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1 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Jessica Barbosa de Jesus Juliana Conceição Ferreira de Azevedo Kenia Maria de Andrade Luzia de Fátima de Assis Patricia Aparecida Sanches Janoti Sandra Regina de Camargo Sidnei Soares Torquato Thiago Francisco Gonçalves Alvarez A importância do conhecimento da história das Ruínas do Abarebebê Vídeo do Projeto Integrador <https://youtu.be/RuzsWzctuEA > Videoaula < https://youtu.be/KtlQydEvj4Y > Peruíbe – SP 2020 https://youtu.be/RuzsWzctuEA 2 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO A importância do conhecimento da história das Ruínas do Abarebebê Relatório Técnico - Científico apresentado na disciplina de Projeto Integrador IV para o curso de Pedagogia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Peruíbe – SP 2020 3 JESUS, Jéssica Barbosa de; AZEVEDO, Juliana Conceição Ferreira de; ANDRADE, Kenia Maria de; ASSIS, Luzia de Fátima de; JANOTI, Patricia Aparecida Sanches; CAMARGO, Sandra Regina de; TORQUATO, Sidnei Soares; ALVAREZ, Thiago Francisco Gonçalves. A importância do conhecimento da história das Ruínas do Abarebebê. 00f. Relatório Técnico-Científico. Licenciatura em Pedagogia – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Tânia de Assis Silva. Polo Peruíbe, 2020. RESUMO Nosso objetivo é relatar a história que envolve toda a riqueza das Ruinas do Abarebebê, objetivando explorar os acontecimentos relevantes e de suma importância tanto para a história de Peruíbe quanto para a história do Brasil, tendo em vista que esta foi uma das primeiras igrejas construídas no Brasil no século XVI, pois, ao longo dos 28 km entre Itanhaém e o final da Praia de Peruíbe encontra-se o outeiro onde estão as Ruínas da Igreja da Aldeia de São João Batista. Tanto o aldeamento e a igreja são datados desta época. De acordo com o levantamento realizado com a comunidade externa e após análise dos dados coletados, percebemos que poucos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental conhecem realmente a história desta localidade, diante da riqueza de detalhes que as Ruínas possui. O grupo pode observar que este seria um meio de divulgar e tornar público esta informação, para tanto realizamos pesquisas em artigos científicos, blogs, relatos da comunidade caiçara e até mesmo o ponto de vista de uma integrante indígena mostrando a importância e a sacralidade que este sítio arqueológico tem para a sua cultura e para o seu povo, já que Peruíbe antes da colonização europeia pertencia a eles. Sendo assim, queremos mostrar com uma metodologia didática simples a importância conscientização de alunos do 5º ano do Ensino Fundamental sobre a preservação do patrimônio histórico na cidade de Peruíbe e apontar também o descaso com o Patrimônio Histórico: Sítio Arqueológico Ruínas do Abarebebê. PALAVRAS-CHAVE: Abarebebê; Patrimônio; Peruíbe; Igreja. 4 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1– VISTA AÉREA DAS RUÍNAS DO ABAREBEBÊ.........................................................9 FIGURA 2– CERCA ROMPIDA DAS RUÍNAS................................................................................ 16 FIGURA 3– DEGRADAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO.......................................................17 FIGURA 4– DEGRADAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO.......................................................17 FIGURA 5– PINTURA EM TELA DA IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA.................................... 23 FIGURA 6– VISTA DA ENTRADA DAS RUÍNAS DO ABAREBEBÊ.......................................... 24 FIGURA 7– VISTA DAS RUÍNAS DO ABAREBEBÊ..................................................................... 27 FIGURA 8– ROSA DOS VENTOS..................................................................................................... 29 FIGURA 9– LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DE PERUÍBE.......................................................... 30 FIGURA 10– CONTEXTO ESPACIAL DA BAIXADA SANTISTA............................................... 31 5 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................6 2. DESENVOLVIMENTO................................................................................................................. 11 2.1 PROBLEMA E OBJETIVOS................................................................................................................. 11 2.2. JUSTIFICATIVA................................................................................................................................ 14 2. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................................ 15 2.4. APLICAÇÃO DAS DISCIPLINAS ESTUDADAS NO PROJETO INTEGRADOR.................................... 21 2.5. METODOLOGIA............................................................................................................................... 23 2.5.1 NA PRÁTICA.................................................................................................................................. 29 3. RESULTADOS................................................................................................................................ 32 3.1 SOLUÇÃO INICIAL............................................................................................................................. 33 3.2 SOLUÇÃO FINAL................................................................................................................................ 35 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................................43 REFERÊNCIAS...................................................................................................................................44 ANEXOS............................................................................................................................................... 47 6 1. INTRODUÇÃO Sociedade e escola têm uma função fundamental no processo de conscientização das crianças na preservação de patrimônios históricos e quando trabalhadas em consonância, entendemos a real função das disciplinas de história e geografia para a formação deste cidadão capaz de transformar o mundo ao seu redor. Após a formação do grupo, tendo em vista a integração dos novos membros em colaboração, estabeleceu-se reuniões remotas através do Google Meet, para as premissas contribuições sobre as diretrizes deste Projeto Integrador. O foco inicial e permanente dessa abordagem foi a temática na elaboração de uma aula virtual em formato de vídeo para um conteúdo que trabalhe com a História e a Geografia, tendo como foco os conceitos de lugar e tempo, previsto para o 5º ano do Ensino Fundamental I. Nesta perspectiva, verificamos que a videoaula deva considerar a interação do docente com a comunidade externa, a fim de valorizar conhecimentos locais e culturais, o que nos estimulou na delimitação do problema e na organização do Plano de Ação. Haja vista que, em decorrência de reflexão para a identificação de um problema inicial, pontuamos a adversidade na valorização da história e da cultura indígena no município de Peruíbe, estado de São Paulo, protelando a consideração da tradição enraizada e do processo histórico cultural do conhecimento étnico dos índios, que de maneira significativa deve ser corrobado. Vale ressaltar a notoriedade que se estima: todos os povos ou grupos étnicos possuem cargas culturais, “não admitindo discriminação e exclusão, entraves à plenitude da cidadania para todos” (BRASIL, 2000). A cidadania, a diversidade cultural e o respeito às diferençassociais, culturais e históricas e a representação das cidades e do espaço urbano são objetos do conhecimento para os alunos do 5º ano, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). De acordo com os objetivos gerais de História e Geografia dos PCN’s, ao final do Ensino Fundamental os alunos deverão compreender gradativamente a sua realidade. Neste sentido os alunos serão capazes de: “Identificar o próprio grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros tempos e espaços; valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo- a como um direito dos povos e indivíduos e como um elemento de fortalecimento da democracia. (BRASIL, 1997) É de suma importância considerar para esse Projeto Integrador o patrimônio histórico e “arqueológico que contribui para a formação e a consolidação da identidade histórica das 7 nações, das pessoas e das comunidades locais, independentes das ideologias políticas em que as várias nações se posicionam” (MACEDO, 2001) Partindo do pressuposto em que o foco da pesquisa inicia-se a partir