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DOR NEUROPÁTICA PÓS MASTECTOMIA 1. O que é? / O que causa? Após a cirurgia do câncer de mama, algumas mulheres têm problemas com dores (neuropatia) circundando a área cirúrgica, na parede torácica, axilas e/ou no braço, com duração superior a três meses, o que é denominado síndrome da dor pós-mastectomia (SDPM), porque foi observada pela primeira vez em mulheres que fizeram mastectomias. Acredita-se que a causa da SDPM é multifatorial, destacando-se a lesão de nervos durante o procedimento cirúrgico e/ou envolvimento do nervo pelo tecido em cicatrização. Os nervos comprometidos são os que se distribuem na parede torácica, sendo a lesão do intercostobraquial o achado mais comum detectado na SDPM 2. Sinais e sintomas A dor é do mesmo lado que ocorreu a operação, na parede anterior do tórax, axila ou face medial do braço. Manifesta-se como queimação ou dolorimento, com paroxismo de dor lancinante e tipo choque e ainda é relatada como disestesia com desconforto. Quanto à intensidade, a dor varia de leve a forte e apresenta caráter intermitente ou contínuo, com períodos de piora e acalmia. Em mulheres que sobrevivem ao tratamento para o câncer de mama, a dor crônica pode levar à alteração do humor, dificuldade no trabalho, diminuição da atividade física e alteração na qualidade de vida, principalmente naquelas mulheres que evoluem com generalização da dor para outras partes do corpo quando comparadas com as que referem dor típica da síndrome. Os sintomas clássicos da síndrome da dor pós-mastectomia são dor e formigamento na parede torácica, axila e/ou braço. A dor também pode ser sentida no ombro ou na cicatriz cirúrgica. Outros sintomas comuns incluem dormência, dor aguda, formigamento ou coceira intensa. A maioria das mulheres com síndrome da dor pós-mastectomia relata que seus sintomas não são severos. 3. Diagnóstico 4. Tratamento Tem sido relatada a melhora da dor com o uso de alguns medicamentos, como: amitriptilina, venlafaxina e capsaicina A fisioterapia dispõe de diversos recursos para o tratamento da Síndrome Dolorosa Pós Mastectomia. Exercícios de alongamento e fortalecimento, assim como técnicas de massagem, são utilizados para adequação da tensão e da função muscular. Técnicas de dessensibilização são empregadas para os sintomas de dor neuropática e recursos de eletroterapia e fototerapia, como o TENS e o laser, por exemplo, são bastante utilizados no controle da dor. Além disso, terapias complementares, como acupuntura, por exemplo, têm se mostrado eficazes em estudos recentes. Importante o acompanhamento com fisioterapeuta especializado em oncologia, que saberá indicar o melhor tratamento para cada paciente. 5. Prognóstico Dentre os fatores que agravam a dor, podem ser citados: a movimentação do membro superior ipsilateral à operação, a elevação ou qualquer tipo de pressão no braço, movimentação da cintura escapular 20,26, movimentos esses que podem ser deflagradores da dor no simples ato de vestir-se. Já como fatores atenuantes, dentre outros, são citados: o repouso e a massagem. A presença de dor crônica afeta a qualidade de vida dessas mulheres, comprometendo a realização de tarefas diárias e atividades laborais. Além disso, devido à persistência da dor, as pacientes podem evoluir com diminuição da movimentação do braço, com rigidez de ombro e até linfedema, pela imobilização do braço. Assim, o tratamento do quadro álgico é de extrema importância. 6. Prevenção A adoção das seguintes medidas preventivas: 1) condutas anestésicas que atenuem a dor pós-operatória; 2) a realização de procedimento cirúrgico com o mínimo possível de lesões nervosas; e 3) acompanhamento pós-operatório rigoroso com intuito de identificar a presença de SDPM, podem estabelecer diretrizes terapêuticas com o objetivo de minimizar a dor e as limitações decorrentes da sua presença. Segundo Ramos et al. (2013), com a intervenção precoce da fisioterapia no pós- operatório, torna-se possível a prevenção e minimização das complicações advindas da mastectomia no tratamento do câncer de mama, com o objetivo de melhorar e proporcionar uma melhor qualidade de vida a essas pacientes. REFERÊNCIAS Tania Cursino de Menezes Couceiro, TSA, Telma Cursino de Menezes, Marcelo Moraes Valênça. Síndrome Dolorosa Pós-Mastectomia. A Magnitude do Problema*. Rev Bras Anestesiol; 59: 3: 358-365, 2009. Pedro Godinho. Capsaícina Tópica na Dor Crónica Pós-Mastectomia: Revisão Bibliográfica. Dor (2018) 26. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sindrome-posmastectomia/7665/902/ https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/Marianna%20Martins%20Ferreira.pdf http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sindrome-posmastectomia/7665/902/ https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/Marianna%20Martins%20Ferreira.pdf
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