Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Fluxograma de abate de bovinos Lethícia Albuquerque Fluxograma de Abate de Bovinos MANEJO PRÉ-ABATE Conjunto de operações de movimentação onde deve ser realizado com o mínimo de esforço. Instrumentos e atos agressivos são proibidos, tanto para os animais quanto para os funcionários. IN 3 (17/01/2000, MAPA) → possui métodos de insensibilização para Abate Humanitário. Há outra instrução desde 2018, mas não está em vigor. Os elementos de manejos devem estar em harmonia → equipe (funcionários bem treinados), animais (descanso, evitar estresse) e instalações (BEA, instalações que evitem queda, evitem traumas). EFEITOS INDIRETOS → ações que o funcionário faz com o animal e gera de forma indireta efeito (problema) sobre a carne → estresse gera a carne PSE ou DFD. EFEITOS DIRETOS → ações que o funcionário faz e tem efeito direto sobre o animal → bater no animal pode causar contusão, hematoma, fratura → tem efeito sobre a carne (perda de cortes). MANEJO NA FAZENDA O manejo pré abate se inicia na fazenda, Movimentação tranquila, com instalações adequadas (troncos de contenção, brete, seringa, evitar ter pregos que possam machucar o animal). Realizar apartamento antecipado → tem que dar tempo para que o animal reponha o glicogênio, evitar brigas e contusões. Evitar misturar os lotes → evitar territorialismo (briga entre os animais e estresse). Se fizer um bom apartamento irá agilizar na hora no embarque, com os animais mais calmos → maior segurança para o animal e para o funcionário. Embarque quanto mais rápido e tranquilo, melhor. TRANSPORTE Ocorre após o manejo de apartamento. Transporte atual no Brasil é principalmente rodoviário. O processo normalmente é terceirizado → falta de conhecimento técnico, funcionário do transporte não se importa com o animal. Deve-se tomar cuidado com a densidade do transporte, tempo x distancia, temperatura e condições do veículo. DENSIDADE Densidade alta → 600kg/m² (risco de contusão). Densidade média → 400kg/m² Densidade baixa → 220kg/m² (risco do animal cair, se machucar e morrer). Farm Animal Welfare Committe → fala que nunca se deve ultrapassar a densidade de 550kg/m². 2 Fluxograma de abate de bovinos Lethícia Albuquerque A média utilizada no Brasil é de 400kg/m² → animal consegue ter alguma possibilidade de movimento e conforto. Pode ultrapassar a média quando o transporte for curto → pouco prejuízo quando comparado a duas viagens com custo elevado e baixa densidade. CONDIÇÕES DO VEÍCULO Piso deve ser antiderrapante ou cama (menos comum). o Evita que os animais escorreguem e caiam. Ripas, pregos e parafusos devem ser cobertos → evitar lesão e estresse. TEMPO X DISTÂNCIA O motorista deve estar com os documentos em dia → se o motorista for parado em uma blitz e ter problemas o jejum do animal é zerado. Motorista deve estar bem treinado. Se o transporte durar mais de 36h o animal deve se alimentar e beber água → reinicia a contagem de jejum alimentar. O transporte deve ser nas horas mais frescas do dia → animal não pode passar por estresse térmico. DESEMBARQUE A rampa de desembarque deve ter inclinação de 25º (pouco inclinada), com piso antiderrapante. o A inclinação impede que o animal volte ou suba rapidamente e o piso antiderrapante evita que o animal escorregue e caia. Durante a condução não utilizar instrumentos agressivos. o Cuidado com o uso de bastão elétrico → vicia o funcionário. o Dar preferência ao uso de bandeiras e sonorização (sem grito). Se for necessário esperar, colocar os animais em áreas sombreadas → evita estresse. O estacionamento deve ser de fácil manobra para o caminhão. Cuidado com a abertura da guilhotina → abertura parcial pode causar lesão nos animais. Evitar movimento excessivos (saída rápida dos animais) → pode causar lesões. Bastão elétrico só é permitido caso o animal se recuse a se mover, na parte superior dos membros (na anca), 60 volts e por no máximo 2 seg → não deixar que os funcionários fiquem condicionado ao uso. o Não dar no lombo, pois os animais tendem a deitar e nem nos membros inferiores, pois o animal tende a dar coice. CURRAIS DE CHEGADA Portaria 62 de 2018 atualizou o que foi dito no RIISPOA 2017. Difícil