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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA (FAVET) DISCIPLINA: Farmacologia Veterinária DISCENTE: Leonira Morais da Silva ESTUDO DIRIGIDO, parte 1 1- Enumere as estratégias farmacológicas relacionadas com o controle da secreção gástrica Na ordem de menos potentes para mais potentes: I - Bloquear o receptor com antagonistas muscarínicos (pirenzepina, que tem mecanismo de ação por antagonismo reversível com a acetilcolina pelos receptores M1, M2 e M3, tendo maior afinidade com M1), capazes de bloquear a ligação do agente secretagogo acetilcolina com os receptores M1 das células parietais gástricas II - Antagonistas de receptores de Gastrina, como proglumida (antagonismo reversível com a gastrina pelos receptores de gastrina, mas é ínfimo a potencialidade, então não compensa a indústria farmacêutica entrou em consenso que não compensa, então nunca foi utilizado) III - Bloqueadores de histamina (antagonistas H2), pois a histamina é um importante agente secretagogo envolvido tanto na ação direta quanto na ação indireta da secreção gástrica. A partir do momento que bloqueia-se a histamina com os receptores H2, bloqueia-se parcialmente a secreção gástrica. Bloqueia um terço da secreção direta e 100% da secreção indireta IV - Uso de análogos à protraglantina E2, que faz feedback negativo da bomba de prótons e diminuir a secreção gástrica. Mecanismos fisiológicos que inibem a bomba de prótons: Enzima ciclooxigenase 1 e 2. A 2 tá diretam relacionada com o processo inflamatório e a COX 1 é constitutiva (integridade da mucosa gátrica), relacionada com prostanoide fisiológico, tipo PGE 1 e prostraciclina, que inibem a atv da bomba de prótons V - Utilizar inibidores da bomba de prótons Hidrogênio Potássio ATPase de tal forma que o fármaco bloqueie sua atividade 2- Dê exemplos de antagonistas H2, com suas respectivas propriedades farmacocinéticas, mecanismo de ação, ações farmacológicas, usos clínicos e efeitos colaterais. Mesmo mecanismo de ação: Antagonismo competitivo reversível com a histamina pelos receptores H2 presentes na célula parietal gástrica Cimetidina: Propriedades farmacocinéticas: Bem absorvido pela via oral, intravenosa ou intramuscular. A excreção ocorre pela urina em sua maioria em sua forma original Ações farmacológicas: inespecificidade. Atuam tanto na secreção gástrica basal quanto na secreção pós-prandial e o volume e também o pH da secreção gástrica são alterados pelo uso do medicamento, porém os níveis de secreção ainda não foram profundamente estudados Usos clínicos: Antiulceroso, antiemético, adjuvante no tratamento de melanomas em equídeos Efeitos colaterais: interfere um pouco o sistema endócrino do paciente do sexo masculino, inibindo a testosterona, pode ocasionar galactorreia e ginecomastia em machos. A diminuição da libido também pode ocorrer Ranitidina: Propriedades farmacocinéticas: As vias melhores absorvidas são IV, Oral e intramuscular. A excreção ocorre pela urina em sua maioria em sua forma original Ações farmacológicas: Atuam tanto na secreção gástrica basal quanto na secreção pós-prandial e o volume e também o pH da secreção gástrica são alterados pelo uso do medicamento, porém os níveis de secreção ainda não foram profundamente estudados Usos clínicos: Indicado para cães e gatos com úlcera gástrica e duodenal, esofagite por refluxo, quadros de hipersecreção gástrica, hérnia de hiato, gastrite e duodenite Efeitos colaterais: Em cães são relatados apatia, salivação e êmese em aplicação intravenosa, recentemente descobriu-se que pode causar neoplasias, foi retirado do mercado Nizatidina: Propriedades farmacocinéticas: Administrado por via oral ou parenteral, parte da dose da nizatidina é metabolizada no fígado e é excretada primariamente pelos rins Ações farmacológicas: Inibe a produção da secreção ácida, ligando-se aos receptores H2 da histamina nas células parietais do estômago Usos clínicos: Tratamento de úlceras, gastrite aguda e de exacerbações agudas de gastrite crônica Efeitos colaterais: Dor de cabeça é a reação