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Anatomia Clínica - Ossos da face

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OSSOS DA FACE E MÚSCULOS DA MÍMICA 
Fratura da mandíbula 
Em geral é dupla e em lados opostos. Do processo 
coronoide: Raras e geralmente únicas. No colo: 
Costumam ser transversais e associadas à luxação da 
ATM ipsilateral. No ângulo: Geralmente oblíquas e 
podem acometer a cavidade óssea ou o alvéolo do 3º 
molar. Do corpo: Atravessam o alvéolo de um dente 
canino. 
 
 
 
Paralisia dos músculos faciais 
A lesão do nervo facial (NC VII) ou de seus ramos causa 
paralisia de alguns ou todos os músculos faciais no 
lado afetado – paralisia de Bell, com flacidez da área 
afetada e distorção da expressão facial. A perda do 
tônus do músculo orbicular do olho causa eversão da 
pálpebra inferior – líquido lacrimal não se espalha 
sobre a córnea, impedindo hidratação e lavagem. 
 
 
 
Bloqueio dos nervos mentual e incisivo: A injeção de 
um anestésico no forame mentual bloqueia o nervo 
mentual que supre a pele e a mucosa do lábio inferior 
desde o forame mentual até a linha mediana; inclusive 
a pele do queixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bloqueio do nervo bucal: Para anestesiar a pele e a 
mucosa da bochecha, pode-se injetar um anestésico 
na mucosa que cobre a fossa retromolar (depressão 
posteriormente ao 3º molar – entre a margem 
anterior do ramo e a crista temporal). 
Bloqueio do nervo alveolar inferior: Anestésico é 
injetado ao redor do forame mandibular na face 
medial do ramo da mandíbula – canal dá passagem ao 
nervo, artéria e veia alveolares inferiores. Quando é 
bem sucedido, todos os dentes mandibulares são 
anestesiados até o plano mediano. 
OBS.: Pele e mucosa do lábio inferior, mucosa alveolar 
labial e gengiva e pele do queixo também são 
anestesiadas – são supridas pelo nervo mentual. 
 
Neuralgia do trigêmeo 
Distúrbio sensitivo da raiz sensitiva do NC V, 
caracterizada por crises súbitas de golpes excruciantes 
(faíscas), paroxismo (dor súbita e aguda), espasmos e 
alterações psicológicas. NC V2 é acometido com mais 
frequência – ocorre desmielinização de axônios na raiz 
sensitiva, ocorrida, normalmente, por pressão de uma 
pequena artéria aberrante ou por uma doença que 
afeta os neurônios no gânglio trigemial. 
Lesões do trigêmeo: Causam anestesia difusa com 
acometimento da metade anterior correspondente ao 
couro cabeludo; face – exceto uma área ao redor do 
ângulo da mandíbula, córnea e conjuntiva; mucosa do 
nariz, boca e parte anterior da língua; e dos músculos 
da mastigação. 
Causas: Traumatismo, tumores, aneurismas ou 
infecções meníngeas. 
o Paralisia dos músculos da mastigação com 
desvio da mandíbula para o lado da lesão; 
o Perda da capacidade de perceber sensações 
táteis, térmicas e dolorosas; 
o Perda dos reflexos corneano e de espirro. 
Avaliação da função sensitiva do NC V: É avaliada 
instruindo. A pessoa a fechar os olhos e responder 
quando sentir toques. Pele da fronte – NC V1, da 
bochecha – NC V2 e da mandíbula – NC V3. 
 
Ossos da face e músculos da mímica 
Anatomia Clínica Gabrieli Flesch 
 
 
Lesão do nervo facial 
Causa paralisia dos músculos faciais (paralisia de Bell), 
com ou sem perda do paladar nos dois terços 
anteriores da língua ou alteração nas glândulas 
salivares e lacrimais. Resulta em paralisia de músculos 
na região inferior contralateral da face. 
 
Perto da origem do NC VII – na ponte do encéfalo ou 
proximais à origem do nervo petroso maior (gânglio 
geniculado): Perda das funções motora, gustatória e 
autônoma. 
 
 
Distais ao gânglio geniculado – proximais à origem do 
nervo corda do tímpano: Mesmo acometimento, 
exceto da secreção lacrimal. 
Perto do forame estilomastoideo: Perda da função 
motora. Núcleo motor da ponte – penetra no meato 
acústico interno – emite o ramo petroso superficial 
maior (lacrimejamento) – curva aguda (primeiro 
joelho) – atravessa a mastoide – pequena curva 
(segundo joelho) – nervo corda do tímpano 
(sensibilidade gustativa dos 2/3 anteriores da língua e 
salivação) – sai da mastoide pelo forame 
estilomastoideo – ramos para musculatura mímica. 
 
 
 
 
Causas: 
o Inflamação do nervo facial perto do forame 
estilomastoideo, que causa edema e compressão do 
nervo no canal facial; 
o Fratura do osso temporal; 
o Idiopática; 
o Complicação cirúrgica (parotidectomia); 
o Manipulação dentária; 
o Vacinação. 
o 
Lesão do ramo zigomático do NC VII: Causa paralisia, 
inclusive perda do tônus do músculo orbicular do olho 
na pálpebra inferior. 
Paralisia do ramo bucal do NC VII: Paralisia do 
músculo bucinador e da porção superior dos músculos 
orbicular da boca e do lábio superior. 
Lesão do ramo marginal da mandíbula do NC VII: 
Paralisia da parte inferior dos músculos orbiculador da 
boca e do lábio inferior. 
Compressão da artéria facial: A artéria pode ser 
ocluída por pressão contra a mandíbula no local de 
cruzamento. 
 
Clínica aplicada 
Paciente masculino, 5 anos – histórico de queda de 
escada com traumatismo cranioencefálico leve há 5 
dias. Paralisia facial unilateral direita. 
Sinais vitais: FC = 80bpm; FR = 18rpm; PA = 
105x75mmHg; Tax = 36,7C. 
Neurológico: Orientado em tempo e espaço, sem 
sinais meníngeos, alterações sensitivas ou déficits 
apendiculares = Glasgow 15. 
à Dificuldade em fechar o olho e enrugar a 
fronte do lado direito; 
à Sem alterações nos demais pares de NC. 
Otoscopia: Sem sinais de laceração do meato acústico 
externo com membrana timpânica íntegra. Nega 
sintomas relacionados. 
TC: Corte axial – fratura longitudinal de mastoide e 
parte petrosa do temporal direito. 
DIAGNÓSTICO: Paralisia facial periférica unilateral 
pós-trauma cranioencefálico por fratura do processo 
mastoideo do osso temporal. 
DISCUSSÃO: 
- Lesões perto da origem do NC VII na ponte ou 
proximais à origem do nervo petroso maior 
(lacrimejamento – gânglio geniculado) = perda das 
funções motoras, gustatória e autônoma. 
- Lesões distal ao gânglio geniculado, proximal à corda 
do tímpano – sem comprometimento lacrimal. 
- Lesões perto do forame estilomastoideo = perda da 
função motora (paralisia facial). 
TRATAMENTO: 
- A paralisia incompleta tem um prognóstico favorável 
– administração de corticosteroides para minimizar o 
edema local e produzir degeneração nervosa. 
- Em paralisias faciais traumáticas: tratamento 
cirúrgico quando – total ou imediata; quando os testes 
elétricos forem inexcitáveis até o quinto dia; evidente 
disjunção óssea; seção completa do nervo.

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