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Projeto Integrador IV - Grupo 2N 5 - FINAL

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1 
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
Jessica Barbosa de Jesus 
Juliana Conceição Ferreira de Azevedo 
Kenia Maria de Andrade 
Luzia de Fátima de Assis 
Patricia Aparecida Sanches Janoti 
Sandra Regina de Camargo 
Sidnei Soares Torquato 
Thiago Francisco Gonçalves Alvarez 
 
 
 
A importância do conhecimento da história das Ruínas do Abarebebê 
 
 
 
Vídeo do Projeto Integrador 
 
<https://youtu.be/RuzsWzctuEA > 
Videoaula 
< https://youtu.be/KtlQydEvj4Y > 
 
 
 
 
 
Peruíbe – SP 
2020 
 
https://youtu.be/RuzsWzctuEA
2 
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
A importância do conhecimento da história das Ruínas do Abarebebê 
 
 
 
 
 
 
Relatório Técnico - Científico apresentado na 
disciplina de Projeto Integrador IV para o curso de 
Pedagogia da Universidade Virtual do Estado de 
São Paulo (UNIVESP). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Peruíbe – SP 
2020 
 
3 
 
JESUS, Jéssica Barbosa de; AZEVEDO, Juliana Conceição Ferreira de; ANDRADE, Kenia Maria 
de; ASSIS, Luzia de Fátima de; JANOTI, Patricia Aparecida Sanches; CAMARGO, Sandra Regina 
de; TORQUATO, Sidnei Soares; ALVAREZ, Thiago Francisco Gonçalves. A importância do 
conhecimento da história das Ruínas do Abarebebê. 00f. Relatório Técnico-Científico. 
Licenciatura em Pedagogia – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Tânia de Assis 
Silva. Polo Peruíbe, 2020. 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Nosso objetivo é relatar a história que envolve toda a riqueza das Ruinas do Abarebebê, 
objetivando explorar os acontecimentos relevantes e de suma importância tanto para a história 
de Peruíbe quanto para a história do Brasil, tendo em vista que esta foi uma das primeiras igrejas 
construídas no Brasil no século XVI, pois, ao longo dos 28 km entre Itanhaém e o final da Praia 
de Peruíbe encontra-se o outeiro onde estão as Ruínas da Igreja da Aldeia de São João Batista. 
Tanto o aldeamento e a igreja são datados desta época. De acordo com o levantamento realizado 
com a comunidade externa e após análise dos dados coletados, percebemos que poucos alunos 
do 5º ano do Ensino Fundamental conhecem realmente a história desta localidade, diante da 
riqueza de detalhes que as Ruínas possui. O grupo pode observar que este seria um meio de 
divulgar e tornar público esta informação, para tanto realizamos pesquisas em artigos 
científicos, blogs, relatos da comunidade caiçara e até mesmo o ponto de vista de uma integrante 
indígena mostrando a importância e a sacralidade que este sítio arqueológico tem para a sua 
cultura e para o seu povo, já que Peruíbe antes da colonização europeia pertencia a eles. Sendo 
assim, queremos mostrar com uma metodologia didática simples a importância conscientização 
de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental sobre a preservação do patrimônio histórico na 
cidade de Peruíbe e apontar também o descaso com o Patrimônio Histórico: Sítio Arqueológico 
Ruínas do Abarebebê. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Abarebebê; Patrimônio; Peruíbe; Igreja. 
 
 
4 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
FIGURA 1– VISTA AÉREA DAS RUÍNAS DO ABAREBEBÊ.........................................................9 
FIGURA 2– CERCA ROMPIDA DAS RUÍNAS................................................................................ 16 
FIGURA 3– DEGRADAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO.......................................................17 
FIGURA 4– DEGRADAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO.......................................................17 
FIGURA 5– PINTURA EM TELA DA IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA.................................... 23 
FIGURA 6– VISTA DA ENTRADA DAS RUÍNAS DO ABAREBEBÊ.......................................... 24 
FIGURA 7– VISTA DAS RUÍNAS DO ABAREBEBÊ..................................................................... 27 
FIGURA 8– ROSA DOS VENTOS..................................................................................................... 29 
FIGURA 9– LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DE PERUÍBE.......................................................... 30 
FIGURA 10– CONTEXTO ESPACIAL DA BAIXADA SANTISTA............................................... 31 
 
5 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................6 
2. DESENVOLVIMENTO................................................................................................................. 11 
2.1 PROBLEMA E OBJETIVOS................................................................................................................. 11 
2.2. JUSTIFICATIVA................................................................................................................................ 14 
2. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................................ 15 
2.4. APLICAÇÃO DAS DISCIPLINAS ESTUDADAS NO PROJETO INTEGRADOR.................................... 21 
2.5. METODOLOGIA............................................................................................................................... 23 
2.5.1 NA PRÁTICA.................................................................................................................................. 29 
3. RESULTADOS................................................................................................................................ 32 
3.1 SOLUÇÃO INICIAL............................................................................................................................. 33 
3.2 SOLUÇÃO FINAL................................................................................................................................ 35 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................................43 
REFERÊNCIAS...................................................................................................................................44 
ANEXOS............................................................................................................................................... 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Sociedade e escola têm uma função fundamental no processo de conscientização das 
crianças na preservação de patrimônios históricos e quando trabalhadas em consonância, 
entendemos a real função das disciplinas de história e geografia para a formação deste cidadão 
capaz de transformar o mundo ao seu redor. 
Após a formação do grupo, tendo em vista a integração dos novos membros em 
colaboração, estabeleceu-se reuniões remotas através do Google Meet, para as premissas 
contribuições sobre as diretrizes deste Projeto Integrador. 
O foco inicial e permanente dessa abordagem foi a temática na elaboração de uma aula 
virtual em formato de vídeo para um conteúdo que trabalhe com a História e a Geografia, tendo 
como foco os conceitos de lugar e tempo, previsto para o 5º ano do Ensino Fundamental I. Nesta 
perspectiva, verificamos que a videoaula deva considerar a interação do docente com a 
comunidade externa, a fim de valorizar conhecimentos locais e culturais, o que nos estimulou 
na delimitação do problema e na organização do Plano de Ação. Haja vista que, em decorrência 
de reflexão para a identificação de um problema inicial, pontuamos a adversidade na 
valorização da história e da cultura indígena no município de Peruíbe, estado de São Paulo, 
protelando a consideração da tradição enraizada e do processo histórico cultural do 
conhecimento étnico dos índios, que de maneira significativa deve ser corrobado. Vale ressaltar 
a notoriedade que se estima: todos os povos ou grupos étnicos possuem cargas culturais, “não 
admitindo discriminação e exclusão, entraves à plenitude da cidadania para todos” (BRASIL, 
2000). A cidadania, a diversidade cultural e o respeito às diferençassociais, culturais e 
históricas e a representação das cidades e do espaço urbano são objetos do conhecimento para 
os alunos do 5º ano, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 
De acordo com os objetivos gerais de História e Geografia dos PCN’s, ao final do Ensino 
Fundamental os alunos deverão compreender gradativamente a sua realidade. 
 
Neste sentido os alunos serão capazes de: “Identificar o próprio grupo de convívio e 
as relações que estabelecem com outros tempos e espaços; valorizar o patrimônio 
sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo- a como um direito dos povos e 
indivíduos e como um elemento de fortalecimento da democracia. (BRASIL, 1997) 
 
É de suma importância considerar para esse Projeto Integrador o patrimônio histórico e 
“arqueológico que contribui para a formação e a consolidação da identidade histórica das 
7 
 
nações, das pessoas e das comunidades locais, independentes das ideologias políticas em que 
as várias nações se posicionam” (MACEDO, 2001) 
Partindo do pressuposto em que o foco da pesquisa inicia-se a partir da necessidade da 
preservação e valorização do Sítio Arqueológico Ruínas do Abarebebê, que se tornou sítio a 
partir de pesquisa, por meio de um convênio da prefeitura de Peruíbe e o Museu de Arqueologia 
e Etnologia da USP.A arqueologia é uma ciência que muito ajuda a desvendar culturas do 
passado e o litoral brasileiro tem o privilégio de contar com vários sítios arqueológicos e em 
Peruíbe não poderia ser diferente, com sítios datados que comprovam a presença humana na 
região por volta de cinco mil anos, garantido uma força cultural que foi se estendendo ao longo 
dos anos até chegarem até nós. 
Poder visitar esses sítios com apoio de um monitoramento faz com possamos divulgar 
essa nossa origem e assim fortalecer e ampliar a nossa cultura e identidade! 
Pensando nesse potencial Arqueológico e Histórico a Secretaria de Turismo e Cultura, 
organizará uma linha de Educação Patrimonial, onde será desenvolvido o seguinte roteiro para 
que munícipes, turistas, veranistas e estudantes de todas as áreas possam enaltecer e conhecer 
os lugares onde esses antigos povos desenvolveram uma sociedade organizada. 
Começaremos com a área localizado ao norte do município, segundo estudos apontados por 
visita técnica do Arqueólogo Plácido Cali. 
Taniguá, esse bairro em relação a fixação de presença humana é um dos mais antigos, 
os vestígios arqueológicos estão aí para comprovar isso, nessa região temos sítios arqueológicos 
de grande importância e que podem ser classificados em diferentes épocas, pela notável 
variedade de objetos arqueológicos que registram isso, desde as conchas, cerâmicas, vidros, 
louças, palha entre outros objetos importantes para essa classificação e entendimento de nossa 
história e identidade. 
A área do Taniguá hoje possui três aldeias do lado praia e três do outro do lado da 
Rodovia Manoel da Nóbrega, sendo de grande potencial cultural, pois algumas aldeias tem 
apresentações distintas como danças, vivências, artesanatos, culinária entre outras atividades. 
Seguindo o caminho ainda nessa mesa região norte de Peruíbe, iremos encontrar as Ruínas do 
Abarebebê, importante sítio histórico e arqueológico que remonda ao período colonial, com 
vestígios arqueológicos dessa época e de épocas anteriores e posteriores. 
Lembrando que a cidade de Peruíbe encontram-se 18 sítios arqueológicos, mas apenas 
as Ruínas do Abarebebê é aberta para visitação. 
8 
 
