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ATIVIDADE PRÁTICA - RESENHA 1. Autor do livro Urie Bronfenbrenner, psicólogo, nascido na Rússia e conhecido por sua teoria de sistemas ecológicos para o desenvolvimento infantil. 2. Tema do livro Com título: A Ecologia do Desenvolvimento Humano: Experimentos Naturais e Planejados. O tema do livro é uma proposta ecológica de desenvolvimento privilegiando os aspectos saudáveis do desenvolvimento, os estudos realizados em ambientes naturais e a análise da participação da pessoa em diversos ambientes naturais e em contato com diversas pessoas. O livro também valoriza os processos psicológicos e sua relação com os multideterminados ambientais, sem negligenciar a importância dos fatores biológicos no decorrer do desenvolvimento 3. Estrutura da obra resenhada Segundo a autora resenhista, o livro é dividido em quatro partes: microssistema, mesossistema, exossistema e macrossistema e, ao longo dessas quatro partes, são apresentadas quatorzes definições, oito proposições e cinquenta hipóteses do que diz respeito a abordagem ecológica do desenvolvimento. 4. Resuma as ideias defendidas pelo autor do livro. O autor traz uma ideia ecológica de desenvolvimento humano, na qual existe a valorização dos pontos de vista saudáveis. Muitas declarações dele são relevantes para compreender essas ideias, tais como as que tratam do microssistema, mesossistema, exossistema e macrossistema. O primeiro é o local físico, no qual o indivíduo que está inserido e está sendo analisado no desenvolvimento. Neste ele estabelece relações mais próximas e estáveis. O segundo não é necessariamente um local físico, é o conjunto dos primeiros agrupamentos dos microssistemas, sendo que a criança irá desenvolver a socialização através da interação entre os diferentes ambientes. O exossistema, são os meios nos quais a pessoa do desenvolvimento não está presente, porém, influenciam na sua evolução. Por fim, o último refere-se aos aspectos mais amplos, como cultura, valores, crenças, governo nacional, que apesar de muito amplos possuem influência no processo de desenvolvimento. 5. Resuma os comentários apresentados pelo autor da resenha. De acordo com a resenhista a obra traz uma visão contextualizada, em que considera todos os aspectos relacionados com o desenvolvimento humano. Além disso, afirma que há a valorização dos sistemas psicológicos e sua ligação com os determinantes ambientais para a abordagem, não deixando de lado os aspectos biológicos. Com isso, é importante ressaltar que a autora da resenha coloca o livro como fundamental para o entendimento da abordagem ecológica do desenvolvimento e realização de pesquisas que a utilizem com objetivo Em seguida, a partir de um dos artigos escolhidos para compor o trabalho final da disciplina, elabore uma resenha, contendo: título do artigo, indicações bibliográficas, apresentação do autor, exposição do tema abordado no artigo, descrição da estrutura e resumo do conteúdo do artigo, comentários avaliativos. Lembre-se de assinar e identificar o lugar social no qual você se situa enquanto resenhista. Atividade prática - RESENHA FAVARETO, Arilson. Uma década de experimentações e o futuro das políticas de desenvolvimento territorial rural no Brasil. Políticas públicas de desenvolvimento rural no Brasil. Porto Alegre: UFRGS, p. 261-280, 2015. Uma década de experimentações e o futuro das políticas de desenvolvimento territorial rural no Brasil. Salvador, 2019. Arilson da Silva Favareto, Sociólogo pela Universidade Católica de Campinas; Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas; Doutor em Ciência Ambiental pela Universidade de São Paulo. Atualmente é Professor na Universidade Federal do ABC. E autor do livro "Paradigmas do desenvolvimento rural em questão" - premiado pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (V Prêmio Política e Planejamento Regional) como melhor tese de doutorado (CNPQ, 2019). Na obra acima, o autor retratou a ideia de agricultura familiar atrelada aos movimentos sociais e aos gestores públicos - principal inovação nas políticas para o rural brasileiro -, nos anos 90. Nesse período, com o advento da ideia de desenvolvimento territorial, não foi só criado um programa específico, o Território de Identidade, mas também uma Secretaria de Desenvolvimento Territorial, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Agrário (FAVARETO, 2015). Ao longo do texto, o autor questiona/interroga qual é o balanço que se pode fazer destas iniciativas, bem como construir considerações sobre quais seriam os principais desafios a serem superados nos próximos 10 anos. Portanto, o artigo foi organizado em quatro seções: a primeira seção, tem como destaque as ambiguidades trazidas pelo cenário atual do desenvolvimento rural no Brasil; o segundo, pretende-se sustentar a afirmação, que diante deste cenário, o país não dispõe de uma consistente estratégia de desenvolvimento rural; na terceira, pretende mostrar os problemas de incentivos contidos no atual desenho da política