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Anatomia da Medula Espinhal BMF 4

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Anatomia da Medula Espinhal 
Medula espinhal é tubo cilíndrico, que em um corte 
transversal podemos observar: 
• Um H medular formado por substância cinzenta 
(corpo celular de neurônios + fibras nervosas 
amielínica + células da neuroglia) e ao seu redor 
substância branca (neuroglia + fibras mielínicas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relembrando: o tubo neural dará origem ao SNC 
• A parte superior (cranial- rostral) origina as 
vesículas primarias que se modificam e 
diferenciam-se nas estruturas encefálicas 
• Parte inferior (caudal) mais a região central dará 
origem a medula espinhal 
 
Devido a essa origem em 
comum o encéfalo e a 
medula são contínuos 
permitindo uma 
transmissão e 
informações. 
 
Então a medula é 
importante como via de 
passagem de informações 
da periferia para o 
encéfalo e do encéfalo 
para medula até o órgão. 
 
Generalidades da medula espinal: 
• Em bege temos o tronco encefálico, na base do 
crânio temos uma abertura chamada de forame 
magno (em azul) que permite a conexão entre o 
tronco encefálico e a medula, abaixo do forame 
magno começa a medula que possui diâmetro 
variado ao seu decorrer diminuindo em sentido 
caudal terminando a nível das vertebras L1 e L2 – 
possuem em torno de 45 cm 
 
• A medula possui duas dilatações que podem ser 
chamadas de intumescência: uma superior ou 
cervical (verde) e outra inferior ou lombar (rosa) 
1. Cervical da origem aos plexos cervical e 
braquial 
2. Lombar da origem aos plexos: lombar e 
sacral 
• A região final de aspecto cônico recebe o nome de 
cone medular 
Obs: importante lembrar que medula espinal fica alojada 
no canal vertebral, formado pelo empilhamento de 
forames vertebrais (cada vertebra tem um buraco entre o 
corpo e o ápice que chamamos de forame vertebral). 
Exemplo: quando pisamos com a ponta do pé contra o 
solo para esse toque tornar-se consciente temos um 
receptor na periferia que capta o sinal e manda para o 
neurônio sensitivo (neurônio psedounipolar nesse 
exemplo) e o agrupado de fibras nervosas formam um 
nervo (fibras motoras e sensitivas) e essa fibra sob de 
maneira ascendente (sensitiva) até o tronco encefálico 
(onde a informação será processada) passando por toda a 
medula e precisamos de mais de um neurônios para 
propagar essa informação até o córtex cerebral. Quando 
tiramos o pé de um local desconfortável significa que eu 
tomei consciência e preciso promover uma ação motora, a 
qual ocorre com uma ordem de execução saída do 
encéfalo em direção ao tronco encefálico descendendo 
por via motora (neurônios motor) por toda medula até o 
local da execução da ação 
Conceitos 
• Via ascendente = aferente = sensitiva 
• Via descendente = eferente = motora 
• SNC: um trato é formado por um grupo de fibras 
nervosas e se compactarmos esse trato ele recebe 
o nome de fascículo e ser compactarmos o 
fascículo chamamos de lemnisco 
• No tronco encefálico como ele é bem reduzido, 
compactamos mais o fascículo e chamamos de 
lemnisco 
• Fora da medula chamamos a junção das fibra 
nervosas de nervos e dentro da medula essas 
mesmas fibras são chamadas de vias aferente se 
for sensitiva 
Importância clínica: para realizar a punção lombar ou 
administração de anestésicos 
introduzimos a agulha no espaço 
aracnóideo onde temos o líquor e o 
mais importante é saber onde a 
medula espinal termina para de 
maneira segura realizar essa 
punção. Então primeiro 
identificamos os processos 
espinhosos das vertebras lombares 
(L5, L4, L3, L2, L1) e abaixo de L1 e 
L2 introduzimos a agulha para não 
ocorrer lesões. 
Quanto mais alto o nível de lesão 
maior o nível de comprometimento 
(tetraplegia) e as lesões mais abaixo 
são menos graves (baixo paraplegia), 
porém depende também da 
intensidade da lesão 
 
