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APLICABILIDADE DA CURVA ABC

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A aplicabilidade da curva ABC na gestão de obras 
 
Dezembro/2018 
 
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018 
 
A aplicabilidade da curva ABC na gestão de obras 
Jéssica Candeia de Andrade - jessicacandeia17@hotmail.com 
MBA Gerenciamento de Obras, Qualidade e Desempenho da Construção 
Instituto de Pós-Graduação - IPOG 
 
 
Resumo 
Ao longo dos anos, a gestão de obras tem sido cada vez mais complexa diante do mercado 
competitivo que este setor está inserido. Dessa forma, a aplicação de ferramentas que podem 
ser utilizadas para facilitar o controle é indispensável. Assim o princípio da Curva ABC é 
empregado em busca de um melhor gerenciamento de uma obra. Tem-se por objetivo 
exemplificar a empregabilidade deste método e quais as suas vantagens em um estudo de caso 
de um orçamento analítico. Utilizaram-se as pesquisas exploratórias e bibliográficas e o 
estudo de caso, para atingir a finalidade. O orçamento é de uma obra localizada no centro da 
cidade de Manaus e se resume a uma pequena reforma para melhoria do empreendimento. O 
estudo demonstrou os serviços que correspondem a 50% da receita gasta e os itens que 
deverão ter prioridade na sua aquisição, mostrando que o Princípio da Curva ABC é 
realmente válido, que o critério de avaliação criado por Vilfredo Pareto é consistente e 
coerente. Portanto, com uma maior organização das informações e um maior controle das 
mesmas o engenheiro e o arquiteto dispõem de instrumentos que cada vez mais os capacitam 
para solucionar o desafio que é a gestão de obras. 
 
Palavras-chave: Curva ABC. Gestão de obras. Controle. Prioridade. 
1. Introdução 
O gerenciamento de obras no Brasil é uma função realizada pelos engenheiros e 
arquitetos, conforme regulamentação da Lei Nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. O ato de 
gerenciar é basicamente administrar e definir metas, onde se possa obter um resultado final, 
compreendendo as ações de organização, planejamento e execução de atividades. Em relação 
à construção civil, a gestão é iniciada desde a concepção da obra, atingindo todos os setores 
como o de orçamento, de planejamento, de suprimentos, de recursos humanos, do financeiro, 
entre outros. Para que se obtenha êxito nessa função é necessário que os gestores consigam 
conduzir todos os recursos com restrições, como, por exemplo, ao cronograma, ao custo, entre 
outros. 
 Em um mundo competitivo das empresas deste setor, onde uma obra é uma atividade 
econômica ativa, percebe-se que a gestão se tornou uma atividade bastante complexa, sempre 
em busca de resultados cada vez mais eficientes. Segundo Aldo Dórea Mattos (2010), 
planejar é garantir de certa maneira a perpetuidade da empresa pela capacidade que seus 
gestores têm de obter respostas de maneira rápida e correta por meio da supervisão dos 
projetos e suas possíveis mudanças estratégicas, com intuito de minimizar os erros e riscos. 
 
A aplicabilidade da curva ABC na gestão de obras 
 
Dezembro/2018 
 
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Isto posto, é indispensável o uso de ferramentas capazes de facilitar a identificação de um 
melhor caminho para atender todos os requisitos de controle e gerenciamento. 
 Diante desse contexto um dos métodos utilizados é o Princípio da Curva ABC, no qual 
permite a identificação dos pontos críticos, para que estes possuam tratamento singular, 
interferindo diretamente nas ações a serem tomadas. A ABC consiste em demonstrar uma 
relação de itens de forma decrescente, onde os do topo possuem uma maior significância aos 
abaixo da lista. Para o engenheiro ou arquiteto é de grande importância saber quais são os 
principais insumos da obra, o total de cada item e seu custo em relação ao todo, isso auxilia a 
privilegiar as atitudes a serem tomadas e canalizar os esforços nos mesmos. 
 Baseado nisso, o artigo tem por objetivo identificar as vantagens que a aplicação do 
método da curva ABC resulta dentro do processo de uma gestão de obras, com a análise de 
um orçamento analítico de uma obra. 
 
2. Procedimentos metodológicos 
Segundo Antônio Carlos Gil (2008), uma pesquisa pode ser definida como o 
procedimento que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas propostos. Vários 
são os tipos existentes e podem ser divididas quanto aos objetivos e quanto aos procedimentos 
técnicos. Aos objetivos são elas: as pesquisas exploratória, descritiva e explicativa. Já quanto 
aos procedimentos técnicos são: as pesquisas bibliográfica, documental, experimental e ex-
post facto, estudo de coorte, levantamento, estudo de campo, estudo de caso, pesquisa-ação e 
pesquisa participante. 
A pesquisa caracterizou-se em exploratória, em relação ao objetivo, e em pesquisa 
bibliográfica e estudo de campo, em relação aos procedimentos técnicos. Desenvolvida a 
exploratória para proporcionar uma visão geral do fato, pois sua finalidade é esclarecer e 
modificar os conceitos. A bibliográfica é realizada com base em material já elaborado (livros, 
artigos científicos, anais de congresso, entre outros). Já o estudo de campo é efetivado por 
meio de instrumentos, procedimentos, coleta e análise de dados. Assim, utiliza-se a pesquisa 
exploratória e bibliográfica para contextualizar a situação e o estudo de caso para retratar o 
uso do instrumento na prática. Dessa forma, a abordagem metodológica adotada foi com base 
nos conceitos apresentados por Gil (2008). 
 
