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Pele e Queimaduras Pele: cútis ou tegumento; representa 15% do peso corpóreo; protege contra agentes nocivos físicos, químicos e biológicos. Topografia da pele: diversas camadas de queratinócitos, dividida em epiderme e derme. Abaixo da derme, há gordura (tecido subcutâneo), fáscia muscular e músculo. Epiderme: dividida em 5 camadas; a mais basal é onde os queratinócitos são produzidos, e então migram para onde precisa de reparação. Estrato Córneo Estrato Lúcido Estrato Granular Estrato Espinhoso Estrato Basal Derme: tecido conjuntivo com muita elasticidade; tecido nervoso; anexos da pele: pelos (folículos pilosos) e glândulas sebáceas. É onde tem os vasos e a parte do sistema nervoso responsável pelo arco reflexo. Pele Pilosa: que tem pelos Pele Glabra: palmar, plantar, grandes lábios Tecido Subcutâneo: panículo adiposo; separa a pele da fáscia muscular pela fáscia profunda; reversa energética. Funções: proteção do corpo (lesões, perda de líquido, microrganismo); função imunológica (células de Langerhans), sensibilidade, regulação de calor e síntese e armazenamento de vitamina D; Há substituição da pele a cada 28 dias; pode ter de 1- 4mm de espessura; Vascularização: Responsável por nutrição, controle de temperatura e regulação da pressão sanguínea; estão na derme; há um plexo profundo no nível dermohipodérmico e um plexo superficial na camada subpapilar. Temos glomos – estruturas que fazem comunicação entre arteríolas e vênulas, para “economizar” a temperatura e o calor do corpo na termorregulação. Ex: pontas dos dedos, orelhas e centro da face. Terminações Nervosas: tem os seguintes receptores: Corpúsculos de Pacini: sensibilidade tátil, pressão Corpúsculos de Miessner: sensibilidade tátil Corpúsculos de Krause: receptores de frio Corpúsculos de Merkel: tato Linhas de Clivagem/ de Langer: as incisões devem seguir as linhas; quando a incisão é transversal às linhas de clivagem, é mais provável que abra; a incisão paralela tem menos tendência de abrir e um menor tempo de regeneração. Queimaduras: ¾ dos casos são em casa; geralmente acidentais e em crianças/idosos. 1° grau: epiderme; lesão seca e avermelhada, tratamento: analgesia e hidratação; 2° grau: derme; forma bolhas ou drena fluido intersticial (proteínas); responde à pressão; muito dolorosa; recuperação por re-epitelização e muita hidratação local 3° grau: tecido subcutâneo; menos dolorosa e mais seca; epitelização prejudicada; formação de cicatrizes 4° grau: músculos, tendões e ossos; necessita retalhos ou amputações. Queimaduras elétricas Perda de Água: a pele perde, diariamente, 300-400ml de água/dia; a perda é minimizada pela camada córnea; em queimaduras → perda de 3-5 L de água/dia → choque hipovolêmico (incapacidade de oxigenar os tecidos) Cicatrização: os queratinócitos basais migram para o topo e para onde necessita cicatrização da lesão cutânea, ao longo de dias ou semanas. Protocolo de atendimento ao grande queimado: vias aéreas livres, respiração estabelecida e circulação normal. Devido à perda da barreira natural da pele, a perda de líquido intersticial é importante e deve ser tratada agressivamente – hidratação por soro Fórmula de Parkland: estimar a quantidade de fluido necessário em mililitros para alcançar a estabilização hemodinâmica dos pacientes que sofreram queimaduras no período de 24 horas. A primeira dose do fluido é administrada dentro de 8 horas, contando a partir da ocorrência do incidente. O restante, portanto, é administrado nas próximas 16 horas. Fórmula de Brooke Fórmula de Wallace: regra dos 9; para crianças é outra proporção Cabeça – 9%; Braço – 9%; Tronco – 36% Perna – 18%; Genitália – 1% Arco Reflexo: forma de comunicação entre neurônio sensitivo e motor inconsciente. No H medular: 2 estímulos: 1 pro motor (estimulação muscular) e 1 para o cérebro (dor) – arco reflexo composto Enxertos e Retalhos