mais comum (ocorre em pelo menos 10% dos pacientes) Famotidina: Mais utilizada Propriedades farmacocinéticas: Vias bem absorvidas incluem IV, Oral, IM. A excreção ocorre pela urina em sua maioria em sua forma original Ações farmacológicas: Atuam tanto na secreção gástrica basal quanto na secreção pós-prandial e o volume e também o pH da secreção gástrica são alterados pelo uso do medicamento, porém os níveis de secreção ainda não foram profundamente estudados Usos clínicos: Úlcera duodenal e gástrica benigna e prevenção de recidivas de ulceração duodenal. Condições de hipersecreção, tais como esofagite de refluxo, gastrite Efeitos colaterais: Existe o risco de gatos apresentarem hemólise em doses terapêuticas. Doses muito altas podem causar hipotensão e taquicardia 3- Dê exemplos de inibidores da bomba de prótons com suas respectivas propriedades farmacocinéticas, mecanismo de ação, ações farmacológicas, usos clínicos e efeitos colaterais Bloqueando a permuta de H com o K na bomba de Na/K ATPase Omeprazol: Propriedades farmacocinéticas: O omeprazol é uma pró-droga, necessitando de um ambiente ácido para ficar na sua forma ativa. Ele é completamente metabolizado, principalmente no fígado, no sistema citocromo P450, mais especificamente na isoenzima CYP2C19 (e em menor grau CYP3A4), sendo seus metabólitos desprovidos de ação significante na secreção ácida. Aproximadamente 80% da dose administrada é excretada como metabólitos na urina e o restante é encontrado nas fezes Mecanismo de ação: Atua exclusivamente sobre a H+ /K+ ATPase. Para que ocorra a inibição enzimática, a molécula de omeprazol deve ser protonada e transformado em sulfenamida ou ácido sulfênico, que por sua vez, liga-se de forma irreversível originando um complexo covalente inativo com o grupo sulfidril dos radicais da cisteína do domínio extracelular da enzima H+ /K+ ATPase Ações farmacológicas: Específico e seletivo Usos clínicos: Úlcera péptica gástrica ou duodenal, esofagite de refluxo, síndrome de Zollinger Ellison, profilaxia de aspiração de conteúdo gástrico durante a anestesia geral em pacientes de risco Efeitos colaterais: Dor de cabeça, diarreia, dores abdominais, náuseas, tonturas, vômitos, constipação e dores nas costas Esomeprazol: Propriedades farmacocinéticas: Instável em meio ácido, sendo administrado oralmente em grânulos de revestimento entérico. tem uma taxa de ligação às proteínas plasmáticas de 97%. É totalmente metabolizado pelo sistema citocromo P450 Mecanismo de ação: reduz a secreção ácida gástrica através de um mecanismo de ação específico e direcionado. É um inibidor específico da bomba de prótons na célula parietal. é uma base fraca, sendo concentrado e convertido para a forma ativa no meio altamente ácido dos canalículos secretores da célula parietal, onde inibe a enzima H+K+-ATPase - a bomba de prótons, inibindo as secreções ácidas basal e estimulada Ações farmacológicas: reduz a secreção ácida gástrica através de um mecanismo de ação específico e direcionado. É um inibidor específico da bomba de prótons na célula parietal. O isômero S e o isômero R de omeprazol possuem atividades farmacodinâmicas semelhantes Usos clínicos: é indicado para o tratamento de doenças ácido-pépticas e alívio dos sintomas de azia, regurgitação ácida e dor epigástrica Efeitos colaterais: Cefaleia, Dor abdominal, diarreia, flatulência, náuseas/vômitos e constipação Lansoprazol: Propriedades farmacocinéticas: A inibição da secreção ácido-gástrica persiste por até 36 horas após uma dose única. Assim, a meia-vida de eliminação plasmática de Lansoprazol não reflete a duração da sua supressão da secreção ácido-gástrica. As cápsulas contêm microgrânulos com cobertura entérica, pois o Lansoprazol é lábil em meio ácido, de forma que a liberação e a absorção do fármaco iniciam-se somente no duodeno. A absorção do Lansoprazol é rápida, com Cmáx médiaocorrendo aproximadamente 1,7 horas após a dose oral e a biodisponibilidade absoluta é de mais de 80%. é extensivamente metabolizado no fígado, primariamente pelo citocromo P450 isoenzima CYP2C19 para