda que um patrimônio histórico não se caracteriza apenas pelas belezas dos monumentos, dos palacetes do passado, mas a história da vida sofrida, das senzalas, dos cortiços, dos massacres existentes no passado, associados ao patrimônio cultural de um povo. 2.1. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador Os conteúdos que estão sendo abordados no presente projeto Integrador IV refere-se às disciplinas de História e Geografia relacionados aos temas povos e cultura e tempo e espaço, numa perspectiva de estudos dos povos e civilizações que habitaram a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba, ancorado nos conteúdos estudados nas disciplinas de Fundamentos e Práticas no Ensino de Geografia, principalmente relacionado aos conceitos de lugar, espaço geográfico, território e tempo natural e humano, paisagem cultural e paisagem natural, Fundamentos e Práticas no Ensino de História, absorvendo os conceitos de povos e civilizações, tempo histórico, com uso de práticas absorvidas no curso de “Didática”, aplicando- se conhecimentos adquiridos na disciplina de Metodologias Ativas de Aprendizagem voltados para o desenvolvimento de projetos interdisciplinares, buscando desenvolver a aula virtual proposta no projeto integrador deste semestre, a partir dos conceitos e aprendizados na disciplina de Educação Mediada por Tecnologias e por fim, a aplicação de uma avaliação de caráter formativa de acordo com os temas propostos na Avaliação Educacional e da Aprendizagem”. 3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS O presente estudo é caracterizado através de pesquisa historiográfica e documental, visando ampliar o grau de conhecimento sobre o problema em obras e teorias que abordam o mesmo gênero a fim de conhecer e analisar as principais 19 contribuições teóricas sobre o assunto, a importância da educação patrimonial em sala de aula, os contextos históricos dos povos que inicialmente habitaram a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba, além do contexto geográfico das transformações e preservação do local ao longo dos tempos. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi utilizado o método descritivo referente ao tema proposto, onde para tanto foi feito um estudo através da coleta de dados referente aos conhecimentos prévios dos alunos, a partir da aplicação de questionário, fazendo uma análise detalhada e minuciosa no desenvolvimento da atividade, direcionando-se a aplicação do trabalho a partir da tabulação das respostas ofertadas pelos alunos, observando e registrando as ocorrências em cada uma das etapas do projeto. Foram utilizados recursos didáticos, tabelas para tabulação dos resultados, questionário específico direcionado aos envolvidos no desenvolvimento do projeto, gráficos e dados estatísticos. Para o desenvolvimento da pesquisa foram utilizadas fontes bibliográficas tais como os livros, periódicos, base de dados, teses e dissertações, sites especializados de caráter governamental ou particular, com o objetivo de compreender e retransmitir melhor o tema proposto de forma sistematizada de caráter didático. Como ponto de partida para e execução da pesquisa, foi dado início ao projeto a partir do tema proposto colocando em discussão pelo grupo quais seriam os assuntos abordados e objetivos a serem alcançados, a situação problema apontada, a justificativa do tema proposto e por fim, um estudo do referencial teórico para uma melhor compreensão do tema e posteriormente a conclusão da pesquisa propriamente dita. 4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS O grupo em reunião prévia definiu que o projeto a ser desenvolvido visa explorar o conhecimento dos alunos no que se refere aos povos e cultura, bem como o tempo e espaço relacionados as transformações e preservação do Patrimônio Histórico e Cultural da Aldeia Jesuítica da cidade de Carapicuíba em um contexto histórico e geográfico. 