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Relatório de Parasitologia Animal

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CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA 
DISCIPLINA: PARASITOLOGIA ANIMAL 
 EQUIPE: Erick Johnny Menezes dos Santos 
 Seixa Justino Lemos 
 Joao Victor Vieira Gonçalves 
 Cicero Arthur Melo de Alencar 
 Pericles Fontenele Macedo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 
EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 JUAZEIRO DO NORTE-CE 
 2023
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1. EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES 
 
Data: 23 de maio de 2023 
 
Introdução: O presente relatório descreve as atividades realizadas no laboratório de parasitologia do 
Centro Universitário Dr. Leão Sampaio. O estudo acadêmico prático foi conduzido com o objetivo de 
analisar amostras de fezes de pacientes em busca de parasitas através de três técnicas distintas: 
sedimentação, flutuação e OPG (ovos por grama). Essas técnicas são amplamente utilizadas na rotina 
laboratorial para a detecção de parasitas intestinais, fornecendo informações importantes para o 
diagnóstico e tratamento adequados. 
Materiais e Métodos: 
1. Coleta de amostras: Foram coletadas amostras do cachorro Thor, da ração Dogo Argentino, 02 
anos. As amostras do animal foram usadas para avaliação nas técnicas de sedimentação e 
flutuação, que serão descritas a seguir. 
 
2. Preparação das amostras: As amostras de fezes foram manipuladas com o uso de EPIs 
(equipamentos de proteção individual), garantindo a segurança dos pesquisadores e evitando a 
contaminação cruzada. 
 
3. Materiais utilizados: Copo descartável, peneira, gaze, tubo de ensaio, colher, pipeta de Pasteur, 
cálice, bastão de vidro, macerador, câmara de McMaster (OPG), solução de Nacl, lâmina, 
lamínula, lugol, água, microscópio óptico e balança de precisão. 
 
4. Técnica de sedimentação: Uma porção das amostras foi submetida à técnica de sedimentação 
para identificar parasitas que possam se depositar no fundo do recipiente. O método envolve a 
adição de uma solução salina hipertônica para aumentar a densidade das estruturas parasitárias, 
facilitando sua visualização. 
Descrição do processo: 
-Com o auxílio da colher, iniciamos separando e pesando 5g da amostra em uma balança de 
precisão; 
-Dentro do copo utilizado para a pesagem adicionamos, aos poucos, 50ml de água e usamos o 
bastão de vidro para homogeneizar a mistura; 
-Após homogeneizado, com a peneira e a gaze dobrada em 4 partes usamos o cálice de 
 sedimentação para receber o material filtrado; 
-Deixamos sedimentando por 15 minutos; 
-Após os 15min e observando uma concentração no fundo do cálice, retiramos a água 
 deixando só o sedimento; 
-Acrescentamos água novamente e deixamos por 15 minutos repetindo o todo o processo de 
lavagem; 
-Repetimos esse processo por mais 3 vezes e retiramos com uma pipeta um pouco do sedimento; 
-Colocamos sobre a lâmina, adicionamos lugol e cobrimos com uma lamínula; 
-Levamos até o microscópio para realizar a observação do material produzido. 
 
5. Técnica de flutuação: Outra porção das amostras foi submetida à técnica de flutuação, que 
consiste em utilizar uma solução saturada de açúcar ou sal para detectar parasitas que possam 
flutuar na superfície. O método permite a identificação de parasitas como ovos de helmintos ou 
cistos de protozoários. 
Descrição do processo: 
-Com o auxílio da colher, iniciamos separando e pesando 5g da amostra em uma balança de 
precisão; 
-Dentro do copo utilizado para a pesagem adicionamos, aos poucos, 30ml de Nacl e usamos o 
bastão de vidro para homogeneizar a mistura; 
-Nesse momento começamos coar as fezes com a peneira e uma gaze dobrada em 4 partes; 
-Após coado adicionamos em tubo de ensaio até formar um “menisco”, quando deixamos o 
líquido até a borda do tubo de ensaio; 
 
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-Formado o menisco colocamos uma lamínula que tem que estar em contato direto com líquido 
e deixamos repousar por 15min; 
-Após os 15min adicionamos a solução de lugol na lâmina, a fim de facilitar a visualização no 
microscópio; 
-Levamos até o microscópio para realizar a observação. 
 
