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Livro Capítulo 10 – O que é Sociedade Moderna? Locke: a sociedade civil organizada; páginas: 224 e 225. 2 anos Professora: Valdenise Morais JONH LOCKE • John Locke (1632-1704) foi um filósofo inglês conhecido como o "pai do liberalismo", sendo considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato social. Locke ficou conhecido como o fundador do empirismo, além de defender a liberdade e a tolerância religiosa. ESTADO DE NATUREZA • Segundo Locke, ninguém nasce com um status acima ou abaixo do resto. Esta lei natural é inata às mentes e aos corações de todas as pessoas. Como ele escreveu: “Toda a humanidade, que apenas a consultará, que sendo todos iguais e independentes, ninguém deve prejudicar outra pessoa em sua vida, saúde, liberdade ou bens.” • Isso não quer dizer que esta condição fosse de forma alguma, perfeita. Afinal, as pessoas transgrediriam os direitos umas das outras, resultando em conflito. No estado de natureza, portanto, se os direitos de alguém fossem violados, seria perfeitamente permissível usar a violência em legítima defesa, como afirma Locke. ESTADO DE NATUREZA • Assim, todos seríamos nosso próprio juiz, júri e carrasco; teríamos o direito de decretar a lei da natureza, punindo outras pessoas quando elas infringissem nossos direitos. • Mas, em geral, Locke acreditava que os habitantes do estado de natureza seriam principalmente pacíficos e cooperativos. Isso porque eles seguiram o guia da lei natural, que “deseja a paz e a preservação de toda a humanidade”. • Além disso, Locke acreditava que, no estado de natureza, respeitaríamos até a propriedade privada uns dos outros. PROPRIEDADE PRIVADA • A propriedade para Locke, portanto, pode ser encarada sob duas acepções. Primeiramente, pode se falar em propriedade num sentido amplo, segundo o qual ela designa, de forma simultânea, tanto a vida, quanto a liberdade e os bens do ser humano, ou seja, é “tudo o que pertence a cada indivíduo” sendo que “a primeira coisa que a pessoa possui, portanto, é o seu corpo: todo indivíduo é proprietário de si mesmo e de suas capacidades”. De outro lado, a propriedade, em sentido estrito, remete à posse de bens móveis ou imóveis. • Em suma, Locke coloca a propriedade como um direito natural, ou seja, um direito inerente ao homem, dele não se destacando. Segundo o filósofo: PROPRIEDADE PRIVADA • Cada homem tem uma ‘propriedade’ em sua própria ‘pessoa’; a esta ninguém tem qualquer direito senão ele mesmo. Podemos dizer que o ‘trabalho’ do seu corpo e a ‘obra’ das suas mãos são propriamente seus. Seja o que for que ele retire do estado que a natureza lhe forneceu e no qual o deixou, fica-lhe misturado ao próprio trabalho, juntando-se-lhe algo que lhe pertence e, por isso mesmo, tornando-o propriedade dele. • Para complementar, Locke atribuiu à propriedade uma origem divina, visto que Deus teria instituído, “no momento de criação do mundo e do homem, o direito à propriedade privada como fruto legítimo do trabalho”. Era a efetivação da propriedade como direito natural de origem divina. • Ao mesmo tempo que é fundamento, o trabalho também é forma de aquisição da propriedade pelo homem: JONH LOCKE JONH LOCKE PASSAGEM PARA O CONTRATO SOCIAL • O homem natural de Locke, apesar de ser naturalmente racional, não era invariavelmente “bom”, ou seja, o egoísmo, a vingança e o ímpeto pela destruição faziam parte da constituição humana. Nesse sentido, a liberdade de julgar e agir como entender ser necessário tornar-se-ia uma ameaça à liberdade dos indivíduos, já que a justiça nem sempre seria o desejo de todos. O amor próprio dos indivíduos ainda seria muito maior que o amor ao próximo, o que nublaria a capacidade de julgamento. • A razão natural do ser humano geraria naturalmente o firmamento de um contrato. Assim, aqueles que escolhessem submeter-se aos termos deveriam abrir mão de seu direito natural de agir em nome de si mesmo e depositá-lo nas mãos de uma única entidade. Essa entidade seria o Estado civil, o órgão responsável pela manutenção dos direitos e liberdades dos indivíduos em sociedade e que deteria o poder legitimado por aqueles que se colocaram sob sua regência. CONTRATO SOCIAL • Segundo Locke, o homem vivia num estado natural onde não havia organização política, nem social. Isso restringia sua liberdade e impossibilitava o desenvolvimento de nenhuma ciência ou arte. O problema é que não existia um juiz, um poder acima dos demais que pudesse fiscalizar se todos estão gozando dos direitos naturais. • Então, para solucionar este vazio de poder, os homens vão concordar, livremente, em se constituir numa sociedade política organizada. O homem poderá influir diretamente nas decisões políticas da sociedade civil seja através do exercício da democracia direta ou delegando a outra pessoa seu poder de decisão. Este é o caso da democracia representativa, na qual os cidadãos elegem seus representantes. Por sua parte, o Estado tem como fim zelar pelos direitos dos homens tais quais a vida, a liberdade e a propriedade privada. CONTRATO SOCIAL - LOCKE POLÍTICA • Locke defendia a liberdade intelectual e a tolerância. Foi precursor de muitas ideias liberais, que só floresceram durante o iluminismo francês no século XVII. Locke criticou a teoria de direito divino dos reis, formulada pelo filósofo Thomas Hobbes. • Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na população. Afirmava que, para assegurar um Estado de direito, os representantes do povo deviam promulgar as leis e o rei ou o governo executá-las. Laissez- faire é um termo em francês que significa “deixe fazer” POLÍTICA • O Ato Institucional nº 5, AI-5, baixado em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Costa e Silva, foi a expressão mais acabada da ditadura militar brasileira (1964-1985). Vigorou até dezembro de 1978 e produziu um elenco de ações arbitrárias de efeitos duradouros. Definiu o momento mais duro do regime, dando poder de exceção aos governantes para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime ou como tal considerados.
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