20 Em visita prévia na EMEF Miguel Costa Junior, localizada na Estr. Egílio Vitorello, 1574 - Jardim Angélica, Carapicuíba - SP foi possível observar que trata- se de uma escola de Ensino Fundamental, com alunos da faixa etária de 07 à 12 anos, com um espaço adequado de aprendizagem, com várias opções de atividades fora da sala de aula em razão do amplo espaço disponível, principalmente a quadra coberta de grande dimensão, sala de leitura e biblioteca. Percebeu-se ao redor da escola que se trata de um bairro de classe média baixa, porém com boa infraestrutura. Por conta da suspensão das aulas em razão da quarentena obrigatória decretada pelo governador de São Paulo, João Dória, publicada no Diário Oficial do Estado de 14 de março de 2020, o decreto 64.862/20, que dispõe sobre a adoção de medidas temporárias e emergências contra contágio pelo covid-19, para evitar a propagação do Coronavírus a observação do comportamento dos alunos em relação às atividades individuais e coletivas foram prejudicadas. Dessa forma num primeiro momento foi proposto para a Direção da escola o desenvolvimento do projeto no qual a Diretora autorizou que o mesmo fosse desenvolvido de forma virtual com o uso das ferramentas tecnológicas, em razão do distanciamento social obrigatório e suspensão das aulas presenciais. O grupo buscou desenvolver com os alunos do 5º ano o projeto apresentado, juntamente com a equipe docente, de forma a observar o conhecimento prévio dos alunos por meio de um questionário virtual; ( aqueles que possuem acessibilidade a tecnologia computador e smartphone) sob a supervisão de seus familiares quando possível, porém sem a intervenção dos mesmos na resolução dos questionamentos realizados, bem como a observação do trabalho em equipe e o desenvolvimento intelectual dos alunos de forma individual. O questionário foi enviado aos alunos do 5º ano contendo dez perguntas a fim de entender quais conhecimentos já existentes eles possuem acerca do Patrimônio Histórico Cultural, em qual disciplina é mais comum o trabalho sobre patrimônio histórico, se existem algum órgão responsável pelo patrimônio histórico, dentre outros questionamentos atinentes a pesquisa bem como o conhecimento sobre eventuais patrimônios históricos que conhecem na cidade e para isso o grupo escolheu a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba. Dos 47 alunos entrevistados pela pesquisa a partir do relatório concluímos https://www.migalhas.com.br/arquivos/2020/3/499B82A23AB13D_pg_0001.pdf 21 pelo resultado obtido que mais de 50% dos alunos não têm familiaridade com o tema Patrimônio Histórico Cultural, assim como não sabem qual órgão responsável pela preservação do mesmo (IPHAN), reforçando-se a ideia da necessidade de levar para a sala de aula um estudo mais abrangente sobre o conceito de educação patrimonial. Os que responderam já ter ouvido falar ou que conhecem o tema reconhecem que, o mesmo faz parte da disciplina de História e que a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba é um Patrimônio Histórico Cultural, mas muitos não têm a dimensão de sua importância no sentido de necessidade de preservação e nem o contexto de sua existência até seus dias de hoje. Os dados mostraram ainda que 17 alunos visitaram a Aldeia, desses, 16 visitaram acompanhadosde um familiar e apenas 1 com a instituição escolar, percebeu-se também que existem muitas dúvidas quanto ao tempo de existência da Aldeia. Conclui-se que os alunos na grande maioria não visitaram a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba, portanto não tiveram um contato visual do lugar e o conhecimento pré-existente se resume em ouvir falar, ou seja sabem que existe, mas não possuem o conhecimento in loco, certamente por ausência de um trabalho de campo partindo da instituição escolar. Diante dessa realidade num primeiro momento o presente projeto teve como alternativa desenvolver uma aula online (devido ao isolamento social causado pela pandemia de Coronavírus), onde possamos falar com os alunos sobre a História da Aldeia de Carapicuíba, e qual a importância de se preservar o local como Patrimônio Histórico Cultural, e dar ao aluno a ideia de passado, presente e futuro, destacando ao aluno quais caminhos foram percorridos até chegar a atualidade, além de explicar a importância da preservação, apresentar o Instituto responsável pela preservação do patrimônio histórico, diferenciar a ideia de tombamento e registro do patrimônio, diferenciar bens históricos materiais e imateriais e no contexto geográfico falar sobre a diferença entre paisagem natural e cultural, tempo e lugar. Os estudos de Geografia focam na mudança do espaço, o raciocínio espacial possibilita a criança uma relação descentralizada com o ambiente e veja que ela