Enxerto: é um segmento de epiderme e variada profundidade de derma desatacado de sua vascularização original e implantado em uma nova área com nova vascularização; só epiderme e derme; Pode ser total ou parcial Enxertos compostos: contém outro tecido Autoenxerto (na mesma pessoa), homoenxerto (ser humano → ser humano), isoenxerto (gêmeos) e xenoenxerto (outro animal → ser humano) A área receptora precisa ser vascularizada, limpa e sem infecção. A vascularização acontece em torno de 5 dias após o enxerto. Mais utilizado para tratamento de queimaduras Retalho: qualquer tecido usado para reconstrução ou fechamento de ferida que contém toda ou parte de sua vascularização original depois de ser movido para uma nova área; mantém a vascularização https://pt.wikipedia.org/wiki/Mililitro Órgãos Linfoides Baço: órgão abdominal; peritoneal; está localizado no quadrante superior esquerdo, infradiafragmático; 9-11° costelas; Os vasos entram e saem do baço pelo hilo esplênico; a artéria esplênica é originária do tronco celíaco (ramo da aorta abdominal); atrás do pâncreas, temos a veia esplênica. É bom lembrar que a artéria é tortuosa, enquanto a veia não é; a veia esplênica também contribui para a formação da veia porta do fígado. 2 faces/superfícies: uma visceral e uma diafragmática. 3 impressões: cólica, gástrica e renal. Ligamentos: gastroesplênico (contendo os vasos gástricos curtos) e esplenorenal (com o rim esquerdo); Função: tem 2, uma na polpa branca e uma na polpa vermelha; Polpa Branca: filtragem do sangue; células B e células T (bainhas linfoides periarteriolares) Polpa Vermelha: acumular glóbulos vermelhos; retirada de hemácias antigas ou defeituosas – hemocatarese Zona Marginal: macrófagos, células B especializadas e células apresentadoras de antígenos; Relações Anatômicas: cauda do pâncreas; cólon transverso; flexura esplênica; estômago; rim esquerdo. Timo: órgão linfoide primário localizado no mediastino anterossuperior, atrás do esterno; é um local de amadurecimento dos linfócitos T. Tem um volume maior na infância e, após os anos, o volume diminui. É dividido em córtex e medula, tendo os corpúsculos de Hassal. Histologia do Timo Sistema Linfático: como uma 3° via de drenagem de fluidos corporais; segue por todo o corpo juntamente às veias; A linfa é como o sangue, mas sem os elementos figurados; líquido claro, muitas vezes leitoso. Tem como função carregar patógenos para os nódulos linfoides, organizados em cadeias, por todo o sistema linfático. Linfonodos → fazem a filtragem da linfa; tem grande quantidade de linfócitos e macrófagos, para fazerem apresentação de antígenos e gerar uma resposta imune. O ducto linfático direito drena o lado direito do corpo acima do diafragma para a união das veias subclávia e jugular interna ipsilaterais; O ducto torácico drena a área inferior ao diafragma, o hemitórax esquerdo e o MSE para a união das veias subclávia e jugular interna esquerdas. Remoção de proteínas do líquido intersticial Remoção de bactérias e sua destruição Formação de anticorpos Absorção de nutrientes provenientes do intestino Retorno do líquido intersticial para a corrente sanguínea Faringe: faz parte das vias respiratória e alimentar; é dividida em: Nasofaringe: entre a base do crânio e o palato mole; Orofaringe: do palato mole à margem superior da epiglote; Laringofaringe: da epiglote à margem inferior da cartilagem cricóide Referências Anatômicas: tora tubário (proteção para o óstio faríngeo da tuba auditiva); tonsila faríngea (adenoide); tonsilas palatinas (amídalas) Músculos do palato mole: elevador do véu palatino, tensor do véu palatino, palatoglosso, palatofaríngeo e músculo da úvula A inervação dos músculos circulares e longitudinais da faringe é feita pelo nervo vago (X), exceto pelo músculo estilofaríngeo, realizada pelo nervo glossofaríngeo(IX). A inervação sensitiva é realizada principalmente pelo IX par, auxiliada pela divisão maxilar do trigêmeo (V2) e pelo vago (X) - plexo nervoso faríngeo. A vascularização é realizada por ramos da artéria carótida externa: faríngea ascendente, facial, lingual e maxilar; a drenagem venosa é feita pelo plexo venoso faríngeo, terminando na veia jugular interna. 