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conceito ♥ Inseminação Artificial (IA) é a deposição mecânica do sêmen no aparelho reprodutivo da fêmea através de equipamentos apropriados. panorama histórico da ia no mundo ♥ 1322: surgimento da lenda árabe da primeira IA em égua. ♥ 1667: Leeuwenhoek e Hamm descobrem o SPTZ. ♥ 1776: Hunter orienta a IA em uma mulher na Inglaterra. ♥ 1780: Lázaro Spallanzani insemina uma cadela pela primeira vez. ♥ 1832: Dr. Girualt realizou a primeira IA em mulher na França. ♥ 1866: teve a primeira citação de banco de sêmen humano (Paolo Mantegazza, Itália). ♥ 1888: Repiquet, na França recomenda o uso da IA em equinos. ♥ 1894: Chelchowski descreve o método de IA em equinos. ♥ 1899: Ivanov inicia a pesquisa organizada de IA na Rússia. ♥ 1907: Hughey relatou o primeiro nascimento de bezerro por IA nos EUA. ♥ 1914: Amantea desenvolveu a vagina artificial para cães. ♥ 1931: Rodin desenvolve a vagina artificial para suínos. ♥ 1941: Salisbury desenvolve o diluidor citrato-gema (preserva o SPTZ por mais tempo a 5ºC). ♥ 1943: Trimberg desenvolve esquema de IA de acordo com a hora de observação do cio. ♥ 1945: Lapland, Cassow e Thilauld desenvolvem o eletroejaculador. ♥ 1948: a Central de IA na Dinamarca realizou o transporte de sêmen congelado. ♥ 1949: Polge, Smith e Parkers descobriram o glicerol p/ congelação de sêmen (<0°C) e a Central de IA nos EUA realizou a refrigeração do sêmen. ♥ 1952: Polge e Parker realizaram a 1ª IA c/ sêmen de bovino congelado a -79°C (gelo seco). ♥ 1953: primeiro bezerro nascido de sêmen congelado nos EUA e primeiro sêmen congelado em palhetas. ♥ 1954: Mies Filho e Augusto Rosa obtiveram 54,2% de prenhez na 1ª IA realizada com sêmen congelado no Brasil. ♥ 1960: Adler desenvolveu o primeiro sistema para congelamento de sêmen a vapor. ♥ 1970: criação das empresas privadas de congelamento e comercialização de sêmen. ♥ 1974: início de desenvolvimento do Sistema CASA. panorama histórico da ia no brasil ♥ 1935: início da aplicação da IA no estado de São Paulo. ♥ 1938: criação de uma subestação para o estudo e desenvolvimento da IA (Pindamonhangaba/SP). ♥ 1942: primeiro experimento com transporte de sêmen bovino refrigerado a longa distância. ♥ 1945: regulamentação da IA. ♥ 1953: instalação do primeiro banco de sêmen congelado da América do Sul (RJ). ♥ 1954: primeiro experimento com sêmen congelado bovino (54,2% de prenhez). ♥ 1958: introdução do método de conservação do sêmen congelado com N2 e da técnica de fixação da cérvix via retal. ♥ 1968: criação do primeiro laboratório de tecnologia de sêmen (Central VR). ♥ 1974: fundação do CBRA e da ASBIA. ♥ 2001: início da prática da IATF. ♥ 2005: início do uso de sêmen sexado. ♥ 2007: intensificação do uso da técnica de IATF, aumentando a venda de doses de sêmen. vantagens da inseminação artificial ♥ Maximiza o aproveitamento de touros provados geneticamente. → Ex: a monta natural gerou 120 a 400 filhos, enquanto a IA já foi + 500.000 filhos. ♥ Evita acidente com monta natural. ♥ Evita conserto e manutenção de cercas. ♥ Melhor controle sanitário da reprodução. ♥ Evita perdas (bezerra, novilhas) por dificuldade de parto. ♥ Queda na produção com o uso de touros não provados. ♥ Controle zootécnico do rebanho. ♥ Facilita a implantação de uma estação de monta. ♥ Ajuda evitar consanguinidade e problemas reprodutivos podem ser detectados com maior rapidez. ♥ Padronização do rebanho. ♥ Permite o uso de touros impossibilitados de realizar a cópula e de animais que já morreram. ♥ Estocagem e transporte de material genético. ♥ Utilização de acasalamento genético. ♥ Facilita o cruzamento entre raças, para formação de novas opções rústicas e produtivas. ♥ Reposição de fêmeas de genética superior. ♥ Economia de 