da necessidade da preservação e valorização do Sítio Arqueológico Ruínas do Abarebebê, que se tornou sítio a partir de pesquisa, por meio de um convênio da prefeitura de Peruíbe e o Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.A arqueologia é uma ciência que muito ajuda a desvendar culturas do passado e o litoral brasileiro tem o privilégio de contar com vários sítios arqueológicos e em Peruíbe não poderia ser diferente, com sítios datados que comprovam a presença humana na região por volta de cinco mil anos, garantido uma força cultural que foi se estendendo ao longo dos anos até chegarem até nós. Poder visitar esses sítios com apoio de um monitoramento faz com possamos divulgar essa nossa origem e assim fortalecer e ampliar a nossa cultura e identidade! Pensando nesse potencial Arqueológico e Histórico a Secretaria de Turismo e Cultura, organizará uma linha de Educação Patrimonial, onde será desenvolvido o seguinte roteiro para que munícipes, turistas, veranistas e estudantes de todas as áreas possam enaltecer e conhecer os lugares onde esses antigos povos desenvolveram uma sociedade organizada. Começaremos com a área localizado ao norte do município, segundo estudos apontados por visita técnica do Arqueólogo Plácido Cali. Taniguá, esse bairro em relação a fixação de presença humana é um dos mais antigos, os vestígios arqueológicos estão aí para comprovar isso, nessa região temos sítios arqueológicos de grande importância e que podem ser classificados em diferentes épocas, pela notável variedade de objetos arqueológicos que registram isso, desde as conchas, cerâmicas, vidros, louças, palha entre outros objetos importantes para essa classificação e entendimento de nossa história e identidade. A área do Taniguá hoje possui três aldeias do lado praia e três do outro do lado da Rodovia Manoel da Nóbrega, sendo de grande potencial cultural, pois algumas aldeias tem apresentações distintas como danças, vivências, artesanatos, culinária entre outras atividades. Seguindo o caminho ainda nessa mesa região norte de Peruíbe, iremos encontrar as Ruínas do Abarebebê, importante sítio histórico e arqueológico que remonda ao período colonial, com vestígios arqueológicos dessa época e de épocas anteriores e posteriores. Lembrando que a cidade de Peruíbe encontram-se 18 sítios arqueológicos, mas apenas as Ruínas do Abarebebê é aberta para visitação. 8 De acordo com o site do CONDEPHAAT, na antiga aldeia de São João Batista de Peruíbe, estabeleceu-se no século XVI, uma missão jesuítica, com o objetivo de converter os índios que viviam ao sul da capitania de Itanhaém. Liderado por Leonardo Nunes, jesuíta português nascido em Vila de São Vicente, da Beira, diocese da Guarda, em data ignorada, de espírito apostólico resoluto e incansável e que teve papel preponderante na libertação de índios escravizados pelos portugueses, em meio a muitas reações adversas, nos princípios da colonização brasileira. Ingressou na Cia. de Jesus, no Colégio de Coimbra (1548) e indicado para missionário no Brasil (1549), chegou como membro da missão dirigida pelo padre provincial Manuel da Nóbrega (1517-1570), na comitiva colonizadora do governador geral Tomé de Souza (1505 - 1573). Trabalhou inicialmente na Bahia, e depois seguiu para São Vicente, em companhia do padre Diogo Jacome, a fim de iniciar catequese dos índios. Em São Vicente fundou um colégio/seminário, o primeiro da povoação, onde eram ensinadas normas eclesiásticas, catecismo, latim e português. Aprendeu a falar tupi, converteu ao cristianismo numerosos índios, especialmente os carijós de Santa Catarina, e reconduziu às práticas cristãs muitos colonos que haviam desviado-se destes princípios como o famoso proprietário de terras e caçador de índios Pedro Correia, que arrependido doou suas propriedades para a ordem, ingressou na Companhia de Jesus, e morreu martirizado. Construiu a Igreja São João Batista e liderou muitas negociações conflitantes entre índios e colonos por todo o sul do Brasil, de São Vicente ao rio da Prata. Esteve no porto de Laguna (1552) com a caravela de Pedro Rossel, a pedido de Tomé de Souza (1505 - 1573), para recolher um grupo de náufragos espanhóis de Juan Salazar, da malograda expedição de Diego Sanábria. Inclusive ganhou dos índios a alcunha de Abarebebê, que em tupi significa padre voador, por causa desta sua excepcional faculdade de locomover-se rápida e prontamente, através de uma região tão primitiva e inóspita. Foi escolhido para ir a Roma apresentar um balanço à companhia sobre as atividades catequéticas brasileiras e trazer as enfim definidas, Constituições da Companhia de Jesus. Quando os jesuítas começaram a trabalhar no Brasil, ainda não estavam definidas essas normas. Embarcando em Santos, infelizmente o navio em que viajava não resistiu a força de uma tempestade e naufragou no dia 30 de junho (1554) resultando em sua morte por afogamento, juntamente com muitos membros da tripulação e outros passageiros. E assim Abarebebê tornou-se a primeira vítima da Companhia de Jesus do período de evangelização do Brasil. Considerado o primeiro apóstolo do Estado de São Paulo e o primeiro encarregado do 9 indígena catarinense, de sua autoria restam duas cartas, ambas datadas de São Vicente (1551), uma das quais foi publicada em tradução italiana, em Veneza (1559). No final do século XVII, a aldeia passou a ser administrada pelos franciscanos, sendo possível que a capela, da qual subsistiram apenas ruínas, tenha sido construída neste período. Essa hipótese se baseia em um desenho feito pelo engenheiro militar, José Custódio Ferreira de Sá e Faria, que, em 1776, esteve em Peruíbe e registrou uma construção singela, cuja arquitetura se aproximava mais da franciscana, do que daquela adotada pela Companhia de Jesus, em estilo, maneirista. O nome Abarebebê, “o santo que voa”, foi alcunha dada pelos índios ao padre Jesuíta, Leonardo Nunes e que se incorporou às Ruínas, marcando a sua presença no local. Fonte do processo de tombamento, processo nº 09515/69, sob a Resolução 15/08/1979, inscrição 130, p. 24 de 29/05/1981 e foi publicado no Diário Oficial no Poder Executivo no dia 17/08/1979, p. 47. Informações retiradas do CONDEPHAAT, Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo. Figura 1: Vista aérea do Sítio das Ruínas do Abarebebê em Peruíbe, estado de São Paulo Fonte: Prefeitura Municipal de Peruíbe. Disponível em: http://www.peruibe3.sp.gov.br/portal/wp- content/uploads/2015/04/r5.jpg Acesso em 20 ago 2020. http://www.peruibe3.sp.gov.br/portal/wp-content/uploads/2015/04/r5.jpg http://www.peruibe3.sp.gov.br/portal/wp-content/uploads/2015/04/r5.jpg 10 Nessa contextualização, a paisagem representada nas Ruínas do Abarebebê está intrínseca aoespaço urbano do município de Peruíbe, que sofreu diversas transformações ao longo do período histórico. Na empreitada de se buscar as possibilidades para um ensino de geografia integrado com a história considerado bem-sucedido, entende-se que este encontrará condições mais favoráveis se ocorrer de maneira articulada com a BNCC. O foco será a prática social dos alunos e sua relação com o saber geográfico, em destaque, com o município de Peruíbe. Contextualizando a prática social do aluno, parte-se do princípio que, o “ensino- aprendizagem é uma relação dialógica que pressupõe a relação entre sujeitos que movimentam entre si e o conhecimento de mundo” (KIMURA, 2010). É necessária a referência para essa abordagem à identidade local, ao pertencimento ao universo no qual o aluno vive e convive. Para isso, a memória deve ser resgatada e o auxílio de mapas e imagens de satélites serão imprescindíveis para a observação da dinâmica transformação da paisagem. A poluição também será tema interdisciplinar nesse Projeto, na concepção da ausência de conservação das Ruínas do Abarebebê, sendo definida por alterações indesejáveis nas propriedades físicas (...) e do meio ambiente, trazendo danos e desequilíbrios à natureza e ao patrimônio histórico cultural e turístico, conceito compreendido na BNCC para os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I. Sendo assim, será que a paisagem, dada a repetição que a vemos, no contexto urbano, os elementos que a integram, constituídos de significados, passa despercebida, banalizada pela população, tornando-se assim destituída de identidade, âmbito de vandalismo predatório e de destruição deliberada? Trata-se de despertar o interesse do aluno, fazê-lo refletir e atuar para gerar para as próximas gerações, práticas sociais mobilizadoras de pertencimento e zelo ao patrimônio e a história local, do município em que vivem os estudantes. 