4 músculos principais da faringe: constritores superior, médio e inferior + estilofaríngeo Tonsilas: Anel de Waldeyer: anel de tecido linfoide na naso e orofaringe, formado pelas tonsilas palatinas, tonsila faríngea e tonsila lingual. Cresce durante toda a infância Pico de crescimento após os 2 a 3 anos de idade, e depois até os 11 anos de idade Ao se iniciar produção de hormônios na adolescência, ocorre regressão espontânea do anel linfático Tonsila Faríngea Orelha: 3 segmentos: externa, média e interna; a membrana timpânica divide a orelha externa da média. Há 3 ossículos: martelo, bigorna e estribo. Externa → captação do som pelo pavilhão auditivo e pelo meato acústico externo Duas partes: Pavilhão auricular e Meato acústico externo Funciona como uma caixa de ressonância; responsável por transferir e amplificar o som para a orelha média Contribui percepção origem do som Média → condução da energia mecânica Cavidade pneumática (cheia de ar) localizada na parte petrosa do osso temporal - cavidade timpânica Comunica-se com a nasofaringe por meio de um canal osteocartilaginoso, tuba auditiva. Martelo, bigorna e estribo Interna → vira impulso elétrico (tradução); ocorre a amplificação e a codificação da energia mecânica na cóclea Conjunto complexo de estruturas no interior do osso temporal Dois sistemas: o Cóclea, que contém os órgãos da audição o Sistema vestibular, que contém os órgãos responsáveis pelo equilíbrio Minúsculas cavidades e canalículos Parte petrosa do osso Labirinto ósseo - ductos e vesículas membranáceas (labirinto membranoso Tuba Auditiva: Conecta a orelha média com a faringe Parte óssea (1/3) - parte cartilagínea (2/3) - Parte óssea situa-se na parte petrosa do temporal; parte cartilagínea se estende até a faringe Se abre a cada deglutição A aeração provoca o equilíbrio entre a pressão atmosférica na orelha média e a pressão externa – essencial para a mobilidade normal da membrana timpânica; ausência de mobilidade leva à surdez Ossículos: martelo, bigorna e estribo. Canais Semicirculares: equilíbrio Na orelha média; há uma cavidade cheia de ar que permite a regulação de pressão por meio da tuba auditiva, que faz conexão com a faringe por meio do óstio faríngeo da tuba auditiva. Na faringite, há edema que impede o bom funcionamento da tuba. → Atentar para a tuba auditiva, ou de Eustáquio, que faz a equalização da pressão intra- auricular com o meio externo, através de óstio no aspecto posterolateral da nasofaringe. Vias Urinárias e ITU Rim: dividido em córtex e medula; sistema coletor: cálices menores, cálices maiores, pelve renal e ureter; trajeto retroperitoneal até inserir-se na bexiga. Posição – músculo psoas, músculo quadrado lombar; retroperitoneal; fáscias de Gerota (anterior) e de Zuckerkandl (posterior) – entre essas duas membranas: espaço perirrenal; espaço pararrenal anterior e espaço pararrenal posterior. Hilo renal de anterior para posterior: veia, artéria e pelve; Medula menos vascularizada do que o córtex - mais propensa a lesão isquêmica. Ureter: O ureter passa posteriormente às artérias uterinas; entra posterolateralmente à bexiga. 