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Parasitologia Geral Curso de Graduação em Medicina Veterinária Curso de Graduação em Zootecnia UEG Câmpus Oeste – São Luís de Montes Belos Profa.: Dra. Márcia M. Silveira ● Nome do parasita (gênero e espécie). Ex: Toxoplasma gondii ● Figuras (exemplos: formas do parasita (trofozoíta, cisto...), ovo, larva, ciclo de vida, estruturas etc...) que foram demonstradas em aula sobre um determinado parasita. ● Breve legenda ● Referência/Fonte Esquema Básico do Atlas Ilustrado de Parasitologia Toxoplasma gondii Oocistos não esporulados de T. gondii em uma flutuação fecal. Fonte: https://www.cdc.gov/dpdx/toxoplas mosis/index.html ✓ SEM TEXTO ✓ CAPA E CONTRACAPA DESEJÁVEL ✓ Imagens microscópicas e/ou ilustrativas do parasita ✓ Pode desenhar à mão https://www.cdc.gov/dpdx/toxoplasmosis/index.html Atividade: Atlas Ilustrado de Parasitologia ❖ Em dupla. ❖ Entrega da atividade em duas etapas: Módulo I – Protozoologia: 20/01/2021 Módulo II e III – Helmintologia e Entomologia: 17/03/2021 • Envio por e-mail: marcia.silveira@ueg.br (Nome da Disciplina/Nome da atividade) por apenas um dos integrantes da dupla. 01 Filo Apicomplexa FAMÍLIA SARCOCYSTIIDAE ● Contém 6 gêneros – Besnoitia, Hammondia, Sarcocystis, Neospora, Frenkelia e Toxoplasma – de interesse veterinário. ● Seus ciclos evolutivos são semelhantes àqueles de Eimeria e Isospora, exceto que os estágios assexuados e sexuados ocorrem nos hospedeiros intermediário e final, respectivamente. ● Os oocistos possuem 2 esporocistos, cada um com quatro esporozoítas. ● Com exceção do gênero Toxoplasma, normalmente são não patogênicos aos seus hospedeiros finais e sua importância se deve aos estágios teciduais císticos nos hospedeiros intermediários, que incluem ruminantes, suínos, equinos e humanos. ● A fase tecidual no hospedeiro intermediário é obrigatória, exceto para Toxoplasma, em que é facultativa. Sarcocystis ● Neste gênero há cerca de 130 espécies reconhecidas encontradas nos músculos estriados de mamíferos, aves, répteis e humanos. ● Sarcocystis é um dos parasitas mais prevalentes em rebanhos; infecta mamíferos, inclusive humanos, aves e vertebrados inferiores. ● Os nomes dos parasitas são derivados do estágio intramuscular do cisto (sarcocisto) no hospedeiro intermediário. ● A maioria das espécies de Sarcocystis que infecta humanos e animais domésticos é espécie-específica para seus hospedeiros intermediários e família-específica para seus hospedeiros finais. ● Em geral, no hospedeiro intermediário as infecções por Sarcocystis são assintomáticas. Ocasionalmente, relata-se doença gastrintestinal em humanos. Espécies de Sarcocystis ● Sarcocistos são encontrados nos músculos estriados e no coração e podem ser microscópicos ou visíveis a olho nu; inicialmente, possuem metrócitos e, quando maduros, contêm bradizoítos. ● Os oocistos esporulam no hospedeiro predador e são excretados nas fezes. Sarcocystis Sarcocistos em músculo de bovino Oocisto esporulado de Sarcocystis sp ● Os oocistos possuem 2 esporocistos, cada um com quatro esporozoítas. Oocisto esporulado de Sarcocystis sp. em montagens úmidas, ampliação 400x. Sarcocistos de Sarcocystis sp. no tecido muscular Sarcocistos de Sarcocystis sp. no tecido muscular, corado com hematoxilina e eosina (H&E). Observe os bradizoítas dentro de cada sarcocisto. ● Em todas as espécies o ciclo evolutivo é heteroxeno. ● No predador (hospedeiro definitivo) ocorrem estágios sexuados e os oocistos são excretados nas fezes. ● Na presa (hospedeiro intermediário) ocorrem estágios assexuados (merogonia) e nas células musculares (miócitos) e dentro de um vacúolo parasitóforo, os merozoítos se desenvolvem em sarcocistos contendo bradizoítos infecciosos. Ciclo evolutivo Sarcocystis bradizoítos esporozoítos Casper Sahl Poulsen, and Christen Rune Stensvold J. Clin. Microbiol. 