3. Fases de uma obra 
Para compreender a gestão de uma obra e como a curva ABC pode ser utilizada e quais 
são os seus benefícios é preciso entender quais são as fases de uma obra. Assim, de maneira 
geral toda obra é um projeto e possui um ciclo de vida, contendo fases conforme a Figura 1. 
 
 
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Figura 1-Fases de um projeto 
 Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
A concepção é propriamente o desenvolvimento do anteprojeto, onde podemos definir o 
escopo básico, identificação do tipo da fonte orçamentária e viabilidade técnica desse 
empreendimento verificando se é possível atender os objetivos técnicos, financeiros e 
econômicos que foram estabelecidos pelo seu proprietário. 
Na fase de planejamento e orçamentação é a etapa onde são executados os projetos 
básicos que ao decorrer do tempo possui o seu detalhamento para assim ter os projetos 
executivos, o orçamento analítico onde é realizada a composição de custos dos serviços, 
insumos e mão de obra, o controle e planejamento de gastos e materiais, os cronogramas 
físicos e financeiros e termos e condições contratuais. 
A execução é onde propriamente ocorre a obra civil, tendo em base o orçamento 
realizado com os serviços, materiais, mão de obra e equipamentos para atender a sua 
finalização. É nessa fase que acontece toda a parte de administração contratual, onde as áreas 
de suprimentos, financeiro, planejamento e engenharia atuam de maneira mais ativa, 
controlando as compras, as medições, o orçamento, os aditivos (que podem ser de prazo ou 
serviços), fiscalização, pagamentos, entre outros. 
A entrega final é a fase onde ocorre a finalização da obra, é nela onde se coloca em teste 
e funcionamento o empreendimento, onde se faz um checklist final para recebimento pelo 
cliente. A parte contratual também é atuante, é nela que ocorre a transferência das 
responsabilidades do empreendimento e o recebimento provisório e definitivo da obra. Em 
alguns casos, acontece ainda a fase da pós-obra onde ocorre a manutenção e/ou recuperação 
de itens que não estavam de acordo com o esperado. 
Assim, como se podem analisar as fases de uma obra são de grande relevância para o 
controle e a gestão da mesma. Pode-se visualizar na Figura 2 uma linhade como é o 
P
ro
je
to
Concepção
Orçamentação e Planejamento 
Execução
Entrega Final
 
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funcionamento em relação ao tempo e nível de custos e pessoal que o projeto de uma obra 
demanda, tendo uma visão da sua complexidade. 
 
 
Figura 2-Organização de um Projeto 
Fonte: Roberto Gil Espinha (2017) 
 
Por isso, com um planejamento detalhado é possível definir prioridades, onde as fases da 
obra possam levar menos tempo para serem realizadas, fazer planos de ataque com o objetivo 
de diminuir os custos, estabelecer os prazos para atingir as metas, controlar a compra de 
materiais, entre outros benefícios, e com o uso da curva ABC essa missão é realizada com 
mais facilidade. 
4. O Princípio da Curva ABC 
De acordo com Moacyr Pereira (1999) o princípio da Curva ABC, também conhecido por 
princípio 80/20, Lei de Pareto ou regra 80/20 foi atribuído ao economista italiano Vilfredo 
Pareto, que teve por motivação para criação da ferramenta a análise de renda e riqueza na 
Inglaterra do século XIX. Percebeu-se que a distribuição de renda não se manifestava de 
forma igualitária, ocorrendo a concentração de riqueza (80%) na pequena parcela da 
população (20%). A teoria veio realmente voltar a ser estudada por um professor de filosofia 
de Harvard, George K. Zipf, após a Segunda Guerra Mundial, com o nome de Princípio do 
Menor Esforço de Zipf, que era uma releitura do de Pareto, onde segundo Richard Koch 
(2015) 80% daquilo que se realiza é resultado de 20% do tempo gasto. 
 Dessa forma, percebe-se que há uma desarmonia entre o que deve ser feito para se obter 
um maior percentual dos objetivos alcançados. O método é capaz de mostrar os elementos dos 
quais se devem ser despendidos tempo, energia e negociações para se obter o menor custo 
possível para sua obra. Vale ressaltar que se pode realizar o ABC para os insumos, os 
serviços, as mãos de obra, os equipamentos, assim quanto mais detalhadas forem, um maior 
controle de gestão será executado. 
 
A aplicabilidade da curva ABC na gestão de obras 
 
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De acordo com Aldo Dória Mattos (2006) a classificação desses itens para a construção 
civil pode ser dado por: 
 
a) Classe A: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo alto representam 50% 
do custo total; 
b) Classe B: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo intermediário 
representam 30% do custo total; 
c) Classe C: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo baixo representam os 
20% do custo total. 
 
Os itens e seu grau de importância podem ser demonstrados por meio de gráficos ou 
por meio de listagem. Quando apresentado em gráfico (Figura 3), o eixo das abscissas 
específica os itens a serem analisados, nas obras ficam reservados os itens como insumos, 
serviços, equipamentos e mão de obra, por exemplo, já o eixo das ordenadas mostra o 
percentual dos valores em relação ao total (porcentagem cumulativa). 
 