3 estreitamentos são os principais pontos que as pedras param: Junção ureteopiélica Cruzamento com os vasos ilíacos Junção uretrovesical Suprimento arterial ureteral: Terço superior: aa. renais; Médio: aa. gonadais, aorta e ilíacas; Inferior: ilíaca interna e vesical superior; Bexiga: é revestida por Urotélio; apresenta 4 faces: superior, inferolateral (2) e posterior. Os óstios ureterais no assoalho da bexiga são onde os ureteres se inserem na bexiga. O Trígono vesical é uma estrutura em forma de funil que desemboca no óstio interno da uretra – 2 óstios ureterais + óstio interno da uretra Crista Interuretérica: entre os dois óstios ureterais Conforme a bexiga fica mais cheia, ela vai comprimindo os ureteres – ajuda a impedir que a urina volte pelos ureteres (o caminho contrário). Peritônio reveste a face superior e parte da face posterior da bexiga, refletindo- se sobre o útero (mulher) ou reto (homem); Ligamento vesical mediado: Ajuda a manter a bexiga presa na musculatura abdominal anterior Vascularização vesical: Parte superior: artérias vesicais superiores Base: artéria do ducto deferente (no homem); artérias vesicais inferiores e artéria vaginal (na mulher) Parte inferior: artérias vesicais inferiores (no homem), artérias vesicais inferiores e artéria vaginal (na mulher) A drenagem venosa acontece para as veias ilíacas internas, enquanto a drenagem linfática para cadeias ilíacas externa e interna. Espaço retropúbico e seus limites: Anterior – Púbis e fáscia transversal Posterior – Fáscia umbilical pré-vesical Superior – Reflexão do peritônio (estende-se entre as pregas umbilicais mediais) Inferior – Ligamentos puboprostáticos (no homem) e pubovesicais (na mulher); Uretra: a feminina tem cerca de 3-4cm; esfíncter da uretra – músculo que impede o vazamento da urina; a masculina é separada em prostática, membranosa e peniana, com cerca de 16cm. Prostática: Atravessa a próstata, é a porção mais dilatada e mais distensível, possui 3cm de comprimento; crista uretral (prega longitudinal); seio prostático (ductos das glândulas prostáticas); colículo seminal (ductos ejaculatórios e utrículo prostático) Membranosa: Segmento menor e mais estreito, possui 1 cm de comprimento; conecta as uretras prostática e esponjosa; atravessa o diafragma urogenital (músculo esfíncter da uretra); ruptura da uretra (angulação, paredes pouco espessas) Esponjosa: corpo esponjoso (bulbo, corpo e glande); fossas intrabulbar e navicular; abertura das glândulas bulbouretrais (parede inferior); óstio externo da uretra Uretra feminina: Curta, cerca de 4 cm de comprimento; estende-se entre o colo da bexiga e o óstio externo da uretra; atravessa os diafragmas pélvico e urogenital; interior com pregas longitudinais (crista uretral) Incontinência Urinária – esfíncter da uretra e ligamentos suspensores da bexiga enfraquecidos, mulheres mais velhas e multíparas. Incontinência de Stress: incontinência por tossidos, espirros, etc. Espaço Retropúbico: ligamentos pubovesical (mulheres) e puboprostático (homens). Importância cirúrgica para cirurgias de próstata, pois permite um acesso fácil. Cistite: as infecções de vias urinárias causam dor suprapúbica, hematúria, polaciúria (múltiplas vezes ao banheiro) e tenesmo urinário (vontade emergencial de urinar); E. coli é o patógeno mais frequente Pielonefrite: a febre é um alerta para pielonefrite aguda; atenção para gestantes, diabéticos e portadores de comorbidades; tem potencial para causar sepse, choque séptico e óbito. O exame diagnóstico é cultura de urina; exames de imagem são recomendados no momento inicial em paciente com sepse, litíase urinária, pH urinário > 7 e alteração da função renal. Pielonefrite Aguda bacteriana bilateral, com clássico aspecto de nefrograma estriado Pielonefrite aguda bacteriana no rim direito Anatomia de Membros Superiores Articulações: Fibrosa (sinartrose); incluem suturas, sindesmoses e gonfoses; Cartilagem (anfiartrose); sínfise púbica Sinoviais (diartroses) tem como componentes a cápsula articular, cartilagem e cavidade sinovial; lubrifica a articulação; permitem a maior mobilidade Ombro e Braço: Escápula o Faces anterior, lateral e posterior o Corpoo Região posterior: espinha da escápula; termina no acrômio da escápula. O acrômio liga-se na clavícula Processo ou cavidade ou fossa glenoide – há a articulação com o úmero o Tubérculo supra glenoidal Processo coracoide – projeção anterior