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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI ÁRIDO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CRIAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES CONTENÇÃO E CAPTURA Definição A contenção consiste numa restrição de movimentos. Considerações quanto à contenção que devemos ter primeiramente é saber qual a finalidade, depois que tipo de animal ou quantos de determinada espécie para se planejar como fazê-lo e os métodos de contenção disponíveis. Feito isto então estima- se quantas pessoas vamos precisar. Na captura e contenção é essencial estar familiarizado com o comportamento e anatomia do animal, assim pode-se tentar imaginar o que esperar, mas cuidado não são poucas as vezes que somos surpreendidos, procure se antecipar ao animal, veja qual é a melhor hora a última alimentação, pois alguns regurgitam ou não respondem bem a sedação, lembre-se que é importante que identifique o animal antes e confirmar por marcação individual para não repetir e estressar demais. Não esquecer das zoonoses e antropozoonoses. FÍSICA Pode ser manual ou com instrumentos. QUÍMICA Utiliza fármacos podendo ser a depender da necessidade ou grau de aprofundamento tranquilização ou imobilização. CONDICIONAMENTO Treinamento para realizar determinadas funções ou ações. • A contenção é o momento de maior estresse na vida de um animal silvestre • Podendo acarretar reações potencialmente fatais. • O óbito decorrente da contenção pode ser dividido em: ➢ Superagudo ➔ durante a realização da contenção, ➢ Agudo ou mediato ➔ até uma hora após a contenção ➢ Tardio ➔ de horas a dias após a contenção (Pachaly, 2002; Lange, 2004) Superagudo • Pode envolver casos como: 1. Fibrilação ventricular: Adrenalina e noradrenalina numa reação de alarme. 2. Bradicardia colinérgica Pressão nos globos oculares, região cervical ou abdômen, Por tempo excessivo. 3. Anoxia 4. Hipoglicemia 5.Traumas. Agudo ou mediato 1. Insuficiência adrenal, 2. Timpanismo Acúmulo de ar/fermentação intensa (estomago e intestinos) 3. Acidose Ácido lático produzido pelo excessivo esforço muscular 4. Hipo ou hipertermia, Diminuição ou aumento da temperatura. 5. Hipocalcemia Diminuição nos níveis de cálcio. 6. Fratura cervical. Tardio 1. Miopatia de captura: Dificuldade na marcha, rigidez e dor à palpação nos membros 2. Pneumonia aspirativa: Inflamação e insuficiência respiratória aguda 3. Choque: Falência circulatória aguda (rápida e intensa) FÍSICA Equipamentos e Materiais para Captura e Contenção Física 1. Mãos nuas Apesar da grande sensibilidade principalmente da pressão exercida, o grau de exposição é total, contudo, por vezes se faz necessário a exemplo de quando manipulamos pequenas aves e répteis. 2. Puçá ou paçagua (aves, pequenos e médios mamíferos) O arco deve ser sempre protegido com material macio, como borracha (câmara de ar) e plástico (mangueira), para evitar que o animal machuque a boca ou quebre os dentes, e seu diâmetro deve ser, no mínimo, do tamanho (altura) do animal a ser capturado. O “saco” deve ter sempre, no mínimo, o dobro do tamanho do diâmetro da abertura (arco), para possibilitar o giro do puça sobre o animal. A malha deve ser sempre menor do que a boca e o focinho e/ou da pata e coxa do animal, para impedir que este morda e fique preso pela boca, assim como que a perna passe pelo puça. 3. Pau de couro (grandes mamíferos: lobo-guará, tamanduá-bandeira) A ponta do cabo deve ser protegida com material macio (borracha ou plástico), para evitar que o animal machuque a boca ou quebre os dentes. O cabo deve ter sempre um comprimento duas vezes maior do que o comprimento do animal. 4. Laço para mamífero (médios mamíferos: carnívoros) Tubo metálico contendo no seu interior uma corda, presa em uma de suas extremidades, formando um laço. Nesta extremidade existe uma mangueira plástica revestindo o tubo ou emborrachado, para evitar traumatismo no animal. 