 
Figura 3-Demonstrativo Curva ABC 
Fonte: Bruno Nardi (2017) 
Quando mostrado em lista, é realizada uma enumeração de itens onde o grau de 
relevância é colocado de maneira decrescente. As linhas são preenchidas pelos artigos que 
desejam ser estudados e as colunas são definidas por item, unidade, quantidade, preço 
unitário, preço total, porcentagem que representa este item em relação ao todo e o percentual 
acumulado, como podemos ver na Tabela 1. 
 
Item Unidade Quantidade 
Preço 
Unitário 
Preço 
Total 
Porcentagem 
Relativa 
Porcentagem 
Acumulada 
Tabela 1-Demonstrativo de Lista de ABC 
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
 
 
A aplicabilidade da curva ABC na gestão de obras 
 
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5. Benefícios da curva ABC 
A utilização da Curva ABC permite que o administrador/gerente da obra consiga 
identificar os pontos críticos e direcionar os esforços para uma melhor negociação. De acordo 
com Aldo Dória Mattos (2006) várias vantagens são abordadas, tais como: 
a) Controle do orçamento: com a priorização dos itens a serem comprados, ocorre um 
maior controle para as negociações e cotações de preços; 
b) Hierarquia dos insumos: existe uma ordem de preferência de quais itens tem uma 
maior importância econômica, onde os insumos da Classe A, por exemplo, são os que 
devem possuir um cuidado superior para sua aquisição; 
c) Priorização para redução de custos: com o estoque planejado é possível fiscalizar e 
controlar melhor os custos, evitando os desperdícios; 
d) Atribuição de responsabilidades: o processo da compra dos insumos passa por uma 
reestruturação onde os itens dos quais possuem maior relevância ficam sobre a 
responsabilidade do administrador da obra, já os que não possuem um grande impacto 
ficam a cargo dos compradores com grau de hierarquia menor; 
e) Avaliação de impactos: sempre ocorre variação de preços dos insumos, a utilização da 
ferramenta ajuda a mensuração do impacto de oscilação; 
f) Organização de estoque: há maior facilidade em saber quais são os itens que devem 
ser comprados e quais estão disponíveis no estoque, por conta do maior controle; 
g) Investimentos: o administrador pode utilizar o caixa da empresa de uma maneira mais 
eficiente, pois detêm das informações sobre todos os gastos de maneira organizada; 
h) Lucratividade: menor desperdício e uma organização no planejamento geram uma 
maior lucratividade à empresa. 
 
6. Estudo de Caso 
Logo com todas as informações, verifica-se a aplicabilidade dessa ferramenta em um 
orçamento de uma reforma em um prédio comercial na cidade de Manaus. A planilha 
orçamentária analítica (Tabela 2) foi desenvolvida com base nos preços da Pini na TCPOweb 
e nela é possível encontrar os serviços, seus devidos quantitativos e preços. 
 
Cód. Descrição Unid. Qtde. 
Preço 
unitário 
Preço total 
1 PESSOAL PERMANENTE R$ 3.929,57 
1.1 Mestre de obras mês 1,00 R$ 2.933,77 R$ 2.933,77 
1.2 Servente mês 1,00 R$ 995,80 R$ 995,80 
2 ALVENARIA E VEDAÇÕES R$ 11.773,30 
2.1 Alvenaria de 14x19x39 cm m² 272,53 R$ 43,20 R$ 11.773,30 
3 IMPERMEABILIZAÇÕES R$ 314,52 
3.1 
Impermeabilização de áreas 
molhadas com argamassa 
polimérica 
m² 16,08 R$ 19,56 R$ 314,52 
 
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4 ACABAMENTO ALVENARIA R$ 19.463,12 
4.1 Chapisco m² 545,06 R$ 3,62 R$ 1.973,12 
4.2 Emboço m² 545,06 R$ 22,19 R$ 12.094,88 
4.3 Reboco m² 410,90 R$ 13,13 R$ 5.395,12 
5 REVESTIMENTO INTERNO R$ 37.270,89 
5.1 Revestimento cerâmico (30x30 cm) m² 134,16 R$ 41,22 R$ 5.530,08 
5.2 Piso porcelanato (40 x 40 cm) m² 314,63 R$ 84,96 R$ 26.730,96 
5.3 Rodapé em porcelanato (h=10 cm) m 309,25 R$ 16,20 R$ 5.009,85 
6 PINTURA R$ 21.928,55 
6.1 Pintura na cor branco neve m² 1.926,41 R$ 7,30 R$ 14.062,79 
6.2 Emassamento de parede m² 1.808,22 R$ 4,35 R$ 7.865,76 
TOTAL R$ 94.679.95 
Tabela 2-Planilha Orçamentária Prédio Comercial 
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
 
Somente após a formulação da planilha orçamentária analítica é possível à realização 
da curva ABC dos serviços, deste modo à curva do empreendimento do prédio comercial se 
encontra na Tabela 3. 
 