30% em relação à monta natural. ♥ Sêmen sexado há aumento de fêmeas, maior descarte, maior desfrute e melhoramento genético mais rápido. vantagens da iatf (inseminação artificial em tempo fixo) ♥ Aumenta o número de animais inseminados (taxa de serviço). ♥ Elimina o trabalho de detecção de cio. ♥ Facilita o manejo da IA. ♥ Concentra o trabalho em dias pré-determinados. ♥ Possibilita melhor distribuição de prenhez na estação de monta. ♥ Possibilita diminuição do período de serviço aumentando a produtividade. ciclo reprodutivo das vacas ♥ As vacas são poliéstricas não estacionais, as búfalas são poliéstricas estacionais de dias curtos e as ovelhas e cabras são poliéstricas estacionais de dias longos. ♥ Duração do Ciclo: → Vaca, Égua e Cabra: 21 dias. → Ovelha: 17 dias. → Cadela: 2 a 15 dias. ♥ Duração do Estro: quando tempo a fêmea está receptiva ao macho. → Vaca: 12-18hs. → Égua: 2 a 5 dias. → Cadela: 2 a 7 dias. ♥ Momento da Ovulação: → Vaca: 12hs após o fim do cio e início do estro. → Égua: 2 a 3 dias após o fim do cio e início do estro. → Cadela: 2 a 8 dias após o fim do cio e início do estro. ♥ 1º Cio Após o Parto: 45-60 dias. ♥ Duração da Gestação: → Vaca: 280-290 dias. → Cadela: 64-63 dias. ♥ Idade Puberdade: → 12-15 meses para taurinos. → 18-24 meses para zebuínos. anatomia da fêmea manejo racional da inseminação artificial ♥ As condições mínimas são: → Planejamento, gerenciamento e execução em bases técnico-econômicas. → Equipe técnica capacitada. → Funcionários treinados. ♥ Infraestrutura mínima para realizar o manejo da IA. ♥ Identificação: → Brinco. → Corte na Orelha: → Esquerda: tem os maiores valores. Um pique na ponta vale 200 e no meio 800.. → Direita: tem os menores valores. Um pique na ponta vale 100 e no meio 400. → Inferior: um pique na orelha esquerda vale 10 cada e na direita vale 1 cada, podendo ser feito duas vezes cada. → Superior: um pique na orelha esquerda vale 30 cada e na direita vale 3 cada, podendo ser feito três vezes cada. aspecto sanitário ♥ Principais doenças da esfera reprodutiva: → Brucelose. → Tuberculose. → Campilobacteriose. → Tricomonose. → BVD (Diarréia Viral Bovina). → IBR (Rinotraqueíte Infecciosa Bovina). → Leptospirose. → Neospora. reconhecimento do cio ♥ Muco cristalino e transparente. ♥ Inquietação e nervosismo. ♥ Cauda erguida. ♥ Vulva edemaciada e brilhante. ♥ Urina constantemente. ♥ Queda produção de leite. ♥ Monta as outras e deixa ser montada. ♥ Muge com frequência. métodos de detecção do cio ♥ Observação natural das vacas. ♥ Dispositivo eletrônico com jato de tinta. ♥ Dispositivo eletrônico com chip. ♥ Dispositivo eletrônico com bip e foco luminoso. ♥ Tinta no dorso das fêmeas. ♥ Pedômetro e colar. ♥ Câmeras. ♥ Fêmeas androgenizadas (fêmeas com distúrbio hormonal, ou seja, são mais masculinas). ♥ Observação do macho (2x ao dia por 30 a 60 min). fatores que afetam a detecção do estro e a concepção ♥ Nº de vezes, tempo gasto por dia e o horário das observações. ♥ 70% das vacas amanhecem em cio. ♥ Fêmeas com problemas nas pernas e pés (aprumos). ♥ Stress térmico (influência no nº de montas e duração). ♥ Vacas alojadas em concreto (piso). ♥ Produção de leite da vaca e tamanho do rebanho. ♥ Motivação do funcionário envolvido na fazenda. ♥ Aumento da condição corporal. ♥ A ovulação ocorre de 24 a 30 hs após o início do cio. ♥ Tempo de vida dos SPTZ após a deposição no trato reprodutivo feminino. ♥ Tipo de Sêmen: fresco, refrigerado e congelado. ♥ O óvulo após a ovulação sobrevive por mais de 6-10 hs. horário para realização da inseminação artificial ♥ O ideal é que seja feito na parte da manhã e tarde. ♥ IA Convencional: Sistema de Trimberger. ♥ IATF: dependerá do protocolo utilizado. sêmen sexado ♥ Atrasa em 6h a IA. ♥ Palheta Fina na Cor Amarela: fêmea. ♥ Palheta Fina na Cor Azul: macho. ♥ Palheta na Cor Rosa (Sexado Importado): fêmea. ♥ Deve-se identificar na palheta F ou M antes da partida. ♥ Deve-se homogeneizar o conteúdo da palheta 2-3 vezes antes de montar o aplicador. ♥ Usar preferencialmente em novilhas. vantagens ♥ Melhor programação das populações nos rebanhos. ♥ Maior ganho na produção de carne e leite. ♥ Facilidade em direcionar reposição de matrizes.