a forma 5-hidroxil-Lansoprazol e para CYP 3 a 4 para a forma Lansoprazol-sulfona. Dois metabólitos foram identificados em quantidades mensuráveis no plasma (os derivados do Lansoprazol sulfinil hidroxilados e sulfonas). Estes metabólitos têm muito pouca ou nenhuma atividade anti-secretora. Após administração de uma dose oral única de Lansoprazol, quase não houve excreção urinária da forma inalterada do fármaco Mecanismo de ação: é uma categoria de substâncias antisecretoras que não apresentam propriedades anticolinérgicas ou antagônicas de receptores H2 da histamina, mas, que suprimem a secreção gástrica por inibição específica do sistema da enzima (H+, K+) ATPase, na superfície secretora das células parietais gástricas Ações farmacológicas: Usos clínicos: Para cicatrização e alívio sintomático de esofagite de refluxo, de úlcera duodenal e de úlcera gástrica Efeitos colaterais: Em curto prazo (até 8 semanas de duração) os eventos adversos foram diarreia, constipação, tontura, náusea e cefaleia, epigastralgia, eructação, flatulência, vômito com exceção dos pacientes sendo tratados para erradicação de infecção de Helicobacter pylori Rabeprazol: Propriedades farmacocinéticas: Mecanismo de ação: Ações farmacológicas: Usos clínicos: Efeitos colaterais: Pantoprazol: Propriedades farmacocinéticas: Rápida e completamente absorvido rapidamente no intestino quando administrado pela via oral. Ocorre a inativação em meio ácido, portando é comercializado em cápsulas de liberação prolongada. Pode ser administrado por via intravenosa. Após uma dose, inibe a secreção ácida por mais de 24 horas. Com a interrupção do tratamento a acidez gástrica pode levar até 5 dias para se reestabelecer, pois a secreção gástrica continua inibida mesmo quando não se tem mais níveis séricos significativos da droga. Sua metabolização ocorre no fígado e como produto são excretados pela urina e fezes metabólitos inativos Mecanismo de ação: Atua promovendo a inibição específica e dose-dependente da enzima gástrica H+ K+ ATPase, que é responsável pela secreção de ácido clorídrico pelas células parietais do estômago Ações farmacológicas: Apresenta efeitos potentes e ação prolongada Usos clínicos: Tratamento e prevenção de úlceras gástricas Efeitos colaterais: Quando utilizado em altas doses pode provocar distúrbios gastrintestinais como anorexia, cólica, diarreia, vômito e flatulência, pode ocasionar ainda incoordenação motora, ataxia, taquicardia e febre 4- Descreva as propriedades farmacocinéticas, mecanismo de ação sobre a secreção gástrica, ações farmacológicas, usos clínicos e efeitos colaterais do misoprostol Propriedades farmacológicas: Sofre desesterificação no fígado, transformando-se em metabólito ativo Mecanismo de ação: Análogo de prostraglandina (PGE2), que faz feedback negativo da bomba de prótons e diminuir a secreção gástrica. Mas sem uso para esta finalidade, pois a prostaglandina E2 aumenta a motilidade da musculatura uterina, pois há receptores no útero Ações farmacológicas: Efeitos citoprotetores na mucosa gástrica, em terapias com anti-inflamatórios não esteroidais Usos Clínicos: Por causa do efeito colateral de aborto, ele estava sendo muito mais utilizado para induzir aborto do que propriamente para controlar a secreção gástrica, então foi banido e não há usos Efeitos Colaterais: Aborto com sangramento e muito perigo. Dor abdominal, flatulência, diarreia e hemorragias uterinas 5- Explique a importância dos antagonistas muscarínicos e de bloqueadores de gastrina no controle da secreção gástrica Os antagonistas muscarínicos, como a pirenzepina, tem mecanismo de de ação por antagonismo reversível com a acetilcolina pelos receptores M1, M2 e M3, no caso da pirezepina tendo maior afinidade com M1. Já os bloqueadores de gastrina, como a proglumida, tem antagonismo reversível com a gastrina pelos receptores de gastrina, mas é ínfimo a potencialidade, então não compensa a indústria farmacêutica entrou em consenso que não compensa, então nunca foi utilizado de fato Eles são capazes de bloquear a ligação do agente secretagogo