11 2. DESENVOLVIMENTO 2.1.Problema e objetivos A análise do cenário do Projeto foi acentuada no registro e nas observações de experiências por meio de discussões coletivas e na comunicação assertiva, validando a importância do trabalho em equipe focado no Projeto, na empatia e na prioridade do cumprimento de tarefas, outrossim utilizando os métodos e ferramentas propostos pelo Design Thinking para auxílio na organização do plano de ação. Diante da falta de interesse e percepção dos alunos sobre a importância em relação ao patrimônio histórico, pesquisamos a condição atual da Ruínas do Abarebebê em nossa cidade de Peruíbe, percebemos a falta de incentivo e ao acesso ao ponto turístico situado na cidade de Peruíbe. Nossa pesquisa tem como objetivo mostrar para os alunos do 5° ano do Ensino Fundamental e à população sobre a importância do resgate histórico, da preservação do patrimônio histórico e desse ponto turístico tão importante na nossa história, tentando orientá- los que a história é de extrema importância para avaliar, mudar para assim modificar o presente. Mediante estas primeiras considerações a respeito deste rico patrimônio histórico, a questão norteadora desta pesquisa é: “Por que a população de Peruíbe não tem acesso e nem conhecimento da história das Ruínas do Abarebebê? ” Por conseguinte, baseados nesta pergunta, o nosso Projeto visa encontrar uma solução para esta problemática, sendo assim, o grupo realizou uma pesquisa via internet por meio do Google Forms (VIDE ANEXO 1) com alunos do 5º ano de diferentes escolas de Perúibe e classes sociais, a fim de obter um parâmetro a respeito do conhecimento que eles possuem da localidade em questão. Fizemos também uma entrevista com uma integrante indígena (VIDE ANEXO 2) da etnia Pataxó, moradora da cidade, para poder entender a importância da preservação deste sítio arqueológico para esta população. Optamos por realizar pesquisas em sites e documentos para conhecer melhor sobre a cidade de Peruíbe, dentro do contexto de História (culturas e povos) e Geografia (tempo e espaço). O objetivo geral deste trabalho é trazer para alunos e seus familiares, a possibilidade de acesso a informação a respeito da importância e riqueza que o município carrega para a 12 história do Brasil desde a colonização pelos portugueses até os dias de hoje, das Ruínas do Abarebebê conhecida também como a primeira igreja do Brasil, para que possam divulgar com seus pares estas informações, a fim de enaltecer este patrimônio nacional, que se encontra abandonado. Sendo assim, nosso objetivo principal considera a produção da videoaula no enredo histórico e geográfico do município de Peruíbe-SP, bem como os desdobramentos históricos da construção da Igreja de São João Batista pelos índios brasileiros, com a intervenção portuguesa jesuítica e a divulgação da lenda do Padre Leonardo (Abarebebê). Objetivos específicos a serem alcançados: Propiciar ao aluno a possibilidade de conhecer a história de seu município; Levar o estudante a se interessar pela preservação de patrimônio histórico e cultural; Cultivar a preservação da identidade do sítio arqueológico, histórico e turístico: Ruínas do Abarebebê e do meio ambiente; Estimular o respeito à diversidade; Estabelecer uma troca de vivências entre aluno e professor; Embasar-se na temática: lugar e tempo, povos e culturas no plano de aula às nossas crianças do 5º ano do Ensino Fundamental I; Considerar os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) como instrumentos de qualidade para que auxiliem o aluno a enfrentar o mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus direitos e deveres; Considerar a BNCC como instrumento normativo na elaboração da videoaula que trabalhe com a integração das disciplinas Geografia e História, para os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I; Proporcionar ao indivíduo por meio de pesquisas e leitura de gráficos, a oportunidade de ampliar seus horizontes de conhecimento cultural, a fim de formar um sujeito crítico com capacidade de mudar o mundo ao seu redor; Cultivar no educando o desejo de conhecer sobre os povos e culturas que habitavam nossas terras no passado; Respeitar a cultura indígena, entendendo o valor que um patrimônio histórico tem para a cultura de seu povo; Ressaltar a notoriedade que se estima: todos os povos ou grupos étnicos possuem identidades culturais, que devem ser conhecidas, respeitadas e contextualizadas; 13 Desenvolver e abordar no plano de aula conceitos que estimulem o estudante a reconhecer a Geografia como um corpo de conhecimento científico; Fortalecer neste Projeto Integrador conteúdos transformadores para que todos os alunos possam desenvolver aprendizagens essenciais, que os encaminhem ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica; A delimitação do problema de pesquisa também foi construída a partir de um contexto real, enfatizando a importância das principais bases teóricas e que compreenda o conceito de espaço, como objeto central da geografia e seus aspectos teóricos, a contextualizar: lugar, paisagem, região e território. Vale ressaltar que o objetivo deste Projeto Integrador é contribuir não apenas para a identificação do espaço em um período de tempo pelos estudantes, através de mapas, como também para “desenvolver capacidades relativas à representação do território” (RICHTER, 2011). De acordo com o geógrafo Milton Santos (1996), “em diversas regiões a incorporação de ciência e tecnologia, de informação e conhecimento ao território constituiu o chamado meio- técnico-científico-informacional”. Haja vista que, inúmeras áreas da superfície terrestre sofreram transformações, e que o território está delimitado e sob controle político – sujeito a soberania nacional ou a acordos internacionais. Sobre esses territórios atuam interesses de diferentes grupos, que buscam sua preservação ou que desejamexplorá-lo. Assim, o território constitui relações de poder, sendo elas, relações políticas, econômicas, culturais e ambientais que nem sempre são visíveis na paisagem ou não são valorizadas pela comunidade. Por sua vez, esse é um dos objetivos de nosso Projeto Integrador, apresentar que, muitas vezes a preservação da paisagem, de um sítio histórico é consequência de uma ação humana e que a identidade local deve ser reconhecida para ser estimada. 2.2. Justificativa 14 As justificativas espelham-se na importância do comprometimento dos integrantes do grupo de trabalharem de maneira colaborativa, assumindo responsabilidades específicas e realizarem ações concretas para o bom desenvolvimento do Projeto como um todo. Vale ressaltar que os objetivos do Projeto são justificados pela notoriedade do acesso aos recursos culturais e conteúdos curriculares relevantes para a conquista de cidadania do estudante, na construção de “habilidades de que necessitam para crescerem como cidadãos plenamente reconhecidos e conscientes de seu papel em nossa sociedade. ” (BRASIL, 2000). A apresentação do contexto local como direcionamento da educação geográfica acarreta a expectativa de que o aluno herdará conhecimentos para relacionar com a conjectura de outros lugares do mundo, a fim de fornecer a ele, um âmbito de vivência muito maior, “porque trabalhar-se-á o espaço vivido, o espaço percebido e o concebido”(CASTELLAR, 2020). Neste contexto, o Projeto visa agregar a interdisciplinaridade, em que uma das tarefas mais relevantes é considerar o patrimônio histórico e turístico e seus aspectos geográficos para salientar “que é possível trazer o mundo para a sala de aula, como também é importante levar os alunos para fora dela” (RICHTER, 2011). “É relevante lembrar que parte da compreensão da geografia passa pelo olhar (RICHTER, 2011 apud BRASIL, 1998) No contexto educacional, buscamos em Paulo Freire (1996) o destaque à importância do reconhecimento e divulgação da identidade cultural tanto para a prática do ensinar quanto na dinâmica do aprender, como fator que contribui na prática educativa e crítica do indivíduo. 2. 