não é o centro do universo. A minha relação com o país depende da parte em que eu vivo por exemplo. Straforini, 2008 22 No recorte sobre o tempo pela disciplina de História, os alunos precisam entender os elementos históricos como construção e hábitos que se iniciaram no passado, pois além de identificar quais são eles, é necessário enxergar quem os causou e perceber-se como um agente histórico. Carvalho, 2014. Falando sobre o tema do presente projeto, a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba é um centro histórico localizado ao Sul do município de Carapicuíba, situado no bairro de mesmo nome sua fundação é considerada oficial em 12 de Outubro de 1580, Aldeia é um largo marcado pela igreja, presença principal na paisagem urbana, o espaço entre a fachada e a Cruz do Ado era considerado sagrado, chegou a ser destruída com a chegada dos bandeirantes, representando principalmente por Antonio Raposo Tavares, que simplesmente exterminava a quem tentasse impedi- lo de suas invasões e posteriormente reconstruída no início do século XVIII. Imagem 02 – Vista parcial da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba Fonte: Claudio Bessa. Abril.2020 Numa das casas separada apenas pela rua que adentra à Aldeia, pelo lado esquerdo de quem da frente olha para a igreja fica a Casa de Cultura mantida pela municipalidade, onde se encontram guardados um pouco do acervo das imagens e objetos jesuíticos, esculturas que contam sua história pelo seu estilo e arte. Sua visitação restou prejudicada em razão da quarentena imposta por conta da pandemia do Covid-19, o impediu a sua visitação e eventual estudo do acervo existente no loca. 23 Imagem 03 – Casa da cultura - Aldeia Jesuítica de Carapicuíba Fonte: Claudio Bessa. Abril.2020 A igreja foi construída em 1736 e tinha como orago São João Batista, Atualmente o orago é Santa Catarina de Alexandria onde os devotos e a comunidade local conhecem desde crianças, possui uma festa típica conhecida como Dança de Santa Cruz, que é uma mistura de dança indígena com cantos religiosos, teve seu tombamento no ano 1941, sendo hoje considerada patrimônio histórico nacional, tida como o único exemplo da antiga aldeia dos jesuítas servindo como resgate a memória de um capítulo da nossa história. Cumpre esclarecer que a mesma foi construída posteriormente, quando a Aldeia Jesuítica foi reconstruída a partir dos registros históricos do passado, já no início do século XVIII. Imagem 04 – Igreja de Santa Catarina no passado – Aldeia de Carapicuíba Fonte: Américo Pelegrini Filho. 2016 https://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Catarina_de_Alexandria 24 Imagem 05 – Igreja de Santa Catarina Atualmente – Aldeia de Carapicuíba Fonte: Claudio Bessa. Abril.2020 As transformações ocorridas no local não se limitam apenas no interior do espaço tombado relativos a paisagem, como as pinturas dos imóveis, instalações de guias, sarjetas, iluminação, vegetação existente, mas também no seu entorno, onde resta evidente as transformações na paisagem tanto cultural, quanto natural, no que se refere as edificações, as vias públicas, a vegetação atual, os cursos de córrego existente, totalmente degradado pela presença da urbanização desordenada e pouco planejada em seu entorno. Imagem 06 – Sinais evidentes das transformações na paisagem – Aldeia de Carapicuíba Fonte: Claudio Bessa. Abril.2020 25 Imagem 07 – Sinais evidentes das transformações na paisagem – Aldeia de Carapicuíba Fonte: Claudio Bessa. Abril.2020 Imagem 08 – Sinais evidentes das transformações na paisagem – Aldeia de Carapicuíba. Fonte: Google maps. Junho.2020 26 Imagem 09 – Sinais evidentes da degradação do meio ambiente e na paisagem – Aldeia de Carapicuíba. Fonte: Claudio Bessa. Abril.2020 CONSIDERAÇÕES PARCIAIS O desenvolvimento do presente projeto teve como pressuposto desenvolver no aluno o espírito crítico e investigativo acerca do conhecimento prévio do assunto situando-o no tempo e no espaço, levantando questões sobre a importância da preservação da memória coletiva e individual que está diretamente ligada a preservação do patrimônio histórico. Quando se fala em patrimônio histórico, também fala-se de uma forma de escrita, pois as cidades contam sua própria história através de seus monumentos, sua arquitetura e sua estrutura, tudo isso colabora como vestígio