acetilcolina com os receptores muscarínicos (no caso de antagonistas muscarínicos) ou de gastrina (no caso de bloqueadores de gastrina) das células parietais gástricas e controlar parcialmente a secreção gástrica, mas como os bloqueadores de gastrina são pouco potentes, então nunca chegaram a ser utilizados 6- Dê exemplos e explique por que as drogas antiácidas tem um papel coadjuvante no tratamento da acidez gastrintestinal Alguns exemplos de drogas antiácidas são Hidróxido de Magnésio, Trissilicato de magnésio, Hidróxido de Alumínio e Bicarbonato de Sódio (esse último tem absorção sistêmica e pode causar alcalose metabólica, o que não é indicado). Elas têm um papel coadjuvante no tratamento da acidez, pois, como elas são drogas antiácidas são substâncias alcalinas que elevam o pH e não interferem na secreção de HCl, a partir do momento que elas saem do estômago e vão para o intestino, a acidez volta. É apenas um efeito temporário 7- Enumere as estratégias farmacológicas relacionadas com o processo de êmese induzida, citando a farmacodinâmica dos principais fármacos utilizados Há duas principais, a primeira delas é usar uma substância de efeito local de forma a irritar a mucosa gástrica e estimulando a zona deflagradora do quimiorreceptor (ZDQ) para induzir o vômito, como xarope de ipeca (emetina, cefalina; também exerce ação do SNC), que é o mais usado, mas há o Sulfato de cobre, sulfato de zinco, cloreto de sódio, água oxigenada, água morna, entre outros. A segunda é usar uma droga agonista da noradrenalina, como a apomorfina, que atua nos receptores D2 presentes na ZDQ, produzindo quadro de êmese Droga agonista D2 Apomorfina Propriedades farmacocinéticas: Pode ser administrada por diferentes vias; o vômito ocorre em cerca de 2 a 3 minutos, podendo continuar por cerca de 5 a 15 minutos. Seu alto metabolismo hepático diminui sua eficácia quando administrada por via oral. Tem alta porcentagem de ligação nas proteínas plasmáticas e seu metabolismo acontece através de diversas vias enzimáticas. A complexidade dos processos de absorção, distribuição e eliminação da apomorfina deve contribuir para a variabilidade de seus efeitos clínicos Mecanismo de ação antiemético: Possui ação central, droga agonista D2, atua nos receptores D2 presentes na ZDQ e produz a liberação de acetilcolina, que chega no centro do vômito, interage com receptor M1 e produzir quadro de êmese Ações farmacológicas: Usos clínicos: Provocar êmese em situações de intoxicação pela ingestão de agentes tóxicos ou afins Efeitos colaterais: Vômitos prolongados. Pode causar depressão do sistema nervoso central, esse efeito é mais frequente em felinos 8- Enumere as estratégias farmacológicas relacionadas com o controle da êmese As estratégias consistem em usar antagonistas que atuem nos receptores dos neurotransmissores, envolvidos com o mecanismo do vômito: M1 (receptor da acetilcolina), H1 (histamina), 5HT3 (Serotonina) e D2 (dopamina). Como exemplo de antagonistas H1, há os fármacos prometazina, cinarizina, dimenidrinato. Dentre os antagonistas muscarínicos, pode-se citar a escapolamina/hioscina (buscopan). Os antagonistas seletivos dos receptores de serotonina são o ondansetron, granistron, dentre outros. Como exemplos de antagonistas D2 podemos citar a metoclopramida, clorpromazina, haloperidol, levomepromazina e a domperidona 9- Dê exemplos de inibidores H1, com suas respectivas propriedades farmacocinéticas, mecanismo de ação antiemético, ações farmacológicas, usos clínicos e efeitos colaterais Difenidramina Propriedades farmacocinéticas: pode ser administrado por via intramuscular ou intravenosa. A dose deve ser individualizadade acordo com as necessidades e a resposta do paciente Mecanismo de ação antiemético: São frequentemente usados na espécie humana para prevenção da cinetose e ocasionalmente em Medicina Veterinária. Esses medicamentos reduzem os impulsos provenientes do aparelho vestibular (onde há receptores H1), que atingem o centro do vômito e também bloqueiam receptores H1 da zona deflagradora dos quimiorreceptores. Os cães possuem maior