brasileira no desenvolvimento territorial, para com isso mostrar o porquê ela não consegue, nos atuais contornos, possibilitar uma estratégia inovadora e condizente com o atual cenário; já o quarto, busca evidenciar sobre a gestão social da política e os instrumentos disponíveis para mobilizar as forças sociais, que são cruciais para a promoção do desenvolvimento territorial (FAVARETO, 2015). Descreve “um cenário mais ambíguo”, nos meados do Século XXI, como um período de “reprimarização” da economia, ou seja, foi um período em que houve uma expansão da agricultura familiar brasileira, por conta das exportações do país. Porém, essa vitalidade precisa ser vista sob três ângulos: econômico, social, ambiental e político. Sob o ângulo econômico, este processo traz vários riscos, por exemplo, torna o país dependente de commodities, que por sua vez, tem os preços determinados por fatores que fogem do controle dos agentes nacionais; sob o ângulo social, constata um crescimento econômico desigual, evidenciando um maior incentivo para as agriculturas patronal (região SE e CO); sob o ângulo ambiental, relatam sobre o desmatamento, sobre a expansão agrícola, emissão de gases estufa pela pecuária, entre outros; já sob o ângulo político, tem o fortalecimento da agricultura comercial brasileira e, consequentemente, os seus representante políticos (bancada ruralista). Embora o Brasil rural não possua uma estratégia de desenvolvimento, Favareto (2015), afirma que para obter uma estratégia, é preciso de uma agenda em torno dos seguintes pontos: diversificação e dinamização das economias interioranas - onde ocorre a ampliação de recursos circulando nas regiões rurais, por parte da municipalização de políticas públicas e do fortalecimento das políticas sociais, para diminuir a dependência destas fontes externas; outro ponto, é um pacto, pela paridade entre regiões rurais e urbanas - garantir aos habitantes de regiões interioranas, o mesmo acesso à serviços de que dispõe um habitante de regiões urbanas; e o último ponto, gira em torno do Brasil rural e a economia de baixo carbono ou “economia verde” - que incorpore de fato, a variável ambiental e não veja isso como uma oportunidade de lucros. Na terceira seção, o autor aborda sobre os problemas de planejamento, interrogando que incentivos para qual estratégia de desenvolvimento rural. No entanto, duas dois aspectos foram destacados neste mesmo rol: a) a ideia de territorialização das iniciativas envolve bem mais do que a ampliação geográfica e diz respeito mesmo ao reconhecimento das dinâmicas locais e da diversidade de atores que compõem as regiões rurais, sobre o que há pouco entendimento e diálogo nas articulações em curso; b) onde a estrutura da governançanão sinalizava um sistema de incentivos capaz de engendrar ações consistentes, eficientes e com horizonte estratégico para estas mesmas regiões rurais (FAVARETO, 2015). Diante disso, há quatro campos em que o desenho da política precisaria outros tipos de incentivos: 1) No estabelecimento de metas; 2) A diversificação dos instrumentos e uma tipologia do Brasil rural; 3) Dos Planos às Estratégias de desenvolvimento territorial; 4) De recursos a fundo perdido à seleção de projetos inovadores (FAVARETO, 2015). Concomitante a isso, a agenda da gestão social envelheceu. Acreditando assim, que umas das formas de introduzir uma primeira inovação nas formas de gestão social das políticas públicas diz respeito aos atores mobilizados. A segunda inovação diz respeito às formas de participação social. E por fim, a terceira inovação diz respeito à cumulatividade e alcance das definições (a participação social deveria ser cumulativa). Dessa forma, Como Favareto (2015) afirma, colocando isso em prática, tudo isso contribuirá para aprimorar a tecnologia de participação social,tornando a política mais aderente às necessidades e à heterogeneidade do Brasil rural. Para concluir, esse artigo é de extrema importância, ainda mais para entender que não basta mais fazer os mesmos projetos de desenvolvimento territorial para os anos que virão, é preciso mudar o cenário. Nesse sentido, isso se dará, somente, a partir da identificação e reconhecimento dos principais desafios nessa transição de paradigma e promover a atualização dos dispositivos institucionais numa direção coerente - o fundamental é que o futuro das regiões rurais possa ser pensado em novas bases de relação entre sociedade, natureza e economia. Atenciosamente, discente do Bacharelado Interdisciplinar em saúde, 2019. REFERÊNCIAS: CNPQ. Plataforma Lattes. Currículo Lattes. Arilson da Silva Favareto. Disponível em: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do>. Acesso em: 04 de Jun. 2019. FAVARETO, Arilson. Uma década de experimentações e o futuro das políticas de desenvolvimento territorial rural no Brasil. Políticas públicas de desenvolvimento rural no Brasil. Porto Alegre: UFRGS, p. 261-280, 2015. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do
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