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7-Periderme

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: CITOLOGIA E HISTOLOGIA VEGETAL 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 1 
Professor: Ronny Francisco de Souza – ronnyfrsouza@gmail.com 
PERIDERME 
A periderme se desenvolve na planta como tecido para proteger gemas do frio e tecido 
de cicatrização em superfícies expostas por necrose, ferimento, ataque de parasitas, enxertia ou 
abscisão de folhas, galhos ou frutos. 
A periderme é definida como o conjunto de tecidos de revestimento de origem secun-
daria. Com o crescimento secundário o tecido de revestimento primário, a epiderme, é substi-
tuído pelo secundário, a periderme, que acompanha esse crescimento (Figura 1). 
 
Figura 1 – Demonstração do desenvolvimento secundário, da superfície da planta, a periderme. 
Os tecidos vasculares secundários e a periderme passam a constituir o corpo secundário 
das gimnospermas, das dicotiledôneas, lenhosas e algumas herbáceas e trepadeiras, e de algu-
mas monocotiledôneas. 
A periderme não é a casca ou ritidoma. O termo casca se refere ao conjunto de tecidos 
situados externamente ao câmbio, podendo envolver tecidos de origem primaria e secundaria. 
Já o ritidoma, é o termo utilizado para o conjunto de tecidos mortos, externos a última periderme 
formada, consistindo de peridermes sequenciais e de tecidos por elas englobados, incluindo 
frequentemente tecidos de origem primaria (Figura 2). 
 
Figura 2 – Esquema demonstrando regiões como periderme, ritidoma e casca. 
 
A periderme é composta pelo felema, ou súber, pelo felogênio e pela feloderme, sendo 
que o felogênio é que constitui o tecido meristemático, de origem secundaria, e produz felema 
centrifugamente e feloderme centripetamente (Figura 3). 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: CITOLOGIA E HISTOLOGIA VEGETAL 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 2 
Professor: Ronny Francisco de Souza – ronnyfrsouza@gmail.com 
 
Figura 3 – Esquema demonstrando a estrutura da periderme, evidenciando o tecido secundário, 
o felogênio. 
 
O felogênio difere do cambio por conter somente um tipo de célula meristemática de 
origem secundaria, que em corte transversal essa célula apresenta forma retangular achatada 
radialmente e arranjo compacto (Figura 3). As células do felogênio são unifaciais, ou seja, ocor-
rem apenas centrifugamente, dando origem ao felema, ou súber. Podem também se apresentar 
de forma bifaciais, produzindo o felema e algumas poucas camadas de células de feloderme, 
centripetamente (Figura 4). 
 
 
Figura 4 – A) Felogênio originado no córtex interno (seta fina); feloderme em várias camadas 
(seta grossa). B) Corte transversal caulinar. Feloderme (seta grossa); felogênio (cabeça de seta); 
felema constituído por células tabulares (seta fina). 
 
A B 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: CITOLOGIA E HISTOLOGIA VEGETAL 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 3 
Professor: Ronny Francisco de Souza – ronnyfrsouza@gmail.com 
 A instalação e atividade do felogênio podem variar de acordo com a planta. O felogênio, 
na maioria das plantas é ativo somente uma vez. No entanto, em alguns casos pode ser reati-
vado, passando por dois ou mais períodos de atividade. 
Permanecendo ativo por muito tempo, as células do felogênio passam a se dividir anti-
clinalmente produzindo uma camada tangencial contínua de células que acompanha o cresci-
mento em espessura do órgão. 
A composição do felema, súber ou cortiça, se faz por células que variam em forma como 
retangulares, quadradas, arredondadas ou em paliçada na seção transversal, irregulares na seção 
longitudinal, as vezes alongadas tanto no sentido tangencial quanto no radial. 
O arranjo de suas células é compacto, e se caracterizam pela suberização de suas paredes 
e morte do protoplasma na maturidade. Em alguns casos, no felema é possível observar acú-
mulo de conteúdo resinoso ou de compostos fenólicos (Figura 5). Em algumas plantas pode se 
observar o felema lignificado em vez de suberizado, assim as células do felema são denomina-
das de felóides. 
 