número de receptores H1 na zona deflagradora do que os gatos Ações farmacológicas: A difenidramina é um anti-histamínico H1, de primeira geração, com efeitos colaterais anticolinérgicos e sedativos. Os anti-histamínicos parecem competir com a histamina pelos locais do receptor H1 sobre as células efetoras Assim impedem, mas não revertem, as respostas mediadas só pela histamina. O mecanismo pelo qual alguns antihistamínicos exercem seus efeitos antieméticos, anticinetóticos e antivertiginosos não está devidamente esclarecido. Os referidos efeitos talvez se devam às ações anticolinérgicas centrais destes fármacos. O efeito antidiscinético do cloridato de difenidramina no parkinsonismo parece ser consequência da inibição central das ações da acetilcolina. Na forma de solução injetável, ocorre rápido início de ação. O cloridrato de difenidramina é amplamente distribuído pelo corpo, incluindo o Sistema Nervoso Central (SNC). Uma porção do fármaco é excretado inalterado na urina, enquanto o restante é metabolizado pelo fígado. Recuperam-se 5 a 15% do fármaco sob a forma inalterada e 50 a 65% sob a forma de metabólitos conjugados. A meia-vida plasmática é de cerca de 6 horas. A duração da ação é de 4-6 horas Usos clínicos: É indicado também para prevenção de reações anafilactóides ou alérgicas durante cirurgia em pacientes alérgicos. Também é indicado no tratamento de vertigem, náusea ou vômito da cinetose Efeitos colaterais: Reação muito comum: sonolência, tontura, distúrbio de coordenação, espessamento da secreção brônquica, aperto no peito, chiado, congestão nasal, sintomas anticolinérgicos (insônia, tremores, nervosismo, irritabilidade, palpitação, visão turva, obstipação, retenção urinária, taquicardia, xerostomia e secura na garganta e nariz) Dimenidrinato Propriedades farmacocinéticas: Sua ação é observada entre 2°C e 4 horas após a administração do medicamento. É bem absorvido pela via oral, e apresenta alta lipossolubilidade, podendo atravessar a barreira hematoencefálica e provocar sedação Mecanismo de ação antiemético: São frequentemente usados na espécie humana para prevenção da cinetose e ocasionalmente em Medicina Veterinária. Esses medicamentos reduzem os impulsos provenientes do aparelho vestibular (onde há receptores H1), que atingem o centro do vômito e também bloqueiam receptores H1 da zona deflagradora dos quimiorreceptores. Os cães possuem maior número de receptores H1 na zona deflagradora do que os gatos Ações farmacológicas: Tem ação diretamente no centro do vômito e zona vestibular. Tem boa eficiência no controle do vômito provocado por drogas que agem diretamente no estômago e cinetose (náusea produzida pelo movimento). Porém quase não apresenta ação em relação ao vômito provocado por medicamentos que agem na Zona quimiorreceptora deflagradora O Dimenidrinato é o sal cloroteofilinado do anti-histamínico difenidramina. Embora o mecanismo de sua ação como antiemético, anticinetótico e antivertiginoso não seja conhecido com precisão, foi demonstrada inibição da estimulação vestibular, com ação primeiro nos otolitos e, em grandes doses, nos canais semicirculares. O Dimenidrinato inibe a acetilcolina nos sistemas vestibular e reticular, responsáveis por náusea e vômito na doença do movimento. Uma ação sobre a zona de gatilho quimiorreceptora parece estar envolvida no efeito antiemético, admitindo-se, ainda, que atue no centro do vômito, no núcleo do trato solitário e no sistema vestibular. Há tolerância ao efeito depressivo no sistema nervoso central, geralmente ocorrendo após alguns dias de tratamento Usos clínicos: Indicado em casos de náuseas e vômitos de origem vestibular ou por quimioterápicos. No controle profilático e na terapêutica da crise aguda dos transtornos da função vestibular e ou vertiginosos, de origem central ou periférica, incluindo labirintites Efeitos colaterais: Pode causar sonolência e sedação, alguns animais podem apresentar excitação. Em quadros de intoxicação por superdosagem ocorre principalmente sedação, porém pode ser observada incoordenação