6. OPG (ovos por grama): Para quantificar a carga parasitária nas amostras, foi realizado o cálculo 
do número de ovos por grama de fezes. Através desse método, é possível estimar a intensidade 
da infestação parasitária. 
Descrição do processo: 
-Iniciamos pesando 4g das fezes de ruminantes coletadas nos estábulos do Hospital Veterinário 
da Unileão; 
-Adicionando 28ml de NaCl, aos poucos, e com o macerador prensamos as fezes para liberar 
a solução; 
-Em seguida acrescentamos mais 30ml de NaCl para homogeneizar as fezes com a solução; 
-Após a homogeneização, iniciamos o processo de coar com a peneira e gaze dobrada em quarto 
partes para dentro do cálice; 
-Com a pipeta de Pasteur pegamos a solução homogeneizada e depositamos nos dois lados da 
câmara de McMaster 
-Deixamos descansando por 3/4minutos para o processo de flutuação, que ocorre rapidamente; 
-Levamos ao microscópio para contagem 
 
Resultados: Os resultados obtidos nas análises das amostras de fezes do cachorro da raça Dogo Alemão, 
utilizando as técnicas de sedimentação, flutuação foram os seguintes: 
Técnica de sedimentação: Foram encontrados ovos de Ancylostoma caninum, um parasita comum em 
cães. A presença desses ovos indica uma infecção parasitária por Ancylostoma caninum no animal 
analisado. 
Técnica de flutuação: Nenhum parasita foi detectado na técnica de flutuação. Isso indica a ausência de 
parasitas que podem flutuar na superfície da solução utilizada, como ovos de helmintos ou cistos de 
protozoários. 
OPG (ovos por grama): As fezes de ruminantes do estábulo do hospital veterinário foram analisadas 
utilizando o método de OPG. Nenhum parasita foi encontrado, indicando que as amostras estavam livres 
de ovos de helmintos. 
 
Discussão: Os resultados obtidos na técnica de sedimentação, com a presença de ovos de Ancylostoma 
caninum, são consistentes com o fato de que o cachorro da raça Dogo Alemão estava infectado com esse 
parasita. O Ancylostoma caninum é um parasita intestinal comum em cães e pode causar problemas de 
saúde se não for tratado adequadamente. 
A ausência de parasitas na técnica de flutuação indica que o cachorro não estava infectado com parasitas 
que podem flutuar na solução utilizada. Isso pode ser explicado pela especificidade das técnicas de 
detecção e pela possibilidade de outros parasitas não serem identificados por esse método específico. 
No exame de OPG das fezes de ruminantes do estábulo do hospital veterinário, a ausência de ovos de 
helmintos indica que esses animais estavam livres de infestações parasitárias intestinais. Isso é um 
indicativo positivo de que as medidas de controle parasitário adotadas no estábulo estão eficazes. 
 
Conclusão: Com base nos resultados obtidos neste estudo prático, pode-se concluir que o cachorro da 
raça Dogo Alemão estava infectado com o parasita Ancylostoma caninum, como evidenciado pela 
presença de ovos desse parasita na técnica de sedimentação. A ausência de parasitas na técnica de 
flutuação e no exame de OPG das fezes de ruminantes do estábulo do hospital veterinário indica a 
ausência de infestações parasitárias nessas amostras. 
 
IMAGENS ANEXADAS DAS ATIVIDADES: 
 
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2. REFERÊNCIA 
- Bowman, D. D., & Lynn, R. C. (2017). Georgis' Parasitology for Veterinarians. Elsevier 
Health Sciences. 
- Blagburn, B. L., Lindsay, D. S., & Vaughan, J. L. (2004). Prevalence of canine parasites based 
on fecal flotation. Comparative Parasitology, 71(1), 15-21. 
- Souza, F. A., de Almeida, M. R.,de Oliveira, F. E., de Freitas, L. H., & de Paula, A. M. (2019). 
Parasitic diseases in dogs from rural areas of São Paulo State, Brazil. Journal of Parasitic 
Diseases, 43(1), 55-61.

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