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MÓDULO NEURO PROBLEMA 4 – ATÉ ONDE EU SEI DEFINIR CONSCIÊNCIA E INCONSCIÊNCIA. Consciência é definida como a capacidade do indivíduo de reconhecer a si mesmo e aos estímulos do ambiente. A avaliação do nível de consciência deve englobar uma descrição do estado de alerta do paciente, em resposta à estímulos verbais e dolorosos. Na prática médica, a consciência é vista em oposição à inconsciência ou coma e compreende o estado de alerta associado à capacidade de responder adequadamente a certos estímulos externos. A apatia, a amnésia, a afasia e a demência, embora prejudiquem o conteúdo da consciência, não impedem que respostas apropriadas sejam dadas aos estí- mulos convencionais, de forma que a consciência é ainda considerada preservada nestas condições. A inconsciência é a capacidade de reagir ou interagir com estímulos ambientais, ocorre pelas alterações de consciência que podem se dar no estado de alerta ou nível de consciência, que englobaria as funções mentais e cognitivas do indivíduo. As alterações do nível de consciência podem variar entre dois extremos, desde uma orientação tempo-espacial até um estado de coma profundo. COMPREENDER OS MECANISMOS RESPONSÁVEIS PELO PROCESSAMENTO DA CONSCIÊNCIA. CICLO CIRCADIANO Todos os seres vivos apresentam variações rítmicas do estado fisiológico de seus órgãos. A cronobiologia estuda objetivamente os mecanismos das oscilações periódicas dos sistemas biológicos. Estes ritmos podem apresentar ciclos com durações diferentes – menos do que um dia (infradiano), aproximadamente 24 horas (circadiano), mais do que um dia (ultradiano), aproximadamente 1 semana (circasseptano), cerca de 1 mês (circamensal) e cerca de 1 ano (circa-anual). Existem inúmeros ritmos biológicos em um organismo vivo. No ser humano eles incluem o ciclo de sono- vigília, níveis hormonais, temperatura corporal e ciclo menstrual. A sincronização dos ritmos biológicos é feita pelos chamados osciladores. Os principais osciladores endógenos incluem o ciclo claro-escuro, horários padronizados para refeição e a jornada de trabalho. Além disso, a periodicidade das funções no organismos também é ditada por processos endógenos próprios. Acredita-se que o Núcleo supraquiasmático do hipotálamo é um forte candidato para funcionar no cérebro como um gerador desta ritmicidade circadiana. Esse núcleo recebe projeções que se originam dos tratos óticos, o que reforça a ideia de que as informações relativas ao ciclo claro-escuro são transmitidas por essa fibras ao núcleo supraquiasmático. Assim, a ritmicidade circadiana de várias de nossas funções fisiológicas dependem de uma sincronização dos osciladores internos e externos. Assim, se o indicador de tempo externo for deslocado para frente ou para trás, como por exemplo em um vôo para Oriente ou Ocidente, os sistemas circadianos precisarão de vários períodos para reaver a sua posição de fase normal com relação ao indicador de tempo. Isso explica a fadiga e o humor disfórico que se observa após vôos que percorrem longas distâncias. SISTEMA TEMPORIZADOR CIRCANUAL Existem também outros relógios biológicos para controlar os ritmos não circadianos. O mais conhecido deles fica no epitálamo, uma parte do diencéfalo situada dorsalmente ao tálamo. A parte mais saliente do epitálamo é a Glandula Pineal. A pineal é um marcapasso do sistema temporizador infradiano circanual encarregado de monitorar as estações do ano e sincronizar com elas algumas funções que variam anualmente. Estão envolvidos nesse circuito: o feixe retinohipotalâmico; conexões do supraquiasmático com outros núcleos do hipotálamo; projeções para o corno intermédio lateral da medula espinhal; fibras que inerva o gânglio cervical superior; e fibras que inerva a pineal usando a noradrenalina como neurotransmissor. Através desse circuito, o sistema temporizador circadiano se integra ao sistema temporizador circanual. A pineal sob ativação simpática, aumenta durante a noite a síntese e a secreção do hormônio melatonina. Sabe-se que uma das ações da melatonina envolve a redução da função das gônadas durante o inverno, quando os dias são curtos e as noites longas. A ação da melanina é possibilitada pelos receptores específicos para ela, que algumas células sintetizam e expressam na membrana. cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Máquina de escrever 1. Circadianos (duração de um dia); ex: ciclo sono-vigília. 2. Ultradianos (repetem várias vezes no dia); ex: secreções hormonais. 3. Infradianos (demoram mais que o tempo de um dia para se repetirem); ex: hibernação É o caso do próprio núcleo supraquiasmático, sitio de grande concentração desses receptores. Assim, essa relação do sistema circadiano com o circanual se fecha quimicamente, uma vez que a concentração de melatonina circulante é detectada pelos neurônios supraquiasmáticos, cuja atividade é regulada de acordo. SISTEMAS MODULADORES O ciclo vigília-sono é um dos ritmos circadianos, e portanto, é também sincronizado pelo sistema temporizador regido pelo núcleo supraquiasmático. Pensaram que bastaria que os sistemas sensoriais se desligassem para o indivíduo dormir, e religassem para o despertar. No entanto, o que acontece não é bem assim. Para ligar ou desligar, é necessário um sistema de conexões bastante espalhado capaz de ligar várias áreas ao mesmo tempo. Quando suspeitaram da existência de sistemas moduladores difusos que controlassem os níveis de consciência e as ações comportamentais, acreditava-se que neurônios