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Universidade Estácio de Sá Unidade: Campus Queimados CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA DO ESTADO Aluno(a): Izabela Ferreira Rodrigues Matrícula: 202009257275 Turma: ARA0192 1. (1,0) Tratando-se dos pensadores políticos contratualistas, é incorreto afirmar que: a- ( ) Para Thomas Hobbes, o Estado é o “grande Leviatã...que não é senão um homem artificial, embora de maior estatura e força que o homem natural, para cuja proteção e defesa foi projetado”. b- ( ) Hobbes era um contratualista, o primeiro deles, ou seja, afirma que a origem do Estado e/ou sociedade está num contrato. Assim, a política se funda sobre uma relação jurídica, já que o contrato é um ato jurídico pelo qual as partes contratantes estabelecem direitos e deveres recíprocos. c- ( ) John Locke Foi o primeiro a articular os princípios liberais de governo, a saber, que o propósito do governo era preservar os direitos dos cidadãos à liberdade, à vida e à propriedade, buscar o bem público e punir quem violasse os direitos dos outros. d- ( X ) Para John Locke, o poder do governante deve ser absoluto e ilimitado. No momento do contrato não existe ainda soberano, que só surge devido ao contrato. Disso resulta que ele se conserva fora dos compromissos, e isento de qualquer obrigação. e- ( ) Algumas razões pelas quais Hobbes foi tido como “pensador maldito” são: Apresenta o Estado como monstruoso; Apresenta o homem como belicoso; Nega o direito natural sagrado à propriedade; Subordina a religião ao poder político; Faz do homem o artífice da sua condição, através do contrato, e não Deus ou a natureza. 2. (1,0) Quanto ao significado clássico e o significado moderno de política, de acordo com o pensamento de Norberto Bobbio (2000), leia as sentenças abaixo e marque a alternativa correta: I. Pólis (politikós) – tudo aquilo que se refere à cidade e, portanto ao cidadão, civil, público e social. II. O termo foi transmitido por influência da “Política”, de Aristóteles. III. O termo foi usado para indicar obras dedicadas ao estudo daquela esfera de atividade humana que de algum modo faz referência às coisas do Estado. IV. Na era moderna: a atividade ou o conjunto de atividades que têm de algum modo, como termo de referência, a pólis, isto é, o Estado. V. Por se tratar de algo ligado ao Estado e, portanto, distante do cidadão comum, o pensamento político torna-se abstrato e com poucas consequências diretas para a vida das pessoas. a- ( ) Todas as sentenças estão corretas; b- ( ) Todas as sentenças estão erradas; c- ( X ) Apenas a sentença V está errada; d- ( ) As sentenças I, II e III, somente, estão corretas; e- ( ) As sentenças III e V estão erradas. 3. (1,0) Assinale a alternativa correta quando ao pensamento político de John Locke: a- ( ) Entendia que a propriedade privada é o primeiro passo para a desagregação e a discórdia, já que se trata de um conceito antinatural; b- ( X ) Para ele, no estado de natureza os homens viviam originalmente num estado caracterizado pela mais perfeita liberdade e igualdade, estando naturalmente ligados uns aos outros pelos vínculos racionais do direito natural; c- ( ) Deixados sem governo, os homens aterrorizavam uns aos outros num estado de natureza no qual os indivíduos não se detém por nada em sua busca de autopreservação e autopromoção. Nesses estado, a condição do homem é a condição de guerra de todos contra todos. d- ( ) O ideal para um príncipe seria o de ser ao mesmo tempo amado e temido. Mas essas duas coisas são muito difíceis de serem conciliadas e, assim, o príncipe deve fazer a escolha mais funcional para o governo eficaz do Estado. e- ( ) Escreveu “A Cidade de Deus”. 4. (1,0) O contratualismo é uma escola de pensamento a partir da qual várias interpretações sobre a natureza humana e o surgimento das sociedades civis foram concebidas. Para os contratualistas, o ser humano: a- ( ) era como uma tábula rasa, pois nascia completamente desprovido de qualquer tipo de ideia ou consciência. b- ( X ) vivia em um estado de natureza anterior às organizações sociais ou políticas que temos hoje. c- ( ) era um animal desprovido de qualquer tipo de capacidade de relação social. d- ( ) era o único ser vivo do planeta capaz de manter relações sociais. 