Descrição Unid. Qtde. 
Preço 
unitário 
Preço total % % Acumulada 
Piso porcelanato (40 x 40 
cm) 
m² 314,63 R$ 84,96 R$ 26.730,96 28,23% 28,23% 
Pintura na cor branco neve m² 1.926,41 R$ 7,30 R$ 14.062,79 14,85% 43,09% 
Emboço m² 545,06 R$ 22,19 R$ 12.094,88 12,77% 55,86% 
Alvenaria de 14x19x39 cm m² 272,53 R$ 43,20 R$ 11.773,30 12,43% 68,30% 
Emassamento de parede m²1.808,22 R$ 4,35 R$ 7.865,76 8,31% 76,60% 
Revestimento cerâmico 
(30x30 cm) 
m² 134,16 R$ 41,22 R$ 5.530,08 5,84% 82,44% 
Reboco m² 410,90 R$ 13,13 R$ 5.395,12 5,70% 88,14% 
Rodapé em porcelanato 
(h=10 cm) 
m 309,25 R$ 16,20 R$ 5.009,85 5,29% 93,43% 
Mestre de obras mês 1,00 R$ 2.933,77 R$ 2.933,77 3,10% 96,53% 
Chapisco m² 545,06 R$ 3,62 R$ 1.973,12 2,08% 98,62% 
Servente mês 1,00 R$ 995,80 R$ 995,80 1,05% 99,67% 
 
A aplicabilidade da curva ABC na gestão de obras 
 
Dezembro/2018 
 
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018 
 
Impermeabilização de áreas 
molhadas com argamassa 
polimérica 
m² 16,08 R$ 19,56 R$ 314,52 0,33% 100,00% 
Tabela 3- Planilha curva ABC dos serviços 
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
Os itens em azul correspondem aos serviços na Classe A, onde coincide a 
aproximadamente 50% do custo total da reforma, os de verde a de Classe B a 30% do custo e 
os de laranja os de Classe C. No Gráfico 1 é visível a curva dos serviços em relação ao total 
do empreendimento. 
 
 
Gráfico 1-Curva ABC dos Serviços 
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
 
Porém o que é mais importante para o administrador/gerente da obra é saber quais os 
itens dos serviços que possuem um maior valor econômico. 
Para a execução da curva dos insumos e mão de obra é necessário ter as composições 
unitárias de cada serviço (ANEXO A - disponibilizadas pela Pini na TCPOweb) para que se 
possa obter o cálculo de consumo de cada item. 
Diante disto, utiliza-se para exemplificar o método de contabilização de cada insumo o 
item cimento. Este item se repete em cinco composições unitárias mostradas no ANEXO A. 
 
a) Alvenaria de 14x19x39 cm 
 
Quantidade: 3,5126 kg/m² x 272,53 m² = 957,28 kg 
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
Itens
 
A aplicabilidade da curva ABC na gestão de obras 
 
Dezembro/2018 
 
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018 
 
Preço Total: 272,53 m² x R$ 2,49/m² = R$ 678,60 
 
Item Unid. 
Quant. Planilha 
Orçamentária 
(m²) 
Quant. Unit. 
(m²) 
Quant. 
Total 
(m²) 
Preço 
Unit. (R$) 
Preço Total 
(R$) 
Cimento kg 272,53 3,5126 957,28 2,49 678,60 
Tabela 4 - Consumo cimento Alvenaria 
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
 
b) Rodapé em porcelanato (h=10 cm) 
 
Quantidade: 0,1456 kg/m x 309,25 m = 45,02 kg 
Preço Total: 309,25 m x R$ 0,10/m = R$ 30,93 
 
Item Unid. 
Quant. Planilha 
Orçamentária 
(m) 
Quant. Unit. 
(m) 
Quant. 
Total 
(m) 
Preço 
Unit. (R$) 
Preço Total 
(R$) 
Cimento kg 309,25 0,1456 45,02 0,10 30,93 
Tabela 5 - Consumo cimento Rodapé 
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
c) Chapisco 
 
Quantidade: 2,43 kg/m² x 545,06 m² = 1.324,49 kg 
Preço Total: 545,06 m² x R$ 1,73/m² = R$ 942,95 
 
Item Unid. 
Quant. Planilha 
Orçamentária 
(m²) 
Quant. Unit. 
(m²) 
Quant. 
Total 
(m²) 
Preço 
Unit. (R$) 
Preço Total 
(R$) 
Cimento kg 545,06 2,43 1.324,49 1,73 942,95 
Tabela 6 - Consumo cimento Chapisco 
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
d) Emboço 
 
Quantidade: 7,29 kg/m² x 545,06 m² = 3.973,48 kg 
Preço Total: 545,06 m² x R$ 5,18/m² = R$ 2.823,41 
 
Item Unid. 
Quant. Planilha 
Orçamentária 
(m²) 
Quant. Unit. 
(m²) 
Quant. 
Total 
(m²) 
Preço 
Unit. (R$) 
Preço Total 
(R$) 
Cimento kg 545,06 7,29 3.973,48 5,18 2.823,41 
Tabela 7- Consumo cimento Emboço 
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
e) Reboco 
 
Quantidade: 3,765 kg/m² x 410,90 m² = 1.547,03 kg 
Preço Total: 410,90 m² x R$ 2,67/m² = R$ 1.097,10 
 
 
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Item Unid. 
Quant. Planilha 
Orçamentária 
(m²) 
Quant. Unit. 
(m²) 
Quant. 
Total 
(m²) 
Preço 
Unit. (R$) 
Preço Total 
(R$) 
Cimento kg 410,90 3,765 1.547,03 2,67 1.097,10 
Tabela 8- Consumo cimento Reboco 
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
 
 Logo, tem-se a Tabela 9 com todos os dados da quantidade de consumo de cimento e 
seu preço final. 
 
