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PAREDE TORÁCICA FRATURA DAS COSTELAS Costela I: Rara – quando ocorre pode haver lesão do plexo braquial e dos vasos subclávios. 1º a 3º - lesão de grandes vasos. Costelas intermediárias: Frequentes – geralmente resulta de golpes (esmagamento), podendo lesar órgãos internos como pulmões e/ou baço. 4º a 9º - lesão de parênquima pulmonar. Costelas inferiores: Pode lacerar o diafragma e acarretar hérnia diafragmática. 10º a 12º - lesão de órgãos abdominais. TORACOTOMIA – Incisões no espaço intercostal Abertura cirúrgica da parede torácica para penetrar a cavidade pleural – pode empregar incisões em H através do peritônio de uma ou mais cartilagens e soltar segmentos de cartilagem costal para acesso. Toracotomia posterior: Faces posterolaterais dos 5º - 7º espaços intercostais. Em geral o acesso lateral é mais satisfatório. Manobra: Paciente deitado sobre o lado oposto, com o membro superior abduzido e antebraço ao lado da cabeça – elevação e rotação lateral do ângulo inferior da escápula, dando acesso até o 4º espaço intercostal. Tórax instável: Extremamente dolorosa, que compromete a ventilação e afeta a oxigenação sanguínea – fraturas múltiplas das costelas permitem o livre movimento de um segmento da parede torácica (movimento paradoxal). Tratamento com ganchos e fios. FRATURA DO ESTERNO Risco de lesão cardíaca – contusão miocárdica, ruptura cardíaca e tamponamento, ou pulmonar. Esternotomia mediana: Acesso à cavidade nas cirurgias do mediastino – revascularização do miocárdio. Divisão do esterno no plano mediano e afastamento. Biópsia do esterno: Frequentemente realizada no corpo – agulha de medula óssea, que perfura o osso cortical fino e penetra o osso esponjoso vascularizado. Anomalias do esterno: Fenda esternal – ectopia cordis (protrusão cardíaca). Pectus excavatum (recuo) e carinatum (projeção). Esternocondroplastia: Ressecção das cartilagens deformadas e com osteotomias transversas do osso esterno. Anatomia Clínica Gabrieli Flesch ATM 25/2 Síndrome do desfiladeiro torácico: Estruturas que saem do tórax (artérias e nervos), que estão entre a clavícula e a primeira costela, são afetadas por obstruções da abertura superior do tórax. Sintomas: Dor no braço, ombro e pescoço, com formigamento, dificuldade de movimentar, fadiga, má circulação e alteração da sensibilidade. Contusão pulmonar: Lesão torácica mais comum – hipóxia significativa = paciente deve ser intubado na primeira hora. Deve haver monitoramento da oximetria de pulso, ECG e determinações gasométrias arteriais. PARALISIA DO DIAFRAGMA Hemidiafragma: Decorrente de lesão do nervo frênico (parte motora) – não afeta a outra metade porque as inervações de cada cúpula são separadas. Como detectar: Radiologicamente por observação de seu movimento paradoxal – a cúpula paralisada ascende na inspiração, por ser empurrada pelas vísceras abdominais que estão sendo comprimidas pela cúpula contralateral ativa, e descende na expiração. BLOQUEIO DO NERVO INTERCOSTAL Obtido injetando-se anestésico local ao redor dos nervos intercostais entre a linha paravertebral e a área de anestesia necessária – infiltra ao redor do tronco do nervo intercostal e de seus ramos colaterais. PLEURAS, PULMÕES E BRÔNQUIOS COLAPSO PULMONAR Se a distensão pulmonar não for mantida, a elasticidade inerente causa o colapso – atelectasia secundária, quando previamente insuflado, e primária, quando há ausência de insuflação ao nascimento. Pulmões normais permanecem distendidos, pois a pleura visceral adere à pleura parietal devido à tensão superficial do líquido pleural. Em ferida penetrante: O ar é sugado para a cavidade pleural em decorrência da pressão negativa – tensão superficial rompida = colapso. A cavidade pleural torna-se um espaço real. Como detectar: Redução do tamanho do pulmão colapsado pode ser vista na radiografia por elevação do diafragma acima dos níveis habituais, estreitamento do espaço intercostal e deslocamento do mediastino ipsilateral. Pneumotórax: Entrada de ar na cavidade pleural, resultante de uma ferida penetrante da pleura parietal ou por ruptura de uma lesão pulmonar para a cavidade pleural (fístula broncopleural) = colapso. Hidrotórax: Acúmulo substancial de líquido na cavidade pleural, por consequência de derrame pleural – passagem de líquido para a cavidade. Hemotórax: Entrada de sangue na cavidade pleural – lesão de um grande vaso intercostal ou torácico interno. OBS.: Se houver acúmulo de ar e líquido na cavidade, observa-se um nível hidroaéreo – linha nítida e horizontal indicando superfície superior do líquido na radiografia. TORACOCENTESE Introdução de uma agulha hipodérmica na cavidade pleural, através de um espaço intercostal, para colher uma amostra de líquido ou retirar sangue e pus. Manobra: Introduzir a agulha superiormente à costela, em posição suficientemente alta. A agulha atravessa os músculos intercostais e parte costal da pleura parietal, entrando na cavidade pleural. OBS.: Quando o paciente está em posição ortostática, há acúmulo de líquido intrapleural no recesso costodiafragmático. A introdução da agulha no 9º espaço intercostal na linha axilar média durante a expiração evita a margem inferior do pulmão. Pleurite: Inflamação da pleura – detectável, devido ao atrito resultante, durante a ausculta pulmonar. Caracterizada por dor aguda, perfurante, sobretudo aos esforços. AUSCULTA PULMONAR Importante ao exame físico – avalia o fluxo de ar através da árvore traqueobronquial para os lobos do pulmão. Percussão do tórax: Ajuda a estabelecer se os tecidos subjacentes estão cheios de ar (som ressonante), cheios de líquido (som surdo) ou se estão sólidos (som maciço). EMBOLIA PULMONAR Obstrução de uma artéria pulmonar por um êmbolo– ocorre quando um coágulo sanguíneo, glóbulo de gordura ou bolha de ar é levado até os pulmões. Hemoptise: Expectoração de sangue puro ou catarro com sangue proveniente dos pulmões ou da árvore traqueobronquial – hemorragia. Causas: Bronquite, câncer pulmonar, pneumonia, bronquiectasia, embolia pulmonar e tuberculose. NERVOS DO MEDIASTINO Acometimento por câncer: Nervo frênico: No pulmão – pode resultar em hemidiafragma (paralisia da metade) devido câncer de pulmão. Nervo laríngeo recorrente: No ápice do pulmão – rouquidão, devido paralisia de uma prega vocal. Dor pleural: Pleura visceral não recebe nervos associados à sensibilidade. A pleura parietal é extremamente sensível à dor – recebe muitos ramos intercostais e frênicos. MEDIASTINO Superior: Estende-se da abertura superior do tórax até o plano transverso – timo, grandes vasos e nervos (vago, frênico e plexo cardíaco), continuação inferior das vísceras cervicais (traqueia, esôfago e nervo laríngeo recorrente), ducto torácico e troncos linfáticos. Inferior: Situado entre o plano transverso do tórax e o diafragma. Anterior: entre o corpo do esterno e os músculos transversos do tórax e o pericárdio posteriormente. Posterior: Contém a parte torácica da aorta, ducto torácico, veias ázigo e hemiázigo, esôfago e plexo venoso esofágico. Alargamento do mediastino: Após traumatismo, com ruptura dos grandes vasos, linfoma maligno e hipertrofia cardíaca. ANEURISMA DA AORTA ASCENDENTE Como a sua parede não é reforçada por pericárdio fibroso e devido ao forte impulso sanguíneo vindo do ventrículo esquerdo, pode ocorrer aneurisma – pode ser visto à radiografia ou angiografia por RM do tórax. Paciente refere dor torácica com irradiação para o dorso – pode comprimir traqueia, esôfago e nervo laríngeo recorrente, dificultando a respiração e deglutição. PERICÁRDIO Pericárdio fibroso: Inextensível – tecido fibroso. Pericárdio seroso: Mesotélio – lâmina simples de células gordurosas que formam um epitélio. A