De acordo com o site do CONDEPHAAT, na antiga aldeia de São João Batista de 
Peruíbe, estabeleceu-se no século XVI, uma missão jesuítica, com o objetivo de converter os 
índios que viviam ao sul da capitania de Itanhaém. Liderado por Leonardo Nunes, jesuíta 
português nascido em Vila de São Vicente, da Beira, diocese da Guarda, em data ignorada, de 
espírito apostólico resoluto e incansável e que teve papel preponderante na libertação de índios 
escravizados pelos portugueses, em meio a muitas reações adversas, nos princípios da 
colonização brasileira. Ingressou na Cia. de Jesus, no Colégio de Coimbra (1548) e indicado 
para missionário no Brasil (1549), chegou como membro da missão dirigida pelo padre 
provincial Manuel da Nóbrega (1517-1570), na comitiva colonizadora do governador geral 
Tomé de Souza (1505 - 1573). Trabalhou inicialmente na Bahia, e depois seguiu para São 
Vicente, em companhia do padre Diogo Jacome, a fim de iniciar catequese dos índios. 
Em São Vicente fundou um colégio/seminário, o primeiro da povoação, onde eram 
ensinadas normas eclesiásticas, catecismo, latim e português. Aprendeu a falar tupi, converteu 
ao cristianismo numerosos índios, especialmente os carijós de Santa Catarina, e reconduziu às 
práticas cristãs muitos colonos que haviam desviado-se destes princípios como o famoso 
proprietário de terras e caçador de índios Pedro Correia, que arrependido doou suas 
propriedades para a ordem, ingressou na Companhia de Jesus, e morreu martirizado. Construiu 
a Igreja São João Batista e liderou muitas negociações conflitantes entre índios e colonos por 
todo o sul do Brasil, de São Vicente ao rio da Prata. Esteve no porto de Laguna (1552) com a 
caravela de Pedro Rossel, a pedido de Tomé de Souza (1505 - 1573), para recolher um grupo 
de náufragos espanhóis de Juan Salazar, da malograda expedição de Diego Sanábria. Inclusive 
ganhou dos índios a alcunha de Abarebebê, que em tupi significa padre voador, por causa desta 
sua excepcional faculdade de locomover-se rápida e prontamente, através de uma região tão 
primitiva e inóspita. Foi escolhido para ir a Roma apresentar um balanço à companhia sobre as 
atividades catequéticas brasileiras e trazer as enfim definidas, Constituições da Companhia de 
Jesus. 
Quando os jesuítas começaram a trabalhar no Brasil, ainda não estavam definidas essas 
normas. Embarcando em Santos, infelizmente o navio em que viajava não resistiu a força de 
uma tempestade e naufragou no dia 30 de junho (1554) resultando em sua morte por 
afogamento, juntamente com muitos membros da tripulação e outros passageiros. E assim 
Abarebebê tornou-se a primeira vítima da Companhia de Jesus do período de evangelização do 
Brasil. Considerado o primeiro apóstolo do Estado de São Paulo e o primeiro encarregado do 
9 
 
indígena catarinense, de sua autoria restam duas cartas, ambas datadas de São Vicente (1551), 
uma das quais foi publicada em tradução italiana, em Veneza (1559). 
No final do século XVII, a aldeia passou a ser administrada pelos franciscanos, sendo 
possível que a capela, da qual subsistiram apenas ruínas, tenha sido construída neste período. 
Essa hipótese se baseia em um desenho feito pelo engenheiro militar, José Custódio 
Ferreira de Sá e Faria, que, em 1776, esteve em Peruíbe e registrou uma construção singela, 
cuja arquitetura se aproximava mais da franciscana, do que daquela adotada pela Companhia 
de Jesus, em estilo, maneirista. O nome Abarebebê, “o santo que voa”, foi alcunha dada pelos 
índios ao padre Jesuíta, Leonardo Nunes e que se incorporou às Ruínas, marcando a sua 
presença no local. 
Fonte do processo de tombamento, processo nº 09515/69, sob a Resolução 15/08/1979, 
inscrição 130, p. 24 de 29/05/1981 e foi publicado no Diário Oficial no Poder Executivo no dia 
17/08/1979, p. 47. Informações retiradas do CONDEPHAAT, Conselho de Defesa do 
Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo. 
 
Figura 1: Vista aérea do Sítio das Ruínas do Abarebebê em Peruíbe, estado de São Paulo 
 
Fonte: Prefeitura Municipal de Peruíbe. Disponível em: http://www.peruibe3.sp.gov.br/portal/wp-
content/uploads/2015/04/r5.jpg Acesso em 20 ago 2020. 
http://www.peruibe3.sp.gov.br/portal/wp-content/uploads/2015/04/r5.jpg
http://www.peruibe3.sp.gov.br/portal/wp-content/uploads/2015/04/r5.jpg
10 
 
Nessa contextualização, a paisagem representada nas Ruínas do Abarebebê está 
intrínseca aoespaço urbano do município de Peruíbe, que sofreu diversas transformações ao 
longo do período histórico. 
Na empreitada de se buscar as possibilidades para um ensino de geografia integrado 
com a história considerado bem-sucedido, entende-se que este encontrará condições mais 
favoráveis se ocorrer de maneira articulada com a BNCC. O foco será a prática social dos alunos 
e sua relação com o saber geográfico, em destaque, com o município de Peruíbe. 
Contextualizando a prática social do aluno, parte-se do princípio que, o “ensino-
aprendizagem é uma relação dialógica que pressupõe a relação entre sujeitos que movimentam 
entre si e o conhecimento de mundo” (KIMURA, 2010). É necessária a referência para essa 
abordagem à identidade local, ao pertencimento ao universo no qual o aluno vive e convive. 
Para isso, a memória deve ser resgatada e o auxílio de mapas e imagens de satélites serão 
imprescindíveis para a observação da dinâmica transformação da paisagem. 
A poluição também será tema interdisciplinar nesse Projeto, na concepção da ausência 
de conservação das Ruínas do Abarebebê, sendo definida por alterações indesejáveis nas 
propriedades físicas (...) e do meio ambiente, trazendo danos e desequilíbrios à natureza e ao 
patrimônio histórico cultural e turístico, conceito compreendido na BNCC para os alunos do 5º 
ano do Ensino Fundamental I. 
Sendo assim, será que a paisagem, dada a repetição que a vemos, no contexto urbano, 
os elementos que a integram, constituídos de significados, passa despercebida, banalizada pela 
população, tornando-se assim destituída de identidade, âmbito de vandalismo predatório e de 
destruição deliberada? Trata-se de despertar o interesse do aluno, fazê-lo refletir e atuar para 
gerar para as próximas gerações, práticas sociais mobilizadoras de pertencimento e zelo ao 
patrimônio e a história local, do município em que vivem os estudantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1.Problema e objetivos 
 
A análise do cenário do Projeto foi acentuada no registro e nas observações de 
experiências por meio de discussões coletivas e na comunicação assertiva, validando a 
importância do trabalho em equipe focado no Projeto, na empatia e na prioridade do 
cumprimento de tarefas, outrossim utilizando os métodos e ferramentas propostos pelo Design 
Thinking para auxílio na organização do plano de ação. 
Diante da falta de interesse e percepção dos alunos sobre a importância em relação ao 
patrimônio histórico, pesquisamos a condição atual da Ruínas do Abarebebê em nossa cidade 
de Peruíbe, percebemos a falta de incentivo e ao acesso ao ponto turístico situado na cidade de 
Peruíbe. 
Nossa pesquisa tem como objetivo mostrar para os alunos do 5° ano do Ensino 
Fundamental e à população sobre a importância do resgate histórico, da preservação do 
patrimônio histórico e desse ponto turístico tão importante na nossa história, tentando orientá-
los que a história é de extrema importância para avaliar, mudar para assim modificar o presente. 
Mediante estas primeiras considerações a respeito deste rico patrimônio histórico, a 
questão norteadora desta pesquisa é: 
 