Item Unid. Consumo Total (kg) Preço Total (R$) 
Cimento kg 7.847,30 5.572,99 
Tabela 9 - Consumo cimento total da planilha orçamentária 
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
 
Deste modo, para se descobrir todos os consumos é preciso repetir esse processo para 
cada item é assim obter a curva final dos insumos e da mão de obra (Tabela 10): 
 
Descrição Unid. 
Preço 
Unitário 
Consum
o Total 
Preço total % % Acumulada 
Porcelanato polido 40 
x 40 cm 
m² R$ 60,00 374,40 R$ 22.464,58 23,73% 23,73% 
Pintor h R$ 6,13 1.313,02 R$ 8.046,82 8,50% 32,23% 
Bloco cerâmico furado 
para alvenaria 14 x 19 
x 39 cm 
un R$ 2,16 3.576,95 R$ 7.726,23 8,16% 40,39% 
Pedreiro h R$ 6,13 1.024,63 R$ 6.277,03 6,63% 47,02% 
Cimento CP-32 kg R$ 0,71 7.847,30 R$ 5.572,99 5,89% 52,90% 
Servente h R$ 4,53 11.91,81 R$ 5.400,07 5,70% 58,61% 
Placa cerâmica 
esmaltada 30 x 30 cm 
x 8 mm resistência a 
abrasão 3 
m² R$ 32,02 147,57 R$ 4.725,12 4,99% 63,60% 
Ajudante de pintor h R$ 4,53 1.035,88 R$ 4.708,47 4,97% 68,57% 
Tinta látex PVA fosca l R$ 12,20 327,48 R$ 3.987,67 4,21% 72,78% 
Rodapé cerâmico 40 x 
8 x 0,8 cm 
m R$ 11,56 340,17 R$ 3.933,66 4,15% 76,94% 
Cal hidratada CH III kg R$ 0,70 4.975,78 R$ 3.481,16 3,68% 80,61% 
Areia média lavada m³ R$ 97,86 31,75 R$ 3.112,78 3,29% 83,90% 
Mestre de obras mês R$ 2.933,77 1,00 R$ 2.933,77 3,10% 87,00% 
Argamassa pré-
fabricada de cimento 
colante para 
kg R$ 1,03 2.831,67 R$ 2.916,62 3,08% 90,08% 
 
A aplicabilidade da curva ABC na gestão de obras 
 
Dezembro/2018 
 
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018 
 
assentamento de 
porcelanato 
Massa corrida base 
PVA 
kg R$ 1,63 1.265,75 R$ 2.061,38 2,18% 92,26% 
Selador base PVA para 
pintura látex 
l R$ 7,52 231,16 R$ 1.733,77 1,83% 94,09% 
Ladrilhista h R$ 7,47 231,20 R$ 1.727,85 1,82% 95,91% 
Lixa grana 100 para 
superfície 
madeira/massa 
un R$ 1,16 1.204,88 R$ 1.390,44 1,47% 97,38% 
Servente mensalista mês R$ 995,80 1,00 R$ 995,80 1,05% 98,43% 
Aditivo 
impermeabilizante e 
plastificante em pó 
para argamassas 
kg R$ 12,41 41,09 R$ 509,52 0,54% 98,97% 
Azulejista h R$ 7,47 53,66 R$ 401,14 0,42% 99,39% 
Argamassa pré-
fabricada de cimento 
colante para 
assentamento de peças 
cerâmicas 
kg R$ 0,53 590,30 R$ 312,59 0,33% 99,72% 
Argamassa polimérica 
impermeabilizante 
kg R$ 5,40 48,24 R$ 260,49 0,28% 100,00% 
Tabela 10- Planilha Curva ABC dos insumos e mão de obra 
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
 
Como na Tabela 3, os itens da Tabela 10 em azul correspondem aos serviços na Classe 
A, onde coincide a aproximadamente 50% do custo total da reforma, os de verde a de Classe 
B, 30% do custo, e o de laranja os de Classe C. 
 
 
 
A aplicabilidade da curva ABC na gestão de obras 
 
Dezembro/2018 
 
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018 
 
 
Gráfico 2 - Curva ABC dos insumos e mão de obra 
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
 
 Para um controle ainda mais apurado as empresas separam os itens nas curvas de 
insumos e de mão de obra, para deste jeito se obter um melhor planejamento nos setores 
responsáveis. Nas Tabelas 11 e 12, podem-se ver esses elementos separados. 
 