2014; doi:10.1128/JCM.00955-14 ● Sarcocystis hominis e S. suihominis tem humanos como hospedeiros definitivos e são responsáveis pela sarcocistose intestinal no hospedeiro humano. ● Os humanos também podem se tornar hospedeiros intermediários para Sarcocystis spp. após a ingestão acidental de oocistos. Ciclo evolutivo Sarcocystis bradizoítos Neospora ● A única espécie deste gênero, Neospora caninum, é um importante patógeno de bovinos e cães. ● Neospora causa paralisia em cães e aborto em vacas. ● Evidência recente indica que os membros da família canina são os hospedeiros finais. Espécie de Neospora Formas biológicas de N. caninum. (A) Taquizoítos no interior de vacúolo parasitóforo (Pv) em cultura de fibroblastos (linhagem HS68). Taquizoíto no citoplasma da célula hospedeira sem vacúolo visível (seta). (B) Cisto tissular em cérebro de roedor experimentalmente infectado, com destaque para espessura da parede cística (cabeças de seta) (DUBEY et al., 2002). (C) Oocisto não esporulado, com massa central. (D) Oocisto esporulado com dois esporocistos (seta), e contendo esporozoítos (cabeças de seta). https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/67/o/semi2011_Marcelo_Sales_1c.pdf Ciclo evolutivo Neospora caninum https://veteriankey.com/neosporosis/ • Neospora caninum apresenta ciclo biológico do tipo heteroxeno, com participação de hospedeiros definitivos e intermediários. • Neospora caninum é um patógeno protozoário intracelular obrigatório que se assemelha muito ao Toxoplasma gondii. • Cães domésticos e canídeos selvagens, agem como hospedeiros definitivos de N. caninum e eliminam oocistos após a ingestão de cistos de tecido de N. caninum (ciclo enteroepitelial). • Os oocistos são excretados nas fezes do hospedeiro definitivo 8 a 23 dias após a infecção. • Quando os oocistos são ingeridos por hospedeiros intermediários, como bovinos, estes se tornam permanentemente infectados e formam-se cistos teciduais. Ciclo sexuado Ciclo assexuado ● A Neosporose clínica resulta da replicação sistêmica de taquizoítos de N. caninum (que se dividem por um processo conhecido como endodiogenia). ● A prenhez ativa estes cistos e pode ocorrer aborto espontâneo. ● Caso o feto e a placenta abortados ou tecido com cisto sejam consumidos pelo hospedeiro carnívoro final, este se infecta e o ciclo evolutivo se completa. diferenciação da forma taquizoíta para bradizoíta Se dividem por endodiogenia- assexuada – multiplicação rápida https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S156713481200281X Neospora caninum - Epidemiologia ● Em bovinos: ○ Em bovinos, a infecção pode ser transmitida tanto verticalmente da vaca para o bezerro in utero quanto por via lactogênica e por ingestão natural de alimentos e água contaminados com fezes de cães que contêm oocistos de Neospora caninum. ○ Neospora caninum é um dos parasitas transmitidos com maior eficiência por via transplacentária e, em determinados rebanhos, verificou-se que, todos os bezerros nascidos vivos nascem infectados, mas não manifestam sintomas de infecção. Acredita-se que a transmissão por touros infectados não ocorra. Neospora caninum - Epidemiologia ● Em cães: ○ O cão e outros canídeos são os hospedeiros definitivos, e podem também atuar como hospedeiros intermediários em infecções pré-natais. ○ Em cães naturalmente infectados, acredita-se que a principal via de transmissão seja a transplacentária, com cadelas cronicamente infectadas desenvolvendo parasitemia durante a gestação, que leva a ninhadas sucessivas se tornando infectadas. ○ A neosporose ocorre mais gravemente em cãezinhos infectados por via transplacentária e é caracterizada por paralisia ascendente progressiva, principalmente dos membros pélvicos - fatal. Toxoplasma ● O gênero Toxoplasma contém uma única espécie. ● Os oocistos não esporulados são excretados nas fezes de gatos e de outros felídeos. ● Toxoplasma mostra uma carênciatotal de especificidade da espécie pelo hospedeiro intermediário, sendo capaz de infectar todo animal de sangue quente. ● É uma importante zoonose. Espécie de Toxoplasma ● Os oocistos são arredondados a ligeiramente ovais e medem 11 a 15 μm (em média, 13 μm) por 8 a 12 μm (em média, 11 μm). Toxoplasma gondii – oocistos não esporulados Oocistos não esporulados de T. gondii em uma flutuação fecal. https://www.cdc.gov/dpdx/toxoplasmosis/index.html ● Os oocistos esporulados contêm dois esporocistos elipsoidais (8,5 × 6 μm), cada um contendo quatro esporozoítas. Toxoplasma gondii – oocistos esporulados Oocisto esporulado de Toxoplasma gondii em uma montagem úmida não corada. https://www.cdc.gov/dpdx/toxoplasmosis/index.html ● Os taquizoítas são encontrados em fase de desenvolvimento em vacúolos, em vários tipos celulares como, por exemplo, fibroblastos, hepatócitos, células reticulares e células do miocárdio. ● Em qualquer uma das células pode haver 8 a 16 microrganismos, cada um medindo 6,0 a 8,0 μm. Toxoplasma gondii - taquizoítas Taquizoítos de Toxoplasma gondii, corados com Giemsa https://www.cdc.gov/dpdx/toxoplasmosis/index.html ● Os cistos teciduais, com até 100 μm de diâmetro, são encontrados principalmente no músculo, no fígado, no pulmão e no cérebro e podem conter vários milhares de bradizoítos em formato de lanceta. Toxoplasma gondii – cistos teciduais Cisto de Toxoplasma gondii corado com hematoxilina e eosina. Cisto não corado de T. gondii.https://www.cdc.gov/dpdx/toxoplasmosis/index.html Ciclo evolutivo do Toxoplasma gondii Robert-Gangneux, Florence & Dardé, Marie Laure. (2012). Epidemiology of and Diagnostic Strategies for Toxoplasmosis. Clinical microbiology reviews. 25. 264-96. 10.1128/CMR.05013-11. reprodução assexuada reprodução sexuada reprodução assexuada Ciclo de vida do T. gondii em animais domésticos e selvagens Vias de infecção do T. gondii Toxoplasma gondii - Epidemiologia - Gatos ● A maioria dos gatos se torna infectada por meio da ingestão de animais infectados por Toxoplasma, normalmente roedores, cujos tecidos contêm taquizoítos ou bradizoítos. ● A transmissão direta de oocistos entre gatos também pode ocorrer. ● A ingestão de bradizoítos maduros é a via mais importante e resulta na eliminação de um maior número de oocistos do que quando a infecção é adquirida de outros estágios. Toxoplasma gondii – Epidemiologia e Sinais Clínicos ● Após a infecção, a parede do cisto é digerida no estômago do gato, e no epitélio intestinal, os bradizoítos liberados iniciam um ciclo de desenvolvimento por merogonia e por gametogonia, culminando com a produção de oocistos em 3 a 10 dias. ○ Os oocistos são liberados por apenas 1 a 2 semanas. ● Durante esse ciclo na mucosa intestinal, os organismos podem invadir órgãos extraintestinais nos quais o desenvolvimento dos taquizoítos e dos bradizoítos ocorre como nos hospedeiros intermediários. ● A maior parte das infecções causadas por Toxoplasma em animais é branda e, consequentemente, assintomática. ○ relatos de abortos Ciclo de vida do Toxoplasma gondii https://youtu.be/4dkd-l0RHFc https://youtu.be/4dkd-l0RHFc Ciclo de vida do Toxoplasma gondii - continuação https://youtu.be/uW_UpekaDns https://youtu.be/uW_UpekaDns FAMÍLIA HEPATOZOIDAE ● O gênero Hepatozoon foi relatado em mamíferos, répteis e aves; tem importância em cães. ● Os hospedeiros definitivos incluem carrapatos, ácaros, mosquitos- pólvora, moscas-tsé-tsé, mosquitos, pulgas, piolhos, insetos reduvídeos e sanguessugas. Espécies de Hepatozoon A. ovale, A. cajennense ● Azul, Hepatozoon canis. ● Vermelho, Hepatozoon americanum. ● Roxo, ambas as espécies. Distribuição geográfica das infecções relatadas por Hepatozoon canis e Hepatozoon americanum https://veteriankey.com/canine-and-feline-hepatozoonosis/ Hepatozoon canis - gametócitos ● Os gamontes encontrados nos neutrófilos circulantes apresentam forma elipsoidal, com cerca de 11 × 4 μm, e são revestidos por uma membrana espessa. Dois gamontes Hepatozoon canis em neutrófilos em um esfregaço de sangue. Ampliação de 1000x. https://veteriankey.com/canine-and-feline-hepatozoonosis/ Hepatozoon canis - merontes ● Em geral, os merontes (ou esquizontes) são arredondados a ovais com, aproximadamente, 30 μm de diâmetro e incluem micromerozoítas alongadas com núcleos definidos que, em corte transversal, têm aparência de “raio de roda”. Merontes de Hepatozoon canis em tecido esplênico de um cão demonstrando o padrão típico de “raio de roda”. https://veteriankey.com/canine-and-feline-hepatozoonosis/ Ciclo evolutivo Hepatozoon canis reprodução assexuada reprodução sexuada esporocistos, cada um com 10 a 26 esporozoítas Hospedeiro intermediário Hospedeiro definitivo Hepatozoon canis – Epidemiologia ● O principal vetor de H. canis é o carrapato marrom dos cães, Rhipicephalus sanguineus, que é encontrado em regiões de clima quente e temperado por todo o mundo. ● A infecção é transmitida transestadialmente do estágio de ninfa ao estágio adulto dos carrapatos vetores. ● A infecção parece ocorrer principalmente pela ingestão de carrapatos infectados. A transmissão vertical foi relatada. Hepatozoon canis – Sinais clínicos ● Infecções por H. canis podem ser subclínicas em alguns animais, mas produzem doença grave e fatal em outros. ● A doença branda é comum e normalmente é associada a baixos níveis de parasitemia por H. canis (1 a 5%), frequentemente em associação com doença concomitante. ● Uma doença mais grave, caracterizada por letargia, febre e perda de peso grave, é encontrada em cães com parasitemia alta, com frequência chegando a 100% dos neutrófilos circulantes. ○ Cães que apresentam tanto leucocitose quanto alta parasitemia podem apresentar um número maciços de gamontes circulantes (> 50.000/µℓ de sangue). ORDEM HAEMOSPORORIDA ● Uma única família, a Plasmodiidae, contém vários dos gêneros de interesse médico e veterinário. ● Todas as espécies são heteróxenas: ○ Ocorre merogonia em um hospedeiro vertebrado ○ E esporogonia em um hospedeiro invertebrado. ■ Não há esporocisto; os esporozoítas ficam livres no interior dos oocistos. FAMÍLIA PLASMODIIDAE ● São incluídas as espécies de Plasmodium que provocam malária em pessoas, uma das doenças humanas mais prevalentes no mundo. ● Os esporozoítas são inoculados nas pessoas pelas fêmeas de mosquitos anofelinos. ○ Plasmodium falciparum causa malária terçã (48-48hrs) maligna ou malária falcípara. ○ P. vivax causa malária benigna. ○ P. malariae causa malária quartã ou febre quartã (72-72hrs). ○ P. ovale causa um tipo de malária terçã. FAMÍLIA PLASMODIIDAE ● Também, a malária é uma das doenças parasitárias causadas por hemoprotozoários mais comuns em primatas de regiões tropicais e semitropicais. ● Três gêneros distintos desta família, Plasmodium, Haemoproteus e Leucocytozoon, causam “malária” aviária em aves domésticas e selvagens, uma doença mais comum nos trópicos, transmitida pela picada de moscas dípteras. ● A espécies aviárias de Plasmodium são transmitidas por mosquitos: ○ Haemoproteus pelo mosquito-pólvora ou por moscas hipoboscídeas ○ Leucocytozoon é transmitido por Simulium spp. Espécies de Plasmodium de primatas não humanos Espécies de Plasmodium aviário Trofozoíto jovem Ciclo de vida do Plasmodium no hospedeiro vertebrado Esquizogonia pré- eritrocítica Esquizogonia eritrocítica Trofozoíto maduro Plasmodium sp. esquizontes pré-eritrocíticos (forma exo-eritrocítica) no fígado humano, seção transversal, aumento de 1.000x, barra de escala de 10 μm Trofozoítos em forma de anel de Plasmodium malariae, esfregaço de sangue, coloração de Giemsa, aumento de 1.000x, barra de escala de 10 μm Trofozoíto maduro de Plasmodium malariae, esfregaçode sangue, coloração de Giemsa, aumento de 1.000x, barra de escala de 10 μm Esquizontes eritrocíticos de Plasmodium gallinaceum em esfregaço de sangue de aves, aumento de 1.000x Esquizontes de Plasmodium falciparum (à esquerda) e gametócitos (à direita), esfregaço de sangue, aumento de 1.000x Ciclo de vida do Plasmodium no hospedeiro invertebrado origina Oocinetos de Plasmodium sp. no conteúdo do estômago do mosquito, ampliação de 1.000x, barra de escala de 10 μm. Ciclo Biológico do Plasmódio no homem https://youtu.be/xyc4gZsHEGQ https://youtu.be/xyc4gZsHEGQ Ciclo Biológico do Plasmódio no mosquito https://youtu.be/s-SKYfERZd4 https://youtu.be/s-SKYfERZd4 Plasmodium gallinaceum – Epidemiologia e sinais clínicos ● Distribuição geográfica: Sudeste Asiático, Indonésia, Malásia, Borneu, Índia, Sri Lanka. ● Plasmodium gallinaceum pode ser altamente patogênico às aves domésticas, especialmente quando raças europeias são introduzidas em áreas