tivessem um trajeto ramificado atingindo extensas regiões do sistema nervoso. Já outros, identificava sistemas de neurotransmissores cuja ação dispersa pudesse estar de acordo com o caráter difuso previsto. Diferentes sistemas difusos foram identificados, e a maioria dos neurônios que lhes dão origem reside no tronco encefálico, reunidos em núcleos bem definidos, ou distribuídos em meio a uma rede de fibras nervosas, no que se chama de Formação Reticular, que se estende do bulbo até o mesencéfalo. Outros neurônios com caraterísticas semelhantes foram identificados em núcleos distintos do bulbo e da ponte, como o Locus Ceruleus e os Núcleos da rafe. MECANISMOS RESPONSÁVEIS PELA VIGÍLIA O sistema reticular ativador ascendente – SRAA é o responsável por ativar o córtex. Ele envia vias que passa pelo tálamo, hipotálamo, prosencefalo basal até o córtex, mantendo o ciclo sono-vigília. Essa comunicação é feita através de neurotransmissores e neuromoduladores, algymas com função de ativar e outros de inibir o córtex. 1- Sistema colinérgico: Os núcleos que produzem a acelticolina são os mesopontinos no tronco e no proencefalo basal, liberando no tálamo e córtex. São responsáveis por uma desincronização cortical da vigília, ou seja, ela ativa o cérebro. Além de ter uma participação no sono REM. 2- Sistema orexina-hipocretina: São neuropeptídios sintetizados na área perifornical da região tuberal do hipotálamo, e ele temprojeção tanto para o córtex, como também para o locus cereulus, sistema histaminérgicos e colinérgicos fazendo a modulação. Eles são responsáveis pelo estado de manutenção da vigília. Um comprometimento nesse sistema, é em pacientes que sofrem com narcolepsia, que apresenta sonolência excessiva diurna. 3- Sistema Noradrenérgico: é produzido nos neurônios do locus cerulius e emite projeções para o prosencefalo basal, para o córtex e projeções inferiores que desce para a medula, mantendo e aumentando a ativação cortical. 4- Sistema dopaminérgico: é produzido nos núcleos da substancia negra e na área tegumentar ventral e projeta para o núcleo estriado e para o córtex frontal estimulando a vigília. 5- Sistema Histaminérgico: os núcleos que produzem vão estar no hipotálamo e projeta- se para o córtex e recebe projeções do tronco cerebral e prosencefalo. Participam da ativação cortical e manutenção da vigília. Já o Sono ocorre pela inibição do SRAA, sendo o principal neurotransmissor inibitório o GABA. Ele é responsável pelo desligamento os sistemas ativadores do tronco, do tálamo e do prosencéfalo basal. 1- Sistema Serotoninérgico: ela é produzida nos núcleos da rafe no tronco cerebral e tem projeções para o prosencefalo basal e córtex, tendo papel fundamental no desencadeamento do sono. 2- Sistema GABA: é o principal neurotransmissor inibitório, sendo produzido no núcleo pré- optico ventro lateral. Tem papel importante na inibição do SRAA, entrando no estado de sono. Os medicamentos benzodiazepínicos agem nos receptores gabaérgicos, e a função desses medicamentos é estimular esses receptores gerando sono. cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar 3- Adenosina: é um neuromodulador inibitório do SNC, e age sobre diversas vias colinérgicas. A cafeína bloqueia aos receptores de adenosina, deixando o indivíduo em alerta, sendo um antagonista da adenosina. REGULAÇÃO DO SONO E VIGÍLIA Há sistemas neurais que mantêm o indivíduo alerta e ativo durante a vigília, outros que iniciam os fenômenos do sono e controlam a transição gradual pelos estágios do sono. Sabe-se também que, em todos os estágios e estados do sono, há grupos de neurônios com fibras ascendentes que controlam a excitabilidade do tálamo e do córtex cerebral, e outros com fibras descendentes que regulam a atividade dos órgãos. Os neurônios-relés (talamocorticais) dos núcleos específicos do tálamo apresentam dois modos de operação: um modo de transmissão e um modo de disparo em salvas. O primeiro é característico da vigília, e consiste na permanente ativação das vias talamocorticais pelas sinapses excitatórias glutamatérgicas. Já o segundo é característico do sono: os neurônios relés tornam-se menos excitáveis e só conseguem disparar potenciais de ação de tempos em tempos. A explicação para os dois modos é simples: durante a vigília, os neurônios talamocorticais são mantidos ligeiramente despolarizados, com o potencial de membrana próximo ao limiar de disparo. Durante o sono, entretanto, os neurônios talamocorticais ficam hiperpolarizados, com o potencial de membrana longe do limiar, com isso, os neurônios talâmicos disparam ocasionalmente. Acontece, que os neurônios talâmicos possuem um canal de Ca++ dependente de voltagem que se torna ativo quando a membrana hiperpolariza, e é desativado quando ela despolariza. Assim, no modo de disparo os canais se abrem, produzindo um potencial de cálcio despolarizante. É importante ressaltar que existe núcleos no próprio tálamo e no tronco encefálico cuja função é controlar o modo de operação dos neurônios-relés, O do tálamo se chama núcleo reticular, e contem neurônios com os mesmos canais de Ca++. Os neurônios reticulares são inibitórios, empregando o GABA. Quando os neurônios gaminérgicos disparam, ativam os neurónios inibitórios do núcleo reticular talâmico, que assim hiperpolarizam as células talamocorticais. Estas passam a disparar em salvas, produzindo sincronização cortical e sono de ondas lentas, o que pode ocorrer da vigília para o sono. ELUCIDAR A AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA. (LEMBRAR