lâmina que fia emcontato com o pericárdio fibroso é parietal, e a que fica em contato com o coração é a visceral. Cavidade do pericárdio: Espaço potencial entre as duas lâminas do pericárdio seroso. Irrigação: Artéria pericardicofrênica. Inervação: Nervois frênicos (C3-C5). Em decúbito dorsal: o O Arco da aorta situa-se superiormente ao plano transverso do tórax; o A bifurcação da traqueia é cortada pelo plano transverso do tórax; o O centro tendíneo do diafragma situa-se no nível da sínfise xifosternal e da T9. SEIO TRANSVERSO DO PERICÁRDIO Importância cirúrgica: Após a abertura anterior do saco pericárdico, pode-se introduzir um dedo através do seio transverso do pericárdio posteriormente à parte ascendente da aorta e ao tronco pulmonar. Se estende transversalmente ao longo do pericárdio entre as raízes dos grandes vasos, posterior à aorta ascendente e ao tronco pulmonar, e anterior à veia cava superior. o Clampe cirúrgico ou ligadura ao redor dos vasos; o Inserção dos tubos de circulação extracorpórea; o Fechamento da ligadura – interromper ou desviar a circulação. Seio pericárdico oblíquo: Deixa a parte posterior do pericárdio e é limitado anteriormente pelas veias pulmonares, que entram no coração, e inferiormente pela veia cava inferior. Exposição das veias cavas: Para expor a parte final (torácica) da veia cava inferior e a parte terminal da veia cava superior deve-se abrir o saco pericárdico. Pericardite: Causa dor torácica – na ausculta, com o estetoscópio sobre a margem esquerda do esterno e as costelas superiores, pode soar como o farfalhar da seda. Pode causar derrame pericárdico, com consequente compressão do coração = insuficiência cardíaca congestiva – retorno venoso é maior do que o DC = hipertensão cardíaca direita. TAMPONAMENTO CARDÍACO Compressão cardíaca – em um derrame pericárdico significativo, o volume reduzido do saco pericárdico não permite a expansão total do coração = diminui o DC. Também pode ser causado por hemopericárdio – perfuração de uma área enfraquecida de músculo cardíaco em razão de um infarto do miocárdio, hemorragia para a cavidade pericárdica pós-cirúrrgica ou feridas perfuroincisas. Ocorre ingurgitamento das veias da face e do pescoço devido ao refluxo. OBS.: Em pacientes com pneumotórax, o ar pode dissecar os planos de tecido conectivo e entrar no saco pericárdico = pneumopericárdio. Tríade de Beck: Hipotensão, abafamento das bulhas cardíacas apagados e estase jugular. Pulso paradoxal: Queda superior a 10mmHg na pressão arterial sistólica durante a fase inspiratória da respiração. PERICARDIOCENTESE Drenagem de líquido da cavidade pericárdica para aliviar o tamponamento – pode-se introduzir uma agulha de grande calibre através do 5º ou 6º espaço intercostal esquerdo, perto do esterno – área nua do pericárdio. Também pode ser alcançado através do ângulo infraesternal mediante introdução súpero- posterior da agulha – evita o pulmão e as pleuras. CORAÇÃO ANOMALIAS DE POSIÇÃO Dextrocardia: Dobramento anormal do coração embrionário com inversão completa – ápice voltado para a direita. Está associada a transposição dos grandes vasos e do arco da aorta. Pode estar associada a transposição geral das vísceras (situs inversus) ou ser apenas cardíaca (dextrocardia isolada). Turgência jugular: o Paciente em decúbito dorsal com tronco a 45º; o Traça-se uma linha reta da fúrcula esternal ao pescoço; o Verifica-se se a visibilidade da jugular supera esse nível; o Significa comprometimento do retorno venoso. AUSCULTA B1: Fechamento das valvas atrioventriculares – TUM = fisiológica. B2: Fechamento das valvas ventrículoarteriais – TA = fisiológica. B3: Ejeção atrial – TUM, TA, TUM = fisiológica ou patológica. B4: Gênese desconhecida – TUM, TUM, TA = fisiológica ou patológica. Estenose aórtica: Ausculta 2º espaço intercostal à direita, margem esternal – sopro sistólico → TU, TSH, TA. Tríade: Angina, síncope e dispneia. Referências: Área abaixo de 1cm2, gradiente acima de 40 e velocidade abaixo de 4. Aneurisma de aorta: Insuficiência aórtica – sopro diastólico → TUM, TA, TSH. Estenose mitral: Normalmente por consequência de febre reumática – sopro diastólico. Prolapso mitral: Rompimento das cordoalhas → insuficiência mitral primária – sopro sistólico. Ausculta no 5º espaço intercostal à esquerda, 9cm da linha média. Miocardiopatia dilatada/hipertrófica: Insuficiência mitral secundária. COMUNICAÇÕES INTERATRIAIS Anomalia congênita do septo interatrial – permite que o sangue oxigenado dos pulmões seja desviado do átrio esquerdo para o átrio direito, ocasionando aumento do átrio e do ventrículo direitos e dilatação do tronco pulmonar. COMUNICAÇÕES INTERVENTRICULARES A parte membranácea desenvolve-se separadamente da parte muscular – pode resultar em comunicação. Defeito cardíaco mais comum – 25% das cardiopatias congênitas. COARTAÇÃO DA AORTA O arco da aorta ou a sua parte torácica tem um estreitamento anormal (estenose), que diminui o calibre, provocando uma obstrução ao fluxo sanguíneo para a parte inferior do corpo. ANEURISMA Verdadeiro: Contém todas as camadas da parede arterial (íntima, média e adventícia). Pseudoaneurisma: Hematoma pulsátil não contido por todas as camadas da parede arterial, que se encontra confinado por uma cápsula fibrosa. Fusiformes: Dilatação simétrica de toda a circunferência. Saculares: Abaulamento em uma das paredes. Causas: Aterosclerose, infecção, vasculite, valva aórtica bicúspide e trauma. Fatores de risco: Hipertensão, tabagismo, hipercolesterolemia e genética. DISSECÇÃO “Rasgo”na camada íntima da aorta – o sangue penetra na túnica média, promovendo uma fenda longitudinal nesta camada = falso lúmen. Locais: Parede lateral direita. Fator predisponente: Hipertensão, aterosclerose, aneurisma e etc. REGIÃO CERVICAL PARALISIA DO MÚSCULO PLATISMA Resultante da lesão do ramo cervical do nervo facial – causa surgimento de pregas frouxas na pele do pescoço. Cervicalgia: Dor no pescoço – inflamação de linfonodos, distensão muscular e protrusão dos discos intervertebrais. Geralmente é afetada pelo movimento da cabeça e do pescoço e pode ser agravada pela tosse ou pelo espirro. Lesões da coluna vertebral cervical: Podem causar lesão da medula espinal e das artérias vertebrais e plexo simpático, que atravessam os forames transversários. Fratura do hioide: Ocorre em pessoas estranguladas com as mãos por compressão da parte oral da faringe – afundamento do corpo do osso sobre a cartilagem tireoide. A incapacidade de elevar o hioide e de movimentá-lo anteriormente sob a língua dificulta a deglutição e a manutenção da separação dos sistemas digestório e respiratório – pode causar pneumonia por aspiração. TORCICOLO Contração ou encurtamento dos músculos cervicais, que produz torção do pescoço e inclinação da cabeça. Congênito: Causado por um tumor de tecido fibroso, que se desenvolve no músculo ECM, causa a inclinação da cabeça ipsilateral e da face contralateral. Pode ocorrer lesão do músculo ECM, causando torcicolo muscular – surgimento de hematoma que pode se transformar em massa fibrótica e aprisionar um ramo do nervo acessório (NC XI), desnervando-o. Espasmódico: Distonia cervical – pode incluir qualquer associação bilateral de músculos laterais do pescoço (ECM e trapézio). Resulta em rotação, inclinação, flexão ou extensão contínuas do pescoço. PUNÇÃO DA VEIA SUBCLÁVIA Ponto de entrada no sistema venoso para acesso central – cateter de Swan-Ganz. Em um acesso infraclavicular, deve-se colocar o polegar de uma das mãos na parte média da clavícula e o dedo indicador na incisura jugular no manúbrio – a agulha punciona a pele inferiormente ao polegar (meio da clavícula)e é empurrada medialmente em direção à ponta do dedo indicador, até que a