3. Fundamentação teórica 15 Patrimônio Cultural é a representatividade de uma nação, ou seja, a sua identidade, a sua história, suas memórias ao longo do tempo escrevendo seu presente, projetando o seu futuro. Cuidar das memórias históricas é zelar por sua própria história, o governo que não se preza no mínimo as heranças da sua cultura, da história e da sua localidade, não deve também ser lembrado. As Ruínas do Abarebebê é um importante marco histórico, artístico, cultural, religioso e arqueológico da História do Brasil, localizado na Região Metropolitana da Baixada Santista, mais precisamente no município de Peruíbe e está sendo menosprezado e parece que os governantes querem fazer jus ao nome que leva esse importante sítio Histórico e Arqueológico. Prédio com arquitetura do Período colonial, um dos primeiros a serem estabelecidos na região, marcando a presença da aculturação europeia, se encontra em total abandono. É de suma importância considerar para esse Projeto Integrador o patrimônio histórico, cultural e turístico que contribui para a formação e a consolidação da identidade histórica das nações, das pessoas e das comunidades locais, sendo que, as formas de representação do espaço e as interações do sujeito e o seu lugar no mundo devem ser contextualizadas em “ações educativas de apropriação, preservação e valorização do Patrimônio Cultural”. Patrimônio cultural é o conjunto de bens culturais de valor reconhecido para um determinado grupo ou para toda a humanidade. Cabe salientar que o turismo cultural está intrínseco e apresenta-se atualmente como uma alternativa, tanto para a preservação do patrimônio, quanto para o desenvolvimento econômico e sociocultural das comunidades que, herdeiras dos bens do passado, têm um papel relevante sobre o mesmo (CASTRO, 2006). Nesta perspectiva, verificamos que a videoaula deva considerar a interação do professor e aluno com a comunidade externa, para conhecer e cultivar conhecimentos históricos, geográficos, étnico-culturais, o que acarretou na delimitação do problema e na presente ausência da preservação do espaço no município de Peruíbe. Nesta conjectura, buscou-se a fundamentação teórica a partir das Unidades temáticas e suas habilidades, inerentes à Base Nacional Comum Curricular (BNCC): “Analisar transformações de paisagens nas cidades, comparando sequência de fotografias, fotografias aéreas e imagens de satélite de épocas diferentes”, segundo a Unidade Temática: formas de representação e pensamento espacial, EF05GE08 e as conexões com mapas e instrumentos de localização (BRASIL, 2017). 16 É relevante identificar e descrever problemas ambientais que ocorrem no entorno, conforme habilidades (EF05GE11) da Unidade Temática: Natureza, ambientes e qualidade de vida, da BNCC, que caracteriza a importância de pontuar os indicadores da ausência de preservação de patrimônio histórico, neste contexto, e propor soluções para essa problemática. Diante disso, no panorama histórico foram diversas as mudanças no mundo após a Revolução Industrial, uma delas foi a degradação do meio ambiente acarretando diversos problemas sociais. Segundo Mukai (2003), o patrimônio histórico faz parte do meio ambiente. Patrimônio Histórico é um conjunto de todos os bens materiais ou não materiais, que caracterizam grande importância histórica e cultural para uma determinada sociedade. De acordo com o Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, art 1º constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto de bens móveis ou imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. De acordo com o Código Penal, artigo 165 do Decreto – Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade competente em virtude de valor artístico, arqueológico ou histórico: Pena -detenção, de seis meses a dois anos, e multa. Figura 2: Foto da cerca rompida das Ruínas do Abarebebê Fonte: Acervo do próprio autor Figura 3: Degradação da preservação de Patrimônio Histórico 17 Fonte: Acervo do próprio autor Figura 4: Degradação da preservação de Patrimônio Histórico Fonte: Acervo do próprio autor Portanto a conservação do patrimônio histórico é uma questão de dever social. Ainda sobre a perspectiva de Mukai (2003), a falta de recursos financeiros e pessoal capacitado para essa proteção dificulta a fiscalização e tomadas de medidas contra a degradação do patrimônio 18 histórico. A conscientização da população sobre a importância do patrimônio histórico contribui para sua conservação. Como suporte as possíveis soluções, a relação da disciplina Fundamentos e Práticas do Ensino de Geografia, considera a perspectiva de tempo e lugar, as relações próprias da sociedade, da sociedade com a natureza e suas consequências. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, (BRASIL, 1997), a geografia compreende estimular a observação, descrição, experimentação, analogia e síntese que devem ser ensinadas para que os alunos possam aprender a explicar, compreender e até mesmo representar os processos de construção do espaço e dos diferentes tipos de paisagens e territórios. A Educação geográfica, conforme estudamos na disciplina Fundamentos e Práticas no Ensino da Geografia, contribui para que os alunos reconheçam a ação social e cultural do local a ser estudado, levando em consideração os diferentes momentos históricose o meio ambiente. O eixo central, da fundamentação teórica é pensar sobre o lugar, refletir e analisar. Descrever o espaço ao estudante é incumbência da mediação do docente e assim se faz necessário, a fim de construir a sua argumentação. É prioritária a relação da geomorfologia com os desdobramentos históricos para igualmente, promover a reflexão dos estudantes sobre o território das paisagens e suas transformações, a considerar as características de identidade indígena e a influência religiosa jesuítica portuguesa e dos franciscanos. Quanto mais se diversifica a sequência didática ou procedimento para desenvolver um conceito, mais esse aluno terá condições de ampliar seu repertório cultural, de conhecer pinturas artísticas relacionadas a períodos históricos, ouvir vocábulos do dialeto indígena tupi guarani, relacionar mapas e fotografias para compreensão do contexto local e estimular o raciocínio geográfico. A criança constrói o conceito e o ensino da Geografia dá-se pela articulação dos elementos para o desenvolvimento do processo cognitivo do aluno. A Paisagem, que se introduz na geografia, é um conceito cultural e responde a uma consideração cultural do entorno, a percepção cultural do mesmo. Ela se identifica com o resultado das relações homem-meio e se manifesta como expressão visual. (Professora CASTELLAR, na videoaula sobre a educação geográfica e as categorias) O propósito é que os estudantes aprendam e isso envolve a utilização de instrumentos e recursos distintos, para que o processo de ensino seja determinante no enfoque à aprendizagem. Sendo assim, o ensino da geografia recorre aos mapas, fotografias, imagens de satélite, dentre outros. 19 Vale ressaltar que o discurso literário e o discurso histórico caminham juntos na abordagem das Ruínas do Abarebebê. Conforme relata Fonseca, 1995, “o discurso histórico visa explicar o real através dos testemunhos, dos documentos que comprovam e evidenciam o ocorrido. ” Por conseguinte, a literatura é um produto artístico, porém com raízes no social (FONSECA apud SEVCENKO, 1986). Nessa conjectura, a narrativa literária oferece indicações do dialeto, dos valores, costumes, produções dos indígenas, características essas presentes nas interações sociais e na troca cultural com os portugueses. De acordo com Cali, 2016, in situ das Ruínas do Abarebebê foram encontrados objetos de cerâmica e ossadas de indígenas. Considerado um local sagrado, no entorno da Igreja sepultavam os integrantes da tribo do aldeamento de São João Batista (CALI, 2016). Ratificada essa informação pela sra Rita Serena Moreira, pertencente à tribo Pataxó, em entrevista, (VIDE ANEXO 2) que avalia a extensão do local, como âmbito sagrado para a cultura indígena, a preservar sua história e a valorizar seus antepassados, inclusive o patrimônio histórico nacional e paulista do município de Peruíbe. Foram por meio das ilustrações de pinturas e fotografias que evidenciamos: “o desvendar da realidade, as mudanças menos perceptíveis, os detalhes sobre lugares e paisagens, as mudanças naturais e os modos de o homem relacionar-se com a natureza em diferentes épocas, sua cultura e tradição (FONSECA, 1995)”. A autora também destaca: “Cabe ao professor o papel de decodificador de mensagens e informações, incorporando-as ao processo ensino-aprendizagem, no dia-a-dia da sala de aula (FONSECA, 1995)” e na abordagem da videoaula, como recurso para o desenvolvimento desse Projeto (grifo nosso) Sobre essa característica do docente, de mediação dos estudantes, baseamo-nos na proposta aula-oficina “que rompe de forma rica com os moldes passivos e tradicionais de ensino. Tal modelo privilegia a construção de uma aula incialmente organizada por um tema e um conjunto de objetivos a serem atingidos” (SOUSA, 2020) a partir do questionário pelo Google Forms, com efeito de diagnóstico inicial, elaborado pelo grupo. “A aula-oficina prossegue com a organização de questões onde o professor, por meio das respostas oferecidas, detecta as noções e ideias que seus alunos possuem” (SOUSA, 2020) na elaboração da aula sobre as Ruínas do Abarebebê. O autor, Sousa, 2020, continua: “Mediante a análise das informações coletadas, o professor então detecta quais seriam os recursos e fontes documentais mais eficientes para 20 dialogar com as ideias apresentadas pelos alunos”, a fim de formar cidadãos conscientes e pensantes. 