DA ESCALA DE GLASGOW) Os traumatismos cranioencefálicos (TCE) são considerados a 2 causa mais comum de óbitos em jovens nos EUA. Mais da metade das mortes por TCE ocorrem no local do trauma, sem tempo hábil para reanimação. Contudo, a abordagem inicial, a história clínica, o exame físico geral e a avaliação neurológica fornecem informações básicas para estratificação de risco de um paciente ter ou desenvolver lesão neurocirúrgica. Além dessas medidas, alguns aspectos precisam ser observados em pacientes vítimas de TCE: nível de consciência, diâmetro pupilar, padrão respiratório, presença de reflexos e função motora. Nas últimas décadas, uma variedade de instrumentos para avaliação do nível de consciência foi desenvolvida em forma de escala para padronizar a avaliação da evolução clínica de pacientes graves e a comunicação entre os membros das equipes de saúde. ESCALA DE COMA DE GLASGOW A Escala de Coma de Glasgow (ECG) define o nível de consciência mediante a observação do cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar comportamento, baseando-se em um valor numérico. É o sistema de pontuação mais utilizado internacionalmente para avaliação de pacientes comatosos em cuidados intensivos. A escala considera três fatores principais e determina uma pontuação de acordo com o nível de consciência apontada em cada um desses casos (espontaneamente ou através de estímulo). São eles: Abertura ocular, Resposta verbal e Melhor resposta motora. Após a análise desses fatores, a publicação de 2018 indica mais um ponto a ser observado: a Reatividade pupilar, que é subtraída da pontuação anterior, gerando um resultado final mais preciso. Cada componente dos três parâmetros recebe um escore, variando de 3 a 15, sendo o melhor escore 15 e o menor 3.Pacientes com escore 15 apresentam nível de consciência normal. Pacientes com escores menores que 8 são considerados em coma, representando estado de extrema urgência. O escore 3 é compatível com morte cerebral, no entanto,para a confirmação de morte cerebral, há a necessidade de avaliar outros parâmetros. Pupilar (atualização 2018): (2) Ambas as pupilas não reagem ao estímulo de luz. (1) Uma pupila não reage ao estímulo de luz. (0) Nenhuma pupila fica sem reação ao estímulo de luz. IDENTIFICAR AS ESTRUTURAS ANATÔMICAS QUE COMPÕEM A MEDULA. A medula espinal é uma estrutura do SNC e localiza-se dentro do canal vertebral. Seu limite superior é o bulbo do tronco encefálico, ao nível do forame magno, e seu limite caudal é a segunda vertebra lombar (L2). A medula possui algumas estruturas de proteção. A primeira camada de proteção é formada pela coluna vertebral, já a segunda camada protetora é composta pelas meninges. A camada mais externa é a dura- máter, e entre ela e a vertebra vamos ter um coxim de tecido adiposo, no chamado espaço epidural. A camada intermediaria é a Aracnoide, e entre ela e a dura-máter existe um espaço subdural contendo liquido intersticial. Já a camada mais interna é a Pia- máter, uma fina camada de tecido conjuntivo que vai estar em intimo contato com o canal medular. Entre a aracnoide e a pia-máter encontramos o espaço subaracnóideo, que contém liquor. Ela apresenta duas dilatações: uma cervical e outra lombossacral, denominadas intumescências cervical e lombossacral, que estão diretamente relacionadas com a emergência das raízes nervosas que formam os plexos braquial e lombossacral, que inerva os membros superiores e inferiores respectivamente. A região final da medula é delgada e forma o chamado cone medular, o qual se liga ao filamento terminal meníngeo. Os nervos espinais são vias de comunicação entre a medula e regiões especificas do corpo. Ao todo são 31 pares de nervos espinhas (8C-12T-5L-5S-1COC). Esses nervos são formados por raízes, que emerge da medula. Uma raiz (posterior) dorsal, que contém apenas axônios sensitivos e uma raiz anterior que contem axônios motores. Quando fazemos um corte transversal na medula vamos encontrar algumas estruturas. O que define a parte anterior da medula é a Fissura Mediana cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar Anterior. Logo, na parte posterior vamos ter o Sulco Mediano Posterior. Do lado dele, vamos ter os Sulcos Intermédio Posterior separando os fascículos Grácil e Cuneiforme. Os outros sulcos serão aqueles que vamos ter ou entrada da raiz sensitiva ou saída da raiz motora, os posteriores são Sulco Lateral Posterior e os anteriores são os Sulco Lateral Anterior. Além disso, temos a substância branca mais externamente, composta por axônios mielinizados. Ela é dividida em funículos: posterior, lateral e anterior. Um funículo pode conter tratos e fascículos, que são conjuntos de axônios que tem a mesma origem e função. No funículo posterior, temos 2 fascículos grácil e cuneiforme. No funículo lateral temos o Trato Cortico-espinhal Lateral, e no funículo anterior temos o Trato Cortico-espinhal anterior. Esses tratos motores são as vias piramidais que cruzam no bulbo (só o TCEL) e trazem informações do cérebro. Também temos os tratos sensitivos: Trato espino-talâmico lateral, espino-talâmico anterior, e trato espino-cerebelares posterior e anterior. Esses tratos levam informação sensitiva para o cérebro. Obs: quando iniciar com Cortico significa tratos motores, que vem do cérebro. Já quando começa com Espino significa que é um trato sensitivo e ascende para o cérebro. E na parte interna temos a substância cinzenta em formato de H, sendo composta por dendritos e corpos celulares. Ela é dividida em 3 colunas