“Por que a população de Peruíbe não tem acesso e nem conhecimento da história 
das Ruínas do Abarebebê? ” 
 
Por conseguinte, baseados nesta pergunta, o nosso Projeto visa encontrar uma solução 
para esta problemática, sendo assim, o grupo realizou uma pesquisa via internet por meio do 
Google Forms (VIDE ANEXO 1) com alunos do 5º ano de diferentes escolas de Perúibe e 
classes sociais, a fim de obter um parâmetro a respeito do conhecimento que eles possuem da 
localidade em questão. Fizemos também uma entrevista com uma integrante indígena (VIDE 
ANEXO 2) da etnia Pataxó, moradora da cidade, para poder entender a importância da 
preservação deste sítio arqueológico para esta população. 
Optamos por realizar pesquisas em sites e documentos para conhecer melhor sobre a 
cidade de Peruíbe, dentro do contexto de História (culturas e povos) e Geografia (tempo e 
espaço). O objetivo geral deste trabalho é trazer para alunos e seus familiares, a possibilidade 
de acesso a informação a respeito da importância e riqueza que o município carrega para a 
12 
 
história do Brasil desde a colonização pelos portugueses até os dias de hoje, das Ruínas do 
Abarebebê conhecida também como a primeira igreja do Brasil, para que possam divulgar com 
seus pares estas informações, a fim de enaltecer este patrimônio nacional, que se encontra 
abandonado. Sendo assim, nosso objetivo principal considera a produção da videoaula no 
enredo histórico e geográfico do município de Peruíbe-SP, bem como os desdobramentos 
históricos da construção da Igreja de São João Batista pelos índios brasileiros, com a 
intervenção portuguesa jesuítica e a divulgação da lenda do Padre Leonardo (Abarebebê). 
 
Objetivos específicos a serem alcançados: 
 
 Propiciar ao aluno a possibilidade de conhecer a história de seu município; 
 Levar o estudante a se interessar pela preservação de patrimônio histórico e cultural; 
 Cultivar a preservação da identidade do sítio arqueológico, histórico e turístico: Ruínas 
do Abarebebê e do meio ambiente; 
 Estimular o respeito à diversidade; 
 Estabelecer uma troca de vivências entre aluno e professor; 
 Embasar-se na temática: lugar e tempo, povos e culturas no plano de aula às nossas 
crianças do 5º ano do Ensino Fundamental I; 
 Considerar os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) como instrumentos de 
qualidade para que auxiliem o aluno a enfrentar o mundo atual como cidadão 
participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus direitos e deveres; 
 Considerar a BNCC como instrumento normativo na elaboração da videoaula que 
trabalhe com a integração das disciplinas Geografia e História, para os alunos do 5º 
ano do Ensino Fundamental I; 
 Proporcionar ao indivíduo por meio de pesquisas e leitura de gráficos, a oportunidade 
de ampliar seus horizontes de conhecimento cultural, a fim de formar um sujeito crítico 
com capacidade de mudar o mundo ao seu redor; 
 Cultivar no educando o desejo de conhecer sobre os povos e culturas que habitavam 
nossas terras no passado; 
 Respeitar a cultura indígena, entendendo o valor que um patrimônio histórico tem para 
a cultura de seu povo; 
 Ressaltar a notoriedade que se estima: todos os povos ou grupos étnicos possuem 
identidades culturais, que devem ser conhecidas, respeitadas e contextualizadas; 
13 
 
 Desenvolver e abordar no plano de aula conceitos que estimulem o estudante a 
reconhecer a Geografia como um corpo de conhecimento científico; 
 
Fortalecer neste Projeto Integrador conteúdos transformadores para que todos os alunos 
possam desenvolver aprendizagens essenciais, que os encaminhem ao longo das etapas e 
modalidades da Educação Básica; 
A delimitação do problema de pesquisa também foi construída a partir de um contexto 
real, enfatizando a importância das principais bases teóricas e que compreenda o conceito de 
espaço, como objeto central da geografia e seus aspectos teóricos, a contextualizar: lugar, 
paisagem, região e território. 
Vale ressaltar que o objetivo deste Projeto Integrador é contribuir não apenas para a 
identificação do espaço em um período de tempo pelos estudantes, através de mapas, como 
também para “desenvolver capacidades relativas à representação do território” (RICHTER, 
2011). 
De acordo com o geógrafo Milton Santos (1996), “em diversas regiões a incorporação 
de ciência e tecnologia, de informação e conhecimento ao território constituiu o chamado meio- 
técnico-científico-informacional”. Haja vista que, inúmeras áreas da superfície terrestre 
sofreram transformações, e que o território está delimitado e sob controle político – sujeito a 
soberania nacional ou a acordos internacionais. Sobre esses territórios atuam interesses de 
diferentes grupos, que buscam sua preservação ou que desejamexplorá-lo. Assim, o território 
constitui relações de poder, sendo elas, relações políticas, econômicas, culturais e ambientais 
que nem sempre são visíveis na paisagem ou não são valorizadas pela comunidade. Por sua vez, 
esse é um dos objetivos de nosso Projeto Integrador, apresentar que, muitas vezes a preservação 
da paisagem, de um sítio histórico é consequência de uma ação humana e que a identidade local 
deve ser reconhecida para ser estimada. 
 
 
 
 
 
 
2.2. Justificativa 
 
14 
 
As justificativas espelham-se na importância do comprometimento dos integrantes do 
grupo de trabalharem de maneira colaborativa, assumindo responsabilidades específicas e 
realizarem ações concretas para o bom desenvolvimento do Projeto como um todo. Vale 
ressaltar que os objetivos do Projeto são justificados pela notoriedade do acesso aos recursos 
culturais e conteúdos curriculares relevantes para a conquista de cidadania do estudante, na 
construção de “habilidades de que necessitam para crescerem como cidadãos plenamente 
reconhecidos e conscientes de seu papel em nossa sociedade. ” (BRASIL, 2000). 
A apresentação do contexto local como direcionamento da educação geográfica acarreta 
a expectativa de que o aluno herdará conhecimentos para relacionar com a conjectura de outros 
lugares do mundo, a fim de fornecer a ele, um âmbito de vivência muito maior, “porque 
trabalhar-se-á o espaço vivido, o espaço percebido e o concebido”(CASTELLAR, 2020). 
Neste contexto, o Projeto visa agregar a interdisciplinaridade, em que uma das tarefas 
mais relevantes é considerar o patrimônio histórico e turístico e seus aspectos geográficos para 
salientar “que é possível trazer o mundo para a sala de aula, como também é importante levar 
os alunos para fora dela” (RICHTER, 2011). 
“É relevante lembrar que parte da compreensão da geografia passa pelo olhar 
(RICHTER, 2011 apud BRASIL, 1998) 
No contexto educacional, buscamos em Paulo Freire (1996) o destaque à importância 
do reconhecimento e divulgação da identidade cultural tanto para a prática do ensinar quanto 
na dinâmica do aprender, como fator que contribui na prática educativa e crítica do indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. 3. Fundamentação teórica 
 
15 
 
Patrimônio Cultural é a representatividade de uma nação, ou seja, a sua identidade, a 
sua história, suas memórias ao longo do tempo escrevendo seu presente, projetando o seu futuro. 
Cuidar das memórias históricas é zelar por sua própria história, o governo que não se 
preza no mínimo as heranças da sua cultura, da história e da sua localidade, não deve também 
ser lembrado. 
As Ruínas do Abarebebê é um importante marco histórico, artístico, cultural, religioso 
e arqueológico da História do Brasil, localizado na Região Metropolitana da Baixada Santista, 
mais precisamente no município de Peruíbe e está sendo menosprezado e parece que os 
governantes querem fazer jus ao nome que leva esse importante sítio Histórico e Arqueológico. 
Prédio com arquitetura do Período colonial, um dos primeiros a serem estabelecidos na região, 
marcando a presença da aculturação europeia, se encontra em total abandono. 
É de suma importância considerar para esse Projeto Integrador o patrimônio histórico, 
cultural e turístico que contribui para a formação e a consolidação da identidade histórica das 
nações, das pessoas e das comunidades locais, sendo que, as formas de representação do espaço 
e as interações do sujeito e o seu lugar no mundo devem ser contextualizadas em “ações 
educativas de apropriação, preservação e valorização do Patrimônio Cultural”. 
 
Patrimônio cultural é o conjunto de bens culturais de valor reconhecido para um 
determinado grupo ou para toda a humanidade. Cabe salientar que o turismo cultural 
está intrínseco e apresenta-se atualmente como uma alternativa, tanto para a 
preservação do patrimônio, quanto para o desenvolvimento econômico e sociocultural 
das comunidades que, herdeiras dos bens do passado, têm um papel relevante sobre o 
mesmo (CASTRO, 2006). 
 