2.4 Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador Baseados na Pedagogia de Trabalho com Projetos na disciplina de Matemática podemos observar que, Hernández (1998) defende que o projeto não pode ser transformado numa receita de passos a se seguirem, e que se assim fosse, ele perderia todo o seu potencial de mudança nas 21 práticas educativas. De acordo com o autor para a execução do passo a passo deste Projeto Integrador foi desafiadora visto que, não tínhamos muito conteúdo das disciplinas que embasaram nossa pesquisa este detalhe nos incentivou mais ainda para obter informações e assim discorrer sobre o assunto escolhido pelo grupo. Ao entrar na escola, as crianças trarão uma série de experiências, além de permitir que ele comece a estabelecer relações espaciais. Têm suas próprias visões do mundo e da sociedade em que vivem. A construção infantil do conceito de espaço passou por uma série de etapas, alguns acontecem de forma espontânea, enquanto outros precisam ser sistematizados, o que deve ser trabalhado ao longo do Ensino Fundamental. Este primeiro conceito de tempo e espaço ajudará o aluno no desenvolvimento de visões sobre o conhecimento histórico. Cabe a nós educadores, sabermos que os professores de História e Geografia das séries iniciais, permitir que as crianças modifiquem suas experiências diárias sobre o tempo e o espaço e estabeleçam novos conceitos. A nova estrutura pode ser baseada no ensino de epistemologia, o professor de história é o responsável pela expressão entre os saberes que os alunos trazem para a escola e os saberes necessários para a compreensão destes saberes. O conceito básico de tempo e espaço nas disciplinas de História e Geografia é de suma importância para entender o contexto histórico e construir um novo conhecimento para a sua preservação, ao invés de ser descartado para percebermos estas mudanças no tempo e no espaço e, assim, compreendermos as mudanças sociais. Ao construir uma identidade com as disciplinas de História e Geografia, o professor visa reconhecer alguns aspectos a serem trabalhados na series iniciais do ensino fundamental e como a criança vai se desenvolvendo nesse processo. Ensinar a ler o mundo com um olhar geográfico é um processo que se inicia desde os primeiros anos de vida quando se reconhecem os lugares, identificam-se os objetos e vivenciam-se os percursos e se reconhecem as distâncias, atribuindo sentido ao que está sendo observado e representado. (CASTELLAR, 2017). Neste contexto, conforme a disciplina de Metodologias Ativas da Aprendizagem vimos que, a interdisciplinaridade deve ser vista como a existência de pelo menos duas disciplinas, como referências para uma ação particular, sendo assim, a vida cotidiana deve ser reconhecida como um todo e não de maneira fragmentada. Falar em projeto é falar o mundo, ler o mundo e registrar o mundo em atividades práticas, mediante o interesse do aluno e seus conhecimentos prévios e suas capacidades. 22 É relevante afirmar que na teoria da aprendizagem abordada por Lev S. Vygostsky, o desenvolvimento da estrutura cognitiva se dá através da apropriação de experiências histórico- culturais (VYGOTSKY, 1987) “O desenvolvimento e aprendizagem são processos concomitantes, interdependentes e recíprocos”. Professor deve ser o mediador do processo ensino-aprendizagem. A ação docentedeve acontecer planejando um processo educativo, a fim de que o aluno possa assumir a responsabilidade pelo seu próprio aprendizado. A disciplina de Fundamentos e Práticas no ensino de Ciências da natureza nos norteou na compreensão dos impactos causados no ambiente com a degradação ambiental, também contribuiu para proporcionar um ensino por investigação, oferecendo aos alunos possibilidades para criar um senso crítico e reflexivo. Na disciplina de Avaliação Educacional auxiliou a construir uma visão importante dos problemas detectados a fim de saná-los. Nos auxiliou também a disciplina de Educação Mediada por Tecnologias, o processo de ensino a distância por meio das vídeoaulas. 2.5 Metodologia Para iniciarmos nossa abordagem de estudos e entender o contexto social, realizamos alguns estudos e pesquisas nos registros disponibilizados na internet e trabalhos acadêmicos, a respeito da cidade de Peruíbe onde está localizada as Ruinas do Abarebebê. 23 A análise do cenário do Projeto foi acentuada inclusive no registro e nas observações de experiências por meio de discussões coletivas e na comunicação assertiva, validando a importância do trabalho em equipe focado no Projeto, na empatia e na prioridade do cumprimento de tarefas. Por conseguinte, nosso objetivo principal ficou estabelecido na produção da videoaula, no enredo histórico e geográfico do município de Peruíbe-SP, bem como os desdobramentos históricos da construção da Igreja de São João Batista pelos índios brasileiros, com a intervenção portuguesa jesuítica e a divulgação da lenda do Padre Leonardo (Abarebebê). Em seu método, busca na paisagem, na imagem, os detalhes que tenham constância, isto é, que se repita, de forma a encontrar padrões que levem à evidenciação da organização do espaço (CASTELLAR & VILHENA, 2010) Figura 5: Pintura em tela que retrata a Igreja de São João Batista, construída no século XVII Fonte: acervo do próprio autor Durante pesquisas realizadas em sites, o grupo achou relevante destacar a cronologia dos acontecimentos, na aldeia de São João Batista. Segundo pesquisa histórica, realizada por “Jaelson Trindade” (1992), com base momentos primários e secundários, porém as informações encontradas nos painéis das ruínas, sugere-se uma cronologia de ocupação do Sítio Arqueológico. (VIDE ANEXO 3). Como materiais utilizados, reconhecemos a importância do uso da linguagem cartográfica, com o auxílio de mapas, pinturas do acervo local (produto identidade histórico- cultural), fotografias, recursos audiovisuais e formulários, no objetivo de apresentar questões 24 pontuais aos alunos do 5º ano do município de Peruíbe, sobre seus prévios conhecimentos acerca das Ruínas do Abarebebê e o uso da representação gráfica, como método inicial para a investigação da problemática. Como método, buscamos o trabalho de campo como percurso organizado, lógico e sistemático de pesquisa para apurar as informações in situ, nas Ruínas do Abarebebê construída em 1660 e como se encontra nos dias atuais e sua preservação, incluindo na análise a dinâmica do período atual que vivenciamos, a pandemia de Covid-19. Figura 6: Entrada fechada por conta da Pandemia de Covid-19 Fonte: Acervo do próprio autor Mediante relatos da população mais antiga da cidade de Peruíbe, o grupo de pôde apurar um pouco sobre a história do surgimento da cidade de Peruíbe. Quando os portugueses chegaram no Brasil em 1500, na nossa região já existia a aldeia dos índios de Peruíbe que aqui habitavam. Por volta dos anos de 1534, no território onde se localiza a cidade de Peruíbe, após a implantação pela coroa portuguesa das Capitanias Hereditárias para poder colonizar as terras brasileiras, Peruíbe pertencia à Capitania de São Vicente, sendo o donatário destas terras Martim Afonso de Souza (responsável por comandar a 1ª expedição de colonização do Brasil). 