em cada lado: corno posterior (entrada da raiz sensitiva), corno lateral (forma os neurônios pré-ganglionares do SNA) e corno anterior (saída da raiz motora). E na parte central temo o canal central da medula onde circula o líquor. Essa organização interna da medula permite que as aferencias sensitivas e as eferencias motoras sejam processadas do seguinte modo: Os receptores sensitivos detectam um estimulo nervoso, e transitem essa mensagem na forma de impulsos nervosos até o nervo espinal entrando na raiz posterior. A partir da raiz posterior, os axônios sensitivos podem seguir 3 caminhos diferentes: (1) Os axônios podem se projetar para a substância branca da medula espinal e ascender até o encéfalo como parte de um trato sensitivo. (2) os axônios podem penetrar no corno posterior e realizar sinapses com interneuronios, cujos axônios se estendem até a subs. Branca e então ascendem até o encéfalo como parte de um trato sensitivo. (3) os axônios sensitivos podem entrar no corno posterior e realizar sinapses com interneuronios que por sua vez, se comunicam com os neurônios motores, envolvidos com as vias espinais reflexas. Já nas eferências motoras da medula, os axônios motores descem do encéfalo em direção a subs. Branca e realizam sinapses com neurônios motores somáticos, que transmitem as eferencias na forma de impulsos nervosos passando pelo corno anterior até o nervo espinal, projetando-se para vários músculos. DESCREVER OS RECEPTORES E AS VIAS RESPONSÁVEIS PELA PERCEPÇÃO TÁTIL. O sistema sensorial somático difere de outros sistemas sensoriais de duas maneiras. Primeiro, seus receptores estão distribuídos por todo o corpo ao invés de estarem concentrados em locais restritos. Segundo, esse sistema tem a capacidade de responder a diferentes tipos de estímulos: sentido tátil, da temperatura, da dor e da posição do corpo. cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar A sensação tátil começa na pele. Os dois principais tipos de pele são a pilosa (com pelos), presente no dorso da mão, e a glabra (sem pelos), presente na palma da mão. A pele possui uma camada externa que é a epiderme e uma mais interna que é a derme. A pele realiza uma função protetora, no qual evita a evaporação, além de ser o maior órgão sensorial do corpo. A maioria dos receptores sensoriais do sistema sensorial somático é constituída por mecanorreceptores, os quais são sensíveis a deformação física como pressão ou estiramento. Na porção central de cada mecanorreceptor estão as terminações axonais não mielinizadas. Esses axônios possuem canais iônicos mecanossensíveis, cuja abertura depende do estiramento ou mudançade tensão da membrana. Os principais mecanorreceptores são: a) Corpúsculo de Pacini: situados em camadas mais profundas da pele, são estimulados por movimentos rápidos dos tecidos, vibrações e mudanças de pressão e respondem num intervalo de tempo de pouco centésimos de segundo. São importantes para detectar a vibração dos tecidos ou a alteração rápida do estado mecânico dos tecidos. PRESSÃO b) Corpúsculos de Ruffini: estão localizados na camada mais profunda da pele e nas capsulas das articulações. São terminações que se adaptam muito pouco, sendo importante para a sinalização de estados contínuos de deformação da pele e dos tecidos mais profundos, como sinais profundos e contínuos de tato e pressão. Nas articulações ajuda a detectar o grau de rotação das mesmas. CALOR c) Corpúsculos de Meissner: são encontrados em regiões não pilosas da pele (pele glabra) sendo abundantes nas pontas do dedo, nos lábios, planta dos pés e outras partes do corpo capaz de discernir características especiais da sensação de tato. Tais corpúsculos se adaptam rapidamente após o estímulo, sendo muito sensíveis ao movimento e a vibração de baixa frequência. TATO d) Discos de Merckel: são encontrados nas pontas dos dedos e em algumas outras áreas. São responsáveis por detectar um toque continuo de objetos contra a pele sendo importantes na determinação da textura do que é sentindo. TATO E PRESSÃO e) Corpúsculos de Krause: são os receptores térmicos responsáveis pela sensação de frio. Situa-se nas regiões limítrofes da pele com as membranas mucosas, como ao redor dos lábios e das genitais. FRIO Além desses corpúsculos, os pelos também são parte do sistema receptor sensorial. Os pelos crescem a partir de folículos inseridos na pele, no qual cada folículo esta ricamente inervado por terminações nervosas livres, que se enrolam ao redor dele. Os mecanorecptores dos folículos pilosos podem ser tanto de adaptação lenta como rápida. Quando a capsula de um corpúsculo é comprimida, a energia é transferida à terminação nervosa, sua membrana é deformada, e os canais mecanossensiveis se abrem. A corrente que flui através dos canais gera um potencial no receptor, que é despolarizante, gerando um potencial de ação. CURIOSIDADE: Existe várias razões para explicar por que a ponta dos dedos é melhor para ler em Braille do que outra parte do corpo. Primeiro, porque existe uma quantidade maior de mecanorreceptores na pele da ponta dos dedos do que em outras partes; Segundo, as pontas dos dedos tem um maior número de campos receptivos pequeno; Terceiro, existe mais tecido cerebral destinado ao processamento da informação sensorial da ponta do dedo do que de outros locais. AXÔNIOS AFERENTES PRIMÁRIOS A pele é ricamente inervada por axônios que percorrem uma vasta rede de nervos periféricos em seu trajeto em direção ao SNC. Os axônios que levam a informação dos receptores sensoriais