extremidade entre no ângulo venoso direito, posteriormente à articulação esternoclavicular. Nesse local as veias jugular interna e subclávia enem-se para formar a veia braquiocefálica. OBS.: Realizar com cuidado – pode perfurar a pleura e o pulmão, causando pneumotórax, ou, se for muito posterior, pode entrar na artéria subclávia. LESÕES DO NERVO ACESSÓRIO – NC XI o Traumatismo penetrante – ferida com arma branca ou projétil; o Procedimentos cirúrgicos na região cervical lateral; o Tumores na base do crânio ou linfonodos cervicais cancerosos; o Fraturas do forame jugular onde o NC XI sai do crânio. Lesão iatrogênica mais comum. Costuma gerar fraqueza para girar a cabeça para o lado oposto contra resistência – causam atrofia do músculo trapézio, comprometendo os movimentos do pescoço e causando queda do ombro. A paralisia unilateral do músculo trapézio fica evidente pela incapacidade de elevar e retrair o ombro. LESÃO E BLOQUEIO NERVOSO Secção, bloqueio e esmagamento do nervo frênico: Secção Resulta em paralisia da metade correspondente do diafragma. Bloqueio: Provoca curto período de paralisia unilateral do diafragma – o anestésico é injetado ao redor do nervo, onde se situa na superfície anterior do terço médio do músculo escaleno anterior. Esmagamento: Provoca período mais longo de paralisia – compressão e lesão do nervo com pinça cirúrgica. Lesão do nervo supraescapular: Lesão em fraturas do terço médio da clavícula – resulta em perda da rotação lateral do úmero na articulação do ombro. Há rotação medial do membro relaxado, que assume a posição da mão de gorjeta. OCLUSÃO DA ARTÉRIA CARÓTIDA O espessamento aterosclerótico da túnica íntima pode obstruir o fluxo – a oclusão parcial pode resultar em ataque isquêmico transitório e perda focal súbita da função neurológica. Pulso carotídeo: Facilmente percebido por meio da palpação da artéria carótida comum na face lateral do pescoço – sulco entre a traqueia e os músculos infra- hioideos. A ausência indica parada cardíaca. Hipersensibilidade do seio carótico: Quando há sensibilidade excessiva dos seios caróticos em vários tipos de doenças vasculares, a compressão externa da artéria carótida pode causar redução da frequência cardíaca, queda da pressão arterial e isquemia cardíaca, com consequente síncope. Esse método de pulso não é recomendado nesses pacientes. Pode-se utilizar a artéria radial no punho. PUNÇÃO DA VEIA JUGULAR INTERNA A VJI direita é preferida porque geralmente é maior e mais reta – pode ter fins diagnósticos e terapêuticos. O médico palpa a artéria carótida comum e introduz a agulha na VJI imediatamente lateral a ela em um ângulo de 30º, visando ao ápice do trígono entre as cabeças esternal e clavicular do músculo ECM. Depois, aponta a agula em direção ínferolateral, voltada para o mamilo ipsilateral. Bloqueio do gânglio cervicotorácico: Bloqueia a transmissão de estímulos através dos gânglios cervicais e torácico superior – alivia espasmos vasculares associados ao encéfalo e ao membro superior. Lesão do tronco simpático cervical: Provoca um distúrbio simpático – Síndrome de Horner: Miose, ptose, enoftalmia, vasodilatação e anidrose. LESÃO DOS NERVOS LARÍNGEO RECORRENTE Durante cirurgias de pescoço sempre há riscos de lesar esses nervos à direita – estão muito próximos ao polo inferior da tireoide e à artéria tireóidea inferior e seus ramos. À esquerda não é tão frequente, pois sua ascensão é mais vertical a partir do mediastino superior. Sinais: Rouquidão – lesão unilateral, podendo haver afonia temporária ou distúrbio da fonação e espasmo laríngeo. TRAQUEOSTOMIA Incisão transversal da pele do pescoço e da parte anterior da traqueia, a fim de estabelecer uma via respiratória em pacientes com obstrução das vias respiratórias ou insuficiência respiratória – os músculos infra-hioideos são retraídos lateralmente e o istmo da tireoide é dividido ou retraído superiormente. É feita uma abertura na traqueia, entre o primeiro e o segundo anéis traqueais, e um tubo é introduzido e fixado. Relações anatômicas: o Veias tireóideas inferiores originam-se de um plexo venoso na glândula tireoide e descem anteriormente à traqueia; o Pode-se encontrar a veia braquiocefálica, o arco venoso jugular e a pleura; o Timo – em crianças. Bloqueio do nervo laríngeo superior: É feito com intubação endotraqueal – endoscopia peroral, ecocardiografia transesofágica e procedimentos lar;ingeos e esofágicos. A agulha é introduzida no ponto médio entre a cartilagem tireóidea e o hioide, banha o nervo laríngeo interno – maior ramo terminal do laríngeo superior. Ocorre anestesia da mucosa laríngea superior às pregas vocais, incluindo a face superior das pregas. OSSOS DA FACE E MÚSCULOS DA MÍMICA FRATURA DA MANDÍBULA Em geral é dupla e em lados opostos. Do processo coronoide: Raras e geralmente únicas. No colo: Costumam ser transversais e associadas à luxação da ATM ipsilateral. No ângulo: Geralmente oblíquas e podem acometer a cavidade óssea ou o alvéolo do 3º molar. Do corpo: Atravessam o alvéolo de um dente canino. PARALISIA DOS MÚSCULOS FACIAIS A lesão do nervo facial (NC VII) ou de seus ramos causa paralisia de alguns ou todos os músculos faciais no lado afetado – paralisia de Bell, com flacidez da área afetada e distorção da expressão facial. A perda do tônus do músculo orbicular do olho causa eversão da pálpebra inferior – líquido lacrimal não se espalha sobre a córnea, impedindo hidratação e lavagem. Bloqueio dos nervos mentual e incisivo: A injeção de um anestésico no forame mentual bloqueia o nervo mentual que supre a pele e a mucosa do lábio inferior desde o forame mentual até a linha mediana; inclusive a pele do queixo. Bloqueio do nervo bucal: Para anestesiar a pele e a mucosa da bochecha, pode-se injetar um anestésico na mucosa que cobre a fossa retromolar (depressão posteriormente ao 3º molar – entre a margem anterior do ramo e a crista temporal). Bloqueio do nervo alveolar inferior: Anestésico é injetado ao redor do forame mandibular na face medial do ramo da mandíbula – canal dá passagem ao nervo, artéria e veia alveolares inferiores. Quando é bem sucedido, todos os dentes mandibulares são anestesiados até o plano mediano. OBS.: Pele e mucosa do lábio inferior, mucosa alveolar labial e gengiva e pele do queixo também são anestesiadas – são supridas pelo nervo mentual. NEURALGIA DO TRIGÊMIO Distúrbio sensitivo da raiz sensitiva do NC V, caracterizada por crises súbitas de golpes excruciantes (faíscas), paroxismo (dor súbita e aguda), espasmos e alterações psicológicas. NC V2 é acometido com mais frequência – ocorre desmielinização de axônios na raiz sensitiva, ocorrida, normalmente, por pressão de uma pequena artéria aberrante ou por uma doença que afeta os neurônios no gânglio trigemial. Lesões do trigêmeo: Causam anestesia difusa com acometimento da metade anterior correspondente ao couro cabeludo; face – exceto uma área ao redor do ângulo da mandíbula, córnea e conjuntiva; mucosa do nariz, boca e parte anterior da língua; e dos músculos da mastigação. Causas: Traumatismo, tumores, aneurismas ou infecções meníngeas. o Paralisia dos músculos da mastigação com desvio da mandíbula para o lado da lesão; o Perda da capacidade de perceber sensações táteis, térmicas e dolorosas; o Perda dos reflexos corneano e de espirro. Avaliação da função sensitiva do NC V: É avaliada instruindo. A pessoa a fechar os olhos e responder quando sentir toques. Pele da fronte – NC V1, da bochecha – NC V2 e da mandíbula – NC V3. LESÃO DO NERVO FACIAL Causa paralisia dos músculos faciais (paralisia de Bell), com ou sem perda do paladar nos dois terços anteriores da língua ou alteração nas glândulas salivares e lacrimais. Resultaem paralisia de músculos na região