Cápsula articular em volta da glenoide Labrum glenoidal – ajuda a dar estabilidade Ligamentos coracoclaviculares e coracoacromial; Ligamento Acromioclavicular Ligamentos glenoumerais (inferior, médio e superior); Bursas: amortecem o impacto entre alguns ossos Plexo nervoso: plexo braquial Tuberosidades menor e maior do úmero; sulco bicipital – entre as duas tuberosidades, há uma das inserções do bíceps Músculo subescapular (anteriormente) Músculo supraespinhal Músculos do manguito rotador: o Músculo infraespinhal (posteriormente) o Músculo redondo menor (inserido na cabeça umeral e na articulação glenoumeral) Cotovelo e Antebraço Rádio, Ulna e Úmero Úmero → epicôndilo medial e lateral Capítulo do úmero + rádio – articulação rádiocapitular Tróclea do úmero + ulna – articulação ulnotroclear Articulação radioulnar Processo coronoide e olecrano da ulna o Olécrano: é o cotovelo Fossa coronoide e fossa olecriniana do úmero Cápsula articular Ligamento colateral radial – epicôndilo lateral pro rádio Ligamento colateral ulnar – epicôndilo medial pra ulna Ligamento anular Mãos e Punhos Rádio distal Ulna distal Punho = carpo; ossos carpais o Escafoide o Semilunar o Piramidal o Pisiforme o Trapézio o Trapezoide o Capitato o Hamato – gancho do Hamato Dorso da mão = metacarpos I, II, III, IV e V Dedos = falanges proximais, médias e distais Articulação radiocarpal Articulação carpometacarpal Articulação trapeziometacarpal (base do polegar) Articulações metacarpofalangeanas Articulações interfalangeanas Pontos Principais A articulação glenoumeral possui a maior amplitude de movimentos do corpo humano. Essa mobilidade provê o membro superior com movimentos de adução, abdução, flexão, extensão, rotação interna, rotação externa e circunvolução. Além disso, a escápula possui os movimentos de protração, retração, elevação e depressão. Principais ligamentos extra-articulares do ombro - coracoclaviculares e coracoacromial Lembrar dos ligamentos glenoumerais superior, médio e inferior que reforçam a cápsula articular anteriormente e possuem papel na estabilização da cabeça umeral em diferentes graus de abdução e rotação do ombro. Bursas: pequenas bolsas com revestimento sinovial que protegem estruturas musculotendíneas do atrito com os ossos. A mais importante do ombro é a bursa subacromial-subdeltoidea, comumente relacionada à síndrome do impacto do ombro, gerando alteração inflamatória (bursite). Músculos responsáveis pela motricidade do ombro - atentar para os quatro que formam o chamado manguito rotador, tendo importância também na estabilidade articular: supraespinhal, infraespinhal, subescapular e redondo menor. Estruturas anatômicas principais no estudo de radiografia do ombro: margens e ângulos da escápula, espinha, acrômio, glenoide e processo coracoide. A articulação do cotovelo compreende três articulações diferentes: ulnotroclear, radiocapitelar e radioulnar proximal. Estas articulações permitem os movimentos de flexão, extensão (cotovelo), pronação e supinação (antebraço e punho). Atentar para a cápsula articular e os ligamentos colaterais radial e ulnar, e ligamento anular. Radiografias normais do cotovelo (perfil e AP) - estruturas a serem observadas: Cabeça do rádio, olécrano e processo coronoide da ulna, fossas correspondentes do úmero, tróclea, capítulo e epicôndilos umerais Os ossos do carpo possuem articulações complexas que permitem que o punho tenha os movimentos de flexão, extensão, desvio ulnar e desvio radial. Para ajudar a manter a estabilidade, existe uma complexa configuração de ligamentos. . Artrite Reumatoide Doença autoimune comum; causa dificuldades motoras, complicações sistêmicas e custos socioeconômicos. As causas não são inteiramente conhecidas. Ele causa: inflamação sinovial, produção de autoanticorpos, destruição osteocondral (ossos e cartilagens) e manifestações sistêmicas. Critérios para a classificação da artrite