25 Em 1554 o padre Leonardo Nunes ganhou o reforço do Padre José de Anchieta que foi enviado ao aldeamento para auxiliar na evangelização dos índios, já no ano de 1640 a localidade passou a ser conhecida como Aldeia de São João Batista, diante da resistência em estabelecer um relacionamento amigável com os índios da região, a coroa portuguesa resolveu trazer ao Brasil crianças órfãs no afã de usá-las para conquistar os pequenos indígenas e assim conseguir “domar” seus pais. O estabelecimento dos padres jesuítas no litoral brasileiro principalmente aqui no litoral de São Paulo, está muito ligada a fundação da cidade de Peruíbe. Em 1549 com a chegada de Padre Leonardo Nunes que foi enviado ao Brasil com o intuito de catequisar os índios, pois, os portugueses os consideravam arredios e precisavam ser catequisados para se tornar obedientes. O Padre Leonardo Nunes recebeu o apelido de Abarebebê que significa Padre Voador, em tupi Abaré “padre” e bebê “voador”, pois os índios que possuíam um estilo de vida próprio, se espantavam com a agilidade dele de se locomover, e assim, parecia estar em vários locais ao mesmo tempo. Após este grande feito Leonardo Nunes voltou num navio à Portugal para contar a D. Pedro III o que tinha encontrado no litoral brasileiro, mas a embarcação foi acometida por uma grande tempestade e ele acabou morrendo afogado em 30 de junho de 1554, após salvar parte da tripulação. A população local conta que existe a Lenda dos Pirilampos ou Vagalumes que rodeiam as Ruínas do Abarebebê, pois em todos no aniversário de morte dele, os vagalumes se juntam e iluminam a Igreja no formato original. No ano de 1759, Marques de Pombal decretou a expulsão dos jesuítas de terras brasileiras, já que diante da catequização eles instruíam os indígenas contra os abusos de colonos que aqui residiam, tentavam impor e diante da escassez de negros, usavam-nos como escravos, pois segundo Pombal, os jesuítas estavam atrapalhando seus planos portugueses. Logo após a chegada dos padres jesuítas a nossa região foi erguida no local a Igreja de São João Batista, identificada como uma das primeiras igrejas do Brasil, ali também se estabeleceu o segundo colégio de meninos do Brasil. Após a expulsão dos padres jesuítas, a aldeia foi abandonada e entrou em declínio, tornando-se uma pacata vila de pescadores. Correu a época uma notícia de que os jesuítas tinham deixado tesouros na igreja, a partir desta notícia caçadores de tesouros invadiram o local, onde cavaram derrubaram paredes e supostamente destruíram a igreja, os escombros que restaram desta igreja hoje são reconhecidos 26 nacionalmente como as Ruínas do Abarebebê que é o objeto de estudo de nosso projeto integrador. Peruíbe, foi o nome dado pelos indígenas que significa “no rio dos tubarões” que é a junção do vocábulo tupi, iperu (tubarão), ‘y (rio) e be (em), algumas pessoas ousam dizer que é uma comparação do Padre José de Anchieta, que antes de vir ao Brasil viveu em Tapirema do Peru, deu este nome a nossa cidade por Peruíbe ter semelhanças regionais e da dificuldade de exercer a sua catequese. As Ruínas do Abarebebê tornaram-se o mais importante sítio arqueológico existente na cidade de Peruíbe, sendo elevado ao título de patrimônio nacional e paulista tombado no ano de 1984 pelo IPHAN e CONDEPHAAT, este sítio foi estudado pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, onde foram encontrados restos mortais dos indígenas que ali viveram por se tratar de um cemitério, encontraram também a pia batismal que os jesuítas batizavam os índios que eram convertidos ao catolicismo. Colocamos aqui então uma reflexão a respeito das Ruínas do Abarebebê que são vestígios da construção dessa igreja franciscana. Os franciscanos em sua maioria das vezes são excluídos da história das ruínas, coisa que não deveria acontecer, como se apenas os jesuítas tivessem importância, sem contar que foram os representantesreligiosos que mais residiram na aldeia junto aos índios. As informações divulgadas por Benedito Calixto, em 1853 e 1927, junto as suas pinturas intituladas como Ruínas do Abarebebê, de 1905 a 1910, reforçam, além do necessário a importância dos jesuítas. Vale ressaltar que os escritos de Benedito Calixto são sinais da construção histórica elitizada, com uma visão extremamente nacionalista. Esse foi o modo encontrar pelo pintor para atribuir valor monumental àquilo que queria ser preservado. Apoiado nas informações que dão ao padre Jesuíta, Leonardo Nunes, como principal agente entre 1554 e 1559, do trabalho de catequese a domesticação, de “grupos indígenas na Costa Sul do Brasil”. Calixto creditou a este padre morto em 1554 a criação do aldeamento cristão de Peruíbe e a construção da igreja. Ressaltamos também que, quanto mais se diversifica a sequência didática ou procedimento para desenvolver um conceito, mais esse aluno terá condições de ampliar seu repertório cultural, de conhecer pinturas artísticas relacionadas a períodos históricos, ouvir vocábulos do dialeto indígena tupi guarani, relacionar mapas e fotografias para compreensão do contexto local e estimular o raciocínio geográfico. 27 Figura 7: Vista das ruínas da igreja do Abarebebê Fonte: acervo pessoal do próprio autor Peruíbe: Características gerais O município de Peruíbe teve sua fundação emancipatória no ano de 1959, especificamente em 18 de fevereiro, portanto, 61 anos. Contudo, foi um dos primeiros territórios do Brasil a serem colonizados pelos portugueses desde 1532. São deste período, a partir do século XVI, as principais construções históricas da cidade, intimamente ligadas ao uso de mão de obra indígena, inclusive à fundação da Igreja de São João Batista. No contexto geográfico, Peruíbe faz divisa com outros quatro municípios: à Norte e Noroeste (N e NE) encontra-se o município de Itanhaém; Iguape à sudoeste (SE); Itariri à oeste (O); Pedro de Toledo à Noroeste (NE) e o oceano atlântico à sudeste. Sendo assim, o município de Peruíbe localiza-se no litoral sul do estado de São Paulo. A partir dessa conjectura, vimos que o ser humano sempre precisou de referências para se orientar no espaço geográfico: um rio, uma igreja, um morro, à direita, à esquerda, acima, abaixo, etc., no entanto, “para se ter referências mais precisas, inventou-se os pontos cardeais e colaterais” (MOREIRA, 2010), como mostra-se através do instrumento, Rosa dos ventos 28 2.5.1 Na prática: A Rosa-dos-ventos, o instrumento indicador de espaço A Rosa dos Ventos é um objeto instrumental antigo utilizado desde a Grécia Antiga, na finalidade de indicar a localização relativa, isto é, como um ponto inicial posiciona-se em relação a outro ponto. Essa ferramenta também se apresenta como referência na localização absoluta em mapas e cartas geográficas. Ela é composta pelo que chamamos de pontos cardeais, colaterais e subcolaterais que são as diferentes orientações para onde apontam 29 distintas direções. Sabe-se que o seu uso esteve presente nas grandes navegações e assim se popularizou, desde o século XVI. Sendo assim, a Rosa dos Ventos era bastante utilizada pelos colonizadores portugueses e que seu formato, comparado a uma rosa, é creditado a eles (BRANDÃO, 2016). Inicialmente, vamos indicar abaixo, na ilustração da Rosa dos Ventos, os pontos cardeais e colaterais para o auxílio na compreensão de mapas, em especial do mapa do Brasil, estado de São Paulo e do município de Peruíbe. Figura 8: Rosa dos Ventos. Identificação dos pontos cardeais: Norte (N), Sul (S), Leste (E) e Oeste (O) e dos pontos colaterais: Nordeste (NE), Sudeste (SE), Noroeste (NO) e Sudoeste (SO). Fonte: Pinterest.br A partir desse explanado, apresentamos o mapa do Brasil (Figura 2). Em destaque, caracterizado em vermelho, apresentamos o estado de São Paulo. À direita, identificamos o mapa de todos os municípios do estado de São Paulo e, em evidência, a cidade de Peruíbe. 30 Figura 9: Localização geográfica do município de Peruíbe, estado de São Paulo. Fonte: Adaptações feitas pelo próprio autor Neste contexto, o município de Peruíbe localiza-se no litoral sul do estado de São Paulo (figura 2). Está a 140 km da capital São Paulo e distante a 80 km de Santos. O espaço territorial peruibense tem predominância de planície costeira, possui 32 km de praias e a paisagem natural conta-se também com o Morro do Guaraú, a Serra de Jureia- Itatins e a Serra do Mar. A vegetação presente em Peruíbe é proeminente de Mata Atlântica, manguezais e restingas. A altitude média geográfica do município é de 5 metros e 880 cm. Vale ressaltar que cerca de 50% de seu território está presente em unidades de conservação ambiental, em especial a Jureia Itatins e o Parque Estadual da Serra do Mar, importantes áreas de preservação do estado de São Paulo (BRASIL, 2020). 31 Figura 10: Contexto Espacial da Região Metropolitana da Baixada Santista no Estado de São Paulo composta por nove municípios, sendo eles: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. Fonte: Nós Digitais Disponível em: http://wiki.nosdigitais.teia.org.br/Pontos_de_Cultura_- _Regi%C3%A3o_Serrana_e_Litoral_Paulista Acesso em: 10 set.2020 É considerável que em uma linguagem clara e concisa com o auxílio de mapas, fotos e informações geradas de questionários, esse Projeto Integrador em sua fundamentação teórica pretende auxiliar o estudante, de modo a acompanhar as transformações que ocorreram na região, desde o período histórico no século XVI, até os dias atuais, que torna o reconhecimento espacial das Ruínas do Abarebebê: lugar, paisagem e território objetos de estudo fundamentais da dinâmica do município de Peruíbe, para que possa nele atuar como cidadão consciente e participativo. http://wiki.nosdigitais.teia.org.br/Pontos_de_Cultura_-_Regi%C3%A3o_Serrana_e_Litoral_Paulista http://wiki.nosdigitais.teia.org.br/Pontos_de_Cultura_-_Regi%C3%A3o_Serrana_e_Litoral_Paulista 32 3. RESULTADOS Diante da nova realidade de aprendizagem da qual estamos inseridos, nossa pesquisa se deu de forma totalmente remota, o grupo elaborou um formulário online aos alunos para saber o grau de conhecimento do Patrimônio Histórico em questão, realizamos uma entrevista com uma indígena para saber a importância das Ruínas para o seu povo e com isso elaboramos uma solução viável para o problema por nós detectado. Proporcionando assim aos alunos, a oportunidade de poder conhecer e se apropriar da História das Ruínas do Abarebebê associada a cultura indígena com o intuito de transformá-los em agentes transformadores da realidade em que estão inseridos, capazes de mudar a realidade de seu entorno. 