de cobrar pois não está escrito em nenhuma lei, é apenas o modo proposto. Tem que considerar o descanso de 24 horas, com jejum alimentar (não há necessidade de jejum de água) para reduzir a contaminação durante o processo de transporte (defecam menos e menos urina) e evita a contaminação cruzada no momento da evisceração (esvaziamento do trato gastrointestinal). o Em caso de transporte curto o jejum pode ser de 6 horas (consegui promover o jejum suficiente) + o tempo de viagem 3 Fluxograma de abate de bovinos Lethícia Albuquerque (até 2 horas) → o jejum deve ser de no mínimo 8 horas. Não pode passa de 24 horas o descanso → animal fica mais estressado e começa a consumir o glicogênio muscular → se passar disso zera a conta, alimenta os animais, espera mais 24 horas e abate. CURRAL DE SELEÇÃO E CHEGADA Interessante que seja longe do local de abate e deve se posicionar contra a direção do vento → para não levar sujidade (poeira) e odor em direção a indústria. Importante formar lotes uniformes com o mesmo perfil de carcaça para não precisar ficar ajustando os equipamentos (de acordo com a idade, sexo e categoria) → não misturar os lotes das fazendas. A área deve ser sempre maior que os currais seguintes. Deve-se ter uma plataforma elevada e antiderrapante → auxilia na inspeção anti morten (feita apenas pelo veterinário). Deve-se ter iluminação adequada → auxilia na inspeção anti morten (feita apenas pelo veterinário). o Avalia se o animal está saudável, se tem algum animal que tem que ir para o abate imediato, se tem algum animal que necessita ir para a observação. o Primeira inspeção → quando o animal chega na empresa (para avaliar a movimentação dos animais). o Segunda inspeção → imediatamente antes do abate. A pavimentação dos currais deve ser antiderrapante e com um leve declive → serve para escoar líquidos (urina, fezes e água) para as pontas e impedir que os animais escorreguem. As cercas externas são únicas e devem ter 2m de altura e as internas devem ser duplas (impede brigas por territorialismo e evita que passe um agente etiológico de um lote para o outro). o Secreções de um lote não entra em contato com o outro. A plataforma elevada deve ter 0,6m de largura e 0,8m de altura do corrimão → para conseguir observar os animais. Deve ter água disponível, de boa qualidade para todos os animais (tipo cocho) → os cochos devem ser capazes de fornecer água para 20% dos animais simultaneamente. CURRAL DE OBSERVAÇÃO Curral destinado aos animais que tem suspeita de algum problema. Identificação em vermelho → alerta. Deve ter 5% do curral de matança (ex. 2.500 x 0,05 = 125m²) Privativo ou de inspeção SIM, SIE ou SIF. Tem cordão sanitário maior (50cm). 4 Fluxograma de abate de bovinos Lethícia Albuquerque É interessante ter mais de um curral de observação e deve ser preferencialmente longe dos outros currais → área restrita. Não deve ser utilizado para abrigar superlotação → tem risco de contaminação e deve estar livre para casos de observação. CURRAL DE MATANÇA Área igual ou inferior à da seleção, nunca maior → de acordo com a capacidade máxima de matança diária. 2,5m² por animal. Ex. capacidade máxima de matança diária → 1000 animais. Ex. capacidade do curral de matança → 1000 animais x 2,5m² = 2.500m² de área. BANHEIRO DE ASPERSÃO Deve-se realizar banhos deaspersão na chegada da empresa (opcional) e na saída do curral de matança para ida ao abate (obrigatório) → reduz a sujidade para evitar contaminação cruzada (principalmente), além de acalmar o animal. o Pressão da água → 3 atm. o Pode ser utilizado chuveiro, borrifador (maior economia de água). o Deve ser bem planejado para que lave o animal de todos os ângulos. o Os banhos devem ser frios e não gelados → vasoconstrição (vasos periféricos se contraem e jogam o sangue para os vasos mais calibrosos, favorecendo a sangria). o A água normalmente é hiperclorada → eficiente apenas se for utilizada no segundo banho → se houver sujidades o cloro é inativado. RAMPA DE ACESSO Largura 3m → a rampa de acesso pode ser associada ao banheiro de aspersão. o Normalmente cabe 2 bois. Comprimento → 1,7m (para 2 animais). Altura de 2m → pode ser de grade ou alvenaria (melhor) → evita que os animais subam