Descrição Unid. 
Preço 
Unitário 
Consumo 
Total 
Preço total % 
% 
Acumulada 
Porcelanato polido 40 
x 40 cm 
m² R$ 60,00 374,40 R$ 22.464,58 35,00% 35,00% 
Bloco cerâmico furado 
para alvenaria 14 x 19 
x 39 cm 
un R$ 2,16 3.576,95 R$ 7.726,23 12,04% 47,03% 
Cimento CP-32 kg R$ 0,71 7.847,30 R$ 5.572,99 8,68% 55,72% 
Placa cerâmica 
esmaltada 30 x 30 cm 
x 8 mm resistência a 
abrasão 3 
m² R$ 32,02 147,57 R$ 4.725,12 7,36%63,08% 
Tinta látex PVA fosca l R$ 12,20 327,48 R$ 3.987,67 6,21% 69,29% 
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
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Itens
 
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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018 
 
Rodapé cerâmico 40 x 
8 x 0,8 cm 
m R$ 11,56 340,17 R$ 3.933,66 6,13% 75,42% 
Cal hidratada CH III kg R$ 0,70 4.975,78 R$ 3.481,16 5,42% 80,84% 
Areia média lavada m³ R$ 97,86 31,75 R$ 3.112,78 4,85% 85,69% 
Argamassa pré-
fabricada de cimento 
colante para 
assentamento de 
porcelanato 
kg R$ 1,03 2.831,67 R$ 2.916,62 4,54% 90,23% 
Massa corrida base 
PVA 
kg R$ 1,63 1.265,75 R$ 2.061,38 3,21% 93,45% 
Selador base PVA para 
pintura látex 
l R$ 7,52 231,16 R$ 1.733,77 2,70% 96,15% 
Lixa grana 100 para 
superfície 
madeira/massa 
un R$ 1,16 1.204,88 R$ 1.390,44 2,17% 98,31% 
Aditivo 
impermeabilizante e 
plastificante em pó 
para argamassas 
kg R$ 12,41 41,09 R$ 509,52 0,79% 99,11% 
Argamassa pré-
fabricada de cimento 
colante para 
assentamento de peças 
cerâmicas 
kg R$ 0,53 590,30 R$ 312,59 0,49% 99,59% 
Argamassa polimérica 
impermeabilizante 
kg R$ 5,40 48,24 R$ 260,49 0,41% 100,00% 
Tabela 11 - Planilha curva ABC dos insumos 
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
 
Descrição 
Uni
d. 
Preço 
Unitário 
Consumo 
Total 
Preço total % % Acumulada 
Pintor h R$ 6,13 1.313,02 R$ 8.046,82 26,39% 26,39% 
Pedreiro h R$ 6,13 1.024,63 R$ 6.277,03 20,59% 46,98% 
Servente h R$ 4,53 1.191,81 R$ 5.400,07 17,71% 64,69% 
Ajudante de pintor h R$ 4,53 1.035,88 R$ 4.708,47 15,44% 80,13% 
Mestre de obras mês R$ 2.933,77 1,00 R$ 2.933,77 9,62% 89,75% 
Ladrilhista h R$ 7,47 231,20 R$ 1.727,85 5,67% 95,42% 
Servente mensalista mês R$ 995,80 1,00 R$ 995,80 3,27% 98,68% 
Azulejista h R$ 7,47 53,66 R$ 401,14 1,32% 100,00% 
Tabela 12 - Planilha curva ABC da mão de obra 
Fonte: Dados produzidos pelo autor (2018) 
 
 
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7. Resultados e Discussões 
Após o estudo, é visto que é de suma importância saber os itens que são mais relevantes 
para a reforma do empreendimento, como Aldo Dória Mattos (2006) exemplificou os insumos 
das Classes A, B e C foram separados para a definição de prioridades, nesse caso os serviços 
que devem possuir uma atenção especial são os de piso porcelanato (40 x 40 cm), pintura na 
cor branco neve e o emboço, já os itens com maior valor econômico são os porcelanato polido 
40 x 40 cm, pintor e o bloco cerâmico furado para alvenaria 14 x 19 x 39 cm. Para cada etapa 
da obra a informação gerada pela curva ABC tem uma função específica. 
Na fase de orçamentação os serviços de piso porcelanato (40 x 40 cm), pintura na cor 
branco neve e o emboço são os que possuem um maior impacto financeiro, desta maneira, 
deve-se obter uma cotação bem precisa com a realidade local, pois se estiverem cotados com 
valores inexequíveis a obra pode resultar em um desequilíbrio financeiro. 
Na fase do planejamento o princípio é necessário para dar prioridade em quais itens 
deverão ser comprados e quais são as contratações de mão de obra para atender tanto os 
valores de orçamento almejado quanto ao cronograma da obra. Assim se for mais vantajoso 
comprar o item fora da cidade onde está sendo realizado o empreendimento é preciso verificar 
a disponibilidade de quantitativo, o tempo de entrega, o frete para a localidade, e diante disso 
averiguar se é possível atender ao cronograma. 
No setor de suprimentos o método da curva auxilia a quais itens deverão ter uma 
negociação para atingir uma maior lucratividade. No estudo de caso, os insumos porcelanato 
40 x 40 cm, o bloco cerâmico 14 x 19 x 39 cm e o cimento seriam os que teriam um cuidado 
especial, desta forma tendo impacto significativo no orçamento. 
Para o setor de recursos humanos é vantajoso à escolha do método, pois o pintor e o 
pedreiro, também encontrados na Classe A da mão de obra, são responsáveis por um 
percentual significante na curva, sendo a contratação desses profissionais função desse setor, 
desta maneira quanto melhor for o funcionário, melhor irá atender aos padrões. 
No financeiro, intervém para a escolha de pagamento das parcelas dos fornecedores, 
tendo uma maior abertura de comercialização entre as partes. 
 No setor de produção/executivo da obra, essas informações ajudam a equipe a priorizar 
os serviços e assim atender a demanda que é necessária para o tempo estabelecido. No prédio 
comercial, os serviços do piso de porcelanato e de pintura são os precisam que ter agilidade 
para que se possa atingir o prazo e também para alertar a equipe de suprimentos da 
necessidade dos materiais em estoque, para que toda a produtividade seja alcançada. 
Na entrega da obra, pode-se também utilizar o método para a análise de custos, se aquilo 
que foi previsto no orçamento analítico é compatível com a realidade. 
Portanto, isso orienta o administrador da obra para os pontos essenciais de mediação 
tanto para a contratação dos melhores profissionais para assim atender ao cronograma da obra 
quanto para a negociação dos insumos. 
 