inferior contralateral da face. Perto da origem do NC VII – na ponte do encéfalo ou proximais à origem do nervo petroso maior (gânglio geniculado): Perda das funções motora, gustatória e autônoma. Distais ao gânglio geniculado – proximais à origem do nervo corda do tímpano: Mesmo acometimento, exceto da secreção lacrimal. Perto do forame estilomastoideo: Perda da função motora. Núcleo motor da ponte – penetra no meato acústico interno – emite o ramo petroso superficial maior (lacrimejamento) – curva aguda (primeiro joelho) – atravessa a mastoide – pequena curva (segundo joelho) – nervo corda do tímpano (sensibilidade gustativa dos 2/3 anteriores da língua e salivação) – sai da mastoide pelo forame estilomastoideo – ramos para musculatura mímica. Causas: o Inflamação do nervo facial perto do forame estilomastoideo, que causa edema e compressão do nervo no canal facial; o Fratura do osso temporal; o Idiopática; o Complicação cirúrgica (parotidectomia); o Manipulação dentária; o Vacinação. Lesão do ramo zigomático do NC VII: Causa paralisia, inclusive perda do tônus do músculo orbicular do olho na pálpebra inferior. Paralisia do ramo bucal do NC VII: Paralisia do músculo bucinador e da porção superior dos músculos orbicular da boca e do lábio superior. Lesão do ramo marginal da mandíbula do NC VII: Paralisia da parte inferior dos músculos orbiculador da boca e do lábio inferior. Compressão da artéria facial: A artéria pode ser ocluída por pressão contra a mandíbula no local de cruzamento. CLÍNICA APLICADA Paciente masculino, 5 anos – histórico de queda de escada com traumatismo cranioencefálico leve há 5 dias. Paralisia facial unilateral direita. Sinais vitais: FC = 80bpm; FR = 18rpm; PA = 105x75mmHg; Tax = 36,7C. Neurológico: Orientado em tempo e espaço, sem sinais meníngeos, alterações sensitivas ou déficits apendiculares = Glasgow 15. à Dificuldade em fechar o olho e enrugar a fronte do lado direito; à Sem alterações nos demais pares de NC. Otoscopia: Sem sinais de laceração do meato acústico externo com membrana timpânica íntegra. Nega sintomas relacionados. TC: Corte axial – fratura longitudinal de mastoide e parte petrosa do temporal direito. DIAGNÓSTICO: Paralisia facial periférica unilateral pós-trauma cranioencefálico por fratura do processo mastoideo do osso temporal. DISCUSSÃO: - Lesões perto da origem do NC VII na ponte ou proximais à origem do nervo petroso maior (lacrimejamento – gânglio geniculado) = perda das funções motoras, gustatória e autônoma. - Lesões distal ao gânglio geniculado, proximal à corda do tímpano – sem comprometimento lacrimal. - Lesões perto do forame estilomastoideo = perda da função motora (paralisia facial). TRATAMENTO: - A paralisia incompleta tem um prognóstico favorável – administração de corticosteroides para minimizar o edema local e produzir degeneração nervosa. - Em paralisias faciais traumáticas: tratamento cirúrgico quando – total ou imediata; quando os testes elétricos forem inexcitáveis até o quinto dia; evidente disjunção óssea; seção completa do nervo. REGIÃO ORBITAL, ÓRBITA E BULBO DO OLHO Fraturas da órbita: Ocorrem nas três suturas entre os ossos que formam a margem orbital. Pode causar fratura das paredes orbitais, enquanto a margem permanece intacta. Fratura em explosão: Lesão traumática indireta que desloca as paredes orbitais. Fraturas na parede medial podem acometer os seis etmoidal e esfenoidal; as da parede interior podem acometer o seio maxilar. Resultam em hemorragia intraorbital, que exerce pressão sobre o bulbo do olho. Tumores da órbita: Pode causar erosão das finas paredes ósseas da órbita e comprimir o nervo óptico e o conteúdo da órbita. LESÃO DOS NERVOS QUE SUPREM AS PÁLPEBRAS Nervo Oculomotor: Supre o músculo levantador da pálpebra superior – sua lesão causa paralisia desse músculo e ptose (queda da pálpebra). Nervo facial: Causa paralisia do músculo orbiculador do olho, impedindo o fechamentro completo das pálpebras, e perda do replexo normal ao piscar rápido. A perda do tônus do músculo na páloebra inferior causa eversao da pálpebra em relação à superfície do bulbo do olho – promove ressecamento da córnea. Hemorragias subconjuntivais: São comuns e apresentam-se como manchas vermelhas situadas profundamente à túnica conjuntiva do bulbo e no seu interior. Podem ser causadas por lesão ou inflamação. DESCOLAMENTO DA RETINA As camadas da retina em desenvolvimento são separadas no embrio por um espaço intrarretiniano, que é fundido após o período fetal. Com um golpe na região ocular, pode haver deslocamento da retina, resultante da entrada de líquido entre os estratos nervoso e pigmentoso da retina. Papiledema: Resulta do aumento da pressão intracraniana e da pressão do LCS na extensão do espaço subaracnóideo ao redor do nervo óptico. Hemorragia da câmara anterior: Hifema, geralmente causada por traumatismo não penetrante do bulbo do olho. Síndrome de Horner: Causada pela interrupção de um tronco simpático cervical – ausência das funções estimuladas pelo sistema simpático no mesmo lado da cabeça. Sinais: Miose, porque não há oposição ao músculo esfíncter na pupila estimulado pelo parassimpático; ptose, devido a paralisia das fibras musculares lisas interdigitadas com a aponeurose do músculo levantador da pálpebra superior; vermelhidão, vasodilatação e anidrose. Paralisia dos músculos extrínsecos do bulbo do olho – nervos orbitais: Podem ser paralisados por doença no tronco encefálico ou traumatismo craniano – resultam em diplopia. É observada pela limitação de movimento do bulbo do olho e pela formação de duas imagens. PARALISIA DO NERVO OCULOMOTOR Afeta a maioria dos músculos do olho, levantador da pálpebra superior e músculo esfíncter da pupila. Ptose da pálpebra superior, midríase completa e ausência de reação da pupila, em razão da ação, sem oposição, do músculo dilatador da pupila. Ocorre abdução completa e abaixamento da pupila devido à atividade, sem oposição, dos músculos reto lateral e oblíquo superior. Paralisia do nervo abducente: Quando o músculo reto lateral é paralisado, único suprido pelo nervo, ocorre a impossibilidade de abdução voluntária da pupila do lado acometido (paresia ou paralisia do nervo). A pupila está totalmente aduzida em decorrência da tração irrestrita do músculo reto medial. Obstrução da artéria central da retina: Como os ramos terminais da artéria central da retina são artérias terminais, a obstrução deles resulta em cegueira imediata e total. Obstrução da veia central da retina: Como a veia central da retina entra no seio cavernoso, pode ocorrer a passagem de um trombo pela veia central e a obstrução das pequenas veias da retina – acarreta perda lenta e indolor da visão. ORELHA LESÃO DA ORELHA EXTERNA Traumatismo pode resultar em hematoma auricular – formação de uma coleção localizada de sangue entre o pericôndrio e a cartilagem auricular, modificando os contornos da orelha. Se aumentar, compromete a vascularização da cartilagem – se não for tratada pode ocorrer fibrose da pele sobrejacente, causando deformação da orelha. Otite externa aguda: Inflamação do meato acústico externo – consequência de uma infecção bacteriana ou de acúmulo de água no meato. Ocorre prurido e dor na orelha externa. Otite média: Inflamação e edema da túnica mucosa que reveste a cavidade timpânica, que pode causar obstrução parcial ou completa da tuba auditiva – otalgia associada a membrana timpânica vermelha e protrusa, com presença de pus. Se não for tratada, pode comprometer a audição em virtude de fibrose dos ossículos da audição, limitando a capacidade de movimentação em resposta ao som. excessiva ou traumatismo. A cicatrização costuma ser espontânea (quando pequena). Em rupturasgrandes, exige reparo