Figura 5 – Células do felema (estrela), com compostos fenólicos. 
A feloderme consiste de células parenquimáticas ativas, e constituída de apenas uma 
camada de células ou de, no máximo, três ou quatro camadas. Por serem semelhantes ao parên-
quima a diferença entre elas se faz pelo fato da feloderme estar alinhada com as células do 
felogênio (Figura 4). Suas funções estão em contribuir para capacidade fotossintética da planta, 
funcionarem como estruturas secretoras ou originar esclereides. 
Em alguns locais nas células da periderme há extensões limitadas de células caracteri-
zadas pelo aumento de espaços intercelulares, denominado lenticelas. Essas áreas são compos-
tas pelo felogênio da lenticela, pelo tecido de enchimento e pela feloderme da lenticela. Assim 
denomina-se felogênio da lenticela o segmento do felogênio de arranjo menos compacto e com 
atividade mais intensa, originando centrifugamente o tecido de enchimento e centripetamente a 
feloderme da lenticela (Figura 6). 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: CITOLOGIA E HISTOLOGIA VEGETAL 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 4 
Professor: Ronny Francisco de Souza – ronnyfrsouza@gmail.com 
 
Figura 6 – Esquema, demonstrando através do corte transversal, o desenvolvimento da lenticela 
e consequentemente o felogênio da lenticela (seta). 
 
As lenticelas que é rica em espaços intercelulares, atuam permitindo a aeração dos teci-
dos internes de raízes aéreas, caules e frutos. Isso se faz necessário em razão da presença de 
suberina nas paredes de suas células, a periderme e impermeável a água e gases. 
A formação da periderme está relacionada com a idade do órgão, com as condições 
ambientais e com possíveis lesões na superfície do órgão. Em caules e raízes, as primeiras pe-
ridermes aparecem geralmente em seu primeiro ano de crescimento e se formam de maneira 
uniforme ao redor da circunferência do órgão. 
Nos caules, a primeira periderme se origina, em geral, de camadas subepidérmicas ou, 
mais raramente, da epiderme ou de camadas mais profundas do órgão, como o floema primário. 
Nas raízes, a primeira periderme se origina do periciclo ou de camadas mais superficiais 
do córtex. Em algumas raízes, porém, a periderme pode se originar na exoderme ou, simulta-
neamente, na exoderme e na camada cortical subjacente a esta. 
Em raízes e caules subterrâneos de espécies de algumas espécies, pode ocorrer a forma-
ção de felogênio no periciclo. A periderme originada, chamada poliderme, e composta de múl-
tiplas camadas de espessura, alternando-se uma camada de células cujas paredes são parcial-
mente suberificadas com várias camadas de células não suberizadas. 
O felogênio é formado por divisões periclinais de células epidérmicas, do colênquima 
ou de células parenquimáticas subepidérmicas, pericíclicas ou floemáticas. 
A periderme de cicatrização, com origem e desenvolvimento semelhantes aos do natu-
ral, difere desta somente pelo fato de ser restrita ao local da lesão. 
A textura externa da superfície do tecido de revestimento pode apresentar padrões ca-
racterísticos dentro de determinados grupos ou variar entre as espécies e entre indivíduosde 
uma mesma espécie, dependendo do habitat, região do órgão e idade do espécime. Cicatrizes 
foliares, espinhos e anéis horizontais, que correspondem a cicatrizes foliares ou de ramos que 
se expandem lateralmente, podem estar presentes e colaborarem na identificação de grupos (Fi-
gura 7). 
 
A B C 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
UNEC / EAD DISCIPLINA: CITOLOGIA E HISTOLOGIA VEGETAL 
 
NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 5 
Professor: Ronny Francisco de Souza – ronnyfrsouza@gmail.com 
 
Figura 7 – Demonstração da periderme alada, com cicatrização de galho (seta). 
 
Uma periderme onde não se observam sulcos, estrias ou fissuras na superfície externa 
da periderme, diz-se que a textura é lisa (Figura 8). 
 
Figura 8 – Demonstração de uma periderme lisa. 
 
A presença e a posição de sulcos, estrias e fissuras nas camadas externas da periderme 
definem diferentes padrões externos. Tais formações podem se dispor predominantemente em 
sentido longitudinal e se distribuir paralelamente, de forma reta ou ondulada, resultando na 
textura fissurada, ou fendilhada (Figura 8A), escova (Figura 8B) rendilhada (Figura 8C), esca-
mosa (Figura 8D), esfoliante (Figura 8E). 
 