Segmento medular 
Analogia: o segmento medula é como “uma fatia” que 
podemos chamar de andar, por exemplo os prédios com 
15 andares são contituidos de 15 segmentos onde cada 
andar tem elemntos que se repetem em sua contituição. 
Definição: segmento medular origina um par de nervo. 
Temos 31 pares de nervoso espinhas que correspondem 
aos 31 segmentos medulares 
• 8 segmentos cervicais 
• 12 segmentos torácicos 
• 5 segmentos lombares 
• 5 segmentos sacrais 
• 3 coccígeos 
Acima da região torácica os segmentos correspondem as 
vertebras, abaixo dessa região não temos a 
correspondência dos segmentos medulares com as 
vertebras, isso ocorre, pois, a medula espinal cresce 
menos que a coluna 
Impacto clínico: 
importante saber qual 
segmento foi afetado 
quando temos uma 
vertebra lesada, então 
primeiro identificamos a 
vertebra acometida e 
acrescentamos mais 2 
para saber qual é o 
segmento que ela 
protege – não é uma 
regra temos incoerências 
devido as variações 
anatômicas 
Exemplo: lesão na 
vertebra T8 o segmento afetado será o T10 
 
 
Anatomia externa e interna 
• Quando olhamos para o “H” temos uma parte que 
avança até a superfície indicando a região 
posterior e outra parte que não avança sendo o 
lado anterior 
• Em azul temos o sulco voltado para o lado 
posterior e lateral, então chamamos de suco 
lateral posterior – chegada de fibras aferentes 
(sensitiva) 
• Na parte anterior também teremos o sulco lateral 
anterior em vermelho – por onde fibras motoras 
eferentes deixam a medula 
• Podemos chamar de raiz anterior sensitiva e raiz 
posterior motora, onde cada raiz são formadas 
por radículas 
• Sulco mais profundo bege chamamos de fissura 
mediana anterior 
• Temos outro sulco menor chamado de sulco 
mediano posterior em roxo. 
• Entre o H medular a substância branca temos 
fibras que ocupam a posição medial e lateral 
(amarelo) – entre elas temos outro sulco 
intermédio posterior em verde 
Nervo espinal do 
ponto de vista 
funcional é 
classificado como 
um nervo misto 
(união da fibra 
sensitiva e com a 
motora) 
Raízes são o 
conjunto de nervos, 
temos as raízes 
motoras e as 
sensitivas 
Anatomia Interna 
Dividindo as regiões da substância branca teremos: 
• Funículo posterior: situado entre os dois sulcos 
laterais posteriores 
• Funículo lateral: fica entre o sulco lateral 
posterior e o sulco lateral anterior 
• Funículo anterior: fica entre os sulcos laterais 
anteriores 
• Dentro dos funículos laterais e anterior, teremos 
territórios de fibras que sobem e são aferentes 
recebendo o nome de trato. No funículo posterior 
essas fibras são mais achatas e recebem o nome 
de fascículos 
• Nos funículos laterais e anteriores teremos tratos 
descendentes e ascendentes, diferentes no 
funículo posterior que só terá fascículos 
ascendentes – exclusivamente fibras a aferentes 
Analogia: a medula é o país, os funículos seriam os 
estados e dentro dos funículos temos continentes 
menores que representariam as cidades, chamados de 
trato quando nos funículos laterais e posterior e no 
funículo posterior recebe o nome de fascículos 
Funículo posterior: se divide em fascículo grácil 
(medialmente) e em fascículo cuneiforme (lateralmente) 
• Fascículo grácil: traz informações sensitivas dos 
membros inferiores e da metade inferior do nosso 
tronco 
• Fascículo cuneiforme: formado por fibras 
nervosas aferentes que provém dos membros 
superiores e metade superior do tronco 
 
 
 
 
Substância cinzenta 
• Corno posterior (roxo): parte do “H” medular que 
é sensitivo (tanto visceral, quanto somático) 
• Corno anterior (rosa): vai emitir um 
prolongamentos de neurônio dando origem a uma 
fibra somática /eferente ou motora somático que 
vai para o musculo estriado esquelético 
• Corno ou coluna lateral (verde): podemos 
encontrar como intermedio lateral, tem corpos 
celulares de neuronios motores que dão origem a 
fibras que deixam a medula no sulco lateral 
anterior sendo fibras viscerais e esse corno fica 
evidente entre os segmentos medularesT1 a L2 – 
dividão SNA simpatico 
Nolte Fundamentos de Neuroanatomia, 1: 
Introdução ao Sistema Nervoso| Todd W - Cap. 10 
– Medula Espinal 
MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia funcional. 
3 ed – Capítulo 14 Estrutura da Medula Espinhal.

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