e objeto de estudo que leva o aluno a procurar compreender as transformações da sociedade em que vive e a contribuição na formação de sua identidade. É importante demonstrar aos alunos que a preservação da memória contribui para que o passado não seja completamente esquecido, demonstrando ainda que o estudo do passado é capaz de trazer identidade e sentido ao tempo vivido hoje. Discutindo sobre este tema o grupo pode perceber quantos caminhos podem ser traçados para chegar a uma aprendizagem construtiva e significativa, pautada na colaboração e desenvolvimento do raciocínio, proporcionando ao aluno o prazer de pertencer a comunidade em que vive, exercendo o verdadeiro espírito de 27 cidadania. 5. METODOLOGIA Diante da fundamentação teórica e bibliográfica este estudo foi relevante no sentido de demonstrar que temas como Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural, pelos dados coletados ficou evidente que ainda não tem sido aplicado em sala de aula de forma clara e objetiva aos alunos e como a escola pode intermediar para que os alunos tenham um espírito investigativo a fim de compreender o que é Patrimônio Cultural e como o preservar. 6.1 Métodos Foi realizada uma pesquisa com os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, onde no total, 47 alunos responderam ao questionário proposto aos mesmos, num universo total de 90 questionários entregues. Foi realizada também uma pesquisa bibliográfica com o tema em questão, uma visita a Aldeia de Jesuítica de Carapicuíba a fim de coletar imagens da região, conhecer um pouco mais do entorno da Aldeia, conversa com alguns moradores locais com o intuito de coletar alguma informação importante e que pudesse contribuir com a elaboração do projeto. 6.2 Técnicas Os procedimentos metodológicos utilizados para essa pesquisa foram: a) Questionário para avaliar o conhecimento prévio dos alunos. b) Tabulação de dados. c)Pesquisa bibliográfica. 6.3 Análise e discussão dos dados obtidos no questionário A análise dos resultados da pesquisa deu-se de forma qualitativa e teve por objetivo analisar, se sem a intervenção do professor, apenas com a orientação dos membros do grupo e a leitura do questionário entregue qual seria a apropriação dos 28 alunos em relação ao conhecimento sobre patrimônio histórico e cultural e a relação desses com os patrimônios existentes na cidade de Carapicuíba. Sendo assim segue em representação gráfica os resultados obtidos: Gráfico 1: Resposta da quarta questão. Fonte: Elaborado pelo grupo Julho de 2020. Na primeira pergunta pode-se constatar que praticamente metade dos alunos entrevistados já ouviram falar sobre Patrimônio Histórico Cultural, porém como se denota, essa era uma pergunta bastante objetiva, sem maiores esclarecimentos sobre o assunto. Gráfico 2: Resposta da quinta questão. Fonte: Elaborado pelo grupo Julho de 2020. Verifica-se nas respostas dos alunos que embora já tenham ouvido falar 29 sobre o que é patrimônio histórico cultural, muitos deles não tem conhecimento do que seria um patrimônio histórico cultural, talvez até conheçam, mas não sabem distinguir, por falta possivelmente de uma educação patrimonial presente em sala de aula Gráfico 3: Resposta da sexta questão. Fonte: Elaborado pelo grupo Julho de 2020. Aqui nota-se que 94% dos alunos associam o tema a disciplina de História, apenas um aluno associou a disciplina de Geografia, conclui-se que a disciplina de história é a que mais trabalha sobre o assunto, mas não podemos ficar espantados quando cinco alunos atribuem à língua portuguesa e matemática o ensino relacionado ao tema, pois se desconsiderarmos, certamente estaríamos descantando a possibilidade do trabalho interdisciplinar, o que é perfeitamente possível quando se fala de ensino e aprendizagem. Gráfico 4: Resposta da sétima questão. 