cirúrgico. Pode ser feita drenagem através de incisões na parte anteroinferior da membrana – evita lesão do nervo corda do tímpano e dos ossículos da audição. MASTOIDITE Resultam de uma infecção da orelha média, que causa inflamação do processo mastoide. Podem disseminar- se superiormente para a fossa média do crânio através da fissura petroescamosa – osteomielite do tegme timpânico. Deve-se evitar lesão do nervo facial em cirurgias. OBSTRUÇÃO DA TUBA AUDITIVA A tuba forma um trajeto para que uma infecção passe da parte nasal da faringe para a cavidade timpânica – é facilmente obstruída por edema da mucosa, visto que as paredes de sua parte cartilagínea normalmente já estão apostas. Quando ocorre, o ar residual é absorvido pelos vasos da mucosa, resultando em menor pressão na cavidade, retração da membrana timpânica e interferência com seu movimento livre – audição afetada. PARALISIA DO MÚSCULO ESTAPÉDIO Os músculos timpânicos têm ação protetora – reduzem as grandes vibrações da membrana timpânica causadas por ruídos altos. Está associada à acuidade auditiva excessiva – hiperacusia, causado por movimentos não inibidos do estribo. TONTEIRA E PERDA AUDITIVA As lesões do sistema auditivo periférico causam três sintomas: perda auditiva, vertigem (quando há comprometimento dos ductos semicirculares) e tinido (quando a lesão está localizada no ducto coclear. O tinido e a perda auditiva podem resultar de lesões em qualquer parte das vias auditivas periféricas ou centrais. Perda auditiva de condução: Causada por qualquer problema na orelha externa ou média que interfira na condução do som ou no movimento das janelas do vestíbulo e da cóclea – paciente fica com a voz suave, pois sua voz soa mais alto que os sons do fundo. Pode ser tratada cirurgicamente ou com aparelho. Perna auditiva neurossensorial: Causada por defeitos na via da cóclea até o encéfalo: defeitos da cóclea, do nervo coclear, do tronco encefálico ou das conexões corticais. Pode-se utilizar implantes cocleares. MEMBRO SUPERIOR FRATURA DA CLAVÍCULA Pode resultar da mão estendida através dos ossos do braço e antebraço para o ombro durante uma queda ou até mesmo da queda sobre o ombro. o O músculo esternocleidomastóideo eleva o fragmento medial do osso, e o músculo trapézio não consegue manter o fragmento lateral elevado, fazendo com que o ombro caia. o O forte ligamento coracoclavicular impede a luxação da articulação, e a pessoa que fraturou a clavícula sustenta o braço pendente em outro braço. o O enfaixamento do tipo Valpeau é usado para “retirar o peso” do membro superior da clavícula e viabilizar o alinhamento. Ossificação da Clavícula: Anomalia congênita originada da não fusão dos dois centros de ossificação da clavícula, por isso, surge um defeito ósseo entre os terços lateral e medial da clavícula. Importante: A clavícula é o primeiro osso longo a ossificar via ossificação intramembranosa. FRATURA DA ESCÁPULA Geralmente é causada por traumatismo, como ocorre em acidentes, e em geral também ocorre fratura das costelas, e a maioria das fraturas inclui o acrômio subcutâneo protruso. FRATURAS DO ÚMERO Cominutiva, espiral, transversal, em galho verde, composta e oblíqua. Pode causar lesões nos respectivos nervos: ⎼ Colo Cirúrgico: nervo axilar. ⎼ Sulco do Nervo Radial: nervo radial. ⎼ Extremidade distal do úmero: nervo mediano. ⎼ Epicôndilo medial: nervo ulnar. FRATURAS DO RÁDIO E DA ULNA É provável que a fratura esteja associada à luxação da articulação mais próxima por causa da união pela membrana interóssea o Em crianças é chamada de fraturas em galho verde. Fratura de Colles: Resulta da extensão forçada da mão e há um deslocamento posterior do fragmento distal, e esse, pode ser cominutiva. Deformidade em dorso de garfo: É a angulação posterior do antebraço imediatamente proximal ao punho e à curvatura anterior normal da mão relaxada. Lesões da Lâmina epifisial: Fratura da extremidade distal do rádio e o processo de consolidação pode resultar em um mau alinhamento(deslocamento) da lâmina epifisial e comprometimento do crescimento do rádio em crianças. Fratura do osso escafoide: É causada por queda sobre a palma com a mão em abdução e ocorre na parte estreita do osso. o Na palpação, a dor é sentida na tabaqueira anatômica durante a dorsiflexão e abdução; o A consolidação do osso pode levar até 3 meses e pode causar → necrose vascular do fragmento proximal, doença articular degenerativa do punho e às vezes é necessário fazer cirurgia chamada artrodese. Fratura do osso hamato: Pode não ocorrer consolidação óssea após a fratura por causa da tração produzida pelos músculos hipotenares, o nervo ulnar pode ser lesado causando diminuição da força de preensão e também pode lesionar a artéria ulnar. FRATURAS DOS OSSOS METACARPAIS Pode ocasionar o cavalgamento de fragmentos ósseos ou rotação distal e consequentemente ocorre o encurtamento do dedo da mão ou flexão discordante do dedo fraturado. Lesões graves por esmagamento da mão: Pode ocasionar fraturas dos ossos metacarpais e por consequência, a instabilidade da mão. Fratura do boxeador: Fratura do metacarpo V → ocorre quando alguém soca uma pessoa com o punho abduzido e cerrado, ocasionando uma deformidade em flexão. Fratura da falange distal: Ocasionada pelo esmagamento, logo surge um hematoma doloroso. Fratura das falanges proximal e média: ocasionada pelo esmagamento e hiperextensão. OBS.: Os fragmentos ósseos das falanges têm de ser cuidadosamente realinhados para restaurar a função normal dos dedos, por causa da sua proximidade com os tendões dos músculos flexores. REGIÃO PEITORAL, ESCAPULAR E DELTOIDEA ESCÁPULA ALADA Paralisia do músculo serrátil anterior em razão de lesão no nervo torácico longo – não consegue fazer abdução ou elevação completa do membro. Trígono da ausculta: Margem horizontal superior do latíssimo do dorso, margem medial da escápula e margem ínfero-lateral do músculo trapézio. o Bom lugar para examinar segmentos dos pulmões. Síndrome de Poland: Nível mais simples envolve a agenesia dos músculos peitoral maior e menor. Pode causar: redução da adução e extensão do membro superior e afeta capacidade de deslocar o ombro. OBS.: Nos casos mais graves, ocorre a hipoplasia mamária, ausência de segmentos de duas a quatro costelas, com possibilidade de herniação pulmonar e outros déficits. LESÃO DO NERVO ACESSÓRIO (NC XI) Causada por: tração, tumor, biópsia do linfonodo cervical ou cirurgia no trígono posterior – ombro caído com acentuada fraqueza ipsilateral quando os membros são elevados contra a resistência. ⎼ Inerva o trapézio. Lesão do nervo toracodorsal: pode ser lesionado em: mastectomias e cirurgia nos linfonodos axilares. o Pode causar a paralisia do músculo latíssimo do dorso → pessoa não consegue levantar o tronco com os membros superiores (escalada). Lesão do nervo dorsal da escápula: Afeta as ações dos músculos romboide e levantador da escápula. Lesão do nervo axilar: Pode ser lesionado por uma fratura no colo cirúrgico do úmero, pela luxação anterior do ombro e pela compressão pelo uso errado de muletas. o Pode ocorrer atrofia dos músculos deltoide e redondo menor – dificuldade em abduzir o membro. o Perda da sensibilidade na face lateral da parte proximal do braço. Fratura-luxação da epífise proximal do úmero: Ocasionada por um golpe direto ou lesão indireta do ombro. MANGUITO ROTADOR o Supra-espinhoso – inicia abdução (15º): nervo supra-escapular; o Infra-espinhoso – rotação lateral: nervo supra- escapular; o Redondo menor – rotação lateral: nervo axilar; o Subescapular – rotação medial: nervo subescapular. Movimentos do ombro: o Subescapular → rotação interna; o Infra-espinhal + redondo menor → rotação externa; o Supra-espinhal+ deltoide → abdução. SÍNDROME DO MANGUITO ROTADOR Compressão do tendão supra-espinhoso contra o acrômio anterior e arco córaco-acromial – comprime músculos do manguito. Testes: Impacto de Neer: Membro superior é elevado de forma passiva, rodado para a região medial – esmagamento do tubérculo contra a borda anteroinferior. Dor indica teste positivo. Teste de Jobe: Ombro é abduzido a 90º com rotação neutra – após, rodado medialmente e angulado a 30º para frente. Positivo quando há dor no spra- espinhoso. Teste de Gerber: Dorso da mão colocado contra a parte média da coluna lombar – distanciar das costas. A incapacidade de realizar o movimento indica lesão no subescapular. Teste do infra-espinal: Cotovelo a 90º e úmero rodado medialmente a 45º - força de rotação medial, contra a qual se opõe uma força de rotação externa. Positivo quando há dor ou incapacidade de resistir. • Úmero, músculos tríceps braquial (cabeça longa - borda lateral) e redondo maior (borda inferior). • Conteúdo: Nervo radial e artéria braquial profunda. 