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Seminário III - Fontes do Direito Tributário

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MÓDULO: TRIBUTO E SEGURANÇA JURÍDICA
SEMINÁRIO DE CASA
SEMINÁRIO III - FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO
QUESTÕES
1. Que são fontes do “Direito”? Qual a utilidade do estudo das fontes do direito tributário? Defina o conceito de direito e relacione-o com o conceito de fontes do direito.
Fontes do Direito nada mais são que fontes materiais, que se consubstanciam em um conjunto de fatores, sejam eles, o ato de vontade, o procedimento específico e a realização por um ente competente. 
É imprescindível o estudo das fontes do direito tributário pois ele prescreve e designa as formas para inserir as normas jurídicas no sistema.
Outrossim, em relação ao conceito de direito e fontes do direito, o direito é quem regula as condutas no nosso ordenamento jurídico ou prescreve comportamentos; já fontes do direito é o veículo introdutor que insere essas normas e condutas dentro do nosso direito positivo.
2. Os costumes, a doutrina, os princípios de direito, a jurisprudência e o fato jurídico tributário são fontes do direito? E as indicações jurisprudenciais e doutrinárias, contidas nas decisões judiciais são concebidas como “fontes de direito”?
Não, os costumes, a doutrina, os princípios de direito, a jurisprudência e o fato jurídico não são fontes de direito. 
Os costumes são tomados como valores culturais e influenciam na interpretação dos enunciados jurídicos, ou seja, são práticas reiteradas pela sociedade, portanto, não são fontes do direito a não ser que exista uma atividade enunciativa que a constitua como enunciado prescritivo. 
No entanto, Tárek Moysés Moussalem explica que o costume pode ser considerado como fonte do direito quando atribui as práticas costumeiras a faculdade de inserirem normas jurídicas no sistema, assim como dispõe o artigo 100, II, do CTN.
A doutrina são as descrições explicativas e os ensinamentos elaborados pelos juristas, e como sua função é de informar e não modifcar o direito, não pode ser considerada como fonte do direito.
Os princípios do direito também não são considerados fontes do direito, pois são regras de direito positivo, já fazem parte do nosso sistema, e se já fazem parte do nosso sistema não são consideradas fontes.
A jurisprudência como um conjunto de decisões judiciais emanadas por um tribunal não é considerada como fonte do direito, pois ela é o direito em si.
O fato jurídico tributário é o fruto da regra matriz de incidênia tributária, portanto não é considerado fonte do direito.
Outrossim, como já visto, as indicações jurispridenciais e doutrinárias não são fontes do direito pois elas têm a função somente de auxiliar o Juiz em suas decisões.
Por fim, o fato jurídico tributário é o fruto da regra matriz de incidência tributária, portanto não é considerado fonte do direito.
3. Quais são os elementos que diferenciam o conceito de fontes do Direito adotado pela doutrina tradicional e da doutrina de Paulo de Barros Carvalho? Relacione o conceito de fontes do Direito de acordo com a doutrina de Paulo de Barros Carvalho com a atividade da autoridade administrativa que realiza o lançamento de ofício. Há diferença quando o crédito é constituído pelo contribuinte?
A doutrina tradicional classifica as fontes do Direito como materiais ou formais. As fontes materiais são os acontecimentos aos quais incidem o fato gerador; já as fontes formais são o conjunto de normas que incidem sobre os fatos e as situações.
As fontes formais são classificadas em primárias e secundárias. As primárias são as leis em sentido amplo; as secundárias são os atos administrativos que servem para regular a fonte primária. 
A doutrina de Paulo de Barros Carvalho conclui que as fontes do Direito são “os focos ejetores de regras jurídicas, isto é, os órgãos habilitados pelo sistema para produzirem normas numa organização escalonada, bem como, a própria atividade desenvolvida por essas entidades, tendo em vista a criação de normas”
. O autor também classifica as fontes como formais e materiais. As fontes formais estipulam formas para introduzir regras no sistema; as fontes materiais se ocupam dos fatos da realidade social que têm o condão de produzir novas proposições prescritivas para integrar o direito posto.