30 Fonte: Elaborado pelo grupo Julho de 2020. Esse resultado já era de se esperar, muito embora, houveram onze alunos que souberam responder talvez por exclusão ou associação, mas enfim, quando da análise inicial das questões preliminares apontava que uma grande maioria dos alunos não sabiam o que é um patrimônio histórico o que de certo é compreensível não compreenderem qual o Instituto responsável pela preservação desses patrimônios, por óbvio que esses conceitos merecem mais atenção em sala de aula, ou até mesmo uma visita a campo para um melhor estudo in loco. Não podemos desconsiderar ainda a idade escolar em que se encontram, bem como muitos adultos estudantes ou não também desconhecem sobre a temática apresentada. Gráfico 5: Resposta da oitava questão. Fonte: Elaborado pelo grupo Julho de 2020. Acredita-se que após uma breve lida no questionário e também por associação a metade dos alunos responderam corretamente a essa questão. Ao 31 analisar o gráfico e observar a quantidade de alunos que mencionaram que o Plaza Shopping Carapicuíba é um patrimônio histórico cultural constata-se também que quanto menos conhecimento prévio sobre o tema mais associações equivocadas eles fazem. Gráfico 6: Resposta da nona questão. Fonte: Elaborado pelo grupo Julho de 2020. No universo de 47 crianças, 18 já ouviram falar na escola, 12 deles ouviram falar pelos pais ou professores, 08 pelos pais somente, o que somando chega-se a um montante de 38 alunos que responderam positivamente a questão, isto posto, observa-se que a grande maioria de alguma forma já ouviu falar sobre a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba e apenas 6 nunca ouviram falar, esse dado mostra que existe uma consciência e um conhecimento no mínimo sobre sua existência, mas pouco provável que conheçam a história de formação da Aldeia, os motivos que ensejaram a construção da Aldeia naquele local, a paisagem existente anteriormente, suas tradições preservadas até os dias atuais, bem como a forma como o espaço vem sem sendo preservado nos dias atuais. Dessa forma, o ouvir falar por uma ou mais fontes não significa necessariamente que os alunos tenham se apropriado de um conhecimento mínimo sobre a Aldeia e sua importância no contexto histórico e cultural presente na sua cidade. Gráfico 7: Resposta da décima questão. 32 Fonte: Elaborado pelo grupo Julho de 2020. Esse gráfico deixa claro que 75% das crianças nunca visitaram a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba, ao compilarmos dados como esse nota-se que há leque de possibilidades a ser trabalhado com os alunos em sala de aula. Questões podem ser levantadas tais como: Por que nunca fizeram essa visitação? A escola poderia proporcionar essa visitação ao aluno? Existe curiosidade das crianças para conhecerem a história dessa região? Quais as disciplinas poderiam desenvolver um projeto a ser trabalhado com os mesmos? Haveria alguma dificuldade por parte da equipe docente em levar os alunos até a Aldeia para um trabalho de campo? A partir de uma série de questionamentos levantados a partir desse gráfico, o professor pode se utilizar dessa temática e oferecer aos alunos esclarecimentos relevantes relacionados a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba. Gráfico 8: Resposta da décima primeira questão. Fonte: Elaborado pelo grupo Julho de 2020. 33 Cerca de 15 alunos responderam terem ido com os pais a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba, ou seja, uma visitação a nível de entretenimento e não com uma ênfase investigativa e didática, conforme demonstra o gráfico, uma vez que apenas 2 alunos responderam que foram com a escola, o que pode ser mudado com o desenvolvimento de projetos interdisciplinares ou até mesmo apenas na disciplina de história com o proposto de desenvolver um trabalho de campo junto aos alunos da unidade escolar, focado num aprendizado sobre o contexto histórico do local, o legado deixado pelos antepassados, a importância da preservação, o que de certo em muito irá colaborar para a formação de um aluno mais crítico, protagonista e com uma consciência e conhecimento mais amplo sobre cidadania e responsabilidade. Gráfico 9: Resposta da décima segunda questão. Fonte: Elaborado pelo grupo Julho de 2020 A partir desse dado a relevância desse projeto ganha corpo, pois vemos que há sim uma necessidade de se demonstrar ao aluno a importância de que ele esteja atento as construções existentes ao seu redor; bem como as transformações e a preservação desse Patrimônio histórico cultural, relevante também perceber que a maioria dos alunos não conseguem se situar na história do município, em especial o espaço da Aldeia, quanto ao tempo de sua existência, obviamente que faltam-lhes informações a respeito, tanto no espaço escolar, bem como pelo poder público, carecendo de uma ampla divulgação de maneira didática e conceitual nos espaços vividos. A noção do tempo humano aqui é o principal ponto investigativo de nosso projeto de acordo com a proposta apresentada. 