endêmicas onde o ciclo é mantido em aves silvestres comestíveis. ● No Sri Lanka, o mosquito vetor é Mansonia crassipes. Em outras áreas de sua distribuição geográfica os vetores são desconhecidos e não foram realizados estudos epidemiológicos detalhados. ○ Uma ampla variedade de espécies de anofelinos dos gêneros Anopheles, Armigeres, Culex, Culiseta e Mansonia mostrou, experimentalmente, ser capaz de transmitir a infecção. ● As aves com infecção aguda podem apresentar letargia, anemia, com cristas pálidas, diarreia e paralisia parcial ou total. ORDEM PIROPLASMORIDA ● Frequentemente denominados “piroplasmas”, estes parasitas são encontrados principalmente nos eritrócitos ou nos leucócitos de vertebrados. ● Não há formação de oocistos. ● A reprodução no hospedeiro vertebrado é assexuada. ● Ocorre reprodução sexuada no hospedeiro invertebrado. ● Os piroplasmas são heteróxenos. ● Os vetores conhecidos são carrapatos ixodídeos ou argasídeos. FAMÍLIA BABESIIDAE Babesia ● O gênero Babesia inclui parasitas intraeritrocíticos de animais domésticos e ocasionalmente humanos, transmitidos por carrapatos, que são contaminados pelo protozoário por via transovariana, através dos ovos e de uma geração de carrapatos para a outra. ● A doença, babesiose, é particularmente grave em animais sem contato prévio com o parasita, introduzidos em áreas endêmicas. ○ É uma enfermidade que ocasiona considerável restrição ao desenvolvimento dos rebanhos, em muitas partes do mundo. Ciclo evolutivo Babesia eritrócito reprodução assexuada (tecidos de carrapato) Esporoblasto dormente Esporoblasto ativo “corpos de raio” Glândula Salivar reprodução sexuada Hospedeiro Carrapato Hospedeiro Vertebrado Estágios intraeritrocíticos de Babesia canis. Diagrama de várias formas de eritrócitos infectados por Babesia bovis corados com Giemsa. Babesia – Epidemiologia e sinais clínicos - Bovinos ● A virulência dependente da espécie particular de Babesia. ○ Babesia bigemina e B. bovis em regiões tropicais e subtropicais são altamente patogênicas. ■ Babesia bovis, em geral, é considerada a babésia bovina mais patogênica. ● Sinais clínicos: Incoordenação, convulsões, depressão e morte. Babesia – Epidemiologia e sinais clínicos – Cães ● A gravidade da infecção é determinada pela estirpe do parasita, bem como por outros fatores, tais como idade, estado imune, e presença de infecções concomitantes. ● Anemia hemolítica é o principal mecanismo patogênico causado pelo parasita, mas outros fatores, tais como destruição imunomediada de eritrócitos, podem ocorrer. ● A infecção pode ser classificada como não complicada ou como complicada: ○ Babesiose não complicada normalmente é associada a anemia moderada, letargia, fraqueza e hepatoesplenomegalia. ○ Babesiose complicada se refere às manifestações que não podem ser explicadas apenas pela crise hemolítica e é caracterizada por anemia grave e disfunção orgânica. A mortalidade em casos de babesiose complicada, com frequência, excede 80%. Extras Paragordius tricuspidatus – Mecanismo de ação no hospedeiro ● Paragordius tricuspidatus, conhecido popularmente com hairworm, tem parte da sua vida no ambiente aquático – fase reprodutiva - e parte dentro de gafanhotos terrestres – fase juvenil. Gafanhotos quando parasitados, por influência de um conjunto de proteínas liberado pelo parasite que atua no sistema nervoso, são induzidos à busca por ambientes aquáticos e a se jogarem-se na água, após o verme sai por esse meio, que é o ambiente necessário para a sua reprodução. Tratamento da água em casos de suspeita de Naegleria fowleri ● Se suspeita que Naegleria fowleri se encontra num sistema municipal de água potável, o serviço público de água pode aumentar os níveis de desinfetante e fazer a descarga (flush) do sistema. ● Fontes: https://www.cdc.gov/parasites/naegleria/public-water- systems.html Curiosidades: Lobo em pele de caranguejo - Sacculina carcini http://labs.icb.ufmg.br/lbem/aulas/grad/evol/coevol/manimalcarang.html http://labs.icb.ufmg.br/lbem/aulas/grad/evol/coevol/manimalcarang.html
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