um em cima do outro ou tente fugir. Aclive de 13 a 15% → evita que os animais voltem. Deve ter canaleta transversal obliqua → realiza a drenagem. A capacidade é calculada com 10% da capacidade hora da sala de matança. Deve-se afunilar 45ºC para a seringa. Piso deve ser de antiderrapante, de fácil limpeza. O controle deve ser feito com guilhotina. SERINGA Ideal que faça um caracol → animal se movimenta mais naturalmente (evita empacar) e o animal não vê o que está acontecendo na frente dele (menor estresse). Comprimento 1,7m por animal. Comprimento total → 10% da capacidade horária da sala de matança x 1,7. o Comprimento total → 80 animais/hora (80 x 0,1 = 8 animais) → 8 x 1,7m = 13,6 (metade para a rampa de acesso). Altura de 2m → evita que os animais fujam. AVALIAÇÃO DO ESTRESSE Avalia se tem quedas e escorregões. 5 Fluxograma de abate de bovinos Lethícia Albuquerque Importante principalmente para a exportação. Quando há muitas quedas e escorregões deve- se avaliar as suas instalações (estão inadequadas) e os funcionários (excesso de comportamento agressivo). Importante avaliar o nível de estresse com a vocalização Bovino vocaliza pouco, se vocaliza é porque estão estressados → falha no atordoamento. A amostragem deve ser realizada 50% no desembarque e 50% no curral de matança até o box de atordoamento (acesso a seringa) → a analise deve seguir um ritmo. Deve ser realizado pelo mesmo funcionário para não ter alteração na avaliação. SALA DE MATANÇA O pé direito é o maior devido ao bovino ter a carcaça maior → 7m. Área total → 8 m²/ boi/ hora (capacidade hora de matança). o Ex: 40 bois/hora = 320m² Declive deve ser de 1,5 a 3%. Os cantos devem ser arredondados. Altura da parede azulejada deve ser de 2m. FLUXOGRAMA DE ABATE Art. 112 (RIISPOA 2017) → Só é permitido o abate de animais por métodos humanitários, utilizando-se de uma previa insensibilização prévia e rápida sangria. o Não pode demorar entre a insensibilização e a sangria → diretamente relacionado com a qualidade da carne e com a segurança dos funcionários. o Os métodos empregados para cada espécie animal serão estabelecidos pelas normas complementares. O abate pode ser realizado de acordo com preceitos religiosos → Halal (muçumano) ou Kosher (Judeu) → necessário ter uma entidade religiosa para realizar o abate. BOX (BOXE) DE INSENSIBILIZAÇÃO Contém o bovino de forma individual → importante pois evita que o funcionário erre o tiro. Estrutura em aço inox reforçado → evita contaminação. Movimento vasculante → o fundo abre e rola o animal para a próxima etapa → animal não cai, pois pode fraturar. INSENSIBILIZAÇÃO A insensibilização é realizada com uma pistola pneumática de dardo cativo (penetrativa) na 6 Fluxograma de abate de bovinos Lethícia Albuquerque fonte do animal (no meio de um “X” entre os chanfros e os olhos). o A insensibilização mais comum é a penetrativa, mas pode ser feita a não penetrativa maior pressão, causa uma hemorragia nos lobos frontais e temporais, realizada com um martelo de ferro na ponta (ao invés do dardo), semelhante ao abate clandestino, menos eficiente. Quanto mais demorar a sangria, pior é → animal está perdendo a homeostasia e jogando sangue para os tecidos para tentar se manter vivo. o Deve demorar no máximo 1 min. Ao dar o tiro o dardo se projeta rapidamente no centro do “X” entre o olho e o chifre → acontece uma despolarização rápida do sistema nervoso central e concussão. o Animal não sente dor porque o processo é muito rápido apenas reflexo porque o coração ainda está batendo. o Raramente o animal volta a consciência. Em situações de emergência pode ser utilizado uma pistola de cartucho. Animal não tem mais consciência, apenas reflexo tônico, clônico e movimentos involuntários. Quanto melhor a sangria, melhor a transformação do musculo em carne. EFICIÊNCIA DA INSENSIBILIZAÇÃO → ausência de respiração rítmica, ausência de reflexo corneal (pupila dilatada), ausência de vocalização, ausência de reflexo de estimulo, mandíbula relaxada e língua solta. Insensibilização por gás carbônico é cara para bovinos. ÁREA DE VÔMITO Local em que o animal cai quando sai do box de insensibilização → grade no chão. Geralmente é mal dimensionada. Animal não