somáticos à medula espinhal ou ao tronco encefálico são os axônios aferentes primários, estes entram na medula através das raízes dorsais. cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar Os axônios aferentes primários apresentam diâmetros variados, e seus tamanhos correlacionam com o tipo de receptor sensorial ao qual estão ligados. São nomeados de forma decrescente de tamanhos: Aα, Aβ, Aδ e C. (Os axônios do grupo C não são mielinizados). As fibras C transmitem a sensação de dor e de temperatura e são os axônios mais lentos. Já os axônios vindo dos músculos são: I, II, III, IV. MEDULA ESPINAL Cada nervo espinal consiste em axônios da raiz dorsal e da raiz ventral. Os segmentos espinais são divididos em grupos: 8 cervicais, 12 tóraxicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. A organização segmentar dos nervos espinhais e a inervação sensorial da pele estão relacionados. A área da pele inervada pelas raízes dorsais, direita e esquerda, de um único segmento espinhal se chama Dermátomo; existe, portanto, uma correspondência de 1/1 entre os dermatomos e os segmentos espinhais. Quando uma raiz dorsal é seccionada, o dermátomo correspondente do lado da lesão não perde toda a sensação. Essa sensação residual é explicada, pelo fato que as raízes dorsais adjacentes inervam áreas sobrepostas. Portanto para perder toda a sensação de um dermátomo, 3 raízes dorsais adjacentes devem ser seccionadas. Os neurônios que recebem aferencias sensoriais oriundas dos neurônios aferentes primários são chamados de neurônios sensoriais de segunda ordem, sendo a maioria localizada nos cornos dorsais. Os axônios que conduzem a informação tátil da pele, entra no corno dorsal e se ramifica. Um ramo faz sinapse com neurônios sensoriais de segunda ordem no corno dorsal, podendo desencadear uma variedade de respostas reflexas rápidas e inconscientes. Outro ramo de axônio aferente primário ascende para o encéfalo, sendo responsável pela percepção. VIA DO LEMNISCO MEDIAL A informação sobre o tato segue para o encéfalo através da via corno dorsal lemnisco medial. Nesse processo, o ramo ascendente dos axônios sensoriais primários entra na coluna dorsal, faz sinapse com os neurônios de segunda ordem e terminam nos Núcleos da coluna dorsal (grácil e cuneiforme), situado entre a medula e o bulbo. Nesse ponto da via, os axônios do núcleo da coluna dorsal faz uma decussação no bulbo, e a partir desse ponto o sistema sensorial somático de um lado do encéfalo está relacionado com as sensações originadas do lado oposto. Os axônios dos núcleos da coluna dorsal ascendem pelo lemnisco medial, que sobe através do bulbo, ponte, mesencéfalo até os axônios fazerem sinapses com neurônios do Núcleo ventral posterior do tálamo. cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar Que por sua vez se projeta para regiões especificas do córtex somatossensorial primário ou S1. OBS: Nenhuma informação sensorial segue diretamente para o córtex sem antes fazer sinapse no tálamo. É importante dizer que tanto nos núcleo da coluna dorsal, como nos talâmicos, ocorre uma transformação considerável de informação VIA ESPINOTALÂMICO ANTEROLATERAL A via anterolateral para a transmissão de sinais sensoriais da medula espinal para o encéfalo, ao contrário da via da coluna dorsal, transmite sinais sensoriais que não necessitam de localização muito precisa da fonte do sinal e que não requerem a discriminaçãode graduações finas da intensidade. Esses tipos de sinais incluem os de dor, calor, frio, tato grosseiro, cócegas, prurido e sensações sexuais VIA TÁCTIL TRIGEMINAL As sensações somáticas da face são supridas principalmente pelos grandes ramos do nervo trigêmeo, o qual chega ao encéfalo pela ponte. O nervo trigêmeo (V) divide-se de cada lado do rosto, em três nervos periféricos que inervam a face, a região bucal, os 2/3 externos da língua e a dura-máter que recobre o encéfalo. As sensações da pele em torno das orelhas, nariz e faringe são fornecidas pelos nervos facial, glossofaríngeo e vago. Os axônios sensoriais do nervo trigêmeo levam informações tátil dos mecanorreceptores da pele. Eles fazem sinapse com neurônios de segunda ordem do núcleo trigeminal. Os axônios do núcleo trigeminal decussam e se projetam para a parte medial do núcleo VP do tálamo. A partir desse núcleo, a informação é retransmitida para o córtex somatossensorial. CÓRTEX SOMATOSSENSORIAL A maior parte do córtex relacionado com o sistema sensorial somático está localizado no lobo parietal A área de Brodmann 3b, reconhecida atualmente como córtex somatossensorial primário (S1), está localizada no giro pós-central. Junto a S1, estão outras áreas corticais que também processa a informação sensorial, são elas as áreas: 3a, 1 e 2 no giro pós-central e as áreas 5 e 7 no córtex parietal posterior. A área 3b é o córtex sensorial somativo primário porque recebe um grande número de aferencias do núcleo VP do tálamo, também seus neurônios são muito responsivos aos estímulos somatossensoriais. Além disso, a área 3a também recebe uma densa aferência do tálamo, no entanto essa região está relacionada com as informações acerca da posição do corpo. A área 3b projeta uma inervação para a área 1 (relacionado com informações sobre textura), cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar enquanto que par a área 2 (informações sobre tamanho e forma). Além disso, é importante ressaltar que o córtex somatossensorial é organizaa em camadas, e as aferencias talâmicas para S1 terminam principalmente na camada IV. SOMATOTOPIA