5. (1,0) Por que só o homem é suscetível de tornar-se imbecil? [...] O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. Lourdes Santos Machado, 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. pp. 243; 259. Com base nos conhecimentos sobre sociedade civil, propriedade e natureza humana no pensamento de Rousseau, assinale a alternativa correta. a- ( ) A instauração da propriedade decorre de um ato legítimo da sociedade civil, na medida em que busca atender às necessidades do homem em estado de natureza. b- ( X ) A instauração da propriedade e da sociedade civil cria uma ruptura radical do homem consigo mesmo e de distanciamento da natureza. c- ( ) A fundação da sociedade civil é legitimada pela racionalidade e pela universalidade do ato de instauração da propriedade privada. d- ( ) O sentimento mais primitivo do homem, que o leva a instituir a propriedade, é o reconhecimento da necessidade da propriedade para garantir a subsistência. e- ( ) A sociedade civil e a propriedade são expressões da perfectibilidade humana, ou seja, da sua capacidade de aperfeiçoamento. 6. (1,0) A Inglaterra do século XVII foi palco de grande efervescência cultural, religiosa e política. Thomas Hobbes e John Locke, contemporâneos, responderam, cada um a seu modo, às grandes questões sociais e políticas do seu tempo. Faça uma comparação entre estes autores, relacionando-os entre si e aos grupos aos quais estavam ligados. Sua resposta deve fazer referência aos conceitos de estado de natureza e contrato social. Thomas Hobbes apresenta sua obra inspirada na ciência. Ciência esta sem ser regida por princípios abstratos e religiosos, mas sim pelo método científico. Sua primeira obra foi Leviatãs, trazendo a concepção de que o Estado era uma fria construção artificial. Para ele, o estado de natureza era como uma guerra, onde apenas a entrega do poder nas mãos de um soberano poderia, por meio de um contrato social, evita-la. Assim, com esse soberano, o povo estaria investindo em segurança e estado de direito, isto é, para que esse superior obtivesse sucesso, seria necessário ter poderes indivisíveis e ilimitados, ou seja, focados no autoritarismo. Contudo, Hobbes também trazia a clara ideia de que se o soberano falhasse, o contrato social estaria rompido. Além disso, em sua opinião, a imagem do homem era horrorizada, vista como um ser monstruoso e belicoso. Por outro lado, John Locke trazia um ideal liberalista, onde o foco era a liberdade, a igualdade e a propriedade privada. Ele tinha a concepção totalmente contraria a Hobbes em relação a soberania, pois segundo ele, um homem que tomasse o poder seria capaz de o destruir, assim, ninguém haveria de poder aceitar um controle absoluto sobre si. O direito a propriedade privada para Locke era tido como um direito natural e sagrado, ou seja, era produto do trabalho que havíamos produzido. Para ele, o Estado não deveria ter ingerência em questões religiosas e aproximadamente, para Hobbes, a religião estaria subordinada ao poder do Estado. A sua concepção de estado de natureza trazia a ideia de que os homens viviam livres e naturalmente ligados pelos vínculos racionais do direito natural. Sua ideia de contrato era a opção de dar aos homens a instauração da racionalidade perdida em suas relações primitivas. Ambos,tanto Hobbes quanto Locke tinham em comum a participação no grupo de teoria política sobre o contrato social denominado “Os contratualistas”. Além disso, ainda tinham a concepção clara de se evitar o estado de guerra, entretanto, cada um possuía sua convicção acerca de como atingir esse objetivo. 7. (1,0) Apresente três características que distinguem o Capitalismo dos outros modos históricos de produção. A propriedade privada dos meios de produção; o sistema de mercado baseado na iniciativa e na empresa privada; e os processos de racionalização para valorização do capital e exploração das oportunidades de mercado.
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