Outrossim, o conceito de fontes do direito do autor pactua com o lançamento de ofício, pois é o fisco o órgão habilitado que constitui o crédito tributário. Quanto ao crédito constituído pelo contribuinte, o lançamento por homologação, o autor acredita que são relação antagônicas, pois diverge do artigo 142 do CTN, onde diz que compete somente a autoridade administrativa constituir o crédito tributário.
4. Quais as diferenças entre ciência do direito e direito positivo? Desenvolva o fundamento descrito por Tárek Moysés Moussallem no sentido de que o “nascedouro do direito altera-se de acordo com a ciência que o investiga”. Sob esse referencial, qual sua opinião sobre as fontes do direito para a ciência do direito?
Para Tárek Moysés Moussallem “o direito positivo pode ser tomado como objeto de estudo de várias ciências e em cada uma delas o tema das fontes é observado sobre aspectos diferentes, inerentes à especificação específica”
As fontes do direito como já visto são os órgãos habilitados com o intuito de produzir normas, já a ciência do direito estuda essas normas introduzidas pelo direito tributário, descreve o direito positivo.
5. Que posição ocupa, no sistema jurídico, norma inserida por lei complementar que dispõe sobre matéria de lei ordinária? Para sua revogação é necessária norma veiculada por lei complementar? (Vide anexos I, II, III IV e V).
A lei complementar que dispõe sobre lei ordinária continua válida como lei complementar, passível de revogação por lei ordinária, pois a lei complementar é formalmente ordinária, visto que não tem hierarquia entre ambas.
	Seria diferente se a matéria fosse privativa de lei complementar, pois nesses casos mesmo não existindo hierarquia, a lei ordinária não poderia revogar lei complementar.
6. O preâmbulo da Constituição Federal e a exposição de motivos integram o direito positivo? São fontes do direito? (Vide anexos VI e VII). 
O preâmbulo da Constituição Federal e a exposição de motivos integram o direito positivo, pois constituem uma enunciação-enunciada, instrumento introdutor da norma e não são fontes do direito já que integram o próprio direito positivo.
7. A Emenda Constitucional n. 42/03 previu a possibilidade de instituição da PIS/COFINS-importação. O Governo Federal editou a Lei n. 10.865/04 instituindo tal exação. 
(a) Identificar as fontes materiais e formais da Constituição Federal, da Emenda 42/03 e da Lei 10.865/04. 
Fontes formais: 
Constituição Federal: Advêm do poder constituinte originário 
Emenda 42/03: Advêm do poder constituinte derivado, devendo respeitar os pressupostos contidos no artigo 60 da CF para a sua validade.
Lei nº 10.865/04: Advêm de lei ordinária devendo respeitar os pressupostos do artigo 47 da CF.
Fontes materiais: 
As fontes materiais da Constituição Federal, da Emenda 42/03 e da Lei nº 10.865/04 são os fatos sociais expostos no corpo do texto.
(b) Pedro Bacamarte realiza uma operação de importação em 11/08/05; este fato é fonte material do direito? 
Não, pois as fontes do direito têm por objetivo a criação de normas.
(c) O ato de ele formalizar o crédito tributário no desembaraço aduaneiro e efetuar o pagamento antecipado é fonte do direito?
Também não é fonte do direito, pois o ato decorre da obrigação constituída em lei.
8. Diante do fragmento de direito positivo abaixo, responda:
	LEI N. 10.168, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2000, D.O.30/12/2000
Institui contribuição de intervenção de domínio econômico destinada a financiar o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação e dá outras providências.
	O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
	Art. 1º Fica instituído o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação, cujo objetivo principal é estimular o desenvolvimento tecnológico brasileiro,mediante programas de pesquisa científica e tecnológica cooperativa entre universidades, centros de pesquisa e o setor produtivo.