Nesta perspectiva, verificamos que a videoaula deva considerar a interação do professor 
e aluno com a comunidade externa, para conhecer e cultivar conhecimentos históricos, 
geográficos, étnico-culturais, o que acarretou na delimitação do problema e na presente 
ausência da preservação do espaço no município de Peruíbe. Nesta conjectura, buscou-se a 
fundamentação teórica a partir das Unidades temáticas e suas habilidades, inerentes à Base 
Nacional Comum Curricular (BNCC): 
 
“Analisar transformações de paisagens nas cidades, comparando sequência de 
fotografias, fotografias aéreas e imagens de satélite de épocas diferentes”, segundo a 
Unidade Temática: formas de representação e pensamento espacial, EF05GE08 e as 
conexões com mapas e instrumentos de localização (BRASIL, 2017). 
 
16 
 
É relevante identificar e descrever problemas ambientais que ocorrem no entorno, 
conforme habilidades (EF05GE11) da Unidade Temática: Natureza, ambientes e qualidade de 
vida, da BNCC, que caracteriza a importância de pontuar os indicadores da ausência de 
preservação de patrimônio histórico, neste contexto, e propor soluções para essa problemática. 
Diante disso, no panorama histórico foram diversas as mudanças no mundo após a Revolução 
Industrial, uma delas foi a degradação do meio ambiente acarretando diversos problemas 
sociais. Segundo Mukai (2003), o patrimônio histórico faz parte do meio ambiente. Patrimônio 
Histórico é um conjunto de todos os bens materiais ou não materiais, que caracterizam grande 
importância histórica e cultural para uma determinada sociedade. 
De acordo com o Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, art 1º constitui o 
patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto de bens móveis ou imóveis existentes no 
país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis 
da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico 
ou artístico. 
De acordo com o Código Penal, artigo 165 do Decreto – Lei nº 2.848, de 7 de dezembro 
de 1940 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade competente em virtude 
de valor artístico, arqueológico ou histórico: Pena -detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
Figura 2: Foto da cerca rompida das Ruínas do Abarebebê 
 
Fonte: Acervo do próprio autor 
Figura 3: Degradação da preservação de Patrimônio Histórico 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Acervo do próprio autor 
 
Figura 4: Degradação da preservação de Patrimônio Histórico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Acervo do próprio autor 
Portanto a conservação do patrimônio histórico é uma questão de dever social. Ainda 
sobre a perspectiva de Mukai (2003), a falta de recursos financeiros e pessoal capacitado para 
essa proteção dificulta a fiscalização e tomadas de medidas contra a degradação do patrimônio 
18 
 
histórico. A conscientização da população sobre a importância do patrimônio histórico contribui 
para sua conservação. 
Como suporte as possíveis soluções, a relação da disciplina Fundamentos e Práticas do 
Ensino de Geografia, considera a perspectiva de tempo e lugar, as relações próprias da 
sociedade, da sociedade com a natureza e suas consequências. Segundo os Parâmetros 
Curriculares Nacionais, (BRASIL, 1997), a geografia compreende estimular a observação, 
descrição, experimentação, analogia e síntese que devem ser ensinadas para que os alunos 
possam aprender a explicar, compreender e até mesmo representar os processos de construção 
do espaço e dos diferentes tipos de paisagens e territórios. 
A Educação geográfica, conforme estudamos na disciplina Fundamentos e Práticas no 
Ensino da Geografia, contribui para que os alunos reconheçam a ação social e cultural do local 
a ser estudado, levando em consideração os diferentes momentos históricose o meio ambiente. 
O eixo central, da fundamentação teórica é pensar sobre o lugar, refletir e analisar. 
Descrever o espaço ao estudante é incumbência da mediação do docente e assim se faz 
necessário, a fim de construir a sua argumentação. 
É prioritária a relação da geomorfologia com os desdobramentos históricos para 
igualmente, promover a reflexão dos estudantes sobre o território das paisagens e suas 
transformações, a considerar as características de identidade indígena e a influência religiosa 
jesuítica portuguesa e dos franciscanos. 
Quanto mais se diversifica a sequência didática ou procedimento para desenvolver um 
conceito, mais esse aluno terá condições de ampliar seu repertório cultural, de conhecer pinturas 
artísticas relacionadas a períodos históricos, ouvir vocábulos do dialeto indígena tupi guarani, 
relacionar mapas e fotografias para compreensão do contexto local e estimular o raciocínio 
geográfico. 
 
A criança constrói o conceito e o ensino da Geografia dá-se pela articulação dos 
elementos para o desenvolvimento do processo cognitivo do aluno. A Paisagem, que 
se introduz na geografia, é um conceito cultural e responde a uma consideração 
cultural do entorno, a percepção cultural do mesmo. Ela se identifica com o resultado 
das relações homem-meio e se manifesta como expressão visual. (Professora 
CASTELLAR, na videoaula sobre a educação geográfica e as categorias) 
O propósito é que os estudantes aprendam e isso envolve a utilização de instrumentos e 
recursos distintos, para que o processo de ensino seja determinante no enfoque à aprendizagem. 
Sendo assim, o ensino da geografia recorre aos mapas, fotografias, imagens de satélite, dentre 
outros. 
19 
 
Vale ressaltar que o discurso literário e o discurso histórico caminham juntos na 
abordagem das Ruínas do Abarebebê. Conforme relata Fonseca, 1995, “o discurso histórico 
visa explicar o real através dos testemunhos, dos documentos que comprovam e evidenciam o 
ocorrido. ” Por conseguinte, a literatura é um produto artístico, porém com raízes no social 
(FONSECA apud SEVCENKO, 1986). Nessa conjectura, a narrativa literária oferece 
indicações do dialeto, dos valores, costumes, produções dos indígenas, características essas 
presentes nas interações sociais e na troca cultural com os portugueses. 
De acordo com Cali, 2016, in situ das Ruínas do Abarebebê foram encontrados objetos 
de cerâmica e ossadas de indígenas. Considerado um local sagrado, no entorno da Igreja 
sepultavam os integrantes da tribo do aldeamento de São João Batista (CALI, 2016). Ratificada 
essa informação pela sra Rita Serena Moreira, pertencente à tribo Pataxó, em entrevista, (VIDE 
ANEXO 2) que avalia a extensão do local, como âmbito sagrado para a cultura indígena, a 
preservar sua história e a valorizar seus antepassados, inclusive o patrimônio histórico nacional 
e paulista do município de Peruíbe. 
Foram por meio das ilustrações de pinturas e fotografias que evidenciamos: 
 
“o desvendar da realidade, as mudanças menos perceptíveis, os detalhes sobre lugares 
e paisagens, as mudanças naturais e os modos de o homem relacionar-se com a 
natureza em diferentes épocas, sua cultura e tradição (FONSECA, 1995)”. 
 
A autora também destaca: 
 
“Cabe ao professor o papel de decodificador de mensagens e informações, 
incorporando-as ao processo ensino-aprendizagem, no dia-a-dia da sala de aula 
(FONSECA, 1995)” e na abordagem da videoaula, como recurso para o 
desenvolvimento desse Projeto (grifo nosso) 
 
Sobre essa característica do docente, de mediação dos estudantes, baseamo-nos na 
proposta aula-oficina “que rompe de forma rica com os moldes passivos e tradicionais de 
ensino. Tal modelo privilegia a construção de uma aula incialmente organizada por um tema e 
um conjunto de objetivos a serem atingidos” (SOUSA, 2020) a partir do questionário pelo 
Google Forms, com efeito de diagnóstico inicial, elaborado pelo grupo. 
“A aula-oficina prossegue com a organização de questões onde o professor, por meio 
das respostas oferecidas, detecta as noções e ideias que seus alunos possuem” (SOUSA, 2020) 
na elaboração da aula sobre as Ruínas do Abarebebê. 
O autor, Sousa, 2020, continua: “Mediante a análise das informações coletadas, o 
professor então detecta quais seriam os recursos e fontes documentais mais eficientes para 
20 
 
dialogar com as ideias apresentadas pelos alunos”, a fim de formar cidadãos conscientes e 
pensantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4 Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador 
 
