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Anatomia da Medula Espinhal Medula espinhal é tubo cilíndrico, que em um corte transversal podemos observar: • Um H medular formado por substância cinzenta (corpo celular de neurônios + fibras nervosas amielínica + células da neuroglia) e ao seu redor substância branca (neuroglia + fibras mielínicas) Relembrando: o tubo neural dará origem ao SNC • A parte superior (cranial- rostral) origina as vesículas primarias que se modificam e diferenciam-se nas estruturas encefálicas • Parte inferior (caudal) mais a região central dará origem a medula espinhal Devido a essa origem em comum o encéfalo e a medula são contínuos permitindo uma transmissão e informações. Então a medula é importante como via de passagem de informações da periferia para o encéfalo e do encéfalo para medula até o órgão. Generalidades da medula espinal: • Em bege temos o tronco encefálico, na base do crânio temos uma abertura chamada de forame magno (em azul) que permite a conexão entre o tronco encefálico e a medula, abaixo do forame magno começa a medula que possui diâmetro variado ao seu decorrer diminuindo em sentido caudal terminando a nível das vertebras L1 e L2 – possuem em torno de 45 cm • A medula possui duas dilatações que podem ser chamadas de intumescência: uma superior ou cervical (verde) e outra inferior ou lombar (rosa) 1. Cervical da origem aos plexos cervical e braquial 2. Lombar da origem aos plexos: lombar e sacral • A região final de aspecto cônico recebe o nome de cone medular Obs: importante lembrar que medula espinal fica alojada no canal vertebral, formado pelo empilhamento de forames vertebrais (cada vertebra tem um buraco entre o corpo e o ápice que chamamos de forame vertebral). Exemplo: quando pisamos com a ponta do pé contra o solo para esse toque tornar-se consciente temos um receptor na periferia que capta o sinal e manda para o neurônio sensitivo (neurônio psedounipolar nesse exemplo) e o agrupado de fibras nervosas formam um nervo (fibras motoras e sensitivas) e essa fibra sob de maneira ascendente (sensitiva) até o tronco encefálico (onde a informação será processada) passando por toda a medula e precisamos de mais de um neurônios para propagar essa informação até o córtex cerebral. Quando tiramos o pé de um local desconfortável significa que eu tomei consciência e preciso promover uma ação motora, a qual ocorre com uma ordem de execução saída do encéfalo em direção ao tronco encefálico descendendo por via motora (neurônios motor) por toda medula até o local da execução da ação Conceitos • Via ascendente = aferente = sensitiva • Via descendente = eferente = motora • SNC: um trato é formado por um grupo de fibras nervosas e se compactarmos esse trato ele recebe o nome de fascículo e ser compactarmos o fascículo chamamos de lemnisco • No tronco encefálico como ele é bem reduzido, compactamos mais o fascículo e chamamos de lemnisco • Fora da medula chamamos a junção das fibra nervosas de nervos e dentro da medula essas mesmas fibras são chamadas de vias aferente se for sensitiva Importância clínica: para realizar a punção lombar ou administração de anestésicos introduzimos a agulha no espaço aracnóideo onde temos o líquor e o mais importante é saber onde a medula espinal termina para de maneira segura realizar essa punção. Então primeiro identificamos os processos espinhosos das vertebras lombares (L5, L4, L3, L2, L1) e abaixo de L1 e L2 introduzimos a agulha para não ocorrer lesões. Quanto mais alto o nível de lesão maior o nível de comprometimento (tetraplegia) e as lesões mais abaixo são menos graves (baixo paraplegia), porém depende também da intensidade da lesão Segmento medular Analogia: o segmento medula é como “uma fatia” que podemos chamar de andar, por exemplo os prédios com 15 andares são contituidos de 15 segmentos onde cada andar tem elemntos que se repetem em sua contituição. Definição: segmento medular origina um par de nervo. Temos 31 pares de nervoso espinhas que correspondem aos 31 segmentos medulares • 8 segmentos cervicais • 12 segmentos torácicos • 5 segmentos lombares • 5 segmentos sacrais • 3 coccígeos Acima da região torácica os segmentos correspondem as vertebras, abaixo dessa região não temos a correspondência dos segmentos medulares com as vertebras, isso ocorre, pois, a medula espinal cresce menos que a coluna Impacto clínico: importante saber qual segmento foi afetado quando temos uma vertebra lesada, então primeiro identificamos a vertebra acometida e acrescentamos mais 2 para saber qual é o segmento que ela protege – não é uma regra temos incoerências devido as variações anatômicas Exemplo: lesão na vertebra T8 o segmento afetado será o T10 Anatomia externa e interna • Quando olhamos para o “H” temos uma parte que avança até a superfície indicando a região posterior e outra parte que não avança sendo o lado anterior • Em azul temos o sulco voltado para o lado posterior e lateral, então chamamos de suco lateral posterior – chegada de fibras aferentes (sensitiva) • Na parte anterior também teremos o sulco lateral anterior em vermelho – por onde fibras motoras eferentes deixam a medula • Podemos chamar de raiz anterior sensitiva e raiz posterior motora, onde cada raiz são formadas por radículas • Sulco mais profundo bege chamamos de fissura mediana anterior • Temos outro sulco menor chamado de sulco mediano posterior em roxo. • Entre o H medular a substância branca temos fibras que ocupam a posição medial e lateral (amarelo) – entre elas temos outro sulco intermédio posterior em verde Nervo espinal do ponto de vista funcional é classificado como um nervo misto (união da fibra sensitiva e com a motora) Raízes são o conjunto de nervos, temos as raízes motoras e as sensitivas Anatomia Interna Dividindo as regiões da substância branca teremos: • Funículo posterior: situado entre os dois sulcos laterais posteriores • Funículo lateral: fica entre o sulco lateral posterior e o sulco lateral anterior • Funículo anterior: fica entre os sulcos laterais anteriores • Dentro dos funículos laterais e anterior, teremos territórios de fibras que sobem e são aferentes recebendo o nome de trato. No funículo posterior essas fibras são mais achatas e recebem o nome de fascículos • Nos funículos laterais e anteriores teremos tratos descendentes e ascendentes, diferentes no funículo posterior que só terá fascículos ascendentes – exclusivamente fibras a aferentes Analogia: a medula é o país, os funículos seriam os estados e dentro dos funículos temos continentes menores que representariam as cidades, chamados de trato quando nos funículos laterais e posterior e no funículo posterior recebe o nome de fascículos Funículo posterior: se divide em fascículo grácil (medialmente) e em fascículo cuneiforme (lateralmente) • Fascículo grácil: traz informações sensitivas dos membros inferiores e da metade inferior do nosso tronco • Fascículo cuneiforme: formado por fibras nervosas aferentes que provém dos membros superiores e metade superior do tronco Substância cinzenta • Corno posterior (roxo): parte do “H” medular que é sensitivo (tanto visceral, quanto somático) • Corno anterior (rosa): vai emitir um prolongamentos de neurônio dando origem a uma fibra somática /eferente ou motora somático que vai para o musculo estriado esquelético • Corno ou coluna lateral (verde): podemos encontrar como intermedio lateral, tem corpos celulares de neuronios motores que dão origem a fibras que deixam a medula no sulco lateral anterior sendo fibras viscerais e esse corno fica evidente entre os segmentos medularesT1 a L2 – dividão SNA simpatico Nolte Fundamentos de Neuroanatomia, 1: Introdução ao Sistema Nervoso| Todd W - Cap. 10 – Medula Espinal MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia funcional. 3 ed – Capítulo 14 Estrutura da Medula Espinhal.
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