33 3.1 SOLUÇÃO INICIAL Durante nossas as reuniões periódicas, o grupo se manteve constante, reunindo-se periodicamente através de aplicativo de mensagens e Google Meeting. Num primeiro momento, após as videoaulas e pesquisa na internet achou-se interessante abordar o abandono das Ruínas do Abarebebê e de seu entorno tratando de assuntos como o descarte incorreto do lixo urbano e a degradação do patrimônio histórico/cultural. Em outro momento após as mesmas reuniões periódicas e orientações por parte da mediadora, ao discutirmos sobre o desenvolvimento da atividade vimos que nossa primeira ideia não estava relacionada diretamente ao que nos foi proposto no presente projeto o grupo decidiu então manter o foco somente na história da chegada dos portugueses e colonização e catequização dos indígenas. A propósito é de suma importância a investigação do cenário das Ruínas do Abarebebêrealizada pelo grupo. Buscou-se verificar o entorno e como estava a dinâmica de conservação por parte da prefeitura, in situ e nas imediações. Como arguição, através de fotografias observou-se que há no local a depredação de grades para o acesso não permitido às Ruínas. Foi observado inclusive que não há Guarda Municipal Patrimonial na guarita de entrada durante o dia, e como verificado na Secretaria de Cultura e Turismo do município, não o há, durante à noite, também. Como solução inicial, dialogamos sobre a promoção da Educação ambiental com as crianças do 5º Ano do Ensino Fundamental para a conservação in situ, com afirmativas condutas de preservação e a desaprovação de condutas de destruição e poluição, como o vandalismo, descarte irregular de resíduos e entulho por parte da comunidade. Vale salientar que, a Base Nacional Comum Curricular proporciona o direcionamento ao Plano de Aula para essa habilidade: Reconhecer que a qualidade ambiental está ligada às ações e atividades antrópicas. “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as futuras e presentes gerações” (CONSTITUIÇÃO Federal de 1988, artigo 225). É válido trabalhar nesta solução inicial, a fase da contextualização, para que o aluno se apresente reflexivo para estimular o pensamento e a discussão sobre o tema. A princípio, as fotografias são consideradas pelo grupo como fontes muito significativas para a aula, pois 34 trazem a visualização em tempo real do atual estado de conservação do meio ambiente e do Patrimônio Histórico Cultural: Ruínas do Abarebebê. O conjunto de habilidades que compõe a unidade "Natureza, ambientes e qualidade de vida" (BNCC) reúne temas, objetivos, conteúdos e questionamentos que proporcionam espaço ao estudante para refletir sobre a questão ambiental, identificando problemáticas que acontecem no entorno da escola, no bairro e nos lugares de vivência; neste, as Ruínas do Abarebebê (grifo nosso). São conteúdos que proporcionarão o pensar e a ação pela coletividade com responsabilidade, senso crítico e exercício de ética e cidadania (BRASIL, 2017). 35 3.2 SOLUÇÃO FINAL Diante de toda esta informação coletada e abordada junto aos alunos e munícipes, acerca da história da cidade e da localização bem como se utilizar a “Rosa dos Ventos”, o grupo criou uma sequência didática a fim de exemplificar o objetivo por nós almejado. O trabalho pedagógico acerca das Ruínas dar-se-á da seguinte maneira: Serão ofertadas para as crianças, propostas de ensino em ordem crescente de dificuldade. Como o respeito ao outro e a cultura indígena, além de adquirirem o letramento, solicitado pela BNCC nas disciplinas de História e Geografia. Cada passo na elaboração da aula permitirá que o próximo seja realizado, o objetivo aqui é focar no conhecimento que o aluno já traz consigo, aperfeiçoá-lo e possibilitar que novas informações sejam agregadas. As atividades serão sempre ordenadas e relacionadas em pequenos desafios, sempre com o objetivo maior, que visa a formação de futuros adultos, críticos e conscientes de suas responsabilidades com o meio ambiente e com a valorização do seu patrimônio histórico/cultural inserido na localidade em que vivem; A presente pesquisa ainda traz um outro grande desafio, trabalhar todas as questões acima mencionadas por meio de trabalho remoto, sem a presença física das crianças e do professor. O trabalho inicia-se com uma reunião a distância por meio do aplicativo de chamada de vídeo Google Meeting. Serão estabelecidas questões que ativem o conhecimento prévio dos educandos. O professor compartilhará a sua tela com os alunos, colocará na lousa ou em cartazes as seguintes palavras, colonização portuguesa, índios, ocupação indígena, aldeamento de São João Batista em Peruíbe, Ruínas do Abarebebê. A partir deste ponto o professor fará a seguinte pergunta aos alunos: Vocês conhecem a importância das Ruínas do Abarebebê para a cultura indígena? Como a temática faz parte do cotidiano dos moradores locais, certamente as crianças ativarão os seus conhecimentos ainda que sejam pelo senso comum. Nessa perspectiva há a necessidade de o professor ter um olhar muito atento a todas as realidades socioeconômicas. Sabe-se que a internet ainda não está presente em os lugares e 36 que as crianças não podem ser prejudicadas; e há de se pensar também em uma sequência didática para as crianças especiais. Diante desses fatos, todo material necessita ser adaptado e impresso. Por exemplo, o conhecimento prévio desses educandos também será ativado, só que de forma diferente. Os alunos que não possuem internet registrarão no material impresso o seu conhecimento prévio, os alunos portadores de necessidades especiais poderão registrar através de desenhos ou colagens, estes mesmos conhecimentos, ainda que com dificuldade. Vale ressaltar que o conhecimento prévio dos educandos não será investigado ao mesmo tempo. Nas reuniões pelo Google Meeting ou outro aplicativo disponibilizado pelo professor, ele fará associações entre a colonização portuguesa no litoral paulista, a ocupação indígena e o Aldeamento de São João Batista, em Peruíbe. Nessa etapa da sequência didática é importante relatar aos estudantes que, ao desembarcarem no litoral brasileiro no século XVI, os europeus que aqui chegaram, não encontraram apenas o povo tupi-guarani, mas diversas culturas indígenas como os Aimorés, Goitacazes e Tremembé. A seguir será apresentado aos alunos um vídeo em forma de animação retirado do Youtube, discorrendo sobre como os portugueses colonizaram os indígenas. Aqui é feita uma reflexão entre passado e presente e questionamentos acerca da cultura e modo de vida do povo indígena. É extremamente importante esse link (vídeo) para que as crianças possam fazer associações, levantar hipóteses, argumentar, refutar ideias ou até mesmo fazer referências, tudo de forma lúdica e atendendo também as demandas de crianças surdas, já que o vídeo é legendado. Ressaltamos também a importância dos povos da família tupi-guarani, no litoral brasileiro, em 1550 e 1616. Serão apresentados gráficos e mapas aos alunos para que eles possam tirar suas próprias conclusões acerca desta população, há de se destacar a presença da família Tupi Guarani da Costa Brasileira durante os séculos XVI e XVII. Faz-se necessário destacar a população de 1400 povos indígenas no território brasileiro. Num contexto expositivo a sequência abordará também a exploração indiscriminada do trabalho indígena, o que fez ocasionar em fome e epidemias, afastando os povos tupi-guarani do litoral brasileiro logo após o primeiro século de colonização. Atentar ao fato de que pouca coisa mudou, apesar de alguns benefícios serem atribuídos aos povos indígenas nos dias de hoje. 37 A seguir o professor deverá abordar a aldeia de Piaçaguera, a maior dentre as oito presentes no território e onde acerca de quatro anos antes, viviam 27 famílias. Há décadas, 600 indígenas viviam em um território com 6 KM de praia, a etnia conquistou o direito da homologação do território no ano de 2016. Entretanto, em junho do mesmo ano Leão Benedito de Araújo Novaes, entrou de segurança no STF (Superior Tribunal Federal) contra o processo de demarcatório, o que contradiz