Baseados na Pedagogia de Trabalho com Projetos na disciplina de Matemática podemos 
observar que, Hernández (1998) defende que o projeto não pode ser transformado numa receita 
de passos a se seguirem, e que se assim fosse, ele perderia todo o seu potencial de mudança nas 
21 
 
práticas educativas. De acordo com o autor para a execução do passo a passo deste Projeto 
Integrador foi desafiadora visto que, não tínhamos muito conteúdo das disciplinas que 
embasaram nossa pesquisa este detalhe nos incentivou mais ainda para obter informações e 
assim discorrer sobre o assunto escolhido pelo grupo. 
Ao entrar na escola, as crianças trarão uma série de experiências, além de permitir que 
ele comece a estabelecer relações espaciais. Têm suas próprias visões do mundo e da sociedade 
em que vivem. A construção infantil do conceito de espaço passou por uma série de etapas, 
alguns acontecem de forma espontânea, enquanto outros precisam ser sistematizados, o que 
deve ser trabalhado ao longo do Ensino Fundamental. 
Este primeiro conceito de tempo e espaço ajudará o aluno no desenvolvimento de visões 
sobre o conhecimento histórico. Cabe a nós educadores, sabermos que os professores de 
História e Geografia das séries iniciais, permitir que as crianças modifiquem suas experiências 
diárias sobre o tempo e o espaço e estabeleçam novos conceitos. 
A nova estrutura pode ser baseada no ensino de epistemologia, o professor de história é 
o responsável pela expressão entre os saberes que os alunos trazem para a escola e os saberes 
necessários para a compreensão destes saberes. 
O conceito básico de tempo e espaço nas disciplinas de História e Geografia é de suma 
importância para entender o contexto histórico e construir um novo conhecimento para a sua 
preservação, ao invés de ser descartado para percebermos estas mudanças no tempo e no espaço 
e, assim, compreendermos as mudanças sociais. 
Ao construir uma identidade com as disciplinas de História e Geografia, o professor visa 
reconhecer alguns aspectos a serem trabalhados na series iniciais do ensino fundamental e como 
a criança vai se desenvolvendo nesse processo. 
Ensinar a ler o mundo com um olhar geográfico é um processo que se inicia desde os 
primeiros anos de vida quando se reconhecem os lugares, identificam-se os objetos e 
vivenciam-se os percursos e se reconhecem as distâncias, atribuindo sentido ao que está sendo 
observado e representado. (CASTELLAR, 2017). 
Neste contexto, conforme a disciplina de Metodologias Ativas da Aprendizagem vimos 
que, a interdisciplinaridade deve ser vista como a existência de pelo menos duas disciplinas, 
como referências para uma ação particular, sendo assim, a vida cotidiana deve ser reconhecida 
como um todo e não de maneira fragmentada. Falar em projeto é falar o mundo, ler o mundo e 
registrar o mundo em atividades práticas, mediante o interesse do aluno e seus conhecimentos 
prévios e suas capacidades. 
22 
 
É relevante afirmar que na teoria da aprendizagem abordada por Lev S. Vygostsky, o 
desenvolvimento da estrutura cognitiva se dá através da apropriação de experiências histórico-
culturais (VYGOTSKY, 1987) “O desenvolvimento e aprendizagem são processos 
concomitantes, interdependentes e recíprocos”. Professor deve ser o mediador do processo 
ensino-aprendizagem. A ação docentedeve acontecer planejando um processo educativo, a fim 
de que o aluno possa assumir a responsabilidade pelo seu próprio aprendizado. 
A disciplina de Fundamentos e Práticas no ensino de Ciências da natureza nos norteou 
na compreensão dos impactos causados no ambiente com a degradação ambiental, também 
contribuiu para proporcionar um ensino por investigação, oferecendo aos alunos possibilidades 
para criar um senso crítico e reflexivo. 
Na disciplina de Avaliação Educacional auxiliou a construir uma visão importante dos 
problemas detectados a fim de saná-los. 
Nos auxiliou também a disciplina de Educação Mediada por Tecnologias, o processo de 
ensino a distância por meio das vídeoaulas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.5 Metodologia 
 
Para iniciarmos nossa abordagem de estudos e entender o contexto social, realizamos 
alguns estudos e pesquisas nos registros disponibilizados na internet e trabalhos acadêmicos, 
a respeito da cidade de Peruíbe onde está localizada as Ruinas do Abarebebê. 
23 
 
A análise do cenário do Projeto foi acentuada inclusive no registro e nas observações de 
experiências por meio de discussões coletivas e na comunicação assertiva, validando a 
importância do trabalho em equipe focado no Projeto, na empatia e na prioridade do 
cumprimento de tarefas. 
Por conseguinte, nosso objetivo principal ficou estabelecido na produção da videoaula, 
no enredo histórico e geográfico do município de Peruíbe-SP, bem como os desdobramentos 
históricos da construção da Igreja de São João Batista pelos índios brasileiros, com a 
intervenção portuguesa jesuítica e a divulgação da lenda do Padre Leonardo (Abarebebê). 
 
Em seu método, busca na paisagem, na imagem, os detalhes que tenham constância, 
isto é, que se repita, de forma a encontrar padrões que levem à evidenciação da 
organização do espaço (CASTELLAR & VILHENA, 2010) 
 
Figura 5: Pintura em tela que retrata a Igreja de São João Batista, construída no século XVII 
Fonte: acervo do próprio autor 
 
Durante pesquisas realizadas em sites, o grupo achou relevante destacar a cronologia 
dos acontecimentos, na aldeia de São João Batista. Segundo pesquisa histórica, realizada por 
“Jaelson Trindade” (1992), com base momentos primários e secundários, porém as 
informações encontradas nos painéis das ruínas, sugere-se uma cronologia de ocupação do 
Sítio Arqueológico. (VIDE ANEXO 3). 
Como materiais utilizados, reconhecemos a importância do uso da linguagem 
cartográfica, com o auxílio de mapas, pinturas do acervo local (produto identidade histórico-
cultural), fotografias, recursos audiovisuais e formulários, no objetivo de apresentar questões 
24 
 
pontuais aos alunos do 5º ano do município de Peruíbe, sobre seus prévios conhecimentos 
acerca das Ruínas do Abarebebê e o uso da representação gráfica, como método inicial para a 
investigação da problemática. 
Como método, buscamos o trabalho de campo como percurso organizado, lógico e 
sistemático de pesquisa para apurar as informações in situ, nas Ruínas do Abarebebê 
construída em 1660 e como se encontra nos dias atuais e sua preservação, incluindo na análise 
a dinâmica do período atual que vivenciamos, a pandemia de Covid-19. 
Figura 6: Entrada fechada por conta da Pandemia de Covid-19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Acervo do próprio autor 
Mediante relatos da população mais antiga da cidade de Peruíbe, o grupo de pôde 
apurar um pouco sobre a história do surgimento da cidade de Peruíbe. Quando os portugueses 
chegaram no Brasil em 1500, na nossa região já existia a aldeia dos índios de Peruíbe que aqui 
habitavam. Por volta dos anos de 1534, no território onde se localiza a cidade de Peruíbe, após 
a implantação pela coroa portuguesa das Capitanias Hereditárias para poder colonizar as terras 
brasileiras, Peruíbe pertencia à Capitania de São Vicente, sendo o donatário destas terras 
Martim Afonso de Souza (responsável por comandar a 1ª expedição de colonização do Brasil). 
25 
 
Em 1554 o padre Leonardo Nunes ganhou o reforço do Padre José de Anchieta que foi 
enviado ao aldeamento para auxiliar na evangelização dos índios, já no ano de 1640 a 
localidade passou a ser conhecida como Aldeia de São João Batista, diante da resistência em 
estabelecer um relacionamento amigável com os índios da região, a coroa portuguesa resolveu 
trazer ao Brasil crianças órfãs no afã de usá-las para conquistar os pequenos indígenas e assim 
conseguir “domar” seus pais. 
O estabelecimento dos padres jesuítas no litoral brasileiro principalmente aqui no 
litoral de São Paulo, está muito ligada a fundação da cidade de Peruíbe. Em 1549 com a 
chegada de Padre Leonardo Nunes que foi enviado ao Brasil com o intuito de catequisar os 
índios, pois, os portugueses os consideravam arredios e precisavam ser catequisados para se 
tornar obedientes. O Padre Leonardo Nunes recebeu o apelido de Abarebebê que significa 
Padre Voador, em tupi Abaré “padre” e bebê “voador”, pois os índios que possuíam um estilo 
de vida próprio, se espantavam com a agilidade dele de se locomover, e assim, parecia estar 
em vários locais ao mesmo tempo. Após este grande feito Leonardo Nunes voltou num navio 
à Portugal para contar a D. Pedro III o que tinha encontrado no litoral brasileiro, mas a 
embarcação foi acometida por uma grande tempestade e ele acabou morrendo afogado em 30 
de junho de 1554, após salvar parte da tripulação. 
A população local conta que existe a Lenda dos Pirilampos ou Vagalumes que rodeiam 
as Ruínas do Abarebebê, pois em todos no aniversário de morte dele, os vagalumes se juntam 
e iluminam a Igreja no formato original. 
No ano de 1759, Marques de Pombal decretou a expulsão dos jesuítas de terras 
brasileiras, já que diante da catequização eles instruíam os indígenas contra os abusos de 
colonos que aqui residiam, tentavam impor e diante da escassez de negros, usavam-nos como 
escravos, pois segundo Pombal, os jesuítas estavam atrapalhando seus planos portugueses. 
Logo após a chegada dos padres jesuítas a nossa região foi erguida no local a Igreja de 
São João Batista, identificada como uma das primeiras igrejas do Brasil, ali também se 
estabeleceu o segundo colégio de meninos do Brasil. Após a expulsão dos padres jesuítas, a 
aldeia foi abandonada e entrou em declínio, tornando-se uma pacata vila de pescadores. Correu 
a época uma notícia de que os jesuítas tinham deixado tesouros na igreja, a partir desta notícia 
caçadores de tesouros invadiram o local, onde cavaram derrubaram paredes e supostamente 
destruíram a igreja, os escombros que restaram desta igreja hoje são reconhecidos 
26 
 