	Art. 2º Para fins de atendimento ao Programa de que trata o artigo anterior, fica instituída contribuição de intervenção no domínio econômico, devida pela pessoa jurídica detentora de licença de uso ou adquirente de conhecimentos tecnológicos, bem como, aquela signatária de contratos que impliquem transferência de tecnologia, firmados com residentes ou domiciliados no exterior.
	§ 1º Consideram-se, para fins desta Lei, contratos de transferência de tecnologia os relativos à exploração de patentes ou de uso de marcas e os de fornecimento de tecnologia e prestação de assistência técnica.
	§ 1º-A. A contribuição de que trata este artigo não incide sobre a remuneração pela licença de uso ou de direitos de comercialização ou distribuição de programa de computador, salvo quando envolverem a transferência da correspondente tecnologia. (Incluído pela Lei n.. 11452, de 2007).
	§ 2º A partir de 1º de janeiro de 2002, a contribuição de que trata o caput deste artigo passa a ser devida também pelas pessoas jurídicas signatárias de contratos que tenham por objeto serviços técnicos e de assistência administrativa e semelhantes a serem prestados por residentes ou domiciliados no exterior, bem assim pelas pessoas jurídicas que pagarem, creditarem, entregarem, empregarem ou remeterem royalties, a qualquer título, a beneficiários residentes ou domiciliados no exterior. (Redação da pela Lei 10.332, de 19.12.2001).
	§ 3º A contribuição incidirá sobre os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, a cada mês, a residentes ou domiciliados no exterior, a título de remuneração decorrente das obrigações indicadas no caput e no § 2º deste artigo. (Redação da pela Lei 10.332, de 19.12.2001).
	§ 4º A alíquota da contribuição será de 10% (dez por cento). (Redação da pela Lei 10332, de 19.12.2001).
	(...)
	Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2001.
	Brasília, 29 de dezembro de 2000; 179º da Independência e 112º da República.
	(FERNANDO HENRIQUE CARDOSO)
a) Identifique os seguintes elementos da Lei n. 10.168/00: (i) enunciados-enunciados, (ii) enunciação-enunciada, (iii) instrumento introdutor de norma, (iv) fonte material, (v) fonte formal, (vi) procedimento, (vii) sujeito competente, (viii) preceitos gerais e abstratos e (ix) norma geral e concreta.
I – São as normas introduzidas que estão nos artigos 1º ao 8º da Lei 10.168/00.
II – LEI N. 10.168, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2000, D.O.30/12/2000.
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Brasília, 29 de dezembro de 2000; 179º da Independência e 112º da República.
(FERNANDO HENRIQUE CARDOSO)
III – É a própria Lei Lei 10.168/00.
IV – É o próprio direito positivo contido na lei. 
V – Por lei ordinária.
VI – Por quórum de maioria simples.
VII – A União através do Congresso Nacional.
VIII – Todos os enunciados prescritivos, artigo 1º ao 8º da Lei 10.168/00.
IX – É o próprio veículo introdutor, Lei 10.168/00.
b) Os enunciados inseridos na Lei n. 10.168/00 pelas Leis n. 11.452/07 e n. 10.332/01 passam a pertencer à Lei n. 10.168/00 ou ainda são parte integrante dos veículos que os introduziram no ordenamento? No caso de expressa revogação da Lei n. 10.168/00, como fica a situação dos enunciados veiculados pelas Leis n. 11.452/07 e n. 10.332/01? Pode-se dizer que também são revogados, mesmo sem a revogação expressa dos veículos que os inseriram?
Os enunciados inseridos na Lei no 10.168/00 pelas Leis nº. 11.452/07 e nº.10.332/01 passam a pertencer a Lei no 10.168/00 uma vez que alteram os dispositivos dentro da referida lei. Por decorrência lógica, os enunciados veiculados pelas leis nº. 11.452/07 e nº.10.332/01 irão perder a sua vigência pelo fato de que a Lei 10.168/00 foi expressamente revogada e, como antes referido, tais dispositivos passaram a integrar essa lei.
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