CORTICAL Uma estimulação elétrica da superfície de S1 pode causar sensações somáticas localizadas em uma parte especifica do corpo. Os campos receptivos dos neurônios de S1 produzem um mapa ordenado do corpo no córtex, essa propriedade é chamada de Somatotopia. Esse mapa não é continuo, e sim fragmentado. Se fossemos representar as partes do corpo que possui uma área sensitiva maior no córtex teríamos a boca, língua e os dedos das mãos, enquanto que o tronco, braços e as pernas seriam pequenos. Esse mapa é chamado de Homúnculo. Outra propriedade do córtex é a sua plasticidade, ou seja, foram feitas pesquisas com macacos e perceberam que ao amputar um dedo da mão, o córtex originalmente destinado a esse dedo passou a responder a estimulação dos dígitos adjacentes. Dessa forma, houve uma evidente reorganização d circuitaria adjacente à somatotopia cortical, no qual o seu ajuste depende da quantidade de experiência sensorial. No caso de pacientes que relata a dor fantasma de um membro amputado, os estudos apontam que essa sensação é causada pela estimulação de regiões adjacentes ao membro, devido a reorganização cortical. Lesões do córtex parietal posterior podem causar alguns distúrbios neurológicos. Entre eles, temos a Agnosia, que é a incapacidade em reconhecer objetos, apesar de as capacidades sensoriais parecer normal. Outro distúrbio é a Sindrome de Negligencia, no qual uma parte do corpo ou do mundo (ex: todo o campo visual a esquerda) é ignorada e sua própria existência é negada. DIFERENCIAR AS PERCEPÇÕES TÁTEIS (VIAS SENSITIVAS MEDULARES- TEMPERATURA, DOR, TRATO FINO E GROSSEIRO E PROPRIOCEPÇÃO). DOR Os nociceptores são terminações nervosas livres, ramificadas, não mielinizadas que sinalizam quando o tecido corporal está sendo lesado ou em risco de sofrer lesão. A informação dos nociceptores segue uma via para o cérebro que difere da via dos mecanorreceptores. A ativação seletiva dos nociceptores pode levar a experiência consciente da dor. Dor é a sensação ou percepção de sensações tão diversas como irritação, inflamação, fisgada, ardência ou sensações insuportáveis que surgem de uma parte do corpo. Já a nocicepção é o processo sensorial que fornece os sinais que desencadeiam a experiência da dor. NOCICEPTORES E A TRANSDUÇÃO DOS ESTIMULOS DOLOROSOS. Os nociceptores são ativados por estímulos, que tem o potencial de causar lesões nos tecidos. Esses danos ao tecido pode resultar de uma estimulação mecânica forte, temperaturas altas, privação de oxigênio e exposição a certos tipos de agentes químicos. A membrana dos nociceptores contem canais iônicos que são ativados por esses estímulos. Quando furamos nosso pé, o simples estiramento ou dobramento da membrana do nociceptor ativa os canais iônicos, que levam a despolarização da célula e cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar ao disparo de potenciais de ação. Além disso, as células danificadas no local da lesão pode liberar várias substancias que abre o canal iônico dos nociceptores. Como exemplo temos o ATP, íons K+ e as proteases, que são enzimas que degradam a proteína. Essa protease pode clivar o cininogênio, formando a bradicinina que se liga a uma molécula receptora especifica, aumentando a condutância iônica de alguns nociceptores. Nos casos de corredores de maratona, quando o nível de oxifenio tecidual diminui, utiliza-se a respiração anaeróbica que gera como produto o ácido láctico. O acumulo de acido láctico leva a um excesso de H+, nos quais ativam os canais iônicos dos nociceptores, sendo responsável pela dor associado ao exercício físico muito intenso. Outra situação é quando somos picado por uma abelha, o nosso sistema imune ativa os mastócitos que promove a liberação da histamina, que irá se ligar aos receptores nos nociceptores, causando uma despolarização da membrana, além de aumentar a permeabilidade dos capilares, levando ao edema e vermelhidão no loca. TIPOS DE NOCICEPTORES A transdução dos estímulos dolorosos ocorre nas terminações nervosas livres de fibras não mielinizadas C e nas pouco mielinizadas Adelta. Os nociceptores são chamados de polimodais, pois respondem a estímulos mecânicos(pressões), térmicos (calor ou frio extremo_ e químicos (histamina e outros). As fibras C são responsivas à histamina e causam a percepção do prurido. Os nociceptores estão presentes na maioria dos tecidos do corpo, incluído pele, ossos, músculos, vasos sanguíneos, coração; HIPERALGESIAOs nociceptores normalmente respondem quando os estímulos são suficientemente intensos para lesionar o tecido. A hiperalgesia é a capacidade corporal de autocontrole da dor. A hiperalgesia primária ocorre na área do tecido lesado, enquanto que a hiperalgesia secundária envolve a região da lesão que se torna supersensível. Algumas substâncias que são liberadas no momento em que a pele é lesada, tem a capacidade de excitar os nociceptores. Dentre eles temos a Bradicinina, no qual ira estimular mudanças intracelulares de longa duração, deixando mais sensíveis os canais iônicos ativados por calor. Já as Prostaglandinas, são substancias que aumentam a sensibilidade dos nociceptores a outros estímulos. E a substancia P é um peptídeo sintetizado pelos próprios nociceptores, que causa a vasodilatação e a liberação de histaminas pelos mastócitos. Ela também é capaz de sensibilizar a área vizinha da lesão, causando a hiperalgesia secundária. AFERENTES PRIMÁRIOS E MECANISMOS ESPINHAIS As fibras Adelta e C levam informações ao SNC com velocidades diferentes devido à presença ou não