34 Gráfico 10: Resposta da décima terceira questão. Fonte: Elaborado pelo grupo Julho de 2020. Por não visitarem a Aldeia com um olhar investigativo, e por não perceberem naquele espaço informações históricas e geográficas da região os alunos preferiram quase que em sua totalidade não opinar sobre as características das construções do lugar, talvez por não terem uma ideia mais ampla de conceitos relacionados a “velho” e “antigo”, porém o lado positivo das respostas de alguns deles é a compreensão de sua importância quanto a preservação do espaço, muito embora alguns talvez não tenham a real compreensão que as características dos imóveis estejam diretamente relacionadas a história do passado, bem como constituem um importante patrimônio histórico nacional.6. PLANO DE INTERVENÇÃO Com base no projeto desenvolvido, chegamos à conclusão pelos estudos teóricos realizados que o professor em sala de aula pode repaginar essa temática a fim de estimular os alunos a compreenderem o que é patrimônio histórico, perceberem que no lugar onde eles vivem há muita história, que essa localidade passou por transformações significativas ao longo dos anos. A ideia aqui é elaborar uma aula dinâmica que una informações sobre o passado ao que eles conhecem hoje. Podemos demonstrar aos alunos através de imagens, mapas e vídeos a paisagem ao longo dos tempos vai sofrendo transformações significativas, principalmente no seu entorno e a ideia de resistência nas transformações no núclo 35 da Aldeia por conta da preservação garantida por lei, tendo o Iphan como órgão fiscalizador do loca. E além de mostrar dados aos alunos estimulá-los a conhecer, a pensar geograficamente e historicamente sobre a grande importância desse lugar localizado na cidade em que vivem. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este projeto foi elaborado para desenvolver no aluno um espírito crítico e investigativo sobre o tema proposto. Para tal elaboramos um questionário que foi entregue aos alunos do 5º ano, nesse questionário levantamos dados que nos fez pensar de forma mais ampla sobre o tema; afinal como o aluno pode ser estimulado a pensar geograficamente e historicamente? A partir desse questionamento foi feita a pesquisa sobre Patrimônio histórico, buscamos compreender como uma cidade conta sua história através de sua arquitetura, estrutura e monumentos. A geografia e a história podem ser vivenciadas pela força do próprio cotidiano; neste sentido essa pesquisa faz uma conexão entre passado e presente da região da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba. Situar a criança, leva-la a compreender os conceitos de Patrimônio histórico cultural, aguçar nelas o interesse em conhecer a história da região e quais transformações essa localidade sofreu, pode ser uma atividade não apenas pedagógica, mas também prazerosa, afinal o intuito desse projeto é demonstrar aos alunos que a preservação da memória contribui para que a história seja contada e compreendida. Com o resultado do questionário respondido pelos alunos foi possível perceber que precisamos dar uma nova roupagem ao ensino de temas como este, fazendo com que a educação patrimonial esteja mais presente nas disciplinas escolares, não se limitando a disciplina de História e Geografia, mas de uma forma mais ampla de forma interdisciplinar, de modo que a criança não deve apenas ouvir falar sobre a região, sobre a geografia sobre a história de determinado lugar; afinal o conceito de lugar é muito abrangente e está relacionado as ideias de identidade, o lugar revela na espacialidade do cotidiano, do vivido, as relações sociais constituídas historicamente. Por isso precisamos chegar a uma aprendizagem construtiva, significativa e relevante para o aluno, procurando desenvolver no aluno esse raciocínio geográfico e histórico e proporcionar a ele a compreensão de que ele faz 36 parte da história, é mostrar que ele deve ser atuante e responsável também pela preservação de um patrimônio e também se encontra inserido na continuidade da história desse lugar. Numa abordagem como essa o educador pode esmiuçar a temática e produzir nos alunos múltiplos saberes. Através da pesquisa percebemos ainda