o pedido, pois laudos antropológicos provam que a região é uma área indígena pertencente a esta etnia há mais ou menos 60 anos. Neste ponto da sequência, os alunos deverão ter se apropriado de muitos conceitos e argumentos. Entretanto, o professor deverá comportar-se apenas como mediador do processo, deixando que os alunos tirem suas próprias conclusões. O professordeverá focar nos índios guaranis (o grande povo). Ressaltar que idioma guarani pertence ao tronco linguístico, Tupi Guarani, de onde derivam vinte e uma línguas e que este é o idioma, mais falado na América do Sul. A seguir será distribuído aos educandos como tarefa de casa, um questionário que será disponibilizado no Google Forms, trata-se de uma pesquisa sobre as Ruínas do Abarebebê com respostas objetivas, bem simples. O questionário será a base para as próximas sequências. A estratégia aqui é associar a cultura indígena às Ruínas do Abarebebê. O professor indicará o vídeo da UNIVESP TV, São Paulo, tratando de um sítio arqueológico em Peruíbe como tarefa de casa. O vídeo retrata do ponto de vista de especialistas, o sítio cerâmico, Ruínas do Abarebebê. Há muitas curiosidades também acerca das Ruínas, pelo fato da igreja ser um local Sagrado para a cultura indígena. Relata também sobre o descaso com o patrimônio histórico, ponto de discussão e debate para os educandos. As discussões sobre os sítios arqueológicos não se esgotarão, apenas partirão das Ruínas do Abarebebê e se estenderão aos educandos, garantindo o pleno desenvolvimento e a curiosidade de saber sobre outros sítios, como Taniguá, com enorme potencial cultural; além disso, a cidade de Peruíbe possui mais de dezoito sítios arqueológicos, só que estes possuem acesso monitorado. Apropriando todas as informações elencadas até a presente data, ainda através do Google Meeting o professor construirá junto aos educandos um texto coletivo. Resgatará a opinião mesmo que singela dos alunos especiais, seja por desenho, fala ou até mesmo pela língua de sinais (Libras). 38 A próxima etapa será a construção de um Podcast pelo professor e pelos alunos. Nesse material o professor elaborará junto aos educandos um texto oral com todas as informações coletadas acerca das Ruínas do Abarebebê. Por fim, o professor apresentará a turma a visão de uma nativa indígena, senhora Dona Rita Luiz Moreira (VIDE ANEXO 4), mais conhecida entre seus pares por Rita Serena, da etnia Pataxó, no qual ela relata sobre a importância histórica, cultural, da preservação das memórias, dos antepassados, principalmente do respeito à (Mãe Natureza), assim como ela mesma relata na entrevista. Apesar de não ser obrigatório, o professor sugerirá aos educandos a produção de um gibi, contemplando todos os alunos nas suas especificidades. Gibis virtuais, físicos, com desenhos, colagens, do jeito que o aluno puder realizar baseado nas suas impressões sobre a sequência a estudada, as Ruínas do Abarebebê e a cultura indígena. Os gibis serão socializados no ambiente virtual que a escola possua, caso haja, ou qualquer outro aplicativo em que as crianças possam se comunicar até mesmo pelo aplicativo de mensagens WhatsApp, as crianças especiais e as crianças que não possuem internet terão a oportunidade de ver os seus gibis fotografados e expostos na escola de origem. Baseados nas orientações de nossa tutora enviamos nossa videoaula para uma professora 5º ano a fim de recebermos um feedback do protótipo nós construído. A seguir, veremos a transcrição do relato da Professora Maria Eliana Leite Graça, que leciona aulas no Colégio Nossa Senhora da Divina Providência em Peruíbe/SP. FEEDBACK DA PROFESSORA TRANSCRIÇÃO DOS ÁUDIOS ENVIADOS VIA APLICATIVO DE MENSAGENS WHATSAPP Áudio 01 – Eu adorei, vou passar para os alunos o ano que vem. (sic) Áudio 02 – Então, eu achei que, ficou muito rico, porque vocês conseguiram trazer a questão da história, do espaço, do tempo e vincular o trabalho do Jesuítas com o do Padre Leonardo Nunes, trazer a própria lenda que se teve e valorizar esse Patrimônio Histórico que nós temos, porque acaba ficando a desejar, né? Porque a administração pública não enfatiza, não valoriza na verdade, né? O patrimônio que nós temos aí na cidade, porque isso era pra ser aberto pra visitação, mas tem um trabalho muito mais forte aí em Peruíbe. E eu vejo que não existe, tanto 39 é que a gente não fala tanto, só no terceiro ano que eu, eu trabalhei lendas e trabalhei algumas lendas de Peruíbe, mas tem tanta coisa rica e ficou muito nítido isso no trabalho. Agora em relação a entrevista, ela podia ter focado mais na questão da cultura deles, de como era, podia ter colocado assim, como era antes e como é agora, fazer essa comparação, mas, ficou bom o trabalho, eu gostei. Parabéns! (sic) Áudio 03 – Quando ela termina falando do Deus Tupã, sabe? Da mãe natureza. Gente, olha que que riqueza isso, meu Pai Eterno, que coisa maravilhosa, muito legal. Parabéns!(sic) STORYBOARD 40 Peruíbe localizada no estado de São Paulo. Contextualizar que as Ruínas do Abarebebê é a segunda igreja do Brasil, construída com areia, óleo de baleia e sambaquis Por padre Leonardo Nunes, O Abarebebê - Padre Voador era assim que os indígenas o chamavam. O padre voltou a Portugal para contar o seu feito a D. João III e morreu afogado 41 O aldeamento entrou em declínio e os caçadores de tesouros invadiram a vila Destruição das paredes das ruinas após a passagem dos caçadores de tesouro Todos os anos no aniversário de morte de Padre Leonardo Nunes as Ruínas tomam seu formato inicial pela iluminação dos vagalumes –Lenda Tombamento das Ruínas em Patrimônio Histórico 42 Importância para a cultura indígena – Local sagrado Abordar o descaso e a degradação ambiental no entorno das ruínas. 43 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Foi proposto elaborar através deste Projeto Integrador uma videoaula sobre a importância do conhecimento da história das Ruínas do Abarebebê, no município de Peruíbe. Nossa pesquisa seguiu com o levantamento de informações com a comunidade externa e com a posterior análise dos dados coletados, a qual se percebeu que muitos estudantes desconhecem o processo histórico enriquecedor que o espaço, sítio arqueológico, apresenta. Sabe-se que todas as hipóteses foram clarificadas e confirmadas a partir dos materiais e métodos utilizados. Os objetivos foram ampliados e consequentemente a busca pela compreensão e divulgação pública das informações relacionadas ao tema. Embasa-se inclusive na entrevista sobre a temática com a indígena Rita Luiz Moreira, que colabora de forma desmedida com o Projeto e suas conclusões. Nosso protótipo seguiu na colaboração a partir de uma sequência didática para a criação de uma videoaula, confirmando nossas hipóteses e na concretização do Projeto para viabilizar o processo ensino-aprendizagem na imersão integradora das disciplinas Geografia e História, na perspectiva tempo e espaço, povos e civilizações na fundamentação sobre a ausência de conservação do patrimônio histórico cultural Ruínas do Abarebebê. Sendo assim, consideramos que o comprometimento do docente, ativo de maneira colaborativa, deverá assumir a responsabilidade de orientação e promoção da educação ambiental, a fim de evidenciar uma postura cidadã, ética e de sustentabilidade, diante desse sítio investigado. Nossos agradecimentos à solicitude de todos os envolvidos. 44 REFERÊNCIAS BRANDÃO, O. F. R. A importância do conhecimento cartográfico no ensino de geografia. In: Os desafios da escola pública paranaense, na perspectiva do professor PDE. Produções didático-pedagógicas. Volume II, 2016. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/ 201 6_pdp_geo_ufpr_oridesflorenciorodriguesbrandao.pdf> Acesso em: 16 set. 2020. BRASIL. Estado de São Paulo. Prefeitura de Peruíbe. Ruínas do Abarebebê. Disponível em: <www.peruibe.sp.gov.br> Acesso em:08 set. 2020. _______. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. 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Graduado em História pela Universidade Federal de Goiás – UFG. Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás – UFG. Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/a-aula-oficina-um-novo-modo- ensinar-historia.htm >. Acesso em: 05 out 2020. UNIVERSIDADE CATÍLICA DE SANTOS. Revista Leopoldianum. Revista de estudos em educação da Universidade Católica de Santos. Ed. Universitária (UNISANTOS), ano 25, nº 70, São Paulo, Dez. 1999. Na obra de Jaelson Bitran Trindade, Aldeia de São João Batista de Peruíbe, 1992. Disponível em: http://periodicos.unisantos.br >. Acesso em: 10 out. 2020. VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. 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