da mielina. Consequentemente, a ativação dos nociceptores na pele produz uma dor primária (rápida e aguda) causada pelas fibras Adelta, e uma dor secundária (lenta e continua) causada pelas fibras C. Essas fibras possuem seus corpos celulares nos gânglios da raiz dorsal e entram no corno dorsal da medula, se ramificando em uma região chamada Tracto de Lissauer, fazendo depois, sinapses na substancia gelatinosa do corno dorsal. Acredita-se que o neurotransmissor dos aferentes nociceptivos seja o glutamato, além da substancia P localizada nas terminações axonais, podendo ser liberadas por potenciais de ação de alta frequência. É interessante observas, que os nociceptores viscerais entram na medula espinhal pelo mesmo trajeto dos nociceptores cutâneos. Na medula espinhal ocorre uma mistura de informações dessas duas fontes de aferencias. Isso irá originar o fenômeno de dor referida, no qual a ativação do nociceptor visceral é percebida como uma sensação cutânea. Um exemplo disso é a dor associada à apendicite, que é referida na parede abdominal perto do umbigo. cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar VIAS ASCENDENTES DA DOR 1- VIA DA DOR ESPINOTALÂMICA A informação sobre a dor é conduzida da medula ao encéfalo pela via espinotalâmica. Nessa via, os axônios dos neurônios de segunda ordem decussam imediatamente e ascendem através do tracto espinotalâmico ao longo da superfície ventral da medula. Ao ascender pela medula espinhal, passam pelo bulbo, ponte e mesencéfalo sem fazer sinapse, até alcançar o tálamo. O TRATO NEOESPINOTALÂMICO E O TRATO PALEOESPINOTALÂMICO A informação acerca da dor segue para o encéfalo através da via espinotalâmica. Cabe destacar que algumas bibliografias dividem essa via em duas: neo- espinotalâmica e paleo-espinotalâmica, essa divisão segue a lógica da transmissão da dor rápida e lenta respectivamente. Diferentemente do que ocorre com a via do tato, os neurônios de segunda ordem decusam imediatamente através da comissura anterior presente na medula e seguem para os tratos ascendentes. Esse fato traz algumas características diferentes entre esses dois sentidos, pois lesões em um lado da medula causa manifestação sensorial diferente no tato e na dor, bem como nas manifestações motoras que auxiliam na localização da lesão. O conjunto de sintomas sensoriais e motores adquiridos através de uma lesão de um lado da medula é denominado de síndrome Brown- Séquard. Seu caminho é medula, bulbo, ponte, mesencéfalo e tálamo. As fibras do trato neo-espinotalâmico seguem diretamente para o tálamo quase sem nenhuma interferência, tendo ponto de chegada o núcleo ventralbasal ou ventral posterior. Dessas áreas talâmicas a informação é enviada para o córtex somatossensorial. A capacidade de localizar uma dor pontual é maior do que uma dor crônica, isso se deve ao fato da proximidade do caminho da informação tátil e dolorosa ao chegar à estrutura do lemnisco medial, além disso, o seu neurotransmissor envolvido é o glutamato. Por outro lado, a via paleo-espinotalâmica é responsável pela transmissão da dor lenta ou crônica, sendo que suas fibras recebem aferências da parte gelatinosa presente na medula espinal e seguem a mesma via que a via rápida faz, a via anterolateral. O neurotransmissor envolvido no processo de transmissão do impulso de dor lenta é a substância P a qual é liberada gradativamente, aumentando assim sua concentração à medida que o estímulo é desencadeado. O estímulo ascendente da via paleo-espinotalâmica termina de forma difusa no tronco encefálico: (1) núcleos reticulares do bulbo; (2) área tectal os colículos superiores e inferiores; (3) região cinzenta periarquedutal. Do tronco encefálico saem fibras curtas que chegam aos núcleos laminares e ventrobasal do tálamo, bem como regiões basais do encéfalo e hipotálamo. Como já foi dito na parte da dor referida, a dor crônica apresenta uma imprecisão espacial devido à interação dessa via com outras. Estudos experimentais concluíram que a retirada do córtex somatossensorial não impede com que o indivíduo apresente a percepção da dor. Desse modo, concluiu que a formação reticular bem como regiões inferiores do encéfalo como o hipotálamo é importante para percepção consciente da dor. Logo, o córtex é fundamental para a interpretação dessa percepção, enquanto as regiões basais e formação reticular processam a informação. Quando o indivíduo apresenta um estímulo para dor crônica ele pode ativar núcleos reituclares e interlaminares do tálamo os quais traz um efeito de alerta para todo o córtex. Isso porque a formação reticular apresenta um sistema de alerta (sono e vigília) que pode ser ativado em casos de dores crônicas, portanto um indivíduo que apresenta dor crônica tem uma incapacidade de dormir. 