5. Laço de lutz (pequenos répteis) Deve-se inicialmente afrouxar a tira de tal modo a se formar um laço compatível com o porte do animal a ser capturado. Passar a laçada pela cabeça, na medida do possível, envolve-se também um dos membros anteriores. Manter a corda tracionada para conter o animal, tomando cuidado com o excesso de pressão para não machucar o animal. Para liberação basta aliviar a tensão na corda, afrouxando a laçada e permitindo a saída do animal 6. Gancho para ofídios (serpentes) Pode ser de diferentes materiais tais como ferro, alumínio ou aço, sendo que cada um tem suas vantagens e desvantagens. O ferro tem um baixo custo, contudo temos o peso e a degradabilidade pela oxidação (ferrugem), o alumínio confere a leveza e durabilidade do material, contudo verga a depender do peso dos animais pela maleabilidade do material independente da frequência de utilização muitas vezes apesar que isto contribui e esta deformidade com o tempo permanece, e mesmo que fosse momentânea, faria que o animal ficasse mais próximo e assim aumentando o risco, o aço se de qualidade é durável, a deformidade é muito menor, contudo, temos o custo. É passado aproximadamente no início do seu terço médio e em seguida erguido aproximadamente a uma distância de 30 cm do solo. A extremidade do gancho com a cobra deve ser mantida a mais baixa possível para dificultar o acesso do animal à mão do capturador através do cabo. Caso o animal subir pelo cabo do gancho deve-se provocar um pequeno “tranco” no gancho ou soltar o animal no chão para recapturá-lo em seguida. Para liberação deve-se abaixar o gancho de modo a fornecer apoio ao ofídio, evitando a queda deste. 7. Rodo ou rodinho Como o próprio nome diz, é um rodo doméstico de limpeza, grande ou pequeno que imobiliza o animal pressionando contra uma superfície ou para mantê-lo afastado em caso de defesa. 8. Saco Pano: aves, répteis, pequenos mamíferos. Geralmente de estopa (derivado do linho) ou algodão. Papel: pequenas aves . Ganchos para manejo de avestruzes, emas e outros ratites (ratitas)Confeccionados em alumínio altamente resistente e anodizado. Punhos de borracha. Ponta do gancho com proteção de borracha. O gancho serve para aproximar o animal pelo pescoço que é uma região musculosa e, portanto minimiza a possibilidade de trauma e guiá-lo, sendo que o estrutiforme em oposição estica o pescoço mantendo as patas do mesmo longe, pois estas constituem um perigo de coice cortante, já no gancho de defesa temos a mais um gancho invertido para afastar o animal. Nestes animais, movimentos de uma vareta mesmo ou vassoura a altura dos olhos os intimida devido a seu formato de cabeça e posicionamento dos olhos lateralizados que fazem com que tenha uma área de ponto cego grande e uma visão periférica bem melhor do que a frontal. 10. Mangueira transparente ou tubo de “petglass” (serpentes) Deve ser transparente preferencialmente que é melhor para o manipulador visualizar o animal, entretanto alguns preferem o escuro, pois o animal percebe a mangueira muitas vezes como um refúgio e entra com mais facilidade, já quanto ao seu diâmetro, deve ser um pouco maior do que o correspondente da serpente, para evitar que o animal consiga virar dentro da mangueira. 11. Forca ou forquilha (ofídios e mamíferos médios) Serve para contenção em solos arenosos e menos eficiente em superfícies lisas e pode ser classicamente em madeira com extremidade em “V”. Deve ser revestida com material macio ou acolchoado. Para remediar este problema de solo pode se utilizar um bastão bifurcado que possui sua extremidade em forma de “U” ou em estribo como também é conhecida. Cabo é geralmente de metal e é usado para fixar o pescoço do animal contra o solo ou parede. No comércio está disponível um bastão com as duas, um em cada extremidade Apoio e realização: UFERSALEIAS Aviso a reprodução total ou parcial, utilização de texto ou figuras, edição, para outros fins que não esta disciplina, é veementemente proibida pela lei dos direitos autorais. Devendo em casos específicos entrar em contato com o autor. (Foto: Marcelo Henrique Mello Barreiro, 2007)
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