1. Trígono Úmero-triciptal • Músculos redondo menor (borda inferior), redondo maior (borda superior) e tríceps braquial (cabeça longa - borda medial). • Conteúdo: Artéria circunflexa da escápula. 2. Trígono Omo-triciptal • Úmero, músculos redondo maior (borda superior), redondo menor (borda superior) e tríceps braquial (cabeça longa - borda lateral). • Conteúdo: Artéria circunflexa do úmero. 3. Quadrilátero Úmero-triciptal AXILA ARTÉRIA AXILAR Lesão aterosclerótica: Ocorre devido a estenose (estreitamento) da artéria axilar que resulta na diminuição do fluxo sanguíneo. Lenta oclusão: Ocorre em decorrência de alguma doença ou traumatismo e costuma permitir o desenvolvimento de circulação colateral suficiente → evitando isquemia. Oclusão súbita: Não dá tempo de desenvolver a circulação colateral → consequentemente a vascularização para o braço, antebraço e mão é inadequada. Ligamento cirúrgico da artéria axilar: É a interrupção da vascularização para o braço porque a circulação colateral é inadequada – ocorre entre as origens da artéria subescapular e braquial profunda. Compressão da artéria axilar: As vezes é necessário comprimir a terceira parte da artéria contra o úmero em caso de grande hemorragia resultante da ferida por arma branca ou projétil de arma. Aneurisma da Artéria Axilar: Artéria dilata-se e comprime os troncos do plexo braquial causando dor e perda de sensibilidade nos locais que os nervos forem afetados. Causas: Movimentos rápidos e forçados com o braço. Lesões da veia axilar: ocorre devido a feridas na axila. Pode ser muito perigosa → pode causar hemorragias, e o risco da entrada de ar e surgimento de êmbolos gasosos (bolhas de ar) no sangue. LESÕES DO PLEXO BRAQUIAL Afetam os movimentos e a sensibilidade cutânea do membro superior. ⎼ Ocasionam paralisia e anestesia. Causas: Doença, estiramento e feridas na região cervical lateral. o Lesão da parte superior (C5 e C6): aumento do ângulo entre o pescoço e o ombro. o O braço fica ao lado do corpo em rotação medial. o Espasmos musculares e incapacidade de carregar mochilas (paralisia do mochileiro). o “Posição da mão de garçom”. Bloqueio do plexo braquial: procedimento anestésico que injeta uma solução na bainha axilar ou ao seu redor, interrompendo a condução de impulsos nervosos dos nervos periféricos provocando anestesia das estruturas supridas pelo ramo do plexo. BRAÇO DEFORMIDADE DE POPEYE Ruptura do tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial – ocorre devido a flexão forçada do braço contra resistência excessiva e movimentos repetitivos acima da cabeça, desgastando um tendão que fica inflamado e que se movimenta no sulco intertubercular do úmero. Lesão do nervo na fratura do corpo (diáfise) do úmero: Pode lesar o nervo radial no sulco radial do corpo do úmero. ⎼ As ações dos m. braquial e tríceps braquial tendem a encurtar o membro e qualquer um dos nervos ou ramos dos vasos branquiais que se relacionam com o úmero pode ser lesado por um fragmento ósseo deslocado. Lesão do nervo musculocutâneo: É causada normalmente por uma faca – resulta em paralisia dos músculos coracobraquial, bíceps braquial e braquial. o Enfraquecimento da flexão da articulação do cotovelo e da supinação do antebraço. o Perda de sensibilidade na face lateral do antebraço que é suprida pelo nervo cutâneo lateral do antebraço. ANTEBRAÇO, PUNHO E MÃO Epicondilite lateral: causada pela flexão e a extensão forçadas repetidas do punho que sobrecarregam a inserção do tendão comum dos m. extensores causando inflamação do periósteo do epicôndilo lateral. Dedo em martelo ou dedo do jogador de beisebol: resulta da flexão extrema forçada e súbita da articulação interfalângica distal (hiperflexão), causando avulsão da inserção do tendão na base da falange distal, fazendo com que a pessoa não consiga estender a articulação. ⎼ A deformidade parece um “martelo”. ⎼ Hiperflexão das falanges. ⎼ Não é possível estender a articulação interfalângica distal. LESÃO DO NERVO MEDIANO Secção do nervo mediano no cotovelo: Perda de flexão das articulações interfalangianas proximais e distais dos segundo e terceiro dedos. Secção no punho: Lesão imediatamente proximal ao retináculo dos músculos flexores (paralisia dos músculos tenares e dos primeiros lumbricais) + perda da sensibilidade no polegar, dedo indicador e médio e metade do dedo anular. ⎼ Mão do pregador: quando tenta-se fechar o punho, os 2º e 3º dedos permanecem estendidos. ⎼ Mão em pinça: ausência de flexão da articulação interfalângica do polegar e distal do indicador. SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO Qualquer patologia que reduza significativamente o tamanho do túnel do carpo ou aumente o tamanho das nove estruturas que o atravessam – o nervo mediano é a estrutura mais sensível. Compressão do nervo mediano no retináculo dos flexores da mão. Quadro clínico: - Parestesias ou hipoestesia nos três dedos e meio laterais; - Deficit motor do polegar, devido à fraqueza do ACP e do músculo oponente do polegar. Teste de Phalen: Permanecer com o dorso das mãos encostados. Teste de Tinel: Pressionar o nervo mediano na região do túnel do carpo – formigamento ou dor na ponta dos dedos. SÍNDROME DO INTERÓSSEO ANTERIOR - Poupa os músculos tenares; - Deficit dos músculos flexor profundo dos dedos e flexor longo do polegar; - Se tentar opor o polegar e o indicador para formar um círculo, a posição criada é a de pinça; - Deficit de flexão da articulação interfalângica do polegar e da articulação interfalângica distal do indicador. SÍNDROME DO PRONADOR - Compressão do nervo mediano perto do cotovelo, entre as cabeças do músculo pronador redondo em razão de traumatismo, hipertrofia muscular ou faixas fibrosas. Quadro clínico: - Dor espontânea e dor à palpação na parte proximal da face anterior do antebraço; - Hipoestesia das faces palmares dos três primeiros dedos e da metade radial do dedo anular, além da palma adjacente. LESÕES DO NERVO ULNAR Topografias prováveis: - Posteriormente ao epicôndilo medial do úmero – causa parestesia da parte mediana do dorso da mão; - Túnel cubital formado pelo arco tendíneo, que une as cabeças umeral e ulnar do músculo flexor ulnar do carpo – causa hipoestesia e parestesia na parte medial da palma da mão, no dedo mínimo e na metade medial do dedo anular. - Punho; - Mão. Síndrome do túnel ulnar (loja de Guyon): Compressão do nervo ulnar no punho, onde ele passa entre o osso pisiforme e o hâmulo do osso hamato – hipoestesia do dedo mínimo e metade do dedo anular + fraqueza dos músculos intrínsecos da mão = deformidade em garra dos dedos anular e mínimo. SÍNDROME DO NERVO RADIAL Ocorre predominantemente por fratura do corpo do úmero. Proximalaos ramos motores do nervo