deve encostar no chão → evitar sujidades. Animal tem um leve regurgito (baba) → devido à perca do controle da mandíbula e língua. Comprimento deve ser igual ao do box → 3m de largura e 3m de comprimento. Iça o animal pelo membro esquerdo normalmente. Pode haver banho após essa etapa. SANGRIA Ocorre após a insensibilização, respeitando a passagem dos movimentos clônicos e tônicos. A calha de sangria deve ser de inox ou alvenaria (concreto liso) evita contaminação da carcaça ou que seja altamente contaminado. o Todo sangue deve cair nessa calha animal fica em cima da calha. o A calha deve ter 0,11m por animal/hora ex: 40 animais/hora = 4,6m. o Serve para coletar o sangue sangue é altamente contaminante. A maior parte do sangue sai do animal. Deve durar 3min → não pode iniciar outros processos enquanto o animal estiver em sangria não mexe com o animal durante a sangria (evitar contaminação cruzada e evitar que a sangria não seja feita por completo). 7 Fluxograma de abate de bovinos Lethícia Albuquerque Animal morre por hipovolemia → queda brusca da pressão (devido à perda de sangue) e perda da homeostase. Deve haver uma faca para abertura sagital da barbela (acesso) e outra para secção dos vasos sanguíneos → evitar contaminação cruzada. o Diferenciar as facas por cores para ficar mais fácil avaliar se o funcionário está trocando as facas. As facas devem estar sempre em esterilizadores a 85ºC. O corte é angulado em 45ºC (o mais próximo do coração) → secciona a artéria vertebral, artéria carótida e veia cava anterior. Pode ser realizado estimulação elétrica durante a sangria → 35 a 70v, acelera a sangria (2m), estimula a contração (inicia o Rigor mortis) acelera a sangria e melhor transformação do musculo em carne. RETIRADA DAS PARTES SUJAS Retira da orelha, chifres (se tiver), mocotós dianteiros e traseiros e couro. Para retirada dos chifres se utiliza serras necessário ter esterilizador de serras. Para orelha, mocotós e couro se utiliza faca. Necessário trocar as vacas entre os animais. ESFOLA Inicialmente retira cabeça, traseiro, úbere, rabada. Pode ser retirado com faca ou com serra (idealmente com trava de contato para se encontra com a carne). Tem funcionários trabalhando embaixo e outros trabalhando em cima da carcaça deve-se ter atenção aos andares de cima (material resistente, piso antiderrapante,grade de segurança para o funcionário não caírem). Pode haver banho após a retirada do couro. OCLUSÃO DE RETO Não pode cortar a carne para realizar exposição do reto porque estará cortando corte nobre (alcatra). Apenas expõe o reto (divulsiona), coloca em um saquinho e amarra com um barbante evita contaminação da carne pelo conteúdo fecal. ROLETAMENTO Couro fica preso por um fio na carcaça roletamento é um maquinário que puxa esse couro para terminar de soltar e o couro já vai para o chute (fossa que leva o couro para fora da área de abate couro não deve ficar na área de abate porque é contaminado). TRANSPASSE PRA CARRETILHA Transição de área suja para área limpa (marca a passagem) saída do momento mais contaminado para o momento menos contaminado. Ainda não é área limpa porque ainda tem as vísceras. DESARTICULAÇÃO E NUMERAÇÃO DA CABEÇA Separação da cabeça e da musculatura do pescoço. Faz o uso do lápis cópia (lápis que não sai com água) para marcar a carcaça com a mesma identificação da cabeça. 8 Fluxograma de abate de bovinos Lethícia Albuquerque Após separada a cabeça é avaliada e inspecionada em outra sala separada. Área mais limpa que suja, mas ainda não é a área limpa. SEPARAÇÃO E OCLUSÃO DO ESÔFAGO E TRAQUEIA Limpa o que estiver em volta do esôfago e traqueia com o saca rolha, coloca o grampo para ocluir e retira o saca rolha impede que haja movimento do conteúdo intestinal e pulmonar e possa entrar em contato com a carcaça (contaminação cruzada). Separa e fecha o trato respiratório e o trato gastrointestinal. RETIRADA E LAVAGEM DA CABEÇA Após retirada da cabeça, a mesma é lavada e avaliada a presença de cisticercos, glossite (na língua) e linfonodos. Se não houver contaminação a língua e carne da cabeça podem ser aproveitadas. Caso tenha cisticerco deve-se olhar o número marcado na cabeça e na carcaça e avaliar a carcaça