Apresentação Kierkegaard

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Sören Kierkegaard
A VIDA DE KIERKEGAARD
Sören Kierkegaard (1813-1855) é conhecido na filosofia como o “pai do existencialismo”. 
A morte de sua mãe, de seu pai e a precoce morte de 5 de seus 7 irmãos fizeram com que o filósofo possuísse uma particular compreensão acerca do que futuramente escreveria. 
Julgava sua que sua família possuía uma maldição, por seu pai ter traído sua mãe e renegado Deus, seus irmãos se foram muito jovens. 
Em 1830, cursou teologia e filosofia, sua tese se intitulava “Sobre o Conceito da Ironia” 
Principais obras 
Sören Kierkegaard escreveu diversos livros em sua breve vida como filósofo, seu primeiro livro, O Conceito de Ironia, foi publicado aos 27 anos.
Durante seus poucos anos de produção, utilizou alguns pseudônimos como Johannes Clímacus ou Hilarius Bogbinder e publicou cerca de 20 livros.
O Diário de um Sedutor (1843)
A Repetição (1843)
Temor e Tremor (1843)
Migalhas Filosóficas (1844)
O Conceito de Angústia (1844)
As Obras do Amor (1847)
O Desespero Humano (1849)
Kierkegaard, influenciado pelo seu pai, o filósofo tinha um quê melancólico, com uma aspecto como se vivesse constantemente triste. Por conta disso, rompeu seu noivado com Regina Olsen, com quem viveu uma história fabulosa que durou apenas seis meses. 
“O casamento feliz é e continuara a ser a viagem de descoberta mais importante que o homem jamais poderá empreender” 
Após terminar, passa um tempo na Alemanha, escrevendo. Tornou-se reformador religioso e se afastou da Igreja Luterana. Seu sistema filosófico começa a ser criado, que futuramente culminaria na filosofia existencialista. 
Principais conceitos
para a compreensão de seu pensamento, dentre eles: a angústia, a repetição e a ironia
Sören Kierkegaard viveu 42 anos, tendo como meta a divulgação da palavra de Deus. Ao mesmo tempo, o filósofo foi um duro crítico da igreja protestante luterana da Dinamarca.
Ele acreditava que a interpretação feita pela religião era tendenciosa e separava os indivíduos de sua verdadeira natureza divina.
O filósofo dedicou-se ao existencialismo e a definir o que é a existência. Segundo Kierkegaard, esta questão havia sido negligenciada pela tradição da filosofia.
“A raça humana deixou de temer a Deus. Depois disso, veio o castigo: passou a temer a si mesma, a ansiar pelo fantasmagórico, e agora treme diante dessa criatura de sua própria imaginação.”
angústia
Kierkegaard afirmou que a angústia é o cerne da existência humana. Ela é a disposição do espírito diante da liberdade de escolhas.
 “ A angústia é a vertigem da liberdade...”
Ele explica que a angústia é anterior ao pecado original, pois teria sido a angústia o sentimento incômodo vivido por Adão e Eva.
Entretanto, o filósofo compreende o pecado original não como o pecado que deu origem a todos os outros, mas o “primeiro pecado”.
Seria uma dentre muitas escolhas possíveis entre o bem e o mal.
Desse modo, a angústia deve ser considerada uma característica fundamental dos seres humanos, encontrada mesmo na inocência das crianças, e não como um fardo ou um sofrimento para a espécie.
A repetição
Para Kierkegaard, a repetição se localiza entre a recordação e a esperança. Assim, entre dois extremos é na repetição que se aciona o verdadeiro valor da vida. Vejamos:
Por um lado, a recordação traz consigo uma falta, da qual não é possível suprir por estar no passado. Enquanto a esperança é a necessidade do novo, é fonte de frustrações por se basear em um futuro imprevisível.
Assim, o desejo de repetição é a condição do indivíduo maduro, que encontrou as bases seguras para o desenvolvimento de uma vida saudável.
O indivíduo só pode ser responsável pela repetição, já que recordação é um passado irrecuperável e a esperança é um futuro incerto.
A ironia 
O conceito de ironia é marcado pela impossibilidade da verdade ser introduzida no indivíduo como doutrina. O filósofo se apropria da ironia de Sócrates, componente do método socrático.
Assim, o filósofo pretende fazer com que o indivíduo perceba os três estádios de sua existência: estético, ético e religioso.
A ironia é a responsável pelo amadurecimento do indivíduo e sua transição do estágio estético, no qual o indivíduo guia suas ações pela busca do prazer, para o estádio ético, onde passa a ser guiado pelo sentimento do dever.
Assim, a ironia marca a busca pela verdade como uma busca interior ao indivíduo e sua conexão com o universo.
“Os estádios da existência”
 estádio estético
No qual o homem se abandona à imediatidade, não há uma aceitação consciente de um ideal.
Aquela pessoa que vive o prazer momentâneo e não se preocupa com os outros ( a sociedade ).
Vive uma vida hedonista, quanto maior seu prazer, Kierkegaard diz que maior é sua falta de propósito na vida. 
 estádio ético
Pautado em leis morais externas. 
Fala do marido fiel: o modo de vida ético é o modo de vida do indivíduo que é correto com a família e trabalhador. 
Onde não se acaba o estádio estético, porém se perde certa liberdade e o arrependimento consequentemente chega. 
 
 estádio religioso
Caracterizado pela fé em Deus, uma fé livre, que parte inteiramente de indivíduo e não de uma instituição. 
Nesse estádio, Kierkegaard também faz uma crítica à ciência, pois é onde ela não pode entrar, nem explicar a dimensão de Deus. 
“Abraão não matou seu filho porque um anjo, enviado por Deus, segurou sua mão.” 
Essa era como a fé podia ser traduzida para Kierkegaard. 
Apesar de ser cristão, ele não diz para você fazer algo, mas sim que você possui liberdade para escolher. 
E, suas escolhas são subjetivas, o que determina sua vida.