reumatoide: rigidez matinal; artrite de três ou mais áreas articulares; artrite das articulações das mãos; artrite simétrica; presença de nódulos reumatoides; fator reumatoide sérico positivo; alterações radiográficas. Deformidade em botoeira – destruição das articulações interfalangeanas; há deformidade dos dedos. Anquilose → quando a inflamação é tão grave e crônica que não conseguimos distinguir os 8 ossos do punho. Artrite reumatóide avançada de mãos e punhos - atentar para as erosões e anquilose do carpo, erosões de AIFs e AMCFs, com subluxação das últimas. Sistema Articular Articulações ou junturas – região anatômica que estabelece a contiguidade entre ossos ou cartilagens, possibilitando que o movimento seja direcionado nesse segmento. É um local de união entre 2 ou mais ossos. Articulações podem ou não ter movimentos. Sinartrose – articulação fixa Anfiartrose – articulação pouco móvel Diartrose – articulação móvel livremente; são sinoviais; movimentos amplos e em vários planos. Dentro das sinoviais: Sindesmoses – união por tecido conjuntivo; membranas interósseas e alguns ligamentos Sincondroses – união por cartilagem; disco intervertebral Sinostoses – união dos ossos sem tecido interposto; pelve (íleo, ísquio, púbis) Fibrosas – suturas do crânio; não possuem cartilagem entre os dois ossos; é fixa. Há tecido fibroso entre os dois ossos. Cartilaginosas – coluna vertebral; permite algum pouco movimento. Primárias – sincondrose → sinostose Secundárias – sínfise púbica, disco intervertebral Sinoviais – quadril/fêmur; móveis livremente; movimentos amplos e em vários planos Faces articulares: são recobertas por cartilagem hialina (cartilagem articular) É revestida por uma cápsula articular, onde há uma cavidade articular com um líquido sinovial que auxilia na lubrificação do osso e diminuir o atrito o Cápsula: externa (fibrose – resistência) e interna (celular – produz a sinovial) Resistente sistema de ligamentos; ajudam na estabilização Cartilagem Articular: são moldadas ao osso; predominantemente formadas por cartilagem hialina; são construídas para propiciar um movimento fácil; têm superfície lubrificada, de baixo atrito, resistente ao desgaste, a qual é ligeiramente compressível e elástica. Ela diminui ao longo da vida; a nutrição é por difusão, vasos sanguíneos de vasos medulares e do próprio líquido sinovial, pois a estrutura não tem nervos nem vasos sanguíneos. Cápsula Articular: estrutura semelhante a um manguito; circunda a cavidade articular e une os ossos articulares. Composto por duas camadas: uma fibrosa externa e uma sinovial interna; Camada externa – membrana fibrosa; normalmente é TC denso não modelado, que se fixa ao periósteo dos ossos articulantes. Camada interna – membrana sinovial composta por TC areolar com fibras elásticas que produz líquido sinovial Membrana Sinovial: secreta sinovial (líquido amarelo- pálido transparente e viscoso; tem como funções: redução do atrito para lubrificação da articulação; fornecimento de nutrientes e remoção dos resíduos metabólicos dos condrócitos, no interior da cartilagem articular. Estruturas intra-articulares Meniscos articulares: escrutaras em meia lua; encontrada no joelho; é feito de TC com fibras de cartilagem; são nutridos por vasos sanguíneos e pela sinóvia. Discos Articulares: formato circular; subdividem uma articulação em duas camadas; encontrados na ATM, na esternoclavicular e entre a ulna e o carpo; permite o movimento Lábios articulares: são revestimentosexternos esféricos sobre as margens do acetábulo e da cavidade glenoidal; são predominantemente de cartilagem fibrosa. Bolsas/Bursas sinoviais: são feitos para reduzir o atrito em articulações como no ombro, cotovelo, joelho, etc. São preenchidas com um líquido semelhante á sinóvia. Localizadas entre: a pele e o osso; o musculo e o osso; entre ossos e ligamentos. Ligamentos: feixe de tecido fibroso forte que liga os