avalia se é necessário ou não descartar a carcaça. SERRAGEM DO PEITO Abertura torácica, sagital na linha alba, dividindo o esterno. Funcionário deve ser cuidadoso para evitar rompimento das vísceras contaminação cruzada e condenação da carcaça. Deve-se ter um esterilizador exclusivo para a serra realizar a esterilização entre as carcaças e quando houver rompimento das vísceras. Deve-se ter uma serra reserva ou pelo menos peças de manutenção → evitar interrompimento de fluxograma. Quanto mais tempo as vísceras ficarem no animal maior a chance de contaminação microorganismos estão se multiplicando e produzindo gás. EVISCERAÇÃO Retirada das vísceras abdominais e torácicas. Deve-se tomar cuidado para não haver rompimento das vísceras e na maioria dos casos o funcionário não necessita usar faca para liberar as vísceras. As vísceras devem ser colocadas em mesas de avaliação em aço inox → realizado inspeção pós morten e destinação ou não para produtos comestíveis algumas alterações podem levar a condenação apenas das vísceras ou também da carcaça. As vísceras são separadas em vermelhas e brancas, de acordo com a cor e posição anatômica. Vísceras comestíveis normalmente são destinadas para derivados. As mesas de avaliação podem ser fixas ou móveis: o MESA FIXA → processo mais lento, não é permitido ir para exportação. o MESA MÓVEL (rolante) → usado para abate acima de 100 animais/dia, carcaça anda com as vísceras e cabeça, largura mínima de 1m (carcaça não ficar encostando uma na outra e ter equivalência entre a víscera e a carcaça), esterilização automatizada e ter um mecanismo de parada 9 Fluxograma de abate de bovinos Lethícia Albuquerque (contaminação séria, acidente de trabalho, maquinário estragado). Há um chute para eliminação final das vísceras que não vão para consumo humano. Muitas vísceras vão para a máquina de cominuir produtos rosas. SERRAGEM DA CARCAÇA Serragem e separação da meia carcaça com serra elétrica de fita (maquinário mais potente, com maquinário de segurança). Utiliza a coluna vertebral como base. Carcaça está praticamente pronta quase não há mais risco de contaminação. TOALETE DAS MEIAS CARCAÇAS Inspeção final de carcaça. Faz a limpeza, através de aparas, retirada de feridas de sangria, excesso de gordura, gorduras perineal e inguinal, medula, gordura pélvica, retirada da rabada, rim (avaliado na inspeção final de carcaça) e avalia a presença de contaminações e contusões. Rim é anatomicamente mais aderido a carcaça e superior as vísceras, por isso só é retirado no final. LAVAGEM da 1/2 carcaça Retirar esquírolas (pedacinhos de ossos que podem ficar soltos), coágulos da região traseira e dianteira, medula óssea. A lavagem limpa a carcaça para ser transformada em carne. Lavagem com 3 atm carcaça fica suspensa e a lavagem é com um mangueirão. CARIMBAGEM Carcaças julgadas em condições de consumo recebem carimbo (tinta atóxica resistente a água) → mostra que a carne foi inspecionada e deve ser identificada se é SIM, SIE ou SIF (para ter rastreabilidade). Se os carimbos não estiverem legíveis pode causar problema na expedição. O carimbo é colocado na paleta, porção dianteira do lombo, vazio próximo a maminha e no colchão. Se há um frigorifico junto a uma unidade de beneficiamento não precisa de carimbo. PESAGEM DA ½ CARCAÇA Peso morto ou peso de carcaça quente. Onde se calcula o rendimento de carcaça (percentual do peso vivo que se concretiza como carcaça) → média de 60% é o ideal. RESFRIAMENTO DAS ½ CARCAÇA Devem estar devidamente separadas para serem resfriadas em até 7ºC. 10 Fluxograma de abate de bovinos Lethícia Albuquerque o Temperatura não pode abaixar rapidamente e nem abaixar menos que 7ºC, Temperatura da câmara deve ser de aproximadamente 1ºC. PROPÓSITO DA REFRIGERAÇÃO → degradação controlada e maturação sanitária (conclusão do musculo em carne) por 24 horas. PROBLEMAS DA REFRIGERAÇÃO → sublotação da câmara (carcaça refrigera rápido demais – encurtamento por frio ou encurtamento por congelamento) ou superlotação da câmera (carcaça não refrigera por completo – contaminação e degradação de parte da carcaça). o As carcaças devem ter espaço em média de um palmo entre uma e outra deve ter passagem de ar.
Compartilhar