8. Conclusão 
Tendo em vista os aspectos observados, analisou-se que a aplicabilidade do método da 
curva ABC ou Lei de Pareto abrange todas as etapas das obras, e além de ser executada de 
 
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maneira simples possui inúmeros benefícios, que mantém o gerenciamento de custos cada vez 
mais de maneira consistente e coerente com o mercado da engenharia. 
 Sua construção é realizada por meio de planilhas eletrônicas que facilitam a organização 
das informações, porém há softwares de gestão que são feitos específicos para auxiliar o 
desenvolvimento do método. 
A avaliação da aplicabilidade do estudo de caso tem por ponto principal a obtenção da 
curva ABC para a análise de informação sobre o quantitativo de cada item e o investimento 
que neles são empregados. A partir dessas informações coletadas o seu uso busca a melhoria 
contínua, a redução de custos, o gerenciamento dos materiais a serem comprados e em 
estoque, o controle mais aplicável do fluxo de caixa, melhoria do nível de serviço, 
instrumento de aumento de produtividade, podendo com ela determinar com mais precisão os 
itens que deverão ter uma maior prioridade na obra. 
Outro resultado da sua utilização é que por conta do seu maior controle existe a 
possibilidade do redirecionamento do valor economizado para investimentos ou outras áreas 
da obra. 
Logo, com uma maior organização das informações e obtenção de prioridades os 
engenheiros e os arquitetos dispõem de instrumentos queos capacitam para enfrentar o 
desafio que é o gerenciamento de obras. 
 
Referências 
BRASIL. Lei Nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. Regula o exercício das profissões de 
Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências. Diário Oficial 
da União, Brasília, DF, dez, 1966. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L5194.htm>. Acesso em 03 de janeiro de 2018. 
 
ESPINHA. R. G. Ciclo de Vida de Projetos. Disponível em: < http://artia.com/blog/ciclo-de-
vida-de-projetos/>. Acesso em 04 de janeiro de 2018. 
 
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 220 p. 
 
KOCH, R. O Princípio 80/20: Os segredos para conseguir mais com menos nos negócios 
da vida. Tradução Cristina Sant’Anna. 1. ed. Belo Horizonte: Editora Gutenberg, 2015. 256 
p. 
 
MATTOS, A. D. Planejamento e controle de obras. São Paulo: Editora Pini, 2010. 426 p. 
 
MATTOS, A. D. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos 
de caso, exemplos. São Paulo: Editora Pini, 2006. 286 p. 
 
NARDI, B. Curva ABC no controle de estoque: Identifique produtos mais rentáveis. 
Disponível em: <http://excelsolucao.com.br/blog-empresarial/curva-abc-no-controle-de-
estoque-identifique-os-seus-produtos-mais-rentaveis-e-otimize-gestao/>. Acesso em 05 de 
janeiro de 2018. 
 
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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018 
 
 
PEREIRA, M. O uso da curva ABC nas empresas. 1 dez. 1999. Disponível em 
<https://archive.is/m3wkM#selection-901.16-904.0>. Acesso em 05 de janeiro de 2018. 
 
TCPOweb. TCPOweb padrão - Bases PINI. Disponível em 
<http://tcpoweb.pini.com.br/home/home.aspx>. Acesso em 06 de janeiro de 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO A – Composições Unitárias dos Serviços (TCPOweb) 
 
Mestre de obras mês 
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$) 
Mestre de obras MOD mês 1,00 2.933,77 2.933,77 
Total de M.O 2.933,77 
Total de MAT 0,00 
Total 2.933,77 
 
Servente mês 
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$) 
Servente mensalista MOD mês 1,00 995,80 995,80 
Total de M.O 995,80 
Total de MAT 0,00 
Total 995,80 
 
Alvenaria de vedação com blocos cerâmicos furados 14 x 19 x 39 cm furos verticais, 
espessura da parede 14 cm, juntas de 10 mm, assentado com argamassa mista de 
cimento, cal e areia traço 1:2:8 
m² 
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$) 
 