radial (comum) para os músculos extensores longos e curtos do punho – deficit da extensão da mão (queda do punho). Lesão do ramo profundo do nervo radial na face posterior do antebraço – deficit de extensão do polegar e das articulações metacarpofalângicas dos outros dedos. Neuropatia do guidão: Ocorre devido ao pressionamento dos hâmulos dos ossos hamato, que comprimem os nervos ulnares causando perda sensitiva na face medial da mão e fraqueza dos músculos intrínsecos da mão. Polegar de esquiador: ruptura crônica do ligamento colateral da 1ª articulação. ⎼ Hiperabdução da articulação do polegar. ⎼ Fratura por avulsão da cabeça do osso metacarpal. Medidas de frequência de pulso: O pulso radial pode ser palpado por meio de leve compressão da tabaqueira anatômica – é visível durante a extensão total do polegar. A artéria radial situa-se no assoalho da tapaqueira, e os ossos escafoide e trapézio podem ser palpados junto a ela. ANDAR SUPRAMESOCÓLICO ESTÔMAGO E ESÔFAGO Componentes: Porção distal do esôfago, estômago, baço, fígado, ligamento falciforme, omento menor e maior parte do omento maior. VARIZES ESOFÁGICAS As veias submucosas da parte inferior do esôfago drenam para os sistemas venosos porta e sistêmico – quando há hipertensão porta, o sangue não consegue atravessar o fígado através da veia porta, causando inversão do fluxo na tributária esofágica, formando varizes devido ao grande volume. Frequente em cirróticos. Pirose: Azia – regurgitação de pequena quantidade de alimento e líquido gástrico para a parte inferior do esôfago, causando dor e desconforto. Hérnia de hiato: Protrusão de uma parte do estomago para o mediastino através do hiato esofágico do diafragma. DOR VISCERAL REFERIDA Dor irradiada até o nível do dermátomo, que recebe fibras aferentes viscerais do órgão relacionado – dor referida visceral de úlcera gástrica é referida na região epigástrica, porque o estomago é suprido por fibras aferentrs de dor que chegam aos gânglios sensitivos dos nervos espinais T7 e T8 e a segmentos da medula espinal via nervo esplâncnico maior. BAÇO E PÂNCREAS RUPTURA DO BAÇO É o órgão abdominal lesado com maior frequência, embora esteja bem protegido pelas costelas IX a XII – ruptura da fina cápsula fibrosa e do peritônio sobrejacente, rompendo a polpa macia = sangramento e choque. Esplenomegalia: Ocorre em algumas formas de anemias hemolíticas ou granulocíticas – destruição maior que o normal de hemácias e leucócitos. OBSTRUÇÃO DA AMPOLA HEPATOPANCREÁTICA Como o ducto pancreático se une ao ducto colédoco para formar a ampola, um cálculo biliar pode alojar-se na extremidade distal. Nesse caso, há obstrução dos sistemas de ductos pancreático e colédoco, e não há entrada de bile = pancreatite por refluxo. RELAÇÕES DO PÂNCREAS Anterior: Estômago e bolsa omental. Posteriores: o Cabeça: veia cava inferior, vasos renais direita e gonadais direita e rim direita; o Colo: veia mesentérica superior e porta; o Corpo: L2, aorta, glândula suprarrenal e, rim e vasos renais e vasos esplênicos; o Cauda: “entre” as camadas do ligamento esplenorrenal rim, hilo esplênico e flexura cólica esquerda. FÍGADO, DUCTOS BILIARES E VESÍCULA Recessos subfrênicos: são separados em recessos direito e esquerdo pelo ligamento falciforme, que se estende entre o fígado e a parede anterior do abdome. Recesso sub-hepático: parte do compartimento supracólico da cavidade peritoneal imediatamente inferior ao fígado. Recesso hepatorrenal (bolsa de Morison): é a extensão posterossuperior do recesso sub-hepático, situada entre a parte direita da face visceral do fígado e o rim e a glândula suprarrenal direitos. o É uma parte da cavidade peritoneal dependente da gravidade em decúbito dorsal; o líquido que drena da bolsa omental flui para esse recesso. o Além disso, comunica-se anteriormente com o recesso subfrênico direito. o Normalmente todos os recessos da cavidade peritoneal são apenas espaços virtuais, contendo apenas líquido peritoneal suficiente para lubrificar as membranas peritoneais adjacentes. ABCESSOS SUBFRÊNICOS Os recessos subfrênicos são contínuos com o recesso hepatorrenal – são mais comuns no lado direito devido à frequência de ruptura do apêndice, com consequente acúmulo de pus. Costuma ser drenado por uma incisão inferior – leito da costela XII. CIRROSE HEPÁTICA O fígado é o primeiro local de desintoxicação das substâncias absorvidas pelo sistema digestório – vulnerável à lesão celular e consequente fibrose, com nódulos regenerativos. Na cirrose, ocorre destruição progressiva dos hepatócitos, que são substituídos por gordura e tecido fibroso. Cirrose alcoólica: Causa mais comum de hipertensão porta – hepatomegalia e aparência nodular da superfície do fígado. HIPERTENSÃO PORTA – cabeça de medusa O sangramento de varizes esofágicas na extremidade distal do esôfago, por obstrução portal, pode causar varizes nas veias da parede anterior do abdome (tributárias da cava), que se anastomosam com as umbilicais (tributárias da porta). CÁLCULOS BILIARES Concreção da vesícula viliar, ducto cístico ou outro ducto biliar, formada principalmente por cristais de colesterol – colelitíase. A extremidade distal da ampola hepatopancreática é a parte mais estreita das vias, sendo o principal local de impactação dos cálculos. COLECISTECTOMIA Cirurgia de retirada da vesícula biliar – laparoscópica na maioria das vezes. Trígono de Calot: ⎼ Ducto cístico – lateral; ⎼ Ducto hepático comum – medial; ⎼ Artéria cística – conteúdo. OBS.: No triângulo de Calot, região anatômica em que o risco de iatrogenia é elevado, deve haver hemostasia local de maneira cuidadosa e responsável; realização de três ligaduras com fio não-absorvível, da artéria cística, seguido de sua secção entre a ligadura distal e as duas proximais. ANDAR INFRAMESOCÓLICO INTESTINOS DELGADO DUODENO Limites: o 1ª segmento do ID; o 25 cm; o Mais fixa; o Piloro (D) até a flexura duodenojejunal (E) (ângulo de Treitz); o Forma de “C” o 4 partes: - 1ª superior; - 2ª descendente; - 3ª horizontal; - 4ª ascendente. o Músculo suspensor do duodeno (de treitz); o Pregas circulares: aumentam superfície de absorção; o M. Esquelético diafragmático + m. liso duodeno; - Alarga o ângulo da flexura; - Facilita movimento conteúdo intestinal o Posterior ao pâncreas e veia esplênica. PARTICULARIDADES 1ª Parte: SUPERIOR ▪ Ampola ou bulbo - (2cm); ▪ Meso e móvel; ▪ Mucosa Lisa. 2ª, 3ª, 4ª: ▪ Sem meso e imóveis; ▪ Retroperitoneais; ▪ Mucosa pregueada. 2ª porção: ▪ Papila maior; ▪ Papila menor. DIVISÃO DO DUODENO Parte SUPERIOR: Contém a ampola duodenal. - A ampola, que é uma parte da primeira porção que não possui pregas circulares na parte interna, e a transição de intraperitoneal para retroperitoneal, fazendo com que essa porção seja móvel, diferente do resto do duodeno, além disso, o ligamento hepatoduodenal se liga na primeira porção e, junto com o ligamento hepatogástrico, forma o omento menor, e à direita (na posição anatômica) do omento menor, existe o forame omental. Parte DESCENDENTE: - Papila MAIOR: + inferior; entrada para os ducto colédoco e ducto pancreático principal. - Papila MENOR: + superior; entrada para ducto pancreático acessório. Parte HORIZONTAL: É a secção + longa; cruza veia cava inferior e aorta abdominal; cruzada anteriormente pela artéria e veia mesentéricas superiores. - A importância da terceira parte é que ela pode ser pinçada na pinça aorto mesentérica (junto com a veia renal esquerda e o processo uncinado da cabeça do pâncreas). Pinça AORTO MESENTÉRICA: 3ª porção do duodeno, veia renal esquerda e processo uncinado da cabeça do pâncreas. Parte ASCENDENTE: A 4ª porção termina na flexura duodenojejunal(ou ângulo de Treitz) que é a transição de duodeno para jejuno e também a