nacionalmente como as Ruínas do Abarebebê que é o objeto de estudo de nosso projeto 
integrador. 
Peruíbe, foi o nome dado pelos indígenas que significa “no rio dos tubarões” que é a 
junção do vocábulo tupi, iperu (tubarão), ‘y (rio) e be (em), algumas pessoas ousam dizer que 
é uma comparação do Padre José de Anchieta, que antes de vir ao Brasil viveu em Tapirema 
do Peru, deu este nome a nossa cidade por Peruíbe ter semelhanças regionais e da dificuldade 
de exercer a sua catequese. 
As Ruínas do Abarebebê tornaram-se o mais importante sítio arqueológico existente 
na cidade de Peruíbe, sendo elevado ao título de patrimônio nacional e paulista tombado no 
ano de 1984 pelo IPHAN e CONDEPHAAT, este sítio foi estudado pelo Museu de 
Arqueologia e Etnologia da USP, onde foram encontrados restos mortais dos indígenas que 
ali viveram por se tratar de um cemitério, encontraram também a pia batismal que os jesuítas 
batizavam os índios que eram convertidos ao catolicismo. 
Colocamos aqui então uma reflexão a respeito das Ruínas do Abarebebê que são 
vestígios da construção dessa igreja franciscana. Os franciscanos em sua maioria das vezes 
são excluídos da história das ruínas, coisa que não deveria acontecer, como se apenas os 
jesuítas tivessem importância, sem contar que foram os representantesreligiosos que mais 
residiram na aldeia junto aos índios. As informações divulgadas por Benedito Calixto, em 
1853 e 1927, junto as suas pinturas intituladas como Ruínas do Abarebebê, de 1905 a 1910, 
reforçam, além do necessário a importância dos jesuítas. 
Vale ressaltar que os escritos de Benedito Calixto são sinais da construção histórica 
elitizada, com uma visão extremamente nacionalista. Esse foi o modo encontrar pelo pintor 
para atribuir valor monumental àquilo que queria ser preservado. Apoiado nas informações 
que dão ao padre Jesuíta, Leonardo Nunes, como principal agente entre 1554 e 1559, do 
trabalho de catequese a domesticação, de “grupos indígenas na Costa Sul do Brasil”. Calixto 
creditou a este padre morto em 1554 a criação do aldeamento cristão de Peruíbe e a construção 
da igreja. 
Ressaltamos também que, quanto mais se diversifica a sequência didática ou 
procedimento para desenvolver um conceito, mais esse aluno terá condições de ampliar seu 
repertório cultural, de conhecer pinturas artísticas relacionadas a períodos históricos, ouvir 
vocábulos do dialeto indígena tupi guarani, relacionar mapas e fotografias para compreensão 
do contexto local e estimular o raciocínio geográfico. 
 
27 
 
Figura 7: Vista das ruínas da igreja do Abarebebê 
 
Fonte: acervo pessoal do próprio autor 
 
Peruíbe: Características gerais 
 
O município de Peruíbe teve sua fundação emancipatória no ano de 1959, 
especificamente em 18 de fevereiro, portanto, 61 anos. Contudo, foi um dos primeiros 
territórios do Brasil a serem colonizados pelos portugueses desde 1532. São deste período, a 
partir do século XVI, as principais construções históricas da cidade, intimamente ligadas ao 
uso de mão de obra indígena, inclusive à fundação da Igreja de São João Batista. 
No contexto geográfico, Peruíbe faz divisa com outros quatro municípios: à Norte e 
Noroeste (N e NE) encontra-se o município de Itanhaém; Iguape à sudoeste (SE); Itariri à 
oeste (O); Pedro de Toledo à Noroeste (NE) e o oceano atlântico à sudeste. Sendo assim, o 
município de Peruíbe localiza-se no litoral sul do estado de São Paulo. A partir dessa 
conjectura, vimos que o ser humano sempre precisou de referências para se orientar no espaço 
geográfico: um rio, uma igreja, um morro, à direita, à esquerda, acima, abaixo, etc., no entanto, 
“para se ter referências mais precisas, inventou-se os pontos cardeais e colaterais” 
(MOREIRA, 2010), como mostra-se através do instrumento, Rosa dos ventos 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.5.1 Na prática: A Rosa-dos-ventos, o instrumento indicador de espaço 
 
A Rosa dos Ventos é um objeto instrumental antigo utilizado desde a Grécia Antiga, 
na finalidade de indicar a localização relativa, isto é, como um ponto inicial posiciona-se em 
relação a outro ponto. Essa ferramenta também se apresenta como referência na localização 
absoluta em mapas e cartas geográficas. Ela é composta pelo que chamamos de pontos 
cardeais, colaterais e subcolaterais que são as diferentes orientações para onde apontam 
29 
 
distintas direções. Sabe-se que o seu uso esteve presente nas grandes navegações e assim se 
popularizou, desde o século XVI. Sendo assim, a Rosa dos Ventos era bastante utilizada pelos 
colonizadores portugueses e que seu formato, comparado a uma rosa, é creditado a eles 
(BRANDÃO, 2016). 
Inicialmente, vamos indicar abaixo, na ilustração da Rosa dos Ventos, os pontos 
cardeais e colaterais para o auxílio na compreensão de mapas, em especial do mapa do Brasil, 
estado de São Paulo e do município de Peruíbe. 
 
Figura 8: Rosa dos Ventos. Identificação dos pontos cardeais: Norte (N), Sul (S), Leste (E) e Oeste (O) e dos 
pontos colaterais: Nordeste (NE), Sudeste (SE), Noroeste (NO) e Sudoeste (SO). 
 
 
Fonte: Pinterest.br 
 
A partir desse explanado, apresentamos o mapa do Brasil (Figura 2). Em destaque, 
caracterizado em vermelho, apresentamos o estado de São Paulo. À direita, identificamos o 
mapa de todos os municípios do estado de São Paulo e, em evidência, a cidade de Peruíbe. 
 
30 
 
Figura 9: Localização geográfica do município de Peruíbe, estado de São Paulo. 
Fonte: Adaptações feitas pelo próprio autor 
Neste contexto, o município de Peruíbe localiza-se no litoral sul do estado de São Paulo 
(figura 2). Está a 140 km da capital São Paulo e distante a 80 km de Santos. 
O espaço territorial peruibense tem predominância de planície costeira, possui 32 km 
de praias e a paisagem natural conta-se também com o Morro do Guaraú, a Serra de Jureia-
Itatins e a Serra do Mar. A vegetação presente em Peruíbe é proeminente de Mata Atlântica, 
manguezais e restingas. A altitude média geográfica do município é de 5 metros e 880 cm. 
Vale ressaltar que cerca de 50% de seu território está presente em unidades de conservação 
ambiental, em especial a Jureia Itatins e o Parque Estadual da Serra do Mar, importantes áreas 
de preservação do estado de São Paulo (BRASIL, 2020). 
 
 
 
31 
 
Figura 10: Contexto Espacial da Região Metropolitana da Baixada Santista no Estado de São Paulo composta 
por nove municípios, sendo eles: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, 
Santos e São Vicente. 
Fonte: Nós Digitais Disponível em: http://wiki.nosdigitais.teia.org.br/Pontos_de_Cultura_-
_Regi%C3%A3o_Serrana_e_Litoral_Paulista Acesso em: 10 set.2020 
 
É considerável que em uma linguagem clara e concisa com o auxílio de mapas, fotos e 
informações geradas de questionários, esse Projeto Integrador em sua fundamentação teórica 
pretende auxiliar o estudante, de modo a acompanhar as transformações que ocorreram na 
região, desde o período histórico no século XVI, até os dias atuais, que torna o reconhecimento 
espacial das Ruínas do Abarebebê: lugar, paisagem e território objetos de estudo fundamentais 
da dinâmica do município de Peruíbe, para que possa nele atuar como cidadão consciente e 
participativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://wiki.nosdigitais.teia.org.br/Pontos_de_Cultura_-_Regi%C3%A3o_Serrana_e_Litoral_Paulista
http://wiki.nosdigitais.teia.org.br/Pontos_de_Cultura_-_Regi%C3%A3o_Serrana_e_Litoral_Paulista
32 
 
3. RESULTADOS 
 
 Diante da nova realidade de aprendizagem da qual estamos inseridos, nossa pesquisa 
se deu de forma totalmente remota, o grupo elaborou um formulário online aos alunos para 
saber o grau de conhecimento do Patrimônio Histórico em questão, realizamos uma entrevista 
com uma indígena para saber a importância das Ruínas para o seu povo e com isso elaboramos 
uma solução viável para o problema por nós detectado. Proporcionando assim aos alunos, a 
oportunidade de poder conhecer e se apropriar da História das Ruínas do Abarebebê associada 
a cultura indígena com o intuito de transformá-los em agentes transformadores da realidade em 
que estão inseridos, capazes de mudar a realidade de seu entorno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
3.1 SOLUÇÃO INICIAL 
 