♥ Ganhos genéticos e redução de tempo de seleção de plantéis. ♥ Redução dos problemas de parto. ♥ Garantia de acurácia +85% na determinação do sexo. ♥ Maior pressão no descarte de vacas com problemas. ♥ Reposição garantida. ♥ Excedente de bezerras/bezerros para venda. ♥ Poder de decidir “pecuarista”. identificação de cios inapropriados para ia ♥ Cios silenciosos (ocorrem de 10 a 20 dias pós-parto). ♥ Cios ocorridos antes dos 45 dias pós-parto. ♥ Cios de encabelamento (ocorre na vaca com 4 a 5 meses de prenhez). ♥ Cios de novilha com peso corporal abaixo do padrão da raça. ♥ Cios de novilha (8 a 10 dias de possível prenhez). materiais e utensílios necessários para ia ♥ Tronco ou brete de contenção cobertos. ♥ Cômodo para materiais de IA próximo ao brete. ♥ Pia com água corrente. ♥ Botijão com nitrogênio líquido. ♥ Régua específica para medição do nitrogênio. ♥ Sêmen (pellets, ampolas, mini tubo e palhetas finas 0,25 ml e médias 0,5 ml). ♥ Luva de palpação descartável. ♥ Bainha descartável. ♥ Aplicador “universal”. ♥ Termômetro. ♥ Cortador de palhetas, pinças e tesouras. ♥ Papel toalha ou higiênico. ♥ Camisinha sanitária. ♥ Recipiente isotérmico para descongelamento do sêmen. ♥ Descongelador eletrônico de sêmen. ♥ Fichas de anotação. sequência da inseminação artificial ♥ Antes de inseminar, verifique na ficha se a vaca está parida há mais de 45 dias, se tem apresentado cios normais e se já recebeu a terceira inseminação. Nesse caso poderá se optar pelo uso de sêmen de repasse. ♥ Com o animal no tronco, procede a um rigoroso exame da vaca, procurando as condições do muco eliminado através da vulva. Normalmente esse exame é o bastante para se concluir sobre a qualidade do cio. ♥ O muco normal é semelhante à clara de ovo, límpido, transparente, brilhante e de consistência nem rala nem espessa. ♥ No pré-cio e início do cio, quando o animal monta mais frequentemente, todo o muco pode ser eliminado. Assim, ao final do cio, quando se vai fazer a inseminação, pode não mais ser observada a presença do muco. ♥ Quando o animal apresenta infecções uterinas, chamadas "cio sujo ", o muco ao exame mostra sinais visíveis de infecção, vindo sempre acompanhado de grumos de pus ou de estrias de sangue preto "pisado" ou coagulado. Em situações como essas, o inseminador não deve inseminar porque o útero do animal não está em condições de desenvolver uma gestação. ♥ Deve-se salientar que às vezes o muco pode estar acompanhado de um filamento de sangue vermelho vivo, geralmente devido a uma ruptura de um pequeno vaso do clitóris, em razão do edema generalizado que ocorre na fase do cio, porém isso não causa infecção. passo-a-passo da ia com palheta média ♥ 1º: examine a ficha da vaca, contenha o animal no tronco e faça o exame do muco. ♥ 2º: exteriorize a ponta da bainha através de uma pequena abertura no saco plástico do lado da extremidade onde deverá penetrar o aplicador. ♥ 3º: o aplicador universal serve tanto para palheta média quanto para a palheta fina, necessita somente inverter o aplicador conforme o tipo de palheta. Prepare o aplicador, verificando a extremidade que será utilizada e retire o êmbolo metálico de seu interior, colocando-o ao lado. Essa atitude evitará que o êmbolo metálico possa empurrar a bucha da palheta antecipadamente, fazendo perder parte ou todo o sêmen contido na embalagem. ♥ 