Figura 8 A à E – Evidenciando o tipo de sulcos, estrias e fissuras na epiderme. 
Menos comuns são as peridermes continuas formando anéis concêntricos que resultam 
na chamada "casca em anel". A coloração externa pode se apresentar uniforme ou variegada. 
As lenticelas podem ser mais bem distinguidas em peridermes com superfície externa 
lisa, uma vez que sua visualização pode ser dificultada pelas fissuras e depressões dos tecidos 
A B C D E 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA GRADUAÇÃO 
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NÚCLEO DE ENSINO A DISTÂNCIA - NEAD Página | 6 
Professor: Ronny Francisco de Souza – ronnyfrsouza@gmail.com 
externos. De acordo com a orientação da ruptura externa, as lenticelas podem ser longitudinais 
ou transversais. 
A periderme de algumas espécies pode apresentar características estruturais, bem como 
propriedades físico-químicas, que podem conferir maior ou menor grau de adaptação da planta 
as condições do ambiente em que se encontra ou, ainda, criar um microclima junto ao tronco, 
favorável ao desenvolvimento de epífitas. 
Em periderme com ausência de lenticelas, confere ao indivíduo, uma redução na perda 
de água. Em caules submersos, as lenticelas sofrem hipertrofia na região submersa e acima 
desta, com aumento da aeração. O tecido de revestimento externo protege a planta contra tem-
peraturas extremas provocadas por fogo, geada e radiação solar, constituindo-se um importante 
isolante térmico. Em espécies de ambientes secos, normalmente, a periderme produzir cascas 
e, ou, ritidomas espessos, reduzindo a perda de água. A cor externa da casca tem importante 
papel na proteção a intensidade luminosa, sendo as cores claras as que conferem a planta maior 
grau de adaptação as condições tropicais, por refletirem a luz, evitando o superaquecimento dos 
tecidos. 
Tanto o aspecto externo da casca quanto os internos, macroscópicos e microscópicos, 
contribuem de modo significativo para os estudos taxonômicos e do lenho. Para facilitar a iden-
tificação da casca e incrementar os seus estudos, tem-se buscado uma padronização não só na 
sua forma de descrição como na terminologia. 
A periderme e a casca das arvores podem ter propriedades que as transformam em ma-
téria-prima para diversos fins. A cortiça utilizada no comercio e obtida do sobreiro (Quercus 
suber, da família Fagaceae). A Rhizophora mangle já foram importantes fontes comerciais de 
taninos, oriundos de sua casca e utilizados principalmente na indústria de couro. A casca seca 
de algumas árvores da família Lauraceae tem sido utilizada como condimento, conhecido como 
canela. No Brasil, várias espécies são conhecidas como canelas, porém suas cascas não possuem 
as propriedades aromáticas das canelas verdadeiras, sendo utilizadas como produtoras de ma-
deira. A espécie nativa Hevea brasiliensis (Euphorbiaceae), a seringueira, é a melhor produtora 
de látex, utilizado na indústria da borracha. Os canais laticíferos da espécie estão presentes no 
tecido de revestimento, e a extração do látex e feita por meio de incisões na casca, sulcos finos 
e oblíquos. 
As substâncias produzidas pelos processos fotossintéticos são conduzidas a todas as par-
tes da planta até as raízes, pelo floema. Uma vez que a casca seja retirada de um indivíduo, isso 
pode acarretar sérios problemas a essa planta. A parte retirada da árvore com essas caracterís-
ticas denominamos de anel de Malpighi, que nada mais é que a retirada da periderme, parên-
quima e floema (Figura 9). 
Esse procedimento corta a continuidade do floema que impedirá a chegada desses assi-
milados nos pontos subsequentes. 
 
 
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Figura 9 – Evidenciando o anel de Malpighi, onde se faz a retirada de floema, parênquima e 
periderme (casca). 
 
 
 
APRIMORANDO CONCEITOS 
Eu li, agora vou fixar. 
 
Após a leitura, retire do texto as informações mais importantes. 
 
Esse é o seu RESUMO das ideias principais. 
 
PARA CONTINUAR SEUS ESTUDOS, POSTE NO ITEM “APRIMORANDO 
CONCEITOS – RESUMO 7”. 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
Appezzato-da-Glória, B e Carmello-Guerreiro, S.M. Anatomia Vegetal. 3a ed. Viçosa: Editora da Universidade 
Federal de Viçosa, UFV.404p. 2012.

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