Durante nossas as reuniões periódicas, o grupo se manteve constante, reunindo-se 
periodicamente através de aplicativo de mensagens e Google Meeting. Num primeiro momento, 
após as videoaulas e pesquisa na internet achou-se interessante abordar o abandono das Ruínas 
do Abarebebê e de seu entorno tratando de assuntos como o descarte incorreto do lixo urbano 
e a degradação do patrimônio histórico/cultural. 
Em outro momento após as mesmas reuniões periódicas e orientações por parte da 
mediadora, ao discutirmos sobre o desenvolvimento da atividade vimos que nossa primeira 
ideia não estava relacionada diretamente ao que nos foi proposto no presente projeto o grupo 
decidiu então manter o foco somente na história da chegada dos portugueses e colonização e 
catequização dos indígenas. 
A propósito é de suma importância a investigação do cenário das Ruínas do Abarebebêrealizada pelo grupo. Buscou-se verificar o entorno e como estava a dinâmica de conservação 
por parte da prefeitura, in situ e nas imediações. Como arguição, através de fotografias 
observou-se que há no local a depredação de grades para o acesso não permitido às Ruínas. Foi 
observado inclusive que não há Guarda Municipal Patrimonial na guarita de entrada durante o 
dia, e como verificado na Secretaria de Cultura e Turismo do município, não o há, durante à 
noite, também. Como solução inicial, dialogamos sobre a promoção da Educação ambiental 
com as crianças do 5º Ano do Ensino Fundamental para a conservação in situ, com afirmativas 
condutas de preservação e a desaprovação de condutas de destruição e poluição, como o 
vandalismo, descarte irregular de resíduos e entulho por parte da comunidade. Vale salientar 
que, a Base Nacional Comum Curricular proporciona o direcionamento ao Plano de Aula para 
essa habilidade: Reconhecer que a qualidade ambiental está ligada às ações e atividades 
antrópicas. 
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público 
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as futuras e presentes 
gerações” (CONSTITUIÇÃO Federal de 1988, artigo 225). 
 
É válido trabalhar nesta solução inicial, a fase da contextualização, para que o aluno se 
apresente reflexivo para estimular o pensamento e a discussão sobre o tema. A princípio, as 
fotografias são consideradas pelo grupo como fontes muito significativas para a aula, pois 
34 
 
trazem a visualização em tempo real do atual estado de conservação do meio ambiente e do 
Patrimônio Histórico Cultural: Ruínas do Abarebebê. 
 
O conjunto de habilidades que compõe a unidade "Natureza, ambientes e qualidade 
de vida" (BNCC) reúne temas, objetivos, conteúdos e questionamentos que 
proporcionam espaço ao estudante para refletir sobre a questão ambiental, 
identificando problemáticas que acontecem no entorno da escola, no bairro e nos 
lugares de vivência; neste, as Ruínas do Abarebebê (grifo nosso). São conteúdos que 
proporcionarão o pensar e a ação pela coletividade com responsabilidade, senso crítico 
e exercício de ética e cidadania (BRASIL, 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
3.2 SOLUÇÃO FINAL 
 
Diante de toda esta informação coletada e abordada junto aos alunos e munícipes, acerca 
da história da cidade e da localização bem como se utilizar a “Rosa dos Ventos”, o grupo criou 
uma sequência didática a fim de exemplificar o objetivo por nós almejado. 
 
O trabalho pedagógico acerca das Ruínas dar-se-á da seguinte maneira: 
Serão ofertadas para as crianças, propostas de ensino em ordem crescente de 
dificuldade. Como o respeito ao outro e a cultura indígena, além de adquirirem o letramento, 
solicitado pela BNCC nas disciplinas de História e Geografia. 
Cada passo na elaboração da aula permitirá que o próximo seja realizado, o objetivo 
aqui é focar no conhecimento que o aluno já traz consigo, aperfeiçoá-lo e possibilitar que 
novas informações sejam agregadas. 
As atividades serão sempre ordenadas e relacionadas em pequenos desafios, sempre 
com o objetivo maior, que visa a formação de futuros adultos, críticos e conscientes de suas 
responsabilidades com o meio ambiente e com a valorização do seu patrimônio 
histórico/cultural inserido na localidade em que vivem; 
A presente pesquisa ainda traz um outro grande desafio, trabalhar todas as questões 
acima mencionadas por meio de trabalho remoto, sem a presença física das crianças e do 
professor. 
O trabalho inicia-se com uma reunião a distância por meio do aplicativo de chamada 
de vídeo Google Meeting. Serão estabelecidas questões que ativem o conhecimento prévio dos 
educandos. 
O professor compartilhará a sua tela com os alunos, colocará na lousa ou em cartazes 
as seguintes palavras, colonização portuguesa, índios, ocupação indígena, aldeamento de São 
João Batista em Peruíbe, Ruínas do Abarebebê. A partir deste ponto o professor fará a seguinte 
pergunta aos alunos: 
Vocês conhecem a importância das Ruínas do Abarebebê para a cultura indígena? 
Como a temática faz parte do cotidiano dos moradores locais, certamente as crianças 
ativarão os seus conhecimentos ainda que sejam pelo senso comum. 
Nessa perspectiva há a necessidade de o professor ter um olhar muito atento a todas as 
realidades socioeconômicas. Sabe-se que a internet ainda não está presente em os lugares e 
36 
 
que as crianças não podem ser prejudicadas; e há de se pensar também em uma sequência 
didática para as crianças especiais. 
Diante desses fatos, todo material necessita ser adaptado e impresso. Por exemplo, o 
conhecimento prévio desses educandos também será ativado, só que de forma diferente. Os 
alunos que não possuem internet registrarão no material impresso o seu conhecimento prévio, 
os alunos portadores de necessidades especiais poderão registrar através de desenhos ou 
colagens, estes mesmos conhecimentos, ainda que com dificuldade. Vale ressaltar que o 
conhecimento prévio dos educandos não será investigado ao mesmo tempo. 
Nas reuniões pelo Google Meeting ou outro aplicativo disponibilizado pelo professor, 
ele fará associações entre a colonização portuguesa no litoral paulista, a ocupação indígena e 
o Aldeamento de São João Batista, em Peruíbe. 
Nessa etapa da sequência didática é importante relatar aos estudantes que, ao 
desembarcarem no litoral brasileiro no século XVI, os europeus que aqui chegaram, não 
encontraram apenas o povo tupi-guarani, mas diversas culturas indígenas como os Aimorés, 
Goitacazes e Tremembé. A seguir será apresentado aos alunos um vídeo em forma de animação 
retirado do Youtube, discorrendo sobre como os portugueses colonizaram os indígenas. Aqui 
é feita uma reflexão entre passado e presente e questionamentos acerca da cultura e modo de 
vida do povo indígena. 
É extremamente importante esse link (vídeo) para que as crianças possam fazer 
associações, levantar hipóteses, argumentar, refutar ideias ou até mesmo fazer referências, 
tudo de forma lúdica e atendendo também as demandas de crianças surdas, já que o vídeo é 
legendado. 
Ressaltamos também a importância dos povos da família tupi-guarani, no litoral 
brasileiro, em 1550 e 1616. Serão apresentados gráficos e mapas aos alunos para que eles 
possam tirar suas próprias conclusões acerca desta população, há de se destacar a presença 
da família Tupi Guarani da Costa Brasileira durante os séculos XVI e XVII. 
Faz-se necessário destacar a população de 1400 povos indígenas no território 
brasileiro. Num contexto expositivo a sequência abordará também a exploração 
indiscriminada do trabalho indígena, o que fez ocasionar em fome e epidemias, afastando os 
povos tupi-guarani do litoral brasileiro logo após o primeiro século de colonização. Atentar 
ao fato de que pouca coisa mudou, apesar de alguns benefícios serem atribuídos aos povos 
indígenas nos dias de hoje. 
37 
 