2- VIA DA DOR TRIGEMINAL A informação de dor e temperatura da face e do terço anterior da cabeça segue uma via ao tálamo, análoga à via espinhal. As fibras do nervo trigêmeo fazem sinapse com os neurônios sensoriais secundários no núcleo espinhal do trigêmeo no tronco encefálico. Os axônios dessas células decussam e ascendem ao tálamo pelo lemnisco trigeminal. cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacarcecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar No tálamo, as sinapses ocorrem tanto no núcleo VP, quanto no núcleo intralaminar, ascendendo para o córtex. REGULAÇÃO DA DOR a) Regulação aferente: um toque leve pode causar uma dor pelos mecanismos de hiperalgesia. Como também, a dor pode ser diminuída pela atividade em mecanorreceptores de baixo limiar. Isso explica porque sentimos alivio da dor ao massagear alguma parte do corpo. A teoria mais aceita é a do portão da dor, no qual existe Inter neurônios entre as vias ascendente e que os estímulos de mecanorreceptores vão ativar esses Inter neurônios, sendo eles que inibem a via de dor nociceptivas. Assim como, se não tiver estimulo mecanorreceptor, não vai haver estimulo a esses Inter neurônios, ou seja não vai haver inibição da via nociceptiva, fazendo que o estimulo doloroso chegue ao córtex. b) Regulação Descendente: algumas situações como emoções fortes, estresse podem suprimir as sensações da dor. A região envolvida na supressão de dor é a Substancia cinzenta periaquedutal (PAG) que fica no mesencéfalo. Os neurônios da PAG enviam axônios descendentes a várias regiões do bulbo, principalmente nos núcleos da Rafe (serotonina). Esses neurônios bulbares, projetam seus axônios para os cornos dorsais da medula, onde podem deprimir de maneira eficiente a atividade dos neurônios nociceptivos. c) Opioides endógenos: O ópio e seus análogos, como morfina, codeína e a heroína, que promovem intensa analgesia, alteração de humor, se ligam a vários tipos de receptores opióides no SN. Além disso, o próprio SN produz substancia endógenas semelhantes a morfina, que são as endorfinas. Esses receptores estão concentradas em áreas que processam e modula as áreas nociceptivas. TEMPERATURA O sistema nervoso desenvolveu um mecanismo de perceber uma variação de temperatura, e comunicar com o SNC. As sensações térmicas não dolorosas começam nos receptores da pele, e dependem de ser processadas no córtex para se tornar conscientes. Quem capta essa variação são os termorreceptores, que são sensíveis a temperatura, através de mecanismos de membrana. Grupos de neurônios específicos no hipotálamo e medulam regulam a temperatura corporal. A sensibilidade da temperatura não está distribuída uniforme na pele. Existem regiões especificas que não distinguem calor de frio e sugere que existam receptores tanto específicos do calor, como outros específicos do frio. Hoje sabe se também que existe um canal iônico que é sensível a mudança de temperatura para mais de 45º sugerindo que existem outras para várias outras temperaturas. Existem receptores de frio que tem a proteína do calor, ou seja, se você aplicar algo quente em várias áreas da pele, você desenvolve estímulos de quente e de dor. Mas se aplica em pequenas áreas, ele vai de maneira contraditória desencadear a sensação de frio, ou seja, o SNC não sabe distinguir qual é o tipo de estimulo que desencadeia a sensação, ele apenas interpreta o estimulo que aquele receptor é designado. VIAS DA TEMPERATURA Os receptores para frio estão ligados a fibras Agama e C, enquanto os receptores de calor estão localizados apenas nas fibras c. Esses axônios fazem sinapses na substancia gelatinosa no corno dorsal. Já os de 2 ordem vão decussar e depois ascender pelo trato espinotalâmico de maneira igual ao da dor. cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar DISCUTIR A DIFERENÇA ENTRE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. Conceitualmente, emergências dizem respeito a situações mais graves que urgências. Sendo considerada uma emergência condições que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de morte exigindo, portanto, tratamento médico imediato. Já a urgência, é uma ocorrência imprevista com ou sem risco potencial à vida, onde o indivíduo necessita de assistência médica imediata. Dessa forma, ambas as definições pressupõe atendimento médico rápido e proporcional a sua gravidade. Entretanto, a emergência exige um tratamento direto por conta do risco iminente de morte ou lesão permanente, como fraturas expostas, paradas cardiorrespiratórias e hemorragias graves. Já a urgência, apesar de demandar uma pronta avaliação médica por seu risco potencial, não necessariamente precisa de uma intervenção instantânea. Como é o caso de fraturas não expostas, cólicas renais, aumento de pressão arterial, entre outras. A avaliação sobre o que é emergência e o que é urgência é feita no momento da triagem médica, quando se avalia o quadro, os potenciais riscos, a dor e o sofrimento do paciente. Nos Pronto-Atendimentos e Pronto-Socorro essa classificação é feita com o apoio do Protocolo de Manchester, um processo dinâmico de identificação dos clientes que necessitam de tratamento imediato. Ele permite identificar e priorizar os quadros mais graves, atendendo-os primeiro. Quando mais grave for à situação do paciente, mais rapidamente ele será atendido, independente da ordem de chegada. Quando se trata de urgência e, principalmente, de emergência, tempo é vida. O Protocolo de Manchester trabalha com seis situações: • Emergência: Paciente precisa de atendimento imediato, pois existe risco de morte. • Muito urgente: Paciente precisa de atendimento rápido. • Urgente: Paciente necessita de atendimento, mas ele não é considerado de emergência e pode aguardar o atendimento dos casos mais graves. • Pouco urgente: É o caso menos grave, de pacientes que precisam de atendimento médico, mas poderiam ser assistidos no consultório. • Não urgente: É o caso de menor complexidade e sem ligação com problemas recentes. Preferencialmente, deve ser acompanhado no consultório. EXPLICAR AS TÉCNICAS CORRETAS DE IMOBILIZAÇÃO E AS CONSEQUÊNCIAS DE UMA IMOBILIZAÇÃO FEITA INCORRETAMENTE. cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar cecel Destacar
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