transição de retroperitoneal para intraperitoneal, a flexura é sustentada pelo músculo suspensor do duodeno que é uma “continuação” do pilar direito do diafragma. RELAÇÕES DO DUODENO (anterior) ▪ 1ª porção: Fígado e vesícula biliar, ligamento Hepatoduodenal (superior) e omento maior (inferior); ▪ 2ª porção: À direita da VCI, fígado e vesícula biliar, cólon transverso (mesocólon) e intestino delgado; ▪ 3ª porção: Vasos mesentéricos superiores e raiz do mesentério; ▪ 4ª porção: início da raiz do mesentério e alças jejunais. RELAÇÕES DO DUODENO (posterior) ▪ 1ª porção: ducto colédoco, veia porta, pâncreas ▪ 2ª porção: vasos renais e rim direito ▪ 3ª porção: psoas maior à direita, veia cava inferior, aorta e psoas maior ▪ 4ª porção: psoas maior à esquerda e aorta ▪ Pinça aorto-mesentérica: - 3ª Porção duodeno; - Pâncreas (processo uncinado); - Veia renal esquerda. SÍNDROME DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR o A prevalência na população geral varia de 0.013% a 0.78%; o O ângulo aórtico-mesentérico varia de 20 a 70º; o Na SAMS está entre 6 a 15º e a distância aórtica mesentérica é menor 8 mm, sendo o valor normal de 10-28 mm.3. Úlceras Duodenais: erosões inflamatórias da túnica mucosa duodenal Erosão da artéria gastroduodenal → hemorragia grave para a cavidade peritoneal e subsequente peritonite. JEJUNO E ÍLEO Isquemia Mesentérica/do intestino: interrupção do fluxo sanguíneo intestinal secundário a embolia, trombose ou estado de baixo fluxo. Causa liberação de mediadores, inflamação e, por fim, infarto. o A dor abdominal é desproporcional aos achados no exame físico; o Grave → necrose do segmento acometido e desenvolvimento de íleo paralítico; o Desobstruir cirurgicamente. Divertículo ileal (de Meckel): anomalia congênita – verdadeiro. INTESTINO GROSSO O intestino grosso pode ser distinguido do intestino delgado por: o Apêndices omentais do colo: projeções pequenas, adiposas, semelhantes ao omento o Tenias: mesocólica, omental e livre – se fundem na junção reto-sigmoide o Haustrações o Saculações: saculações da parede do colo entre as tênias o Calibre (diâmetro interno) muito maior. JEJUNO + calibroso + espesso + vermelho vasos retos e longos + pregas circulares poucos linfonodos ÍLEO - calibroso + fino + pálido + arcos circulares - pregas muitos linfonodos APENDICITE Inflamação aguda do apêndice – abdome agudo, com dor abdominal. Compressão digital no ponto de McBurney provoca dor abdominal máxima. Inicialmente, causa dor vaga na região periumbilical, porque as fibras álgicas aferentes entram na medula espinal no nível de TX. Mais tarde, ocorre dor intensa no quadrante inferior direito. Colite: Inflamação crônica do cólon – ulcerativa (doença de Crohn). Colectomia: Remoção da parte terminal do íleo, cólon, reto e canal anal. Ileostomia: Cirurgia para estabelecer abertura entre o íleo e a pele da parede anterolateral do abdome – a extremidade é exteriorizada e suturada à periferia de uma abertura para permitir a saída de seu conteúdo. Colostomia: Após colectomia parcial – para criar uma abertura cutânea artificial para a parte terminal do cólon. Colonoscopia: Procedimento para observar e fotografar o interior do cólon, através de um endoscópio de fibra óptica longo e flexível. Diverticulose: Evaginações externas da mucosa do cólon ao longo do intestino – protrusões em pontos fracos, que surgem entre as fibras musculares. Volvo do cólon sigmoide: Rotação e torção da alça móvel do cólon sigmoide e do mesocólon – obstrução do lúmen do cólon descendente e de qualquer parte proximal do segmento torcido, resultando em isquemia. RINS, URETERES E ADRENAIS SINTOPIA DO RIM - Pedículo o De anterior para posterior: veia renal, artéria renal e pelve. o De cranial para caudal: artéria renal, veia renal e pelve RELAÇÕES POSTERIORES DOS RINS o M. Latíssimo do dorso o M. serrátil anterior o Músculo quadrado do lombo o Músculo psoas maior o Músculo transverso o 12ª costela o Nervo ílio-hipogástrico (cruza sobre a pelve renal) o Nervo ílio-inguinal (cruza sobre a pelve renal) RELAÇÕES ANTERIORES DOS RINS o Glândula suprarrenal o Fígado o Duodeno o Cólon o Intestino delgado o Estômago o Baço. IRRIGAÇÃO ARTERIAL Artéria renal direita e esquerda (ramos diretos da aorta abdominal) = ramo anterior e ramo posterior o Artéria renal direita é mais longa e fica posterior à veia cava inferior. o Artérias renais segmentares (anterior e posterior). DRENAGEM VENOSA Veia renal direita e esquerda o Veia renal esquerda: drena para veia cava inferior; é mais longa; pinça aorta-mesentérica o Veia supra-renal direita e esquerda o Veias gonadais direita e esquerda (testicular e ovárica) ▫ V. gonadais direitas drenam diretamente para a veia cava inferior. GLÂNDULAS SUPRARRENAIS CÓRTEX SUPRARRENAL: é derivado do mesoderma e secreta corticosteróides e androgênios. Esses hormônios causam a retenção renal de sódio e água em resposta ao estresse, aumentando o volume sanguíneo e a pressão arterial. Também afetam músculos e órgãos como o coração e os pulmões. MEDULA SUPRARRENAL: é uma massa de tecido nervoso permeada por capilares e sinusoides derivados das células da crista neural associadas à parte simpática do sistema nervoso. Suas células secretam catecolaminas (principalmente epinefrina) para a corrente sanguínea. Os hormônios medulares epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina) ativam o corpo para uma resposta de fuga ou luta ao estresse traumático. Também aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial, dilatam os bronquíolos e modificam os padrões de fluxo sanguíneo. Vascularização arterial: - SR superiores: artérias frênicas inferiores - SR médias: ramos da aorta - SR inferiores: ramos das renais Drenagem venosa: - SRD: direto pra VCI - SRE: direto pra renal esquerda BEXIGA RELAÇÕES: ▪ Superior: intestino delgado e sigmoide ▪ Anterior: púbis; espaço retropúbico ▪ Ínfero-laterais: ⎼ Espaço paravesical e plexo venoso ⎼ M. obturador interno ⎼ M. levantador do ânus ⎼ M. esfíncter externo da uretra ▪ Posterior: FEMININO: rede súpero-anterior da vagina; corpo; ápice; parede anterior da vagina; espaço retropúbico (retzius). MASCULINO: septo retovesical; vesículas seminais; ampola do ducto deferente; reto. escavação retovesical. URETERES RELAÇÕES ▪ Ureter Direito: ⎼ 2° porção do duodeno (posterior) ⎼ Vasos gonadais (cruzam) ⎼ Vasos cólicos direito (posterior) ▪ Ureter Esquerdo: ⎼ Vasos gonadais (cruzam) ⎼ Ramos mesentérica inferior ⎼ Artérias sigmoideas ⎼ Raiz do mesocólon do sigmoide Constrições normais dos ureteres (locais onde as pedras podem impactar): 1. Junção ureteropélvica 2. Entrada pélvica (cruzamento dos ilíacos) 3. Entrada da bexiga urinária (na parede) Síndrome de compressão da veia renal: "síndrome de quebra-nozes” – Ocorre quando há a compressão da veia renal esquerda entre a artéria mesentérica superior e a aorta. Este pinçamento diminui o retorno venoso do rim esquerdo, levando a uma sobrecarga e consequente hipertensão venosa da veia renal esquerda e de seus ramos. Um dos principais ramos da veia renal esquerda é a veia gonadal esquerda, a qual drena as gônadas localizadas na pelve. Com a dificuldade de passagem do sangue em direção à veia cava, esses ramos se dilatam e o rim fica congesto. A dilatação da veia gonadal esquerda pode levar às varizes pélvicas nas mulheres e à varicocele nos homens. Cálculos renais e ureterais: formados por sais de ácidos inorgânicos ou orgânicos ou de outros materiais Cálculo uretral: causará forte dor intermitente (cólica ureteral) quando for empurrado gradualmente no ureter por ondas de contração. OBS.: Podem causarobstrução completa ou intermitente do fluxo urinário – dor referida.
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