motora, prostração, excitação, convulsões, hipertermia e até quadros de colapso cardiorrespiratório e morte 10- Dê exemplos de antagonistas D2, com suas respectivas propriedades farmacocinéticas, mecanismo de ação antiemético, ações farmacológicas, usos clínicos e efeitos colaterais Metoclopramida Farmacocinética: sofre metabolismo hepático insignificante, exceto para conjugação simples. Seu uso seguro tem sido descrito em pacientes com doença hepática avançada com função renal normal. A sua excreção é feita principalmente pela urina e sua meia-vida plasmática é de aproximadamente 3 horas Mecanismo de ação: Antagonista da dopamina, estimula a motilidade muscular lisa do trato gastrintestinal superior, sem estimular as secreções gástrica, biliar e pancreática Ação farmacológica: sensibilizar os tecidos para a atividade da acetilcolina. O efeito do Cloridrato de Metoclopramida na motilidade não é dependente da inervação vagal intacta, porém, pode ser abolido pelas drogas anticolinérgicas. O Cloridrato de Metoclopramida aumenta o tônus e amplitude das contrações gástricas (especialmente antral), relaxa o esfíncter pilórico, duodeno e jejuno, resultando no esvaziamento gástrico e no trânsito intestinal acelerados. Aumenta o tônus de repouso do esfíncter esofágico inferior Uso clínico: Náuseas e vômitos de origem central e periférica (cirurgias, doenças metabólicas e infecciosas, secundárias a medicamentos) Efeitos colaterais: sonolência; sintomas extrapiramidais, mesmo após administração de dose única do fármaco, particularmente em crianças e adultos jovens, síndrome parkinsoniana, acatisia Domperidona Farmacocinética: Em pacientes em jejum, a Domperidona é rapidamente absorvida após administração oral. A baixa biodisponibilidade absoluta da Domperidona oral (aproximadamente 15%) é devida a um extensivo metabolismo na primeira passagem pela parede intestinal e fígado. Apesar da biodisponibilidade da Domperidona ser aumentada nos indivíduos normais quando tomada após as refeições, pacientes com queixas gastrintestinais devem tomar a Domperidona 15-30 minutos antes das refeições. A redução da acidez gástrica perturba a absorção da Domperidona. A biodisponibilidade oral de Domperidona é diminuída pela administração prévia e concomitante de cimetidina e bicarbonato de sódio. Possui ampla distribuição tecidual. Sofre um rápido e extenso metabolismo hepático pela hidroxilação e N-dealquilação. A proporção de medicamento excretado inalterado é pequena. A meia-vida plasmática após a dose oral única é 7-9 horas em indivíduos saudáveis, mas é prolongada em pacientes com insuficiência renal severa Mecanismo de ação: um antagonista da dopamina com propriedades antieméticas. A Domperidona não atravessa imediatamente a barreira hematoencefálica. Nos usuários de Domperidona, especialmente em adultos, os efeitos extrapiramidais são muito raros, mas a Domperidona estimula a liberação de prolactina a partir da hipófise. Os seus efeitos antieméticos podem ser devidos a uma combinação de um efeito periférico (gastrocinético) com o antagonismo dos receptores dopaminérgicos na zona quimioreceptora de gatilho, que fica fora da barreira hematoencefálica na área postrema. Possui efeito periférico predominante nos receptores dopaminérgicos Ação farmacológica: Uso clínico: Síndromes dispépticas frequentemente associadas a um retardo de esvaziamento gástrico, refluxo gastroesofágico e esofagite; Sensação de empachamentoepigástrico, saciedade precoce, distensão abdominal, dor abdominal alta; Eructação, flatulência; Náuseas e vômitos; Azia, queimação epigástrica com ou sem regurgitação de conteúdo gástrico; Náuseas e vômitos de origem funcional, orgânica, infecciosa ou alimentar ou induzidas por radioterapia ou tratamento medicamentoso (anti-inflamatórios, antineoplásicos). Uma indicação específica são as náuseas e vômitos induzidos pelos agonistas dopaminérgicos usados no tratamento da Doença de Parkinson como a L-dopa e bromocriptina Efeitos colaterais: Depressão, ansiedade, cefaleia, sonolência, acatisia
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