4º: Prepare um cortador de palheta, ou uma lâmina de barbear, ou tesoura e papel toalha ou higiênico. ♥ 5º: faça a limpeza do reto da fêmea a ser inseminada. Logo após, limpe a vulva utilizando papel toalha ou papel higiênico. ♥ 6º: localize o sêmen a ser usado e abra a tampa do botijão. Levante a caneca contendo o sêmen, até no máximo 5 cm abaixo da boca do botijão. Retire a dose de sêmen com auxílio de uma pinça, não gastando mais que 5 segundos para essa operação. ♥ 7º: mergulhe a palheta (média ou fina) com a extremidade da bucha voltada para baixo em água a 35-37°C por no mínimo 30-60 segundos. ♥ 8º: enxugue a palheta com papel toalha ou higiênico e corte com cortador de palheta ou lâmina em forma de bisel a extremidade oposta à da bucha. ♥ 9º: pressione levemente o êmbolo plástico da bainha com uma das mãos e, encaixe nele a extremidade cortada da palheta até que esta se firme. Este procedimento evitará que o sêmen possa refluir entre a bainha e a palheta no momento da aplicação. ♥ 10º: Introduza o aplicador na bainha, empurrando a Palheta até a ponta. Fixe a bainha no aplicador através de pressão do anel plástico e encaixe o êmbolo metálico introduzindo até onde está situada a bucha da palheta. ♥ 11º: Após colocar a luva de inseminação artificial, abra a vulva da vaca e introduza, profundamente, o aplicador na vagina. Não esqueça de inverter o aplicador universal quando for utilizar a palheta fina. Depois, introduza delicadamente a mão esquerda no reto do animal, fixando o colo. ♥ 12º: oriente a introdução do aplicador até a entrada da abertura do colo ou cérvix. A partir daí, faça movimentos com a mão que fixe o colo e não com o aparelho, até a completa passagem deste, através do colo. ♥ 13º: passando o colo uterino, deposite lentamente o sêmen após o último anel. ♥ 14º: retire o aplicador e braço e faça uma leve massagem no clitóris da fêmea. Libere a bainha utilizada e anote os dados em ficha própria. Logo após envolva-a na luva e jogue-as no lixo. ♥ 15º: periodicamente deve-se fazer a limpeza do aplicador universal com álcool. botijão de sêmen ♥ Os botijões são os bancos genéticos da propriedade e apresentam taxas reduzidas de consumo de nitrogênio, o que os tornam bastante eficientes e econômicos. ♥ Aspectos importantes a considerar: → Intervalo de abastecimento em trabalho (quanto maior, melhor). → Capacidade de doses compatível com o rebanho (a capacidade de doses nem sempre determina o número de fêmeas a inseminar, pois ele pode ser reabastecido de sêmen quantas vezes for necessário). → Condições da garantia oferecida pelo fabricante. → Fabricante e distribuidor. ♥ Cuidados com o manuseio do botijão de sêmen: → Proteger o botijão da luz e do sol (local arejado, seco) e manter sobre o estrado de madeira. → Verificar o nível do nitrogênio (deve estar sempre acima de 15 cm). → Manter contato com o fornecedor de sêmen. → Evitar utilizar funil sujo para reabastecer o botijão. → Verificar recomendações para transporte do botijão. fatores que afetam a inseminação artificial ♥ Falta de mão-de-obra para inseminar. ♥ Contaminação do botijão de nitrogênio. ♥ Botijão com nível de nitrogênio inferior ao recomendado. ♥ Descongelar várias palhetas de uma só vez para IA. ♥ Não avaliar a partida de sêmen “fertilidade”. ♥ Não respeitar a altura e o tempo para retirar as palhetas do botijão. ♥ Utilizar temperatura inferior ou superior a 35-37º C/30s. ♥ Inseminação no momento errado (gado de corte). ♥ Vacas com ECC inferior: 3 (1-5) gado leite e 6 (1-9) gado de corte. ♥ Não reciclar inseminadores para tirar vícios adquiridos. ♥ Excesso de inventários do que se tem no botijão “vendedores”. ♥ Uso indiscriminado de protocolos de sincronização.
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