ossos, formando uma articulação Tendões: feixe fibroso que liga extremidade musculares e ossos; Movimentos Extensão Flexão Hiperextensão Abdução (abrir, afastar do plano mediano) Adução (o contrário) Circundação (glenoumeral) Elevação Abaixamento Protação Retração Inversão (mostrar o pé pro plano mediano) Eversão (afastar o pé do plano mediano) Flexão plantal Dorsiflexão Oposição (tocar os dois dedos fazendo ok) Supinação Pronação Articulações quanto à movimentação: Planas Em dobradiça Em pivô/trocoide Elipsoide Em cela Bola e soquete ou esferoide Miologia e Controle Motor Componentes neurais do controle Motor Sistema somatosensorial: tem receptores (captam a informação), nervos (transmitem a informação), SNC (recebem a informação) e músculos (efetua a ação) É um sistema que difere dos demais por ter receptores pelo corpo todo, e não concentrados em locais especializados. Além disso, ele resposte a vários estímulos, sendo eles: o Temperatura o Toque o Dor o Propriocepção (controle muscular) Músculos: fibras musculares + tecido conjuntivo; TC = Endomísio, perimísio, epimísio e tendão. Endomísio: resistência à tração do músculo; contém os ramos terminais dos axônios motores para as placas motores finais. Perimísio: reúne múltiplos feixes primários em chamados feixes secundários; podem ser vistos a olho nu Epimísio: camada de tecido conjuntivo frouxo localizada diretamente sob a fáscia muscular, estabelece a conexão com o músculo Unidade Motora: conjunto de todas as fibras musculares inervadas por uma única fibra nervosa motora (motoneurônio tipo alfa) Motoneurônio – parte anterior da medula espinhal (neurônio motor) Quanto menos unidades motoras inervadas por uma única fibra nervosa, mais fino e delicado é o movimento. Placa motora: sinapse neuromuscular; a bainha de mielina acaba e há transmissão Propriocepção e Receptores: conjunto de informações aferentes que se originam das articulações, músculos, tendões e outros tecidos projetados pro SNC. Influencia respostas reflexas e o controle motor voluntário. Arco reflexo-motor: A substância cinzenta da medula espinal também atua na coordenação local da atividade muscular no nível da medula espinal, sem que a consciência seja ativada. É essencial para a manutenção do tônus muscular e na postura ereta. Medula Espinal: substância cinzenta: colunas; substância branca: funículos (tratos). Vias Sensoriais: levam impulsos da medula para níveis superiores do SNC. Vias Motoras: levam impulsos do SNC (comandos motores) até os músculos ou outros regiões do SNC. Na medula espinhal, tem a região das pirâmides: Vias piramidais: 75% cruza para o lado oposto; 25% continua pela mesmo lado Vias extrapiramidais: não passam pelas pirâmides. Neurônio Motor Superior: Localizados no córtex motor. Seus axônios se agregam para formar o trato corticospinal Os axônios se estendem juntos através da substância branca do encéfalo até a medula espinal. A maioria dos axônios cruza para o lado oposto, no nível da região inferior do bulbo, antes de atingir a medula espinal (a chamada decussação das pirâmides; a partir daqui, o trato é chamado de piramidal) Neurônio Motor Inferior: Os 2º motoneurônios são influenciados em sua atividade por aferências derivadas da periferia. Esse circuito é caracterizado como um arco reflexo. 1° neurônio motor no córtex motor → bulbo → pirâmides → cruza → conecta com o 2° neurônio → impulso para a musculatura Perda de tônus muscular Quando o 1° motoneurônio é lesado: a influência sob o 2° neurônio falha, ou seja, não tem o controle do cérebro. Os tratos extrapiramidais perdem sua função. Os músculos ficam contraídos continuamente, chamando de paralisia espástica ou central. Quando o 2° motoneurônio é lesado: interrupção da informação na medula, pois o 2° neurônio não faz conexão com o músculo. O resultado é uma paralisia flácida ou periférica.
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