A seguir o professor deverá abordar a aldeia de Piaçaguera, a maior dentre as oito 
presentes no território e onde acerca de quatro anos antes, viviam 27 famílias. Há décadas, 
600 indígenas viviam em um território com 6 KM de praia, a etnia conquistou o direito da 
homologação do território no ano de 2016. 
Entretanto, em junho do mesmo ano Leão Benedito de Araújo Novaes, entrou de 
segurança no STF (Superior Tribunal Federal) contra o processo de demarcatório, o que 
contradiz o pedido, pois laudos antropológicos provam que a região é uma área indígena 
pertencente a esta etnia há mais ou menos 60 anos. 
Neste ponto da sequência, os alunos deverão ter se apropriado de muitos conceitos e 
argumentos. Entretanto, o professor deverá comportar-se apenas como mediador do processo, 
deixando que os alunos tirem suas próprias conclusões. O professordeverá focar nos índios 
guaranis (o grande povo). Ressaltar que idioma guarani pertence ao tronco linguístico, Tupi 
Guarani, de onde derivam vinte e uma línguas e que este é o idioma, mais falado na América 
do Sul. 
A seguir será distribuído aos educandos como tarefa de casa, um questionário que será 
disponibilizado no Google Forms, trata-se de uma pesquisa sobre as Ruínas do Abarebebê com 
respostas objetivas, bem simples. O questionário será a base para as próximas sequências. A 
estratégia aqui é associar a cultura indígena às Ruínas do Abarebebê. 
O professor indicará o vídeo da UNIVESP TV, São Paulo, tratando de um sítio 
arqueológico em Peruíbe como tarefa de casa. O vídeo retrata do ponto de vista de 
especialistas, o sítio cerâmico, Ruínas do Abarebebê. 
Há muitas curiosidades também acerca das Ruínas, pelo fato da igreja ser um local 
Sagrado para a cultura indígena. Relata também sobre o descaso com o patrimônio histórico, 
ponto de discussão e debate para os educandos. 
As discussões sobre os sítios arqueológicos não se esgotarão, apenas partirão das 
Ruínas do Abarebebê e se estenderão aos educandos, garantindo o pleno desenvolvimento e a 
curiosidade de saber sobre outros sítios, como Taniguá, com enorme potencial cultural; além 
disso, a cidade de Peruíbe possui mais de dezoito sítios arqueológicos, só que estes possuem 
acesso monitorado. 
Apropriando todas as informações elencadas até a presente data, ainda através do 
Google Meeting o professor construirá junto aos educandos um texto coletivo. Resgatará a 
opinião mesmo que singela dos alunos especiais, seja por desenho, fala ou até mesmo pela 
língua de sinais (Libras). 
38 
 
A próxima etapa será a construção de um Podcast pelo professor e pelos alunos. Nesse 
material o professor elaborará junto aos educandos um texto oral com todas as informações 
coletadas acerca das Ruínas do Abarebebê. 
Por fim, o professor apresentará a turma a visão de uma nativa indígena, senhora Dona 
Rita Luiz Moreira (VIDE ANEXO 4), mais conhecida entre seus pares por Rita Serena, da 
etnia Pataxó, no qual ela relata sobre a importância histórica, cultural, da preservação das 
memórias, dos antepassados, principalmente do respeito à (Mãe Natureza), assim como ela 
mesma relata na entrevista. 
Apesar de não ser obrigatório, o professor sugerirá aos educandos a produção de um 
gibi, contemplando todos os alunos nas suas especificidades. Gibis virtuais, físicos, com 
desenhos, colagens, do jeito que o aluno puder realizar baseado nas suas impressões sobre a 
sequência a estudada, as Ruínas do Abarebebê e a cultura indígena. Os gibis serão socializados 
no ambiente virtual que a escola possua, caso haja, ou qualquer outro aplicativo em que as 
crianças possam se comunicar até mesmo pelo aplicativo de mensagens WhatsApp, as crianças 
especiais e as crianças que não possuem internet terão a oportunidade de ver os seus gibis 
fotografados e expostos na escola de origem. 
Baseados nas orientações de nossa tutora enviamos nossa videoaula para uma professora 
5º ano a fim de recebermos um feedback do protótipo nós construído. A seguir, veremos a 
transcrição do relato da Professora Maria Eliana Leite Graça, que leciona aulas no Colégio 
Nossa Senhora da Divina Providência em Peruíbe/SP. 
 
FEEDBACK DA PROFESSORA 
 
TRANSCRIÇÃO DOS ÁUDIOS ENVIADOS VIA APLICATIVO DE MENSAGENS 
WHATSAPP 
 
Áudio 01 – Eu adorei, vou passar para os alunos o ano que vem. (sic) 
Áudio 02 – Então, eu achei que, ficou muito rico, porque vocês conseguiram trazer a questão 
da história, do espaço, do tempo e vincular o trabalho do Jesuítas com o do Padre Leonardo 
Nunes, trazer a própria lenda que se teve e valorizar esse Patrimônio Histórico que nós temos, 
porque acaba ficando a desejar, né? Porque a administração pública não enfatiza, não valoriza 
na verdade, né? O patrimônio que nós temos aí na cidade, porque isso era pra ser aberto pra 
visitação, mas tem um trabalho muito mais forte aí em Peruíbe. E eu vejo que não existe, tanto 
39 
 
é que a gente não fala tanto, só no terceiro ano que eu, eu trabalhei lendas e trabalhei algumas 
lendas de Peruíbe, mas tem tanta coisa rica e ficou muito nítido isso no trabalho. Agora em 
relação a entrevista, ela podia ter focado mais na questão da cultura deles, de como era, podia 
ter colocado assim, como era antes e como é agora, fazer essa comparação, mas, ficou bom o 
trabalho, eu gostei. Parabéns! (sic) 
Áudio 03 – Quando ela termina falando do Deus Tupã, sabe? Da mãe natureza. Gente, olha que 
que riqueza isso, meu Pai Eterno, que coisa maravilhosa, muito legal. Parabéns!(sic) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
STORYBOARD 
40 
 
 
 
Peruíbe localizada no estado de 
São Paulo. 
 
 
 
 
 
 
Contextualizar que as Ruínas do 
Abarebebê é a segunda igreja do 
Brasil, construída com areia, 
óleo de baleia e sambaquis 
 
 
 
 
 
 
Por padre Leonardo Nunes, O 
Abarebebê - Padre Voador era 
assim que os indígenas o 
chamavam. 
 
 
O padre voltou a Portugal para 
contar o seu feito a D. João III e 
morreu afogado 
 
 
41 
 
O aldeamento entrou em 
declínio e os caçadores de 
tesouros invadiram a vila 
 
Destruição das paredes das 
ruinas após a passagem dos 
caçadores de tesouro 
 
Todos os anos no aniversário de 
morte de Padre Leonardo Nunes 
as Ruínas tomam seu formato 
inicial pela iluminação dos 
vagalumes –Lenda 
 
Tombamento das Ruínas em 
Patrimônio Histórico 
 
42 
 
Importância para a cultura 
indígena – Local sagrado 
 
Abordar o descaso e a 
degradação ambiental no 
entorno das ruínas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Foi proposto elaborar através deste Projeto Integrador uma videoaula sobre a 
importância do conhecimento da história das Ruínas do Abarebebê, no município de Peruíbe. 
Nossa pesquisa seguiu com o levantamento de informações com a comunidade externa 
e com a posterior análise dos dados coletados, a qual se percebeu que muitos estudantes 
desconhecem o processo histórico enriquecedor que o espaço, sítio arqueológico, apresenta. 
Sabe-se que todas as hipóteses foram clarificadas e confirmadas a partir dos materiais e métodos 
utilizados. 
Os objetivos foram ampliados e consequentemente a busca pela compreensão e 
divulgação pública das informações relacionadas ao tema. Embasa-se inclusive na entrevista 
sobre a temática com a indígena Rita Luiz Moreira, que colabora de forma desmedida com o 
Projeto e suas conclusões. 
Nosso protótipo seguiu na colaboração a partir de uma sequência didática para a criação 
de uma videoaula, confirmando nossas hipóteses e na concretização do Projeto para viabilizar 
o processo ensino-aprendizagem na imersão integradora das disciplinas Geografia e História, 
na perspectiva tempo e espaço, povos e civilizações na fundamentação sobre a ausência de 
conservação do patrimônio histórico cultural Ruínas do Abarebebê. 
Sendo assim, consideramos que o comprometimento do docente, ativo de maneira 
colaborativa, deverá assumir a responsabilidade de orientação e promoção da educação 
ambiental, a fim de evidenciar uma postura cidadã, ética e de sustentabilidade, diante desse sítio 
investigado. 
Nossos agradecimentos à solicitude de todos os envolvidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
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VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/a-aula-oficina-um-novo-modo-ensinar-historia.htm
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/a-aula-oficina-um-novo-modo-ensinar-historia.htm
http://periodicos.unisantos.br/
47 
 
ANEXO 1 
Gráfico de respostas do Formulários Google. 
1 - Você sabia que no ano de 1532, os primeiros moradores de Peruíbe eram os índios? 
 
 
 
2 - Já Ouviu falar dos padres jesuítas? 
 
 
 
 
 
3 – E do Padre Voador, o Abarebebê você já leu ou ouviu algo sobre ele? 
 
 
 
 
 
4 – Você conhece ou já ouviu falar das ruínas do Abarebebê? 
 
 
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5 – Você sabia que naquele local está localizada a segunda igreja do Brasil? 
 
 
 
 
6 – Você já teve a oportunidade de ir até o local para conhecer? 
 
 
 
 
7 – Você gostaria de fazer uma visita a este local? 
 
 
 
 
8 – Você gostaria de realizar esta visita com sua família ou com seus amigos da sala de 
aula? 
 
 
 
 
49 
 
 
 
 
9 – Você sabe o que é um sítio arqueológico? 
 
 
 
10– Você sabia que as Ruínas do Abarebebê é considerada um Sítio arqueológico? 
 
 
 
 11 – Você acha que seria interessante saber sobre as Ruínas do Abarebebê? 
 
 
 
12- Apesar da importância das Ruínas para a história do Brasil, atualmente ela se

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