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Pedreiro MOD h 0,75 6,13 4,60 
Servente MOD h 0,663 4,53 3,00 
Areia média lavada MAT m³ 0,023546 97,86 2,30 
Cimento CP-32 MAT kg 3,5126 0,71 2,49 
Cal hidratada CH III MAT kg 3,5126 0,70 2,46 
Bloco cerâmico furado para 
alvenaria 14 x 19 x 39 cm MAT un 13,125 2,16 28,35 
Total de M.O 7,60 
Total de MAT 35,60 
Total 43,20 
 
Impermeabilização com argamassa polimérica impermeabilizante m² 
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$) 
Pedreiro MOD h 0,40 6,13 2,45 
Servente MOD h 0,20 4,53 0,91 
Argamassa polimérica 
impermeabilizante MAT kg 3,00 5,40 16,20 
Total de M.O 3,36 
Total de MAT 16,20 
Total 19,56 
 
Piso cerâmico esmaltado 30 x 30 cm assentado com argamassa pré-fabricada de 
cimento colante 
m² 
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$) 
Azulejista MOD h 0,40 7,47 2,99 
Servente MOD h 0,15 4,53 0,68 
Argamassa pré-fabricada de 
cimento colante para 
assentamento de peças cerâmicas 
MAT kg 4,40 0,53 2,33 
Placa cerâmica esmaltada 30 x 30 
cm x 8 mm resistência a abrasão 
3 
MAT m² 1,10 32,02 35,22 
Total de M.O 3,67 
Total de MAT 37,55 
Total 41,22 
 
Porcelanato polido 40 x 40 cm assentado com argamassa pré-fabricada de cimento 
colante 
m² 
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$) 
Ladrilhista MOD h 0,44 7,47 3,29 
Servente MOD h 0,22 4,53 1,00 
 
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Argamassa pré-fabricada de 
cimento colante para 
assentamento de porcelanato 
MAT kg 9,00 1,03 9,27 
Porcelanato polido 40 x 40 cm MAT m² 1,19 60,00 71,4 
Total de M.O 4,29 
Total de MAT 80,67 
Total 84,96 
 
Rodapé cerâmico assentado com argamassa mista de cimento, cal e areia altura 8 
cm 
m 
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$) 
Ladrilhista MOD h 0,30 7,47 2,24 
Servente MOD h 0,208 4,53 0,94 
Areia média lavada MAT m³ 0,000976 97,86 0,10 
Cimento CP-32 MAT kg 0,1456 0,71 0,10 
Cal hidratada CH III MAT kg 0,1456 0,70 0,10 
Rodapé cerâmico 40 x 8 x 0,8 
cm 
MAT m 1,10 11,56 12,72 
Total de M.O 3,18 
Total de MAT 13,02 
Total 16,20 
 
Chapisco para parede com argamassa de cimento e areia traço 1:3 m² 
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$) 
Pedreiro MOD h 0,10 6,13 0,61 
Servente MOD h 0,15 4,53 0,68 
Areia média lavada MAT m³ 0,0061 97,86 0,60 
Cimento CP-32 MAT kg 2,43 0,71 1,73 
Total de M.O 1,29 
Total de MAT 2,33 
Total 3,62 
 
Emboço para parede # 3 cm com argamassa mista de cimento, cal e areia traço 
1:2:6 
m² 
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$) 
Pedreiro MOD h 0,79 6,13 4,84 
Servente MOD h 0,77 4,53 3,49 
Areia média lavada MAT m³ 0,0366 97,86 3,58 
Cimento CP-32 MAT kg 7,29 0,71 5,18 
 
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Cal hidratada CH III MAT kg 7,29 0,70 5,10 
Total de M.O 8,33 
Total de MAT 13,86 
Total 22,19 
 
Reboco para parede interna # 0,5 cm com argamassa de cimento e areia peneirada 
traço 1:1,5, com aditivo impermeabilizante, acabamento liso 
m² 
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$) 
Pedreiro MOD h 0,80 6,13 4,90 
Servente MOD h 0,8587 4,53 3,89 
Areia média lavada MAT m³ 0,00435 97,86 0,43 
Cimento CP-32 MAT kg 3,765 0,71 2,67 
Aditivo impermeabilizante e 
plastificante em pó para 
argamassas 
MAT kg 0,10 12,41 1,24 
Total de M.O 8,79 
Total de MAT 4,34 
Total 13,13 
 
Pintura com tinta látex PVA em parede interna, com duas demãos m² 
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$) 
Pintor MOD h 0,40 6,13 2,45 
Ajudante de pintor MOD h 0,35 4,53 1,59 
Lixa grana 100 para superfície 
madeira/massa 
MAT un 0,25 1,16 0,29 
Selador base PVA para pintura 
látex 
MAT l 0,12 7,52 0,90 
Tinta látex PVA fosca MAT l 0,17 12,20 2,07 
Total de M.O 4,04 
Total de MAT 3,26 
Total 7,30 
 
Emassamento de parede interna com massa corrida à base de PVA com duas 
demãos, para pintura látex 
m² 
Descrição Class Un Coef Preço unit. (R$) Total (R$) 
Pintor MOD h 0,30 6,13 1,84 
Ajudante de pintor MOD h 0,20 4,53 0,91 
Lixa grana 100 para superfície 
madeira/massa 
MAT un 0,40 1,16 0,46 
Massa corrida base PVA MAT kg 0,70 1,63 1,14 
Total de M.O 2,75 
Total de MAT 1,60 
Total 4,35

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