que poucos conhecem sobre o assunto e os que já ouviram falar ouviram falar de forma superficial, o que não despertou neles o raciocínio crítico, o que não os fez sentir- se parte daquele lugar. O desafio então não é apenas falar sobre o lugar onde eles vivem ou sobre como se preservar a história desse lugar, o desafio é torná-los parte ativa nesse contexto histórico geográfico. Para tanto esse projeto também elaborou uma aula em que foi feita a mescla de imagens atuais e fotografias antigas, foto da região e figuras para atrair não só a atenção do aluno mas também despertar nele curiosidade e senso investigativo. Conclui-se que para se ensinar qualquer conteúdo aos alunos é necessário estimulá-los a apropriar-se do assunto que está sendo proposto, é necessário desenvolver neles um raciocínio crítico e investigativo através de uma didática de simples compreensão num espaço pedagógico, de forma multidisciplinar e constante. 37 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FUNARI, P. P.; PELEGRINI, S. C. A. Patrimônio Histórico e Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006 LE GOFF, Jacques, 1924 História e memória / Jacques Le Goff; tradução Bernardo Leitão ... [et al.] -- Campinas, SP Editora da UNICAMP, 1990. CAVALCANTI, Lana de Souza, ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010. ORIÁ, Ricardo. Educação patrimonial e cidadania: uma proposta alternativa para o ensino de História. São Paulo. Revista Brasileira de História. Pg 266. 1993 R STRAFORINI – Ensinar Geografia. O desafio da totalidade-mundo nas séries iniciais. São Paulo, 2008 BRASIL. Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. BRASIL. Presidência da República. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Sites consultados. Aldeia de Carapicuíba. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Aldeia_de_ Carapicu%C3%ADba Acesso em 17 de abril de 2020. O Iphan. Disponível em http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/872 Acesso em 16 de maio de 2020. ORIÁ, Ricardo. Educação patrimonial: conhecer para preservar. Disponível em: http://www.aprendebrasil.com.br. Acesso em 18 de maio de 2020. SOUSA, Priscila Carvalho Mendes de. A IMPORTÂNCIA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO COMO INSTRUMENTO DE PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA. https://monografias.brasilescola.uol.com.br/historia/a-importancia-patrimonio- historico-como-instrumento-preservacao.htm Acesso em 19.06.2020. https://pt.wikipedia.org/wiki/Aldeia_de_%20Carapicu%C3%ADba https://pt.wikipedia.org/wiki/Aldeia_de_%20Carapicu%C3%ADba http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/872 http://www.aprendebrasil.com.br/ https://monografias.brasilescola.uol.com.br/historia/a-importancia-patrimonio-historico-como-instrumento-preservacao.htm https://monografias.brasilescola.uol.com.br/historia/a-importancia-patrimonio-historico-como-instrumento-preservacao.htm 38 https://novaescola.org.br/conteudo/1675/historia-e-geografia-uma-visao-critica- sobre-o-mundo. Acesso em 01 de julho de 2020. https://pt.calameo.com/books/001012672119a957fee38 Acesso em 03 de julho de 2020. https://novaescola.org.br/conteudo/1675/historia-e-geografia-uma-visao-critica-sobre-o-mundo https://novaescola.org.br/conteudo/1675/historia-e-geografia-uma-visao-critica-sobre-o-mundo https://pt.calameo.com/books/001012672119a957fee38 39 8. APÊNDICES APÊNDICE A – Entrevista diagnóstica com as crianças 1- ) Qual Seu nome? _____________________________________ 2-) Quantos anos você tem? _____________________________________ 3-) Indique em qual ano escolar você está: 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano 4-) Você já ouviu falar sobre os termos "Patrimônio Histórico Cultural"? Sim, já ouvi falar. Não, não nunca ouvi falar. 5-) Você sabe o que é um Patrimônio Histórico e Cultural? Sim, sei o que é. Não, não sei o que é. 40 6-) Você sabe em qual disciplina (matéria) da escola devem ser estudados os Patrimônios Históricos e Culturais de um local. Português Matemática História. Geografia 7-) Na sua opinião qual desses órgãos públicosé responsável pela preservação do Patrimônio Histórico e Cultural. MEC INSS IPHAN NÃO SEI 8- Marque na lista abaixo (você pode marcar mais de uma opção) um exemplo de Patrimônio Histórico Cultural da cidade de Carapicuíba. Parque Ecológico de Carapicuíba Plaza Shopping de Carapicuíba Capela de São João Batista Aldeia de Carapicuíba Teatro Municipal Jorge Amado 9-) Você já ouviu falar sobre a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba? Sim, já ouvi falar pelos meus pais. Sim, já ouvi falar na escola. Sim, já ouvi falar pelos meus pais e pela professora onde estudo. Não, nunca ouvi falar. 10-) Alguma vez visitou a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba? 41 Sim, já visitei. Não, nunca estive na Aldeia de Carapicuíba. 11-) Se você já visitou a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba, quem te levou? (Só responder quem já visitou a Aldeia) Fui com meus pais. Fui com meus amigos do bairro. Fui com a escola. Fui sozinho. 12-) Você sabe a quantos anos a Aldeia Jesuítica de Carapicuíba surgiu? A mais 100 anos A mais 200 anos. A mais 400 anos Não faço ideia de quantos anos 13-) O que você achou das casas da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba? (para quem conhece ou já esteve no local) São muito velhas, não moraria lá e não gostei do lugar. São muito velhas, acho melhor derrubar e construir um shopping center no lugar. São antigas, bem diferentes das casas próximas, e o local é muito bonito e devem ser preservadas por todos nós. Não sei porque essas casas são diferentes das demais. 42 9. ANEXOS 8.1. ANEXO A – Solicitação de autorização para pesquisa Solicitamos a autorização para a pesquisa: “Educação, Patrimônio e Memória: A escola como meio de preservação e valorização da cultura da cidade de Carapicuíba.” realizada pelos alunos regulares deste curso de Pedagogia: ALAN FERNANDES VIEIRA MONTEIRO RA 1809064, ADALBERTO CASTRO RA 1802081, AMARILIS TRINDADE SANTOS RA 1810557, CLAUDIO BESSA RA 1803728, DÉBORA CASSAMASSIMO DA SILVA RA 1812353 e GRAZIELA LUCIA DA SILVA RA 1817920 cujo objetivo estritamente acadêmico, em linhas gerais é: analisar se por meio da intervenção do professor os alunos possuem algum conhecimento sobre a importância da preservação do patrimônio histórico existe na cidade de Carapicuíba, bem como noções de tempo e espaço no contexto histórico-geográfico. Nessa pesquisa necessitaremos de voluntários, isto é, crianças que se encontrem matriculadas no 5º ano do Ensino Fundamental. Cada criança será submetida a situações de entrevista, realizada individualmente, acerca de conhecimentos históricos e geográficos. A entrevista e o desenvolvimento do trabalho serão aplicados pelos alunos de graduação em Pedagogia que fornecerá inicialmente todas as explicações sobre o projeto que realizará. A aplicação respeitará o ritmo individual de seus participantes. Calculamos que o tempo médio para aplicação das tarefas será de uma hora por dia, no máximo três vezes na semana, no período de maio/junho de 2020. O material utilizado não oferece danos às dimensões moral, cultural, espiritual ou social das crianças. A participação e os resultados, nesse estudo, serão sigilosos. Os resultados da pesquisa poderão ser objetos de futuras publicações científicas, mas em hipótese alguma o nome dos participantes será divulgado. Carapicuíba,___ de maio de 2020. 43 ASSINATURA:_______________________________ ASSINATURA:_______________________________ ASSINATURA:_______________________________ ASSINATURA:_______________________________ ASSINATURA:_______________________________ ASSINATURA:_______________________________ 44 8.2. ANEXO B Autorização Eu, ________________________________, diretora da EMEF ___________, CNPJ nº_________________, autorizo a divulgação total ou parcial, pela internet ou por outros meios, os dados da pesquisa de campo realizada nesta Unidade Escolar no ano de 2020, contidos no Trabalho de Projeto Integrador dos alunos ALAN FERNANDES VIEIRA MONTEIRO RA 1809064, ADALBERTO CASTRO RA 1802081, AMARILIS TRINDADE SANTOS RA 1810557, CLAUDIO BESSA RA 1803728, DÉBORA CASSAMASSIMO DA SILVA RA 1812353 e GRAZIELA LUCIA DA SILVA RA 1817920 da Universidade Virtual do Estado de São Paulo – SP, do curso de Pedagogia, desde que a identidade da escola e dos participantes sejam preservadas no decorrer do trabalho, conforme orientação Recebida pela Secretaria Municipal